Buscar

negociacao-empresarial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Negociação Empresarial 
 
AUTORIA 
Bem vindo(a)! 
Olá, prezado(a) aluno(a)! 
Nesta unidade você compreenderá que, para entender de fato os fundamentos da administração pública, é preciso ter um breve conhecimento sobre os principais pensadores que abordaram a constituição das ciências políticas. A partir deste contexto, é possível perceber que a administração pública está ligada a uma complexa relação entre política, Estado e governo. 
Após essa retrospectiva, pode se entender que há séculos ocorre discussões sobre Estado por diversos estudiosos, e a partir destes estudos foram se aprimorando as formas de administrar a máquina pública. 
A partir disso, essa unidade também irá abordar as principais teorias da administração, visto que ela é uma função de suma importância dentro das instituições privadas e públicas. Levando em consideração os fatos mencionados, destacam-se os aspectos relevantes da gestão pública, que leva a uma reexão sobre a sua evolução até os dias hoje. 
Boa leitura e bons estudos! 
Muito obrigada e bom estudo! 
 
Unidade 1 
A Estratégia Empresarial 
 
AUTORIA Introdução 
Os princípios relacionados à estratégia no ambiente organizacional partem de uma natureza competitiva, muitas delas no mesmo mercado de trabalho, mas com objetivos e desaos diferentes. Com a chegada da indústria a partir da Revolução Industrial e com a consolidação do sistema econômico capitalista, as empresas passaram de simples unidades produtivas para ambientes geradores de riqueza. Neste cenário, as decisões tomadas em seu ambiente tornam necessários conhecimentos que levem as empresas a uma posição mais favorável em relação às demais, certicando-se de seu crescimento e desenvolvimento. É importante situar a estratégia em seu devido lugar, uma área funcional da administração que auxilia na tomada de decisões e desenvolve a condição de existência saudável das empresas. 
Boa leitura e bons estudos! 
 
O Contexto Histórico do 
Surgimento da Estratégia 
 
AUTORIA Nos campos de guerra, anos atrás, foi onde tudo começou; os exércitos iniciavam suas batalhas para conseguir a conquista de territórios e a soberania de um pouco sobre outro. Nesta situação, surgia a estratégia, que tinham como interesse tornar a vitória acessível com base na melhor tomada de decisão. 
 
Tinham como gatilho já desde aquela época as disputas pela hegemonia entre grupos primitivos, em que uma escolha errada tinha a morte como resultado. Temos como exemplo os grupos primitivos que precisavam se organizar para obter sua subsistência, como alimentação, segurança e procriação. Figura 1.1 - Grupo Primitivo em caçada 
Fonte: macrovector / 123RF. Nesta situação, uma decisão poderia colocar o grupo todo em risco, pois a busca de alimentos e exploração em ambientes diferentes poderia colocar m à procriação, se tornando uma ameaça à segurança de todos. 
Houve um crescimento de territórios por meio das navegações após a Era Feudal, que durou até metade do século XV. Podemos mais uma vez observar a estratégia em relação ao desenvolvimento do mundo, visto que as decisões pelos trajetos nos oceanos estavam relacionadas à exploração de novas terras por interesse da coroa, tornando esta empreitada importante para a manutenção dos impérios. 
Quais motivos levaram a Coroa de Portugal a investir nas enormes navegações? Tornaram-se atraídos pelas riquezas minerais, pedras preciosas e nobres madeiras, se motivando a elaborar novas estratégias para buscar essas riquezas. Certamente nem sempre os projetos davam certo, ocorriam muitos incidentes e resultados que os levavam ao erro, não obtendo resultados imediatos, mas com o acúmulo de riquezas podemos considerar que, no m, suas estratégias deram certo. 
Com o processo de desenvolvimento social, chegamos a outra etapa da estratégia, que exigia sua ampliação para a busca de novos territórios imperiais, até mesmo por um maior estoque de alimentos. 
Entre os séculos XVII e XVIII chega a Revolução Industrial, onde surgiram as indústrias e a organização social foi conduzida pelos interesses desenvolvimentistas. Não apenas desenvolvimento humano, mas também o de novas classes sociais. No cenário de guerra, a estratégia passou também a servir para a conquista e luta pelo poder e controle, a chamada gênese do sistema capitalista. 
SAIBA MAIS 
Sun Tzu e suas teorias 
Falando em guerras, vamos analisar um dos pioneiros no uso da 
estratégia nos campos de batalha que é mencionado até os dias de 
hoje como um dos pais desta vida de organizações. Em Arte da Guerra 
podemos conhecer um pouco de Sun Tzu e suas teorias. Aprenda um 
pouco sobre ele e suas teorias. 
ACESSAR Ao falarmos em gênese do capitalismo, estamos falando do momento histórico em que a competitividade começa a surgir, onde a economia se consolida através das indústrias, processo este de produtividade e geração de riquezas, onde se passa a requerer melhores formas de resolver problemas da sociedade, que passa por constantes mudanças. Devemos também ressaltar outro momento histórico em que o campo começa a oferecer mão de obra para as fábricas. Podemos dizer que foi nesta época que começaram a surgir as primeiras ideias, mesmo que iniciais, de organizações de nalidade econômicas, não vinculadas a impérios ou poderes centralizados, mas em atores com interesses diferentes que atingiam o aumento do capital. 
Precisamos ter em mente que, com a expansão de territórios e o período da luta por independência, as colônias, como personagem principal, e o surgimento do comércio internacional começaram a trocar a força de trabalho por acesso à remuneração, maior quantidade de mercadorias e melhores condições de vida, todas proporcionais ao volume de produtos e serviços oferecidos, formando metrópoles e gestando um novo modelo de mercado moderno; essa situação proporcionaria também o surgimento da estratégia das economias. 
De acordo com Porter (1989), o consumo é a chave da existência das empresas, e a estratégia que este consumo estimula aperfeiçoa a existência das empresas na sociedade moderna. Considerado o que diz Marx (1998) e pensando sobre nossa própria existência, o modelo capitalista armou e trouxe a cada um dos sujeitos sociais duas condições de existência: uma subordinada ao capital e ao consumo e a outra longe deste modelo. Visto que a sociedade moderna não tinha como viver longe deste modelo, somos estimulados a garantir nossa condição de desenvolvimento. 
 
