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A TRAJETÓRIA DA AGRICULTURA NO BRASIL E OS IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA AGRICULTURA COMERCIAL
FAVENI
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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI BIOTECNOLOGIA ÉRICA AMADIO IERIC A TRAJETÓRIA DA AGRICULTURA NO BRASIL E OS IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA AGRICULTURA COMERCIAL. SOROCABA 2021 2 TÍTULO DO TCC: A TRAJETÓRIA DA AGRICULTURA NO BRASIL E OS IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA AGRICULTURA COMERCIAL. Érica Amadio Ieric1 Declaro que sou autor (a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). RESUMO O presente trabalho tem como proposta contextualizar a trajetória da agricultura desde a sua origem a milhares de anos até o momento atual, dando ênfase para as primeiras formas de cultivo e a evolução da agricultura brasileira de modo a atender a demanda proveniente da expansão populacional, além de apontar os impactos ambientais gerados pela mecanização das lavouras. Através de uma revisão literária o autor buscou de forma sucinta abordar aspectos gerais dos principais meios de cultivo no Brasil e expor que mesmo apontando forte crescimento econômico, a modernização de determinado meio de cultivo pode ser nociva ao meio ambiente e a saúde humana. PALAVRAS-CHAVE: Agricultura. Impacto ambiental. Mecanização. 1 Aluna do curso de Pós-graduação em Biotecnologia da Faculdade Venda Nova do Imigrante – FAVENI, Sorocaba, 2021. 3 1. INTRODUÇÃO A agricultura está fortemente ligada ao nosso cotidiano, visto que é através dela que garantimos a subsistência alimentar da humanidade, a agricultura tem como premissa a utilização de diferentes métodos e técnicas de cultivo no solo, para que uma variedade de vegetais comestíveis chegue até nossa mesa. As técnicas de cultivo tiveram seu surgimento a milhares de anos atrás, considerada uma das práticas mais antigas da humanidade. De modo geral, a agricultura desde o seu surgimento sempre visou em atender as demandas de obtenção de recursos energéticos de outras civilizações. Atualmente, a agricultura torna-se cada vez mais importante, não só para cultivo de vegetais para alimentação humana, mas também para alimento para diversas espécies animais. Além disso, os alimentos produzidos no campo possuem grande valor econômico, fazendo a engrenagem da economia mundial girar, visto que eles não abastecem apenas o setor primário, como também o secundário através do fornecimento de matérias-primas. Por tanto, o presente trabalho visa fazer uma retrospectiva da origem da agricultura até o momento, através de revisões bibliográficas de periódicos e livros que abordam a temática, de modo a relatar sua evolução e a importância socioambiental, não deixando de fora os avanços tecnológicos que vem favorecendo os meios de cultivo no campo e consecutivamente gerando impactos ambientais. O presente trabalho torna-se importante ao revisitar a importância do principal método de obtenção de recursos alimentares que garante a subsistência da humanidade desde as primeiras civilizações até o prezado momento. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. Ecologia e agricultura Ao pensarmos no desenvolvimento e perpetuação da agricultura ao longo de centenas de anos, é preciso contextualizarmos com o que possa ter dado origem a necessidade de uma determinada população em obter recursos alimentares através das plantas. O planeta Terra originou-se há mais de 4,6 bilhões de anos, entretanto, 4 somente há 3,5 milhões de anos as primeiras formas de vida foram surgindo (MOZOYER; ROUDART, 1997). De 3,5 milhões de anos até os dias atuais, surgiram centenas de milhares de espécies, graças aos processos evolutivos. Entretanto, muitas dessas espécies ainda são desconhecidas por nós, visto que, centenas delas desapareceram com o passar dos anos por diferentes fatores e/ou ainda não foram descobertas (MOZOYER; ROUDART, 1997). A agricultura e a ecologia estão fortemente correlacionadas, por isso, ao pensarmos na agricultura ao nível global ou local, torna-se imprescindível tomarmos notas sobre conceitos gerais da ecologia e a diversidade de espécies vegetais. Segundo o relatório produzido pelo State of the Plants (2016), há cerca de 390.900 espécies de vegetais que já foram catalogados, entretanto, sabemos que esse número pode ser muito mais expressivo, visto que, a cada ano que passa, os pesquisadores identificam novas espécies. Ainda em termos básicos da ecologia, quando pensamos em populações, elas são compostas por indivíduos de uma mesma espécie, viventes em determinado tempo e local. As poluções estão inseridas em nichos ecológicos, contanto muitas vezes, com diversidades de organismos viventes ali, como, por exemplo, os hominídeos, animais e vegetais (MOZOYER; ROUDART, 1997). No que lhe concerne, os vegetais não demandam de tantos recursos como os hominídeos e animais, visto que, conseguem atender suas próprias demandas através de substâncias orgânicas presentes na luz solar, no solo, na água e na atmosfera, conhecidos então, como seres autotróficos. Diferente dos animais e hominídeos, conhecidos como heterotróficos, visto que precisam obter seus recursos energéticos provenientes do consumo de animais ou de espécies vegetais, por isso, subentende-se a necessidade da agricultura para o desenvolvimento de populações (MOZOYER; ROUDART, 1997). 2.2. Agricultura – um panorama geral. A atividade agrícola está fortemente associada à perpetuação de comunidades humanas em determinados locais, visto que seu desenvolvendo um papel fundamental para a expansão dos povos. De acordo com Mozoyer & Roudart. (1997) isso permeia desde 10.000 anos. Povos localizados no norte da África e oeste da Ásia 5 foram abandonando progressivamente à caça para dar espaço para os cultivos de grãos. Datava-se então, o início do cultivo de terra, que mais tarde conheceríamos como agricultura (EHLERS, 2009). Se regressarmos um pouco na história, podemos notar que os primeiros hominoideos, desde o homem de neandertal até antropoides de eras mais recentes, tinham como modo de vida, a captura de alimentos silvestres, sejam eles através da caça de animais e/ou coleta frutas silvestres, onde eram denominados caçadores- coletores (FELDENS, 2018). Foi a partir deste modo de vida, que pequenos grupos antropoides se perpetuavam em determinadas localidades, sem haver um desequilíbrio ecológico, entretanto, quando mais recursos houvesse em determinada área, melhor são as condições para que um povo se estabeleça aí, sendo assim, com o passar das décadas, os pequenos aglomerados, tornam-se mais populosos resultando nas primeiras civilizações (FELDENS, 2018). Devido à expansão da população dos primeiros grupos antropoides, passa-se a demandar de mais espaço e, consecutivamente, de mais recursos naturais para comportar os mesmos, assim, garantir-lhes a sobrevivência. Com isso, começam a surgir às primeiras escassezes, e os povos precisam lidar com isso de maneira inteligente, como hominoideos são seres pensantes, surge à necessidade de migrar de área, de modo a atender as demandas da população local, como mais abundância de água, alimentos, etc. (FELDENS, 2018). No entanto, no que diz respeito à agricultura, ela teve sua origem ainda na pré- história.