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Avaliação Avaliativa - A2 Disciplina: Gestão de Marketing Professor: Ronaldo Alipio da Costa Piloto Campus: Tijuca Aluna: Rafaella Chianca Gazzaneo Matrícula: 20172100912 Turno: Noite Cáp. 17 - Planejamento e Gestão da Comunicação Integrada de Marketing Quando é bem elaborada, a comunicação de marketing pode ser extremamente recompensadora. Este capítulo descreve como a comunicação funciona e o que a comunicação de marketing pode fazer por uma empresa. Além disso, aborda como os profissionais de marketing holístico combinam e integram as comunicações de marketing. O marketing moderno exige mais do que desenvolver um produto adequado a um preço atraente e torná-lo acessível. As empresas precisam também se comunicar com os stakeholders atuais e potenciais, bem como com o público em geral. Para a maioria das empresas, portanto, a questão não é se, mas sim o quê, como e quando, para quem e com que frequência comunicar. Os consumidores têm à disposição centenas de canais de TV a cabo e via satélite, milhares de revistas e jornais e milhões de páginas de Internet. E vêm assumindo um papel mais ativo na decisão de quais comunicações querem receber e também como querem se comunicar com os outros sobre os bens e serviços que usam. Para atingir e influenciar efetivamente os mercados-alvo, os profissionais de marketing holístico têm empregado de maneira criativa diversas formas de comunicação. A Ocean Spray — uma cooperativa agrícola de produtores de cranberry — recorreu a uma variedade de veículos de comunicação para mudar a sorte de suas vendas. A comunicação de marketing é o meio pelo qual as empresas buscam informar, persuadir e lembrar os consumidores — direta ou indiretamente — sobre os produtos e as marcas que comercializam. Em certo sentido, a comunicação de marketing representa a voz da empresa e de suas marcas; é o meio pelo qual ela estabelece um diálogo com seus consumidores e constrói relacionamentos com eles. Ao reforçar a fidelidade do cliente, a comunicação de marketing pode contribuir para o “customer equity”. A comunicação de marketing também colabora com os consumidores ao mostrar como e por que um produto é usado, por quem, quando e onde. Os consumidores ficam sabendo quem o fabrica e o que a empresa e a marca representam; podem, ainda, receber um incentivo pela experimentação ou pelo uso. A comunicação de marketing permite às empresas conectar suas marcas a outras pessoas, lugares, eventos, marcas, experiências, sensações e objetos. Posicionando a marca na memória e criando uma imagem de marca, a comunicação de marketing pode contribuir com a formação do brand equity, bem como impulsionar as vendas e até mesmo afetar seu valor para os acionistas. A tecnologia e outros fatores mudaram profundamente o modo como os consumidores processam as comunicações, e até mesmo se eles optam por processá-las no final das contas. A rápida difusão de smartphones multiuso, de conexões de Internet de banda larga e sem fio e de gravadores de vídeo digital (DVR, do inglês digital vídeo recorder) capazes de excluir os comerciais desgastaram a eficácia dos meios de comunicação de massa. Em 1960, uma empresa conseguia atingir 80 por cento das mulheres norte-americanas com um comercial de 30 segundos exibido simultaneamente em três redes de TV: ABC, CBS e NBC. Hoje em dia, o mesmo comercial teria que ser veiculado em 100 canais ou mais para atingir esse feito de marketing. Os consumidores não somente têm mais opções de mídia, eles também podem decidir se e como querem receber mensagens publicitárias. A seção Novas Ideias em marketing: “Não toque no controle remoto” descreve a evolução da propaganda televisiva. No entanto, por mais que algumas empresas fujam da mídia tradicional, ainda assim elas enfrentam desafios. O entulho comercial se amontoa. Em média, o habitante de uma cidade está exposto a cerca de 3 mil a 5 mil mensagens publicitárias por dia. Vídeos de curta duração e anúncios são exibidos em postos de gasolina, supermercados, consultórios médicos e grandes varejistas. Ovos vendidos em supermercados foram carimbados com os nomes de programas da rede de televisão CBS; catracas do metrô levam o nome da GEICO; embalagens de comida chinesa promovem a Continental Airlines; e a US Airways vendeu espaço publicitário em sacos para enjoo. Dubai vendeu direitos de branding corporativo a 23 das 47 estações e duas linhas de metrô em seu novo sistema de transporte ferroviário de massa. Comunicações de marketing em quase todos os meios e formas estão em alta, e alguns consumidores os consideram cada vez mais invasivos. Os profissionais de marketing devem ser