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VIAS PARENTERAIS: Tipos de material e vias de administração (angulação, regiões recomendadas, indicações) PROFª. ENFª. JULIANA SOUSA Cada via de administração difere em relação ao tipo de tecido em que o medicamento vai ser aplicado. As características do tecido irão influenciar na velocidade de absorção e assim o início da sua ação. Para isso, é importante que, antes de administrar o medicamento, nós tenhamos o conhecimento sobre o volume, consistência e demais características do medicamento assim como as estruturas anatômicas e os tipos de vias que iremos usar. Uma Introdução ADMINISTRANDO INJEÇÕES Estrutura de uma seringa Estrutura de uma agulha Tipos de agulhas Tipos de Cateter venosos periféricos (jelco) DISPOSITIVO DE INFUSÃO INTRAVENOSA (SCALP) Dicas importantes ADMINISTRANDO INJEÇÕES Intradérmica Subcutânea Endovenosa ou Introvenosa Intramuscular Músculo vasto lateral; Músculo reto femoral; Área ventroglutea; Área dorsoglutea; Músculo deltoide. Quais são as vias? ADMINISTRANDO INJEÇÕES IntradérmicaIntradérmica Finalidade:Finalidade: Volume: Locais de aplicação: Introdução de medicamentos na derme. até 0,5 ml (0,1ml – 0,5ml) face interna ou ventral do antebraço e região escapular É indicada para teste de sensibilidade alérgica, e/ou tuberculose (PPD) e aplicação de vacinas (BCG) 10º a 15º pápu la IntradérmicaIntradérmica MATERIAIS NECESSÁRIOS Medicação Bandeja ou cuba rim Agulha fina (13X8 ou 13x4,5) Seringa (1 ml / 3 ml) Algodão Álcool 70% Luvas de procedimento 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. • Verifique a prescrição médica; • Lave as mãos; • Explique o procedimento ao paciente, e permaneça por perto durante cerca de 30 minutos depois da injeção, para o caso de apresentar uma reação alérgica grave; • Escolha o local de injeção; • Para usar a parte ventral do antebraço, faça com que o paciente se sente e estenda um braço. Certifique-se de que o braço esteja apoiado; • Calce as luvas, em seguida, embeba a compressa com álcool e limpe a parte ventral do antebraço em uma área 2 a 3 dedos distal ao espaço antecubital. Avalie se o local está livre de pelos e manchas. Deixe a pele secar naturalmente; • Segure o antebraço do paciente com a mão não-dominante e estique a pele; IntradérmicaIntradérmica DESCRIÇÃO DA TÉCNICA • Com a mão dominante, segure a agulha em um ângulo de 10 a 15 graus com o braço do paciente, com o bisel da agulha voltado para cima; • Introduza a agulha por cerca de 3 mm abaixo da epiderme. Pare quando a extremidade do bisel estiver sob a pele; • Injete suavemente o antígeno. Você deve sentir alguma resistência e ver a formação de uma pápula, conforme mostra a figura; • Retire a agulha no mesmo ângulo em que a inseriu; • Descarte as luvas, agulhas e seringas em local apropriado; IntradérmicaIntradérmica DESCRIÇÃO DA TÉCNICA • Anote o nome do medicamento ou antígeno administrado, a dose administrada, o local, a hora, data e a resposta do paciente. Ao registrar os resultados do teste, faça-o para cada local de injeção. Notifique imediatamente a equipe quando ocorrer uma reação alérgica. SubcutâneaSubcutânea Finalidade: Introduzir apenas 2/3 da agulha em pacientes magros. Indicada para administrar anticoagulantes (heparina, clexane), hipoglicemiantes (insulina) e vacinas (antirrábica e anti-sarampo É injetada pequena quantidade de medicamento líquido (0,5 a 1,0 ml)Volume: Locais de aplicação: Tecido subcutâneo abaixo da pele do paciente. • Face externa do antebraço; • Face externa ou anterior da coxa; • Parede abdominal; Agulhas utilizadas: Angulações da agulha: SubcutâneaSubcutânea • Aspiração: 25 x 7 ou 25 x 8; • Aplicação: 13 x 3,8, 13 x 4,5 ou 10 x 5. • Indivíduos magros: ângulo de 30°; • Indivíduos normais: ângulo de 45°; • Indivíduos obesos: ângulo de 90º. Não administrar quando a pele ou tecido subjacente estiver muito adiposo Medicação Bandeja ou cuba rim Agulha fina (13X8 ou 13x4,5) Seringa identificada: (1 ml / 3 ml) Algodão Álcool 70% Luvas de procedimento 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. SubcutâneaSubcutânea MATERIAIS NECESSÁRIOS Nome do