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Prática como componente curricular

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PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR (PCC) / AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - CEL0379
Discente: Aline Fernandes Colombini Eustáquio
1. Quais são os instrumentos do Sistema de Avaliação da Educação Básica?
 	O INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) vinculada ao Ministério da Educação (MEC), realiza avaliações e exames com o intuito de construir com indicadores que demonstrem a qualidade da educação básica e da educação superior, sua tarefa é contribuir com a formulação de políticas educacionais dos diferentes níveis de governo através do desenvolvimento econômico e social do país. Esses indicadores educacionais são medidas construídas a partir dos diferentes dados produzidos pelo INEP e que ajudam no processo de avaliação educacional. São úteis, principalmente, para o monitoramento dos sistemas educacionais, considerando o acesso, a permanência e a aprendizagem. Na educação básica as principais avalições são: SAEB, IDEB, ENEM e ENCCEJA.
· Sistema Nacional da Educação Básica (SAEB): Instituído em 1990, atualmente apresenta informações a respeito das principais etapas da Educação Básica, desde o processo de alfabetização no Ensino Fundamental até a etapa final do Ensino Médio. Por meio de testes cognitivos e questionários, a cada dois anos investiga os principais envolvidos no processo educativo e oferece informações sobre estudantes, professores, dirigentes educacionais e os seus respectivos sistemas de ensino e escolas.
· Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB): Criado em 2007, o indicador combina os resultados do fluxo escolar, obtidos pelo Censo Escolar, com as médias de desempenho do SAEB. É divulgado a cada dois anos e serve como ferramenta para acompanhamento das metas da educação. 
· Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM): Criado em 1998 para avaliar o desempenho do estudante ao final da Educação Básica. Desde 2004 é usado também como mecanismo de seleção para o ingresso no Ensino Superior e a outros programas do Ministério da Educação.
· Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (ENCCEJA): Desde 2002 é ofertado a jovens e adultos residentes no Brasil e no exterior que não tiveram oportunidade de concluir seus estudos em idade própria e buscam certificação do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
2. O que é o IDEB? 
 	O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) foi criado em 2007 e reúne, em um só indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. O IDEB é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB). O IDEB agrega ao enfoque pedagógico das avaliações em larga escala a possibilidade de resultados sintéticos, facilmente assimiláveis, e que permitem traçar metas de qualidade educacional para os sistemas. O índice varia de 0 a 10. A combinação entre fluxo e aprendizagem tem o mérito de equilibrar as duas dimensões: se um sistema de ensino retiver seus alunos para obter resultados de melhor qualidade no SAEB, o fator fluxo será alterado, indicando a necessidade de melhoria do sistema. Se, ao contrário, o sistema apressar a aprovação do aluno sem qualidade, o resultado das avaliações indicará igualmente a necessidade de melhoria do sistema. O índice também é importante condutor de política pública em prol da qualidade da educação. É a ferramenta para acompanhamento das metas de qualidade para a educação básica, que tem estabelecido, como meta para 2022, alcançar média 6 – valor que corresponde a um sistema educacional de qualidade comparável ao dos países desenvolvidos.
3. O que é o SAEB e como ele funciona? Qual a abrangência e quais as áreas de conhecimento avaliadas?
 	O Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) é um conjunto de avaliações externas em larga escala que permite ao INEP realizar um diagnóstico da educação básica brasileira e de fatores que podem interferir no desempenho do estudante. Por meio de testes e questionários, aplicados a cada dois anos na rede pública e em uma amostra da rede privada, o SAEB reflete os níveis de aprendizagem demonstrados pelos estudantes avaliados, explicando esses resultados a partir de uma série de informações contextuais. O SAEB permite que as escolas e as redes municipais e estaduais de ensino avaliem a qualidade da educação oferecida aos estudantes. O resultado da avaliação é um indicativo da qualidade do ensino brasileiro e oferece subsídios para a elaboração, o monitoramento e o aprimoramento de políticas educacionais com base em evidências. As médias de desempenho dos estudantes, apuradas no SAEB, juntamente com as taxas de aprovação, reprovação e abandono, apuradas no Censo Escolar, compõem o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Realizado desde 1990, o SAEB passou por várias estruturações até chegar ao formato atual. A partir de 2019, a avaliação contempla também a educação infantil, ao lado do ensino fundamental e do ensino médio.
4. O que é o Censo Escolar e para que serve?
 	O Censo Escolar é o maior levantamento de dados estatísticos da educação brasileira, o Censo Escolar é realizado anualmente com a colaboração de todas as instituições públicas e privadas com oferta de ensino infantil, fundamental e médio. É uma ferramenta fundamental para que os atores educacionais possam compreender a situação educacional do país, das unidades federativas, dos municípios e do Distrito Federal, bem como das escolas e, com isso, acompanhar a efetividade das políticas públicas.