criativos no uso da tecnologia, mas sem se intrometer na vida dos consumidores. O fato de os consumidores passarem a exercer um comando maior no mercado talvez seja mais evidente nas transmissões de televisão, nas quais os DVRs permitem que eles “pulem” os comerciais com um simples toque no botão de fast- forward. As estimativas dão conta de que 34% dos lares norte-americanos no final de 2009 possuíam aparelhos de DVR; entre os telespectadores que os utilizam, de 60% a 70% pulam os comerciais (os outros gostam de assistir aos anúncios, não se incomodam com eles ou são indiferentes). Uma pesquisa mostra que, enquanto se concentram em um comercial para avançar rapidamente por ele, na realidade os consumidores assimilam e se lembram de uma quantidade razoável de informações. Os anúncios de maior sucesso no modo fast- forward foram aqueles já vistos pelos consumidores, os que utilizavam personagens conhecidos e os que não tinham muitas cenas. Também ajudava ter informações relacionadas com a marca no centro da tela, onde o olhar dos telespectadores focaliza enquanto a imagem é adiantada. Embora os consumidores estejam mais propensos a se lembrar de um anúncio um dia depois de o terem assistido integralmente, algum recall de marca ocorre mesmo depois de um anúncio ter sido deliberadamente acelerado. Outro desafio enfrentado pelas empresas há muito tempo é a tendência dos telespectadores de mudar de canal durante os intervalos comerciais. Recentemente, porém, a Nielsen, que analisa a audiência de programas de televisão, começou a oferecer a mensuração de anúncios específicos. Antes, os anunciantes tinham que pagar com base na audiência do programa, ainda que de 5% a 15% dos consumidores mudassem de canal temporariamente. Agora, eles podem pagar com base na audiência real no momento em que seu anúncio é exibido. Para aumentar a audiência durante os intervalos comerciais, as principais emissoras e redes a cabo têm encurtado sua duração e postergado sua veiculação até que os telespectadores estejam, provavelmente, mais envolvidos com um programa. O mix de comunicação de marketing consiste em oito principais formas de comunicação: 1. Propaganda — qualquer forma paga de apresentação e promoção não pessoais de ideias, mercadorias ou serviços por um anunciante identificado via mídia impressa (jornais, revistas), eletrônica (rádio e televisão), em rede (telefone, cabo, satélite, wireless) e expositiva (painéis, placas de sinalização e cartazes). 2. Promoção de vendas — uma variedade de incentivos de curta duração para estimular a experimentação ou a compra de um bem ou serviço, incluindo promoções de consumo (como amostras, cupons e prêmios), promoções comerciais (como bonificações de propaganda e exposição) e promoções corporativas e da força de vendas (concursos para representantes de vendas). 3. Eventos e experiências — atividades e programas patrocinados por uma empresa e destinados a criar em uma base diária, ou em ocasiões especiais, interações com os consumidores, que estejam associadas à marca, incluindo esportes, artes, entretenimento e eventos associados a uma causa social, bem como atividades menos formais.4. Relações públicas e publicidade — uma variedade de programas internos dirigidos para os funcionários da empresa ou externos, dirigidos para os consumidores, outras empresas, o governo e a mídia, para promover ou proteger a imagem de uma empresa ou a comunicação de cada um de seus produtos. 5. Marketing direto — uso de correio, telefone, fax, e-mail ou Internet para estabelecer comunicação direta com clientes específicos e potenciais ou para a solicitação de uma resposta direta ou diálogo. 6. Marketing interativo — atividades e programas on-line destinados a envolver clientes atuais ou potenciais e, direta ou indiretamente, aumentar a conscientização, melhorar a imagem ou gerar vendas de bens e serviços. 7. Marketing boca a boca — comunicação de uma pessoa para outra, verbal, escrita ou eletrônica que se refere aos méritos ou às experiências de compra ou uso de bens ou serviços. 