cliente, nome da medicação, leito e horário. Lavar as mãos. Realizar o preparo da medicação no Posto de Enfermagem. Reunir o material e levar ao leito do cliente. Orientar o cliente e/ou o acompanhante sobre o que será feito. Preparar o ambiente solicitando a saída de acompanhantes e/ou posicionando o biombo de maneira que favoreça privacidade ao cliente, dependendo da área escolhida para a aplicação. Selecione um local de injeção apropriado. SubcutâneaSubcutânea DESCRIÇÃO DA TÉCNICA Com a sua mão não dominante, agarre a pele ao redor do ponto de injeção firmemente para elevar o tecido subcutâneo, formando uma dobra de gordura de 2,5cm. → (chamamos de prega) Segurando a seringa com a sua mão dominante, insira a bainha da agulha entre os dedos anelar e mínimo da sua outra mão enquanto agarra a pele ao redor do ponto de injeção. Puxe para trás a seringa com a sua mão dominante para descobrir a agulha agarrando a seringa como um lápis. Não toque na agulha. Posicione a agulha com o bisel para cima. Insira a agulha rapidamente em um único movimento. Libere a pele do cliente para evitar a injeção da medicação em um tecido comprimido e irritar as fibras nervosas. Após a injeção, remova a agulha delicadamente (mas de forma rápida) na mesma angulação utilizada para a inserção. SubcutâneaSubcutânea DESCRIÇÃO DA TÉCNICA EndovenosaEndovenosa Finalidade: Permite a aplicação de medicações diretamente na corrente sanguínea através de uma veia, obtendo assim resposta do paciente imediata do medicamento. A administração pode variar desde uma única dose até uma infusão continua. Locais de aplicação: Região dos membros superiores – área em que encontramos vários locais disponíveis para realizar a punção, como: veia cefálica, veia basílica, veia mediana do cotovelo, veias da fossa antecubital. A fossa cubital é veia periférica de maior calibre e melhor visualização, bem utilizada em coleta de exames ou punções de emergências. Região do dorso da mão – área em que encontramos veias superficiais de fácil acesso, porém atenção à punção de longa duração nesse local, pois pode limitar os movimentos: veia basílica, veia cefálica, veias metacarpianas dorsais. EndovenosaEndovenosa Medicação (s/n) Bandeja ou cuba rim Agulha prórpia, jelco, scalp... Seringa (5 ml ou 10 ml) Garrote. Algodão Esparadrapo ou micropore Caneta SF 0,9% ampola de 10 ml. Álcool 70% Luvas de procedimento 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. MATERIAIS NECESSÁRIOS EndovenosaEndovenosa Lavar as mãos. Reunir o material e levar próximo ao cliente. Orientar o cliente e/ou o acompanhante sobre o procedimento que será realizado. Posicionar o cliente de forma confortável. Escolher um acesso venoso de melhor calibre, preferencialmente no antebraço. Calçar luva de procedimento. Garrotear o membro a ser puncionado, acima do local da punção (evitar garrotear direto sobre a pele o cliente, colocar uma folha de papel toalha ou garrotear sobre a manga da roupa para tornar a técnica mais confortável para o cliente). Realizar antissepsia do local de punção com algodão embebido em álcool a 70% em movimentos únicos do distal para o proximal. DESCRIÇÃO DA TÉCNICA EndovenosaEndovenosa Segurar a pele firmemente com a mão não dominante, enquanto segura o cateter com a outra mão. Inseri-lo na pele com o bisel voltado para cima, em ângulo de 30º, cerca de 1 cm abaixo do local de introdução no vaso, no trajeto da veia. Quando observar retorno venoso (refluxo), avançar o cateter para dentro da veia, mantendo o eixo do cateter e em seguida, ir retirando a agulha guia gradualmente → jelco Soltar o garrote. Conectar o equipo polifix já salinizado com SF 0,9%. Fixar o cateter com a fita adesiva, evitando movimentos no local puncionado para não traumatizar ou perder a inserção. Abrir uma das vias do dispositivo para umarápida “lavagem” na extensão com SF 0,9% para evitar obstrução do acesso por formação de coágulo. → Realizar flushing Colocar a data e o período sobre a fixação para controle de 72 horas. DESCRIÇÃO DA TÉCNICA EndovenosaEndovenosa IntramuscularIntramuscular Cinco músculos podem ser utilizados: deltóide, vasto-lateral, dorsoglúteo, ventroglúteo