5. O que é o ENEM e para que serve?
 	O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) foi instituído em 1998, com o objetivo de avaliar o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. O exame aperfeiçoou sua metodologia e, em 2009, passou a ser utilizado como mecanismo de acesso à educação superior, por meio do Sistema de Seleção Unificada (SISU), do Programa Universidade para Todos (Pro Uni) e de convênios com instituições portuguesas. Os participantes do ENEM também podem pleitear financiamento estudantil em programas do governo, como o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES). Os resultados do ENEM continuam possibilitando o desenvolvimento de estudos e indicadores educacionais. Qualquer pessoa que já concluiu o ensino médio ou está concluindo a etapa pode fazer o ENEM para acesso à educação superior. Os participantes que ainda não concluíram o ensino médio podem participar do ENEM como “treineiros” e seus resultados no exame servem somente para auto avaliação de conhecimentos. A aplicação do ENEM ocorre em dois domingos. Os participantes fazem provas de quatro áreas de conhecimento: a) linguagens, códigos e suas tecnologias; b) ciências humanas e suas tecnologias; c) ciências da natureza e suas tecnologias; d) matemática e suas tecnologias, que somam 180 questões, ao todo. Os participantes também são avaliados por meio de uma redação, que exige o desenvolvimento de um texto dissertativo-argumentativo a partir de uma situação-problema. A Política de Acessibilidade e Inclusão do INEP garante atendimento especializado e tratamento pelo nome social, além de diversos recursos de acessibilidade. Pela primeira vez, o INEP realizou o Enem Digital, com aplicação em janeiro e fevereiro de 2021. 
6. Quais são as metas educacionais propostas no IDEB para o seu município?
 	As metas educacionais propostas no IDEB para o município de Belo Horizonte são avaliadas com base no aprendizado dos alunos em português e matemática (Prova Brasil) e no fluxo escolar (taxa de aprovação). O IDEB é um indicador de qualidade educacional que combina informações de desempenho em exames padronizados (Prova Brasil ou SAEB) – obtido pelos estudantes ao final das etapas de ensino (4ª e 8ª séries do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio) – com informações sobre rendimento escolar (aprovação). Entretanto, as metas estabelecidas pelo IDEB são diferenciadas para cada escola e redede ensino, com o objetivo único de alcançar 6 pontos até 2022, média correspondente ao sistema educacional dos países desenvolvidos. Em Belo Horizonte, o IDEB do ano 2019 alcançou nos anos iniciais da rede municipal a pontuação 6,0 (Figura 1 e 2). Belo Horizonte é um município brasileiro e a capital do estado de Minas Gerais. Sua população estimada pelo IBGE para 1.º de julho de 2020 era de 2. 521. 564 habitantes, sendo o sexto município mais populoso do país, o terceiro da Região Sudeste e primeiro de seu estado. A rede municipal de educação de Belo Horizonte é constituída pelas instituições públicas de educação mantidas pelo poder municipal, coordenadas pela Secretaria Municipal de Educação (SMED) e organizadas como Sistema Municipal de Educação (Lei 7.543/98). Atualmente, a rede própria conta com 323 escolas, sendo 145 Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEIS) e 178 Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEFS), atendendo a aproximadamente 168.983 estudantes na Capital, em todas as modalidades da Educação Básica: Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio (uma escola da Rede atende a essa modalidade), Ensino Especial (três escolas da Rede atendem a essa modalidade) e Educação de Jovens e adultos (EJA). Estas escolas estão distribuídas nas nove regionais administrativas de Belo Horizonte, de acordo com a tabela a seguir:
Tabela 1: Número de escolas da RME-BH (Rede própria) por Regional Administrativa.
	REGIONAIS
	EMEIS
	EMEFS
	TOTAL
	Barreiro 
	20
	29
	49
	Centro-Sul
	11
	15
	26
	Leste
	9
	14
	23
	Nordeste 
	24
	27
	51
	Noroeste
	16
	16
	32
	Norte
	20
	20
	40
	Oeste
	12
	14
	26
	Pampulha
	16
	14
	30
	Venda Nova
	17
	29
	46
	TOTAL
	145
	178
	323
Fonte: Elaborado com base nos dados informados pela Gerência de Informações Educacionais (GINED), em 02 de julho de 2020. https://prefeitura.pbh.gov.br/educacao/rede-municipal-de-educacao-de-belo-horizonte
Figura 1: Resultado do IDEB da rede municipal de Belo Horizonte. Fonte: http://ideb.inep.gov.br/resultado/home.seam?cid=821410
Figura 2: Análise do IDEB 2019. Entenda a classificação. Fonte: https://academia.qedu.org.br/como-usar/ideb/situacao-das-escolas/
· Caso deseje pesquisar uma escola em específico acesse: http://idebescola.inep.gov.br/ideb/consulta-publica.