8. Vendas pessoais — interação pessoal (cara a cara) com um ou mais compradores potenciais com o propósito de apresentar bens ou serviços, responder a perguntas e estimular a venda. O modo como as associações de marca se formam não importa. Em outras palavras, se o consumidor faz uma associação forte, favorável e exclusiva da marca Subaru com os conceitos de “ar livre”, “ativo” e “rústico” por causa da exibição de um comercial na TV que mostra o carro percorrendo um terreno acidentado em diferentes épocas do ano ou pelo fato de a Subaru patrocinar competições de esqui, caiaque e mountain bike, o impacto em relação ao brand equity da Subaru deve ser idêntico. No entanto, as atividades de comunicação de marketing devem estar integradas a fim de transmitirem uma mensagem coerente e um posicionamento estratégico. O ponto de partida do planejamento da comunicação de marketing é uma auditoria de comunicação que faz um levantamento de todas as interações que os clientes no mercado-alvo possam ter com a marca e a empresa e com todos os seus bens e serviços. Por exemplo, quando uma pessoa está interessada em comprar um computador novo, ela conversa com outras, vê comerciais na televisão, lê artigos, busca informações na Internet e examina computadores em uma loja. Para implementar os programas de comunicação mais adequados e alocar recursos com eficácia, os profissionais de marketing precisam avaliar que tipos de experiência e impressão exercem mais influência em cada etapa do processo de compra. Munidos desses insights, eles podem julgar a comunicação de marketing de acordo com sua capacidade de afetar experiências e impressões, construir fidelidade de clientes e brand equity e incentivar as vendas da marca. Até que ponto, por exemplo, uma propaganda contribui para a conscientização ou para a criação, a manutenção ou o fortalecimento das associações de marca? Um patrocínio faz com que os consumidores tenham opiniões e sentimentos mais favoráveis sobre a marca? Em que medida uma promoção os estimula a comprar mais de um produto? A que preço premium? Pela perspectiva da construção do brand equity, os profissionais de marketing devem ser “imparciais quanto a mídias” e avaliar todas as opções possíveis de comunicação de acordo com critérios de eficácia (em que medida a opção funciona bem) e de eficiência (quanto ela custa). O profissional de marketing deve compreender os elementos fundamentais da comunicação eficaz. Existem dois modelos úteis para isso: um macromodelo e um micromodelo. Macromodelo: A figura abaixo mostra um macromodelo com os nove principais elementos de uma comunicação eficaz. Dois deles representam as principais partes envolvidas — o emissor e o receptor. Outros dois representam as principais ferramentas: a mensagem e o meio. Outros quatro elementos representam as principais funções de comunicação — codificação, decodificação, resposta e feedback. O último elemento no sistema é o ruído, mensagens aleatórias e concorrentes que podem interferir na comunicação pretendida. O emissor precisa saber quais públicos deseja atingir e que reações pretende gerar. Deve codificar a mensagem para que o público-alvo a decodifique. Precisa também transmitir a mensagem por meios que alcancem o público-alvo e desenvolver canais de feedback para monitorar as respostas. Quanto mais o campo de experiência do emissor se sobrepõe ao do receptor, mais eficaz é a comunicação. Os processos de atenção seletiva, distorção seletiva e retenção seletiva podem estar operantes durante a comunicação. Micromodelo: Os micromodelos de comunicação de marketing se concentram nas respostas específicas do consumidor à comunicação. Pressupõe que o comprador passa por um estágio cognitivo, um afetivo e um comportamental, nessa ordem. A sequência “aprender-sentir-agir” é apropriada quando o público tem grande envolvimento com uma categoria de produtos percebida como de alta diferenciação, como um automóvel ou uma casa. Uma sequência alternativa, “agir-sentir- - aprender” é relevante quando o público apresenta grande envolvimento com o produto, mas percebe pouca ou nenhuma diferenciação entre os produtos da categoria, como na compra de uma passagem aérea ou de um computador. Uma terceira sequência, “aprender-agir-sentir” é importante quando o público tem pouco envolvimento e percebe pouca diferenciação entre os produtos da categoria, como na compra de sal ou de pilhas. Quando escolhe a sequência certa, o profissional de marketing consegue planejar melhor sua comunicação. Cáp. 18 – Gerenciamento de Comunicação da Massa Embora tenha ocorrido recentemente um enorme aumento do uso de comunicações pessoais por parte das empresas, devido à rápida penetração da Internet e de outros fatores, o fato é que a mídia de massa, se usada corretamente, continua sendo relevante como componente de um moderno programa de comunicação de marketing. Os velhos tempos do “se você criar uma grande propaganda, os clientes virão”, no entanto, já se foram. Para gerar interesse no consumidor e vendas, com frequência os meios de comunicação de massa têm de ser complementados por outras formas de comunicação e cuidadosamente integrados com elas. A propaganda pode ser uma forma rentável de disseminar mensagens, seja para desenvolver uma preferência de marca, seja para instruir