A Evolução da Estratégia 
 
AUTORIA A Administração Estratégica incluiu uma constituição atrasada em relação a outras disciplinas. Chegou como uma disciplina híbrida, sofrendo inuências da sociologia e da economia; é, basicamente, uma evolução das teorias das organizações (VASCONCELOS, 2001). 
A partir da década de 1950 começou a ser mais notada no meio acadêmico e no empresarial, quando então seu desenvolvimento cresceu, mais visivelmente a partir dos anos 60 e 70. A preocupação dos empresários até a década de 50 se restringia aos fatores internos às empresas, como a melhoria da eciência dos mecanismos de produção, onde o mercado não era muito variado e oferecia oportunidades de crescimento rápido e não muito complexo. 
Devido aos trabalhos enfrentados na guerra, a contar dos anos 50, a diculdade aumentou no ramo empresarial, que passou a demandar pessoas com experiência gerencial que desse um retorno mais rápido preciso para poder competir diretamente com o concorrente, podendo assim atender às necessidades dos consumidores com mais presteza. 
Diante desta situação é que se cria a Administração Estratégica, cujo propósito pode ser denido e seguido na organização a m de dar mais rentabilidade e riqueza aos seus empregados, acionistas e consumidores, e desta forma ela proporciona a todos grande satisfação. 
Vasconcelos (2001) indica que o ambiente acadêmico, justamente inspirado pela economia Neoclássica, provocava rapidez e uma análise nal, sendo as estratégias das organizações desrespeitosas, levando à queda das grandes gestões por falta de prossionalismo,que no século XX ainda eram parte dos empreendimentos familiares, seriam dois possíveis fatores que teriam contribuído para a constituição tardia da administração estratégica. 
O estouro do desenvolvimento empresarial e seu crescimento foram assim associados e ocorreram após a II Guerra Mundial, quando as grandes empresas começaram a surgir, com administrações mais exigentes, tornando o mercado mais competitivo. Essas mudanças requereram mais conhecimento de seus administradores, que diante das diculdades puderam se aperfeiçoar e prossionalizar, dando um papel importante ao mercado de trabalho. 
Já para Meirelles e Gonçalves (2001), a administração estratégica surgiu na atualidade como um pedaço do planejamento estratégico, que é considerado uma das suas principais ferramentas. A partir dos pontos fortes e fracos, a administração estratégica mostrou-se uma das fases de planejamento e seleção de caminhos da organização e dos riscos e possibilidade em sua área de atividade. 
Ainda de acordo com Meirelles e Gonçalves (2001), a “comunicação de uma visão estratégica global da empresa para os diversos níveis funcionais, com o objetivo de que as iniciativas da empresa sejam coerentes com a diretriz geral”, criando assim um cenário mais abrangente na evolução e gestão estratégicas. No início, o planejamento estratégico limitava-se a analisar os pontos fortes e fracos da instituição, somente para depois vericar como seria feito o planejamento e a administração das devidas mudanças nos locais que a demandavam dentro da empresa. Devido ao acaso, acabaram entrando em crise nos ambientes as essências das companhias, que precisavam de uma postura mais proativa. A implantação e desenvolvimento da estratégia ganhou lugar na Administração Estratégica nesse período (BERTERO, 1995). 
A Administração Estratégica surgiu do planejamento nanceiro focado no orçamento em longo prazo do planejamento, passando assim para o planejamento estratégico. Planejamento e administração, neste último contexto, foram somados à administração estratégica, acrescentando o receio das implementações e da potencialidade do planejamento (MEIRELLES, 1995). 
Para Bertero (1995), diretrizes de negócios, planejamento estratégico, orientações administrativas, gestão ou administração estratégica foram algumas das fases e nomes que a administração teve que passar até chegar em seu aspecto atual. 
Nos anos 50, a administração estratégica deu origem a cursos de políticas e negócios, onde escolas foram incentivadas a incluir em seus currículos a disciplina chamada de Política de Negócios. 
Na visão de Mintzberg, Lampel e Ahsltrand (2000), o desenvolvimento da administração estratégica nas escolas apareceu em momentos diferentes, e algumas atingiram seu máximo e logo caíram, algumas caram desenvolvimento e algumas permanecem instáveis. Essas escolas são de origem: prescritiva, que formula como a estratégia deve ser centrada, descritiva, onde as estratégias são formuladas de acordo com o que desejam focar, e as escolas integrativas, cujo propósito é unir vários elementos das demais escolas. 
Já Cabral (1998) observa a evolução da administração estratégica a partir dos três estilos que se destacaram nas últimas três décadas: nos anos 70, uma maneira de planejamento de possibilidade do futuro consistia em uma análise possível; nos anos 80, o estilo de visão, onde o futuro consistia na concepção do que seria provável; nos anos 90, estilo de aprendizagem, onde o futuro seria estruturado e sustentado pela compreensão atual do que estavam passando. 
A administração estratégica pode ser entendida por diferentes conceitos a partir de onde ela começou a nascer. Podemos dizer que eles formam um grupo de teorias de diferentes áreas de conhecimento, sendo alguns deles: teoria da evolução e da revolução de Darwin; adaptação e extinção/criação de Schumpeter; teoria da organização industrial; teorias econômicas, etc. 
Podemos dizer que atualmente a Administração Estratégica movimenta-se para a constituição mais elaborada e talvez fechada de uma disciplina, independente até mesmo da Administração. 
 