 	A Escola Municipal Anne Frank está localizada no bairro Confisco, comunidade de alta vulnerabilidade social na região da Pampulha, Belo Horizonte (MG). No ano de 2019 o valor do IDEB da Escola Municipal Anne Frank foi de 5,3, abaixo da meta esperada.
Figura 3: IDEB da Escola Municipal Anne Frank. Fonte: http://idebescola.inep.gov.br/ideb/consulta-publica
· Reflexão escrita a partir dos pontos da pesquisa acima.
 	A educação no Brasil é um ato político. Quando refletimos sobre o acesso à educação no Brasil devemos abordar variados temas, como: o acesso desses alunos até a escola, onde está localizada essa escola, o conteúdo e experiência dos docentes, a administração da escola e os recursos financeiros das esferas governamentais.
 	
 	Além disso, é importante lembrar que apenas em meados do século XX ocorreu o crescimento ao acesso a escolarização básica no país, e que sua expansão, em termos de rede pública de ensino, teve início no final dos anos 70. Sendo assim, conforme a constituição de 1988, o acesso à educação é um direito civil do cidadão brasileiro, entretanto, na prática sabemos bem que isso não acontece. Assim, a partir das metas educacionais propostas pelo INEP e MEC, através das avaliações e exames, é possível verificar a importância na construção de uma melhor educação para nossa população. Com esses indicadores é possível demonstrar a qualidade da educação básica e da educação superior, contribuindo assim para a formulação de políticas educacionais dos diferentes níveis de governo através do desenvolvimento econômico e social do país, colaborando assim para um melhor desenvolvimento do país.
 	Todavia, é importante ressaltar os padrões históricos-sociais do nosso país, visto que, ao longo dos anos tem prejudicado populações como: os pretos e os indígenas por exemplo, portanto alguns autores deixam nítido as críticas em relação as avaliações que assumiram a prática de “provas e exames”, sendo ao invés de ser um instrumento favorável a construção de resultados satisfatórios, transformou o meio para classificar os educandos, deixando, muitas vezes, de cumprir com seu papel, que é auxiliar o crescimento do aluno, e não decidir sobre ele. Acredita-se que as avaliações da qualidade de ensino no nosso país considerem a relação mútua existente entre os aspectos qualitativos e quantitativos da vida escolar do educando. 
 	Ademais, é relevante pensar que, é na escola que experimentamos as primeiras relações. Se desejarmos contribuir para que nossas crianças se tornem cidadãos com um bom futuro, desenvolvendo um papel importante na sociedade, é necessário não levar apenas em consideração avaliações e exames para considerar uma boa qualidade de ensino, mas também a educação socioemocional dos futuros cidadãos que serão futuramente contribuintes para uma sociedade melhor.
Referências Bibliográficas 
1. Portal do INEP/MEC http://portal.inep.gov.br/web/guest/sobre-o-inep 
2. IDEB de seu município, acesse: http://ideb.inep.gov.br/resultado/home.seam?cid=821410
3. Caso deseje pesquisar uma escola em específico acesse: http://idebescola.inep.gov.br/ideb/consulta-publica
4. População estimada: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Estimativas da população residente com data de referência 1º de julho de 2020.
5. Taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade: IBGE, Censo Demográfico 2010.
6. IDEB – Anos iniciais do ensino fundamental (Rede pública): Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP - Censo Educacional 2017.
7. IDEB – Anos finais do ensino fundamental (Rede pública): Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP - Censo Educacional 2017.
8. Matrículas no ensino fundamental: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. Sinopse Estatística da Educação Básica 2018. Brasília: Inep, 2019. Disponível em <http://portal.inep.gov.br/sinopses-estatisticas-da-educacao-basica>. 
9. Matrículas no ensino médio: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. Sinopse Estatística da Educação Básica 2018. Brasília: Inep, 2019. Disponível em <http://portal.inep.gov.br/sinopses-estatisticas-da-educacao-basica>. 
10. Docentes no ensino fundamental: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. Sinopse Estatística da Educação Básica 2018. Brasília: Inep, 2019. Disponível em <http://portal.inep.gov.br/sinopses-estatisticas-da-educacao-basica>.

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