as pessoas. Até mesmo no ambiente de mídia desafiador dos dias de hoje, propagandas eficazes podem compensar. Para desenvolver um plano de propaganda, os gerentes de marketing devem sempre começar pela identificação do mercado-alvo e dos motivos que levam os consumidores à compra. Depois, podem tomar as cinco principais decisões, conhecidas como “os 5 M’s”. Missão: quais são os objetivos da propaganda? Moeda: quanto gastar e como distribuir os gastos entre os vários tipos de mídia? Mensagem: que mensagem deve ser transmitida? Mídia: que meios devem ser utilizados? Mensuração: como serão avaliados os resultados? Os objetivos da propaganda devem resultar de decisões previamente tomadas sobre o mercado-alvo, o posicionamento da marca e o plano de marketing. Um objetivo da propaganda é uma tarefa específica de comunicação e um nível de sucesso a ser atingido em meio a determinado público e dentro de um prazo específico. Como uma empresa sabe se está despendendo a quantia certa? Embora a propaganda seja tratada como uma despesa corrente, parte dela é, na verdade, um investimento na construção de brand equity e fidelidade dos clientes. Quando uma empresa gasta US$ 5 milhões em bens de capital, ela pode tratar o equipamento como um ativo amortizável em cinco anos e dar baixa de apenas um quinto do custo no primeiro ano. Quando ela gasta US$ 5 milhões em propaganda para lançar um produto, deve amortizar o custo integral no primeiro ano, reduzindo o lucro lançado no balanço, ainda que os efeitos persistam durante muitos anos. A função de resposta predominante da propaganda é frequentemente côncava,mas também pode se apresentar em forma de S. Quando a resposta do consumidor aparece em forma de S, certa quantidade positiva de propaganda é necessária para gerar algum impacto de vendas, mas o aumento nas vendas acaba se achatando. Um estudo clássico identificou que o aumento do orçamento de propaganda na TV teve um efeito mensurável sobre as vendas apenas na metade das vezes. A taxa de sucesso era maior para novos produtos ou extensões de linha do que para marcas estabelecidas, e também quando havia mudanças na redação ou na estratégia de mídia (como um mercado-alvo expandido). Quando se anunciava um aumento nas vendas, o impacto da notícia durava até dois anos após o pico de gastos. Além disso, as vendas incrementais geradas no longo prazo eram aproximadamente o dobro das vendas incrementais observadas no primeiro ano de um aumento nos gastos com propaganda. Durante o desenvolvimento e a avaliação de uma campanha de propaganda, os profissionais de marketing usam tanto arte quanto ciência para elaborar a estratégia da mensagem ou o posicionamento de uma propaganda — o que a propaganda tenta transmitir sobre a marca — e sua estratégia criativa — como a propaganda expressa as vantagens da marca. Os anunciantes passam por três etapas: criação e avaliação da mensagem, desenvolvimento e execução criativos e análise da responsabilidade social. Hoje em dia, muitas propagandas de carros apresentam certa semelhança entre si — um carro em alta velocidade percorrendo uma montanha sinuosa ou atravessando um deserto. Os anunciantes estão sempre em busca da “grande ideia” que se conecte com os consumidores de modo racional e emocional, que se distinga nitidamente da marca dos concorrentes e seja ampla e flexível o suficiente para se traduzir em diferentes mídias, mercados e períodos de tempo. Novas percepções são importantes para evitar o uso dos mesmos apelos e posição que os outros. Normalmente, uma boa propaganda enfoca uma ou duas proposições principais de venda. Como parte do refinamento do posicionamento de marca, o anunciante deve realizar uma pesquisa de mercado para determinar qual apelo funciona melhor entre seu público-alvo e, então, preparar um briefing criativo que costuma ter uma ou duas páginas. Trata-se de uma elaboração da declaração de posicionamento, e inclui questões como mensagem principal, público-alvo, objetivos da comunicação (fazer, saber, acreditar), principais benefícios da marca, sustentações à promessa da marca e mídias. Quantos temas alternativos de propaganda o anunciante cria antes de tomar uma decisão? Quanto maior o número de propagandas criadas, maior a probabilidade de encontrar uma excelente. Felizmente, o departamento de criação de uma agência pode, em pouco tempo, compor várias alternativas de propagandas a partir de arquivos digitais que contenham fotos e imagens de vídeo. Também é possível reduzir drasticamente o custo de criação usando os consumidores como equipe de criação, uma estratégia chamada “fonte aberta” ou “crowdsourcing”. O impacto da propaganda depende não somente do