Percurso Histórico da 
Estratégia 
 
AUTORIA Da mesma forma que a administração evoluiu, o pensamento estratégico também; entre as décadas de 1950 e 1990, esta evolução cou bem nítida pois tivemos que começar a mostrar as abordagens contemporâneas da administração. É curioso que tenhamos em mente, conforme Lobato (2003) nos conduz, que o pensamento estratégico evoluiu da mesma forma que o pensamento administrativo, passando pelos sistemas das organizações. 
Desta forma, não é difícil imaginarmos que, se as estruturas básicas das organizações foram escolhidas pelas abordagens da administração clássica, no pensamento estratégico, como constatou Tavares (2005), as estruturas iniciais da tomada de decisão estariam rmadas em questões produtivas e quantitativas. 
Nesta direção, podemos assinalar quais seriam as fases do pensamento estratégico, para depois criarmos as linhas de pensamento. Porter (1989) explica que um dos principais motivos do surgimento da estratégia moderna foram os problemas particulares da tomada de decisão nas organizações. Desse modo, as fases que marcam a evolução do pensamento estratégico são: fase do planejamento 
nanceiro; fase do planejamento de longo prazo; fase do planejamento estratégico; fase da administração estratégica; e fase da gestão estratégica (PORTER, 1989). 
Observe cada fase mais detalhadamente a seguir. 
Fases que Marcam a Evolução do Pensamento 
Estratégico 
Fase do planejamento nanceiro: mesmo que tenhamos como base a própria teoria da administração, conforme Clegg, Hardy e Nord (1999), sabemos que sua base de pensamentos dentro da linha prática cresceram primeiramente pela produção, para que depois seguisse pelo caminho relacionado a pessoas, as decisões e as variáveis que interferiram nessas decisões. Imaginando, assim, um pensamento quantitativo que dava destaque ao aumento as linhas de produção. 
Tavares (2005) mostra que a perspectiva nanceira sempre existiu nas empresas, mas que o pensamento estratégico com foco nas nanças se destacou na fase préanalítica e rmou-se apenas na década de 1950, com o estabelecimento mais rígido das nanças empresariais, com seus objetivos ligados a recursos simples e matériasprimas nas linhas de produção. Uma boa análise que se faz a esta fase do pensamento estratégico é que nela a palavra “planejamento” era praticamente inexistente, principalmente considerando que planejar é uma ação a longo prazo. 
Especicado por Tavares (2005) e Dias (2006), as grandes empresas como as montadoras de automóveis norte-americanas, ou as empresas de detinham contratos com os governos, tinham uma melhor visão dessa fase e da relação entre 
nanças e metas. No entanto, outras empresas de natureza diversa, menores, mas que viviam na realidade reduzida de crescimento, acabava se confundindo a relação de nanças e atividades, tendo uma restrição orçamentária e controle de gastos menores. A fase do planejamento nanceiro também, de certo medo, chegou um pouco tardia ao Brasil, sendo apenas reproduzida em empresas norte-americanas instaladas no país e adaptadas pelo Governo. 
Fase do planejamento em longo prazo: por volta de 1960 surgiram as primeiras noções de que os objetivos das empresas poderiam ligar-se a indicadores 
nanceiros comparativos, que fossem vistas as condições de trabalho das empresas, seus resultados anteriores, sua situação atual e ascircunstâncias futuras possíveis. Tavares (2005) mostra que essa visão serviu como base para as primeiras perspectivas em longo prazo, trabalhando com planos de metas organizadas em função de um crescimento qualitativo. Nesta situação, os indicadores passavam em fase de desenvolvimento de tecnologias, ampliação de unidades produtivas, extensão dessas mesmas unidades entre cidades e em outro país, assim com um trabalho de projeções de resultados, em que as expectativas eram projetadas em diferentes cenários. 
Campos (2012) considerava que no caso do Brasil temos diferentesunidades produtivas que ainda não entendiam essas noções, sendo atrasada a visão em longo prazo em diferentes setores da nossa indústria. Tavares (2005) mostra que essa necessidade era percebida na própria visão em longo prazo do modelo norteamericano, que tinha como base a determinação e mensuração de objetivos com base em marcos de referência, marcos possíveis e marcos desejáveis, isto é, projeções negativas baseadas em informações anteriores de resultados e na possibilidade de que variáveis interferissem negativamente nos resultados. 
Fase do planejamento estratégico: nesta fase as empresas perceberam que determinar suas atividades baseada em um posto de vista em longo prazo seria uma tarefa obrigatória. Campos (2012) propõe que a base do planejamento estratégico naturalmente seria vinculada a uma percepção de que os recursos e objetivos deveriam se relacionar e, desta forma, seria importante determinar planos que excedessem a barreira anual, saindo das projeções estimadas e indicadores internos. Lobato (2003) reforça que nessa etapa do pensamento estratégico, que percorreu a década de 1970, a grande mudança foi a descoberta por parte das empresas que o ambiente externo organizacional seria favorável ou contrária a qualquer perspectiva ou projeção, seja realista ou não. 
Campos (2012) arma que nesta etapa as principais variáveis estavam ligadas ao fato de que as características gerenciais das empresas estavam mudando, e a visão de que o mundo era dinâmico também passou a fazer parte da vida das empresas, onde passaram a analisar a realidade que se encontravam. O mesmo complementa sinalizando que por essa condição de evolução do pensamento, as empresas se viam obrigadas a fazer planos que chegassem a todas as áreas internas em que houvesse uma atividade em andamento,assim, havendo um entendimento de reciprocidade entre as atividades organizacionais. 
Mintzberg (2002) observa e considera que o planejamento estratégico foi o começo para a transformação da forma de ver das empresas em relação das próprias atividades e competências gerenciais, que além de grande importância, tiveram um grande aumento em seus resultados nais. 
Lobato (2003) estabelece como competências desenvolvidas nessa fase a análise ambiental, a análise dos recursos internos, a análise de competências internas, a distribuição dos recursos e competências e o desenvolvimento de objetivos com base nas condições de realização das tarefas. A análise ambiental passa a considerar que mudanças no mercado, concorrentes, política, cenário econômico e tecnologia, poderiam atrapalhar as capacidades de realização da estratégia. O destaque na análise dos recursos internos explica que a empresa observa não apenas em termos econômicos, mas meios produtivos, e se teriam condições de chegar aos resultados estipulados, sendo que o mesmo se refere à análise de competências, na qual em um belo exemplo, não seria possível a uma empresa atingir seus objetivos de produção de um novo tipo de máquina agrícola, ou de um novo modelo de veículo, sem que pessoas, equipamentos e tecnologias não estivessem prontos para tal tarefa, ou para atender a demanda decorrente. 