e reto femural Quanto ao volume que cada músculo pode receber... IntramuscularIntramuscular COMPRIMENTO DA AGULHA Somente administre medicamentos próprios para IM Músculo Vasto LateralMúsculo Vasto Lateral INTRAMUSCULAR Localizado na região antero-lateral da coxa: um palmo acima do joelho e um palmo abaixo do osso da coxa Os pacientes devem ser posicionados em decúbito dorsal com o joelho ligeiramente flexionado ou sentado na vertical; O músculo vasto lateral apresenta como características: Quantidade menor de nervos e vasos sanguíneos; Possibilita absorção rápida do fármaco; Frequentemente utilizada em bebês e crianças para imunizações Músculo Vasto LateralMúsculo Vasto Lateral INTRAMUSCULAR Músculo Reto FemoralMúsculo Reto Femoral INTRAMUSCULAR Localiza-se na parte anterior da coxa: um palmo acima do joelho e um palmo abaixo do osso da coxa Peça ao paciente para ficar em decúbito dorsal, ou sentado na vertical Volume máximo no adulto é de 4-5 ml Vantagem: Pode ser usado facilmente pelos pacientes para auto-administração de medicamentos. Desvantagem: Pessoas com os músculos pouco desenvolvidos podem sentir mais desconforto. Sua borda medial fica bem próxima do nervo ciático e vasos sanguíneos importantes. Região ventroglúteaRegião ventroglútea INTRAMUSCULAR Região profunda e longe da maioria dos nervos e vasos sanguíneos; Em pacientes com diarreia, há menor chance de contaminação; Região facilmente identificada por ter estar próxima a uma região óssea proeminente; Local ideal para administração de medicações que tem maior volume, viscosos e irritantes em bebês, crianças e adultos. A região ventroglútea é área mais segura para injeção na região glútea, sendo mais recomendada como local de escolha para injeções IM, uma vez que previne a punção acidental de nervos e vasos sanguíneos. VANTAGENS Posicione o paciente em decúbito lateral ou dorsal Peça para ele flexionar os joelhos e quadris Coloque o dedo indicador sobre a crista ilíaca antero-superior; Região ventroglúteaRegião ventroglútea INTRAMUSCULAR DESCRIÇÃO DA TÉCNICADESCRIÇÃO DA TÉCNICA Com a palma da mão sobre a cabeça do fêmur (trocanter); Em seguida, deslize o dedo médio para para formar um V Aplicar a injeção (90º) no centro do V. Região dorsoglúteaRegião dorsoglútea INTRAMUSCULAR Os pacientes devem ser posicionados em decúbito ventral; Características: Muito dolorosa devido a presença do nervo cutâneo lateral. Indicação: Crianças maiores de 5 anos, adolescentes e adultos. pés voltados para dentro Identificar o local desenhando uma linha imaginária que inicia-se na espinha ilíaca póstero-superior indo em direção ao trocanter maior do fêmur e, outra linha na posição horizontal seccionando o ponto médio da primeira linha; Administrar a injeção no quadrante superior externo. Músculo deltóideMúsculo deltóide INTRAMUSCULAR Paciente sentado, deitado ou em pé com os braços relaxados Medir 4 dedos abaixo do ombro; Segurar o músculo durante a introdução da agulha (prega) Bizel lateralizado Inserir calmamente, aspirar e injetar Retire a agulha rápido Horário de administração; A via escolhida; Local administrado; Referência de lado (esquerdo ou direito); Se houve intercorrências ou não. Anotação de EnfermagemAnotação de Enfermagem O profissional de enfermagem deverá anotar: Exemplo: 20:00 – Administrado item 1 da prescrição médica em região dorsoglútea esquerda, quadrante superior externo, sem intercorrências ——— nome/COREN-PA. RESUMO DA AULA VIAS DE ADMINISTRAÇÃO - PARENTERALVIAS DE ADMINISTRAÇÃO - PARENTERAL VIAS SUBCUTÂNEA (SC) INTRADÉRMICA (ID) INTRAMUSCULAR (IM) ENDOVENOSA (EV) ABSORÇÃO UTILIDADE LIMITES E PRECAUÇÕES Lenta Muito Lenta Lenta Efeitos imediatos Suspensões insolúveis Testes alérgicos/ BCG/adrenalina Volumes moderados Veículos oleosos Subst. irritantes Emergência Para grandes vol Subst irritantes Pequenos volumes Dor e necrose Risco de efeitos adversos ↑ Adm. lenta Só solução aquosa Pode interferir em exames e causar dor Administrar doses peq. ↓vol máx 0,5ml TURMA DISPENSADA! PROVA 1ª AVALIAÇÃO: SEG (22/11) ÀS 19H (PRESENCIAL E VIA MEET)
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