que é dito, mas às vezes até mais, de como é dito. A execução da mensagem pode ser decisiva. Todo veículo de propaganda apresenta vantagens e desvantagens. Analisaremos três deles: TV, mídia impressa e rádio. Propagandas em TV De modo geral, a televisão é tida como o veículo mais poderoso de propaganda, e atinge um amplo espectro de consumidores a um custo baixo por exposição. A propaganda televisiva possui duas vantagens particularmente importantes. Em primeiro lugar, pode demonstrar vividamente os atributos do produto e explicar de maneira persuasiva seus benefícios ao consumidor. Em segundo, pode retratar com dramaticidade imagens do uso e do usuário, a personalidade da marca e outros fatores intangíveis. No entanto, devido à natureza fugaz da mensagem e aos elementos criativos muito presentes em propagandas de TV, que potencialmente provocam distração, as mensagens relacionadas com o produto e com a própria marca podem ser ignoradas. Além disso, o grande número de propagandas inseridas na programação de TV cria uma saturação que acaba fazendo com que ela seja facilmente ignorada ou esquecida pelo consumidor. Entretanto, propagandas de TV bem elaboradas e executadas são capazes de melhorar o brand equity e impactar vendas e lucros. No setor altamente competitivo de seguros, a propaganda pode ajudar uma marca a se sobressair. A mídia impressa se caracteriza por um total contraste em relação à mídia eletrônica. Visto que os leitores impõem seu próprio ritmo à leitura, revistas e jornais podem oferecer um grande número de informações detalhadas sobre o produto e comunicar com eficácia o imaginário do usuário e do uso. Ao mesmo tempo, a natureza estática das fotos na mídia impressa dificulta a apresentação e a demonstração dinâmicas, e pode ser consideravelmente passiva. Os dois principais veículos impressos — revistas e jornais — compartilham vantagens e desvantagens. Embora os jornais tenham um bom timing e penetração, as revistas normalmente são mais eficazes na construção do imaginário do usuário e do uso. Os jornais diários costumam ser muito utilizados para propaganda local — principalmente de lojas. Em um dia normal, aproximadamente de metade a três quartos dos adultos norte-americanos leem um jornal, embora cada vez mais prefiram a versão eletrônica. A circulação de jornais caiu quase nove por cento em 2009.17 Apesar de os anunciantes terem alguma flexibilidade na criação e na colocação de anúncios em jornais, a qualidade inferior da reprodução e o curto período de exposição podem diminuir seu impacto. Pesquisadores que estudam as propagandas impressas relatam que os principais elementos são, em ordem de importância, foto, título e texto. A foto deve ser forte o suficiente para chamar a atenção. O título deve reforçá- la e fazer com que a pessoa leia o texto. O texto em si precisa ser envolvente, e o nome da marca deve estar bem destacado. Ainda assim, um anúncio realmente notável será percebido por menos de 50 por cento do público exposto a ele. Cerca de 30 por cento se lembrará do argumento principal do título; cerca de 25 por cento se lembrará do nome do anunciante; e menos de 10 por cento chegará a ler a maior parte do texto. Anúncios medíocres não atingem nem sequer esses resultados. O rádio é um veículo penetrante: 93 por cento dos norte-americanos com mais de 12 anos escutam rádio diariamente e, em média, mais de 20 horas por semana. E esses números têm se sustentado nos últimos anos. A maioria das pessoas escuta rádio no carro e fora de casa. À medida que o acesso a transmissões de áudio e vídeo pela Internet ganha terreno, as tradicionais estações de rádio AM/FM sentem a pressão e respondem por menos da metade de tudo que se ouve em casa.19 Talvez a principal vantagem desse meio seja a flexibilidade — as estações têm público bem definido, as propagandas são relativamente baratas de criar e veicular e as finalizações rápidas possibilitam respostas rápidas. O rádio é especificamente eficaz no período da manhã; também permite que as empresas alcancem um equilíbrio entre cobertura ampla e local. As desvantagens óbvias do rádio são a falta de imagens e a natureza relativamente passiva do processamento das mensagens por parte do consumidor. Por outro lado, as propagandas em rádio podem ser extremamente criativas. Alguns transformam a falta de imagens em um benefício, porque percebem que o uso inteligente de músicas, sons e outros elementos criativos pode aguçar a imaginação do ouvinte e, assim, criar imagens relevantes e agradáveis. Fazer uma seleção de mídia significa encontrar o meio mais eficaz em termos de custo para oferecer o número e o tipo de exposições desejados ao público-alvo. O