Neste cenário Ansoff (1990) é citado ao colocar que essa visão presente no crescimento da estrutura de planejamento estratégico das empresas tinha uma relação direta com a preocupação própria a tomada de decisão nas áreas mais altas das empresas, visto que algumas decisões, ainda que considerado os aspectos técnicos e indicadores econômicos, desconsideravam a condição de realização das mesmas. A maior diferença poderia ser percebida e diferenciada na condição de eciência e ecácia da estratégia, que seria em denição objetivos, respectivamente, fazer certo para chegar aos resultados pontuais da ação, planejar e realizar estrategicamente suas ações de maneira correta, chegando aos resultados mais altos em longo prazo. 
Fase da administração estratégica: quase chegando ao discernimento do pensamento estratégico, podemos pensar que as estratégias aplicadas pelas empresas foram se desenvolvendo ao longo do tempo de forma natural, à medida que o processo de produção das indústrias aumentaram, e tambémpelo fato de que o mundo passou a idealizar-se como um mundo mais tecnológico. 
O período que atinge a consolidação da administração estratégica é exatamente um período em que temos um estouro de teorias, além das variáveis ambientais do mercado que interferiam na lógica do desenvolvimento das empresas. Observado por Lobato (2003), destacamos nessa fase que o mundo vivia o nascimento de novas ferramentas ou abordagens da administração contemporânea, além de termos um processo de aproximação entre as empresas e os consumidores. 
Ressaltando nesta fase que outras condições passaram a ser notáveis para vida das empresas, como a difusão de tecnologias de informação, a popularização de sistemas de auxílio à tomada de decisão, regrada em informações internas e externas das empresas. Momento este em que a sociedade vivia que a internet passava do domínio dos governos para o ambiente das organizações. De acordo com Mintzberg (2002) o pensamento estratégico se tornaria ação estratégica, e a execução desses resultados abriria espaço para teoria, evoluiriam e chegaria a um processo pronto. Fase da gestão estratégica: o que marcou a evolução do pensamento estratégico é que a partir da década de 1990 as organizações passaram a alcançar os resultados constantes relacionados a estratégia denida em momentos anteriores. Tavares (2005) explica que a gestão estratégica se caracterizou como um processo de frequente de perseguição de objetivos, quantitativos e qualitativos, os quais estavam alinhados com a análise interna, e as organizações entenderam que havia a necessidade de um posicionamento entre os objetivos e a ação a longo prazo. 
Campos (2012) observou que tornaria necessário compreender que as decisões fossem parte de um esforço de planejamento contínuo, e que realizasse uma visão integrada desse processo, não se distanciando das diferentes áreas de gestão funcionais da organização. Deveriam andar de acordo as áreas das unidades de produção, marketing, nanças, pessoas, tecnologia e de estratégia, dentro de um processo de relacionamento ativo. 
Mintzberg e Quinn (2003) salientam que a descentralização da estratégia seria parte fundamental para que, em cada parte da empresa, as pessoas tivessemconhecimento das decisões e seguissem o modelo proposto nas categorias mais altas da hierarquia. É importante destacar que a descentralização, nessa situação, não se refere a uma liberdade tomada de decisões estratégicas, mas a um processo de difusão da estratégia entre os níveis da organização. 
No que diz respeito à gestão estratégica, existem três níveis básicos da tomada de decisão: decisório, da disseminação e da execução. Onde no nível decisório são de responsabilidade dos proprietários, gestores, sócios, acionistas ou conselhos. Nesse nível as decisões estratégicas são tomadas, tais como objetivos, forma de agir e cronogramas de ação. No nível de disseminação, a responsabilidade é dos cargos de médio porte, como os supervisores, gerentes ou coordenadores. Nesse nível organizam-se e direcionam-se às ações, garantindo que a estratégia que clara aos executores. No nível de execução, a responsabilidade é dos cargos operacionais, em que a estratégia deve desenvolver-se em âmbito prático, ou possível. 
Fonte: Elaborado pela autora. 
Na revisão contínua dos processos estratégicos, encontra-se a lógica estratégica, em que se baseiam tanto a tomada de decisão como o processo de execução. SAIBA MAIS 
Planejamento 
Em um período curto, algumas vezes você não sentirá os efeitos e problemas que a falta de planejamento traz; os problemas, alguns deles de simples solução e outros não, podem interferir no seu dia-a-dia e no seu ambiente de trabalho. 
Para saber como simples coisas requerem um planejamento adequado e que possibilitar uma melhor tomada de decisões certas, acesse a seguir. 
Fonte: Elaborado pela autora. 
ACESSAR Prezado(a)aluno(a), 
Nesta unidade tivemos condições de entender o contexto, o surgimento e a evolução da estratégia empresarial, desenvolvendo uma linha de raciocínio que observou o percurso histórico do pensamento estratégico em relação ao conhecimento que temos do mundo de hoje. 
Trabalhamos a contextualização e o surgimento da estratégia, bem como sua aproximação com a vida empresarial, atravessando o percurso histórico do pensamento estratégico e elencando as escolas estratégicas alinhadas a tais conhecimentos em uma profundidade que alinhe a tomada de decisão às ameaças do mercado. 
Vimos que os prossionais de gestão devem ter em mente que a condição dos negócios no mundo competitivo depende claramente da forma com que a estratégia será conduzida no processo de tomada de decisão. As diferentes variáveis que podem levar uma empresa ao sucesso ou ao fracasso são determinadas antes mesmo de sua existência, pois as variáveis que compõem o mercado estão dadas e são complexas e mutáveis, forçando a constante atualização do pensamento estratégico, além da forma como as empresas posicionam-se no mercado. 
Vamos aprofundar nossa trajetória no entendimento dessas mudanças! Bons estudos! 
Conclusão - Unidade 1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade 2 
Teorias da Administração - 
Ideias Fundamentais 
 