que queremos dizer com número de exposições desejado? O anunciante busca um objetivoespecífico de propaganda e certa resposta do público-alvo — por exemplo, determinado nível de experimentação do produto. Esse nível dependerá, entre outros fatores, do nível de reconhecimento da marca por parte do público. O planejador de mídia precisa conhecer a capacidade dos principais tipos de mídia de conseguir cobertura, frequência e impacto. Esses profissionais escolhem entre as diversas categorias de mídia considerando variáveis como hábitos de mídia do público-alvo, características do produto, requisitos da mensagem e custo. Nos últimos anos, a redução na eficácia dos meios tradicionais de comunicação de massa tem levado os anunciantes a aumentar sua ênfase em meios alternativos e propaganda. A propaganda externa é uma categoria ampla que abrange diversas formas criativas e inusitadas para atrair a atenção dos consumidores. A explicação para isso é que é mais fácil atingir as pessoas nos ambientes onde elas trabalham, divertem-se e, obviamente, fazem compras. Algumas das opções mais usuais são outdoors, espaços públicos, product placement e pontos de venda. Os outdoors se transformaram com o passar do tempo, e atualmente utilizam artes gráficas coloridas e produzidas digitalmente, iluminação, sons, movimento e imagens incomuns, até tridimensionais. Cada vez mais, os anunciantes têm colocado propagandas em locais inusitados, como cinemas, aviões, academias de ginástica, além de salas de aula, estádios e elevadores de prédios comerciais, hotéis e outros locais públicos. Os anunciantes pagam de US$ 100 mil a até US$ 500 mil nos Estados Unidos para que seus produtos façam breves aparições no cinema e na televisão. Em alguns casos, o product placement resulta de um acordo mais abrangente de propaganda em rede; em outros, resulta do trabalho de pequenas agências especializadas que mantêm vínculos estreitos com cenógrafos e executivos de produção. O product placement não está imune a críticas; legisladores desaprovam cada vez mais sua natureza dissimulada e ameaçam impor uma divulgação mais explícita dos anunciantes participantes. Suas decisões sobre a marca que comprarão 74% delas, de acordo com um estudo. Existem inúmeras maneiras de se comunicar com os consumidores no ponto de venda. A propaganda dentro de lojas inclui mensagens nos carrinhos de compra, nos corredores e nas prateleiras, além de ações promocionais como demonstrações no interior das lojas, experimentação no local e máquinas de cupons instantâneos, comuns no mercado norte-americano. Alguns supermercados vendem espaço no piso para aplicação de logotipos de empresas e testam uma nova tecnologia de prateleiras “que falam” com os consumidores. Rádios no ponto de venda veiculam uma programação ao estilo das estações FM em milhares de mercados e farmácias nos Estados Unidos. Além de um repertório musical selecionado pela loja, a programação inclui comerciais e dicas para os consumidores. Em algumas lojas, telas de projeção exibem comerciais como os da TV. A propaganda pode aparecer em praticamente qualquer lugar em que os consumidores disponham de alguns minutos ou até segundos para notá-la. A principal vantagem da mídia não tradicional é que um público muito específico e cativo pode ser atingido de maneira relativamente econômica. A mensagem deve ser simples e direta. Na verdade, a propaganda externa é muitas vezes denominada a “venda de 15 segundos”. É mais eficaz para intensificar a conscientização ou reforçar a imagem da marca do que criar novas associações. Ações de propaganda em locais alternativos que sejam criadas para sobressair na multidão também podem ser tidas como invasivas e inoportunas. Os consumidores costumam reagir ao ver anúncios em espaços tradicionalmente livres de propaganda, como escolas, patrulhas policiais e salas de espera de médicos. Entretanto, talvez devido à grande difusão da propaganda, alguns consumidores parecem se sentir menos incomodados com a mídia não tradicional do que no passado. O desafio da mídia não tradicional é demonstrar sua cobertura e eficácia por meio de pesquisa confiável e independente. Para que as despesas de marketing com meios não tradicionais se justifiquem, o consumidor deve ser afetado favoravelmente de alguma forma. Mas sempre haverá espaço para meios criativos de posicionar a marca diante dos consumidores, como ocorreu com o jogo de realidade alternativa do McDonald’s chamado “The Lost Ring” (“O anel perdido”). A seção Novas Ideias em Marketing “Brincando com as marcas” descreve o surgimento de novas tendências no marketing em geral.
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