AUTORIA Introdução 
Neste material vamos conhecer um pouco da Teoria da Administração. O que seria uma teoria? Se para você o termo tem sentido negativo e faz lembrar algo sem possibilidades reais, repense; Einstein dizia que não há nada mais prático que uma boa teoria. 
As teorias da administração são justamente práticas que permitem entender administrar as organizações. Vamos estudar os grandes pensadores da administração da primeira metade do século XX, como Taylor, Fayol, Ford, Weber e outros. 
É importante destacar que as teorias não são contrárias umas às outras, mas, antes, se complementam. Algumas empresas não estão a par deste conhecimento, se limitando a algumas decisões, mas com a teoria da administração veremos que elas são muito importantes e fundamentais para o funcionamento de uma organização. 
Bons estudos! 
 
O que é uma Teoria? 
 
AUTORIA É o conjunto de proposições que buscam explicar os acontecimentos da realidade desempenhada. A palavra teoria é exível, pois não alcança apenas assuntos que explicam a realidade, mas também regras e princípios que conduzem as ações dos 
 
Os indivíduos que geram e dirigem as organizações precisam de explicações, conceitos e técnicas para compreender e resolver questões da realidade. Algumas realizações da Antiguidade, como as pirâmides do Egito, feitas mais de 4.000 anos antes de Cristo, nos mostra que já havia certa elegância. 
Porém, a administração só se tornou organizada nos últimos 150 anos, admitindo ser uma disciplina natural. Essas teorias da administração só se modernizaram com a organização de escolas ou aspectos. As escolas de administração são: 
● Escola Clássica 
Taylor e o movimento da administração cientíca; 
Henry Ford e a linha de montagem; 
Fayol e o processo de administração; 
Weber e o tipo ideal de burocracia; 
● Escola comportamental; 
● Pensamento Sistêmico; 
Figura 2.1 - Surgindo novas teorias 
Fonte: Dmitry Rogatnev / 123RF. As novas tendências se desenvolveram a partir da apresentação dessas escolas, conservando suas ideias essenciais. 
Ideias Pioneiras da Administração 
Muitas das ideias e técnicas da administração atuais foram desenvolvidas na antiguidade. Entidades religiosas, países e exércitos já haviam elaborado soluções para lidar com seu problema e realizar objetivos. 
A origem da administração moderna ocorreu da seguinte maneira: 
Projetos grandiosos do oriente: cidades, pirâmides e projeto de irrigação. São 
vistos na administração de projetos de engenharia desde 4.000 a.C. 
Organizações militares: hierarquia, logística, planejamento de longo prazo e 
criação de recursos humanos, desde 3.500 a.C. 
Grécia: ética, qualidade, método cientíco e democracia, desde 500 a.C. 
Roma: formação de executivos, grandes empresas privadas e exército 
prossional, entre VII a.C e IV a.D. 
Renascimento: grandes empresas de comércio, invenção da contabilidade, 
Maquiavel e retomada de valores, século XVI. 
Revolução Industrial: nascimento dos sindicatos, início da administração como 
disciplina e criação das fábricas, século XVIII. 
Essas foram algumas das colaborações mais importantes do passado. Na administração devemos ao menos ter um conhecimento dos fundamentos das ideias gregas, romanas e das organizações militares; na modernização da administração dentro da educação, temos conhecimento de Sun Tzu e Maquiavel. 
 
Taylor e a Administração 
Cientíca 
 
AUTORIA Desde a publicação de O Príncipeem 1513 até o começo do século XX, há um espaço de quase 400 anos. Neste período houve grandes acontecimentos na história da administração, como o início da Revolução Industrial, no século XVIII. No entanto, tivemos que esperar até os dias atuais para ver o surgimento desta modernização. 
As transformações tecnológicas, econômicas e sociais só tiveram um grande momento no começo do século XX. Assim surgiu o crescimento de empresas, pois elas puderam oferecer seus produtos em quantidades maiores, e além disso novos produtos foram criados e desejados pela população, como aparelhos de som, 
 
Eciência no processo de fabricação era uma das maiores preocupações dos administradores nesta época. Foi Frederick Winslow Taylor quem conseguiu reunir um conjunto de princípios e técnicas, sendo ele o líder de equipe que proporcionou o movimento da administração cientíca. 
A “prosperidade dos patrões e dos empregados” foi um princípio e técnica criada para aumentar a agilidade da produção e evitar desperdícios. Figura 2.2 - Frederick Winslow Taylor 
Fonte: Vikingstad / Wikimedia Commons. Taylor considerava que a harmonia econômica só seria possível com o aumento da produtividade dos trabalhadores, porém isso dependia muito da imagem de trabalho e de mudanças nas atitudes dos trabalhadores. A imagem de trabalho era essencial, pois não tinham métodos, e sem eles os trabalhadores faziam seu trabalho de acordo com o que achavam certo seguindo sua intuição e os administradores não tinham como avaliar seus rendimentos. 
Taylor deixou algumas contribuições que foram importantes para história das teorias e práticas da administração e são usadas até hoje. Quatro princípios divulgados por Taylor em 1903 apresentavam sua losoa de administração: 
1. O objetivo da boa administração era pagar salários altos e diminuir os custos 
de produção. 
2. Aplicar métodos de pesquisa para a administração determinar a melhor 
maneira de nalizar tarefas. 
3. Treinamento e seleção de funcionários, de forma que os funcionários e tarefas 
fossem compatíveis. 
4. Deveria haver um ambiente agradável entre administradores e funcionários 
para uma aplicação favorável de princípios 
Para que tudo isso fosse colocado em prática, Taylor conhecia os movimentos e tempos, marcando o tempo que os trabalhadores levavam para vericar em quais tarefas se encaixavam. Ele ainda analisava as condições de trabalho, tentando encaixar cada um em uma tarefa maior e melhor. 
Com intuito de aumentar a produção, Taylor usou os pagamentos de acordo com a quantidade produzida, e assim aumentava signicantemente a eciência e rendimentos. 
 
Henry Ford e a Linha de 
Montagem 
 
AUTORIA As técnicas de Taylor se desenvolveram em uma época de grande crescimento da indústria, juntamente com outra inovação do início deste século: a linha de montagem Henry Ford. 
 
Henry Ford criou os dois princípios da produção em massa de grau mais alto: peças padronizadas e trabalhador especializado. 
Com uma produção uniformizada, peças e componentes podiamser 
montados em qualquer sistema ou produção. Para a regularização, Ford 
ajustou todas as peças em todos os processos, dando origem ao controle de 
qualidade, garantindo, assim, a uniformidade das peças. 
O produto era dividido em partes e processos na produção em massa. Assim 
também era com os funcionários, cada um em uma produção em massa com 
tarefas xas. Desta forma, Ford criou a especialização do trabalhador. 
A amplicação da atividade industrial é a prova de que a linha de montagem foi um grande princípio aceito na administração. Podemos observar os princípios de Taylor e Ford em qualquer fábrica que entrarmos hoje, seja ela pequena ou grande. Figura 2.3 - Henry Ford 
Fonte: Olga Popova / 123RF. 
 
Fayol e o Processo 
Administrativo 
 
AUTORIA O engenheiro francês Fayol, ao lado de Taylor, foi um dos contribuintes de grande importância no desenvolvimento do conhecimento administrativo moderno. 
Para Fayol, a administração é uma atividade igual a todos os empreendimentos, 
 
Uma empresa de mineração teve Fayol como diretor geral em 1918 quando estava à beira da falência, mas ele mostrou sua sólida situação nanceira. Ele criou esse sistema de administração contribuindo com grandes resultados, e sua ideia se dividia em três partes: 
1. A administração é uma função distinta das demais funções, como nanças, 
produção e distribuição. 
2. A administração é um processo de planejamento, organização, comando, 
coordenação e controle. 
3. Na administração, o sistema pode ser ensinado e aprendido. 
Tendo uma visão ampla, Fayol foi o primeiro a ver que a administração deveria ser uma função separada das demais nas empresas. Temos como exemplo os cargos gerenciais, distintos dos outros cargos. Sinalizando essa distinção, Fayol ajudou a tornar mais claro o papel dos executivos. 
Para completar sua teoria, Fayol nos mostra catorze princípios que devem ser seguidos na administração - observe-os a seguir. Figura 2.4 - Fayol 
Fonte: Desconhecido / Wikimedia Commons. Princípios da Administração 
I. Divisão de trabalho, a indicação de tarefas para cada indivíduo, sucedendo na especialização das funções e separando os poderes. 
II. Autoridade e responsabilidade, sendo a autoridade o direito de mandar e fazer acontecer, e a responsabilidade, a recompensa ou penalidade. 
III. Disciplina, empresas e agentes fazendo acordos respeitosos. 
IV. Unidade de comando, tendo cada funcionário, apenas um supervisor. 
V. Unidade de direção, apenas um chefe e um programa para conjunto de operações, buscando o mesmo objetivo. 
VI. Subordinação do interesse individual e geral. 
VII. Remuneração do pessoal, de forma justa e baseada em fatores externos e internos. 
VIII. Centralização, equilíbrio entre a aglomeração de poderes de decisão no chefe, a capacidade de enfrentar responsabilidades e iniciativas dos subordinados. 
IX. Cadeia de comando ou hierarquia, são os chefes do primeiro ao último escalão, dando aos subordinados de chefes diferentes a autonomia para estabelecer relações diretas. 
X. Ordem, cada um em seu lugar e um lugar para cada pessoa. 
XI. Equidade, o tratamento igualmente dado para cada pessoa, mas não deixado de lado a energia e rigor quando necessário. 
XII. Estabilidade do pessoal, a manutenção das equipes como forma de promover seu desenvolvimento. 
XIII. Iniciativa, que faz aumentar o zelo e a atividade dos agentes. 
XIV. Espírito de equipe. 
Fonte: Fayol, 1916. Fayol zelou por todas as áreas da empresa, do nível executivo ao mais baixo, ao contrário de Taylor, que visou apenas a parte operacional das empresas. Fayol tem algumas ideias ligadas a uma empresa hierárquica, onde a principal fonte de energia está ligada ao dirigente das operações. Ao longo do tempo, mesmo que a prática dos grupos inteligentes e autogeridos tenha sido aprimorada, suas ideias fundamentais continuam sendo válidas em qualquer sistema de administração ou espécie de organização. 
 
Max Weber e a Burocracia 
 
AUTORIA Para muitos a palavra burocracia tem signicado negativo, cheio de regulamentos pois bem, vamos repensar. A palavra burocracia aponta uma forma de organização que se baseia na racionalidade das leis. O signicado negativo dos papéis dos regulamentos tem sua forma inicial das disfunções das organizações burocráticas. 
Max Weber foi o cientista social alemão que, na década de 20, fez o descobrimento dos estudos sobre as burocracias e o chamou de burocracia ideal; esses estudos foram traduzidos para o inglês nos anos 40. 
 
Para Weber, a sociedade e as organizações modernas são sistemas de normas comuns que reagem de acordo com o comportamento de cada pessoa. Já nas sociedades primitivas, a reação era de acordo com a vontade dos governantes. Weber não estabeleceu padrões de administração para serem seguidos; o modelo ideal não era prescritivo, mas uma concepção descritiva. 
Weber considerou as organizações burocráticas como máquinas totalmente comuns, que trabalham de acordo com regras, que ele chamou de racionais, que dependem de lógica e não de interesse. 
Estes atributos de forma sublime estão marcados em todas as empresas de sociedade moderna. Por m, todas essas empresas, sejam elas de pequeno ou grande porte, são burocráticas, se baseiam na superioridade legal-racional, ou melhor, na autoridade das leis. Figura 2.5 - Max Weber 
Fonte: Desconhecido / Wikimedia Commons. De acordo com Weber, a forma mais racional de exercer a administração é com a burocracia. A organização que utiliza o método burocrático permite o exercício da autoridade e da obtenção da obediência, disciplina, rigor e conança. Para ele, a burocracia é tão racional que, mesmo no caso de revolução ou guerra, continua a funcionar exatamente como fazia no governo legal anterior. 
Nas propostas de Taylor, Fayol e Weber, o receio básico é o desempenho dos recursos e processos da empresa toda ou de apenas um sistema. As pessoas não são desatentas, porém são deixadas em segundo plano, consideradas apenas como recursos de produção. Eciência era prioridade na produção no início do século XX, uma visão mais travada de como as pessoas eram. Na época da expansão industrial, o que importava era apenas aproveitar as oportunidades do mercado, sendo as pessoas tratadas como equipamento humano. No entanto, ao deixar o comportamento em foco, isso coloca as pessoas em nalidade e como parte mais importante das organizações e do seu desempenho. 
Como a história do desenvolvimento em foco é muito extenso, nesta unidade vamos analisar um dos principais marco desta história: a experiência de Hawthorne, onde surgiu a Escola das Relações Humanas. 
A Escola das Relações Humanas surgiu de um experimento famoso feito nos Estados Unidos entre os anos de 1927 a 1933. Uma fábrica de matérias para sistema telefônico contratou um grupo de pesquisadores da Universidade Harvard para criar um estudo e descobrir se as variações da iluminação trariam algum problema ao desempenho dos trabalhadores. 
No início os resultados não foram esclarecidos, pois conforme havia o aumento da intensidade da luz, havia também o aumento de produção. Mas se diminuía a luz, a produção continuava grande. Foi dado alguns benefícios aos trabalhadores, como: lanches e intervalos de descanso. Assim, a produção aumentou novamente. Espantosamente, retiraram todos os benefícios oferecidos e o resultado não foi outro, a produtividade continuava a aumentar. Com isto, eles apenas conseguiram conrmar que não havia qualquer ligação entre os fatores de iluminação e benefícios com a produtividade. Neste período, Elton Mayo foi chamado para ajudar a entender o acontecido. 
Depois de algumas conversas, Mayo e seus funcionários conseguiram visualizar os resultados e desenvolver várias denições, criando a nova losoa da administração. Chegaram ao conceito de que o desempenho dos funcionários não estava somente na forma de trabalho, mas também no seu comportamento, segundo a visão cientíca. Mayo obteve nalidades importantes, como: 
O modo como a gerência trata os funcionários inuencia diretamenteo 
desempenho. 
Um indivíduo que tem um grupo formado dentro da empresa é mais honesto 
ao grupo do que aos administradores. Se este mesmo grupo resolve ser leal à 
administração, o resultado consequentemente será positivo para empresa. 
Supervisores não podem fazer o papel de olheiros, mas mediar os grupos de 
trabalho e a administração. 
Os resultados de Mayo promoveram uma nova losoa de administração: a losoa das relações humanas. 
 
Conceitos Fundamentais 
do Enfoque Sistêmico 
 
AUTORIA A ideia de sistema é o ponto inicial do enfoque sistêmico. Sistema é um todo complexo ou organizado; é um conjunto de parte ou elementos que formam um todo unitário ou complexo. A ideia de sistema possui: 
Um grupo de objetos chamadas partes, elementos ou componentes. 
Uma espécie de relação ou inuência das partes. 
O olhar de uma entidade nova e distinta, criada por essa relação, que se 
consegue enxergar centrada no todos e não somente em partes. 
Podemos citar como exemplo produtos de um depósito de material de construção: os componentes são separados, mas se os juntarmos com o esforço humano, conseguiremos construir alguma moradia. 
Estrutura dos Sistemas 
A estrutura de sistema se organiza em três partes: entrada, processo e saída. Uma fábrica pode ser usada como exemplo de um sistema. As entradas e saídas não interagem com outros sistemas para formar o ambiente, apenas é um sistema de sistemas. 
Entradas: são componentes que constituem os elementos ou recursos físicos 
de que o sistema é produzido. 
Processo: unem os componentes e os transformam em elementos de entrada 
e resultados. 
Saídas: são os resultados do sistema, que constituem os produtos e serviços 
para os clientes ou usuários. Dentro de uma empresa, existem vários outros 
sistemas, como o de produção e o administrativo. 
Feedback: é o retorno dado após a saída da mercadoria ou serviço, seja ele 
positivo ou negativo; ajuda a reforçar ou modicar o comportamento do 
sistema. 
Enfoque Sistêmico e como Usá-lo 
O moderno enfoque sistêmico tem como ideia principal a noção de que a natureza dos sistemas é denida pelo observador. Para utilizar o enfoque sistêmico é preciso primeiramente entender suas diculdades, se capacitar e perceber os elementos da realidade como parte do sistema. 
A estrada é um exemplo muito utilizado no enfoque sistêmico, pois possui vários componentes, como: automóveis, motoristas, pontos de serviço, estação de pedágio, empresas de manutenção, entre outros. Nesse ponto de vista, as empresas são sistemas que podem fazer parte de outros sistemas maiores. Aumentando o olhar, o limite dos sistemas aumenta excessivamente e a perspectiva se perde. É preciso determinar os limites de um sistema para poder entendê-lo e conduzi-lo. Finalizando, qualquer limite de sistema depende de ser observado, precisamos dividi-los em partes menores para que possam ser melhor estudadas. Prezado(a) aluno(a), de acordo com a dimensão que a ciência da administração encara novos problemas e situações, as teorias precisam ser adaptadas para serem úteis e aplicáveis ao mercado de trabalho. 
As teorias da administração estão em constante crescimento, e podemos dizer que são um fenômeno que está abraçando o mundo moderno, onde cada organização ou empresa requer um alcance de objetivos diferentes de acordo com a concorrência. As teorias da disciplina, que antes possuía ênfase apenas nas tarefas, aumentaram seu escopo, envolvendo outras partes do mundo corporativo. 
Após o destaque das tarefas, passou a ter uma visão mais ampla, buscando aprimorar o ambiente a favor das organizações. Com o passar dos anos e desenvolvendo sistemas mais aprimorados, a teoria da administração começou a ter mais destaque na tecnologia, onde a própria globalização mostrou essa necessidade para as corporações se transformarem. 
Conclusão - Unidade 2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade 3 
Planejamento Estratégico 
 
AUTORIA Introdução 
Neste material vamos estudar os métodos que envolvem a realização do planejamento estratégico e saber de onde ele se origina. Digo sobre como fazer as coisas, mas não é somente o executar, é necessário que os procedimentos sejam pensados de acordo com uma série de critérios que nos leve a um caminho mais seguro. 
A proposta da unidade é apresentar uma abordagem estratégica atribuída à gestão de informação através dos fatos conhecidos no mercado e o desenvolvimento do conhecimento, onde as empresas podem confrontar as diferenças e vantagens de seus concorrentes. 
Vamos dar foco às estratégias pelas inovações, com apoio no conhecimento e uso de informações dentro das empresas. 
Bom estudo! 
 
Conceito do Planejamento 
Estratégico 
 
AUTORIA O conceito estratégia originou-se da guerra, em que o cumprimento de objetivos signicava vencer um concorrente que bloqueia seus avanços. Ambos os lados querem a vitória, então surge a denição de Aristóteles: a nalidade da estratégia é a vitória. 
Na estratégia empresarial, é preciso ter uma direção, um lugar seguro para onde ir e como o empresário deve agir. 
Deixando de lado o contexto militar, a palavra estratégia é de prática concorrente e aponta para uma forma de encarar um problema ou uma forma de realizar objetivos. 
Podemos dizer que neste contexto o planejamento estratégico tem como nalidade determinar sentidos onde a ação pode tornar o resultado previsto/desejado das empresas tangível. 
 
Contradição do 
Planejamento Estratégico 
 
AUTORIA Mintzberg (2002) nos mostra que em alguns casos as empresas não chegam a seus resultados, há contradições em seu planejamento estratégico, que apresenta problemas na descrição da estratégia, sejam elas no início, quando há a denição de metas e objetivos, ou na consideração de variáveis que podem interferir nos resultados. 
 
Precisamos acreditar em alguns pontos quando acontecem essas brechas no planejamento, visto que, em alguns casos, o primeiro fato é que os negócios cam presos. Muitas vezes a empresa não tem como se resgatar no caso de não atingir os resultados esperados. Quando isso acontece, é porque houve muito dinheiro investido em algo especíco, ou a empresa é recente e não se fortaleceu, ou até mesmo já existia, mas apresentava uma situação ruim, e os resultados aprofundam uma crise já localizada. 
Figura 3.1 - O mau planejamento pode arruinar a empresa 
Fonte: alphaspirit / 123RF. Outro fator que pode levar a empresa ao fracasso é a desordem e brechas do planejamento, mas com opções de reverter essa situação se reestruturando. O maior problema nesta situação é que se o investimento nesta etapa for muito grande, a empresa pode diminuir, causando corte de funcionários, doando alguma parte, ou até mesmo cedendo parte da empresa parte para outras do mesmo ramo de atividade, mesmo não sendo uma concorrente, causando muitas vezes a eliminação de alguns cargos. 
Outro fator na brecha de planejamento existe nas empresas que possuem uma desordem, mas ainda sim estão ativas no mercado de trabalho, possuem uma condição nanceira favorável e condições de passar pela crise sem deixar ela atingir o desenvolvimento da empresa. 
Uma última condição são as empresas que identicam as brechas no planejamento no decorrer do desenvolvimento da estratégia, ou seja, conseguem corrigir ou minimizar os efeitos das brechas. Muitas vezes, neste caso, além de conseguir reverter a situação a tempo, podem alcançar resultados ainda melhores que o esperado. 
Algo interessante que pode ser visto sobre a brecha do planejamento é que sua ocorrência pode signicar muito mais, talvez, que um problema ou equívoco. Tavares (1999) mostra que algumas vezes acredita-se que quando isso ocorre, a empresa não tem solução e deve deixar o mercado ou mudar sua atividade principal, mas esse é a grande falha - eliminando os dois primeiros casos, as demais situações podem mudar a situação da empresa e desenvolver novas estratégias. 
Proposto por Donaldson(1999), a área da gestão permite que uma empresa possa mudar sua estratégia, seus processos, sua atividade nal e até mesmo sua tendência, não precisando abandonar seus requisitos básicos, ou seja, mudar o que deniu a empresa. 
Nesta fase é necessário identicar o que podemos adequar e garantir que a empresa se aproxime ao máximo do planejamento dentro das obrigações que ela terá para realizar seus objetivos. 
Porter (1999) compreende que as empresas podem ter pensamentos diferentes sobre o sucesso estratégico, que, como podemos observar no quadro a seguir, podem ser variados para o sucesso da administração estratégica: Fica determinado que o sucesso está relacionado ao fato de que as empresas possuem diferentes graus de desenvolvimento da estratégia e diferentes graus de desenvolvimento do mercado. Assim, as tomadas de decisões corretas nas empresas podem levar a um estágio de vida e um modelo de sucesso, sendo que o olhar do futuro da empresa depende de como ela irá executar a estratégia. Quadro 3.1 - Caracterização do sucesso estratégico 
Sobrevivência As empresas identicam brechas no início das atividades. As empresas em seu início percebem o sucesso no dia a dia ao conseguirem cumprir com suas dívidas e recuperar seus investimentos. Já as empresas que passam por diculdade só conseguem ver a partir do momento em que capitalizam os recursos para novos investimentos, ou por terem passado ou diculdades sem sofrerem muitos danos. 
Crescimento Empresas que estão estáveis e que conseguem ver as condições de crescimento com base nos investimentos. Este crescimento acontece quando as empresas enxergam as oportunidades de mercado que podem se beneciar do fracasso dos concorrentes. 
Rentabilidade Empresas já estáveis que passam a conferir o resultado dos investimentos realizados. Neste caso é nítido que as empresas que têm essa visão antecipada podem continuar crescendo a partir de novos investimentos, adentrando a estratégia e variando os negócios. 
Inovação Empresas que se destacaram e passaram a ser referência no mercado de trabalho. São as empresas que têm a clareza de sucesso e que se tornam modelo, estipulam regras e geram tendências. Essas empresas podem desfrutar das condições mais favoráveis que as das demais empresas. 
Fonte: Elaborado pela autora. 
 
Planejamento Estratégico 
 
AUTORIA O planejamento estratégico é o meio de montar e explicar os cursos de ação e os objetivos alcançados. Existem vários elementos neste processo: 
Missão: é o que faz parte da empresa, espelha seus valores, sua índole e suas 
competências. 
O desempenho da organização: os resultados nalmente alcançados. 
As diculdades e oportunidades do local. 
Os itens internos fortes e fracos da organização. 
 
A capacidade dos que planejam o conhecimento obtido das técnicas, suas 
reações futuras, e o interesse em planejar. 
Esta técnica de planejamento pode ser aplicada em toda organização e também em todas as partes: estratégias de produção, de marketing, recursos humanos, etc. Esses modelos de reorganização da estratégia em determinada área podem ser chamadas de estratégias operacionais. A estratégia pode chegar até o nível do indivíduo. Nós, como pessoas ou funcionários de uma empresa, podemos estabelecer nosso próprio planejamento estratégico, denindo a área de formação e os objetivos que pretendemos alcançar. 
Processo do Planejamento Estratégico Figura 3.2 - Organizar ideias 
Fonte: venimo / 123RF. Um processo organizado de planejamento estratégico é uma série de análises e decisões que abrange os principais componentes: 
1. Análise da situação estratégica atual da empresa. (Como estamos e como 
chegamos até aqui). 
2. Análise do ambiente. (Quais são os riscos e as possibilidades do ambiente) 
3. Análise interna. (Identicar os pontos internos fortes e fracos da empresa) 
4. Denir o plano estratégico. (Aonde vamos e como vamos chegar até lá) 
O processo do planejamento estratégico é dinâmico e complexo: 
Dinâmico: a situação é variada, diferente do processo complexo. As reexões devem ser feitas regularmente para conduzir a evolução em todas as fases da empresa, criando novas situações a partir da decisão dos administradores e demandando acompanhamento. Assim, o planejamento não é burocrático, mas um processo contínuo. 
Complexo: elas podem ser realizadas em qualquer etapa ou até mesmo juntas, dependendo da situação ou da pessoa. Dependendo da etapa do planejamento estratégico, ele pode destacar uma ou mais etapas, onde alguns administradores preferem estabelecer os objetivos e depois as estratégias, ou mesmo o contrário. Alguns se atentam somente às oportunidades, outros às ameaças. Lembrando, o destaque depende da situação e das pessoas que estão nesta etapa de planejamento. 
 
Analisando a Situação 
Estratégica 
 
AUTORIA A posição estratégica pode ser o ponto inicial para criação do plano estratégico de uma empresa. Os principais elementos e serem considerados são: 
Missão da empresa até a situação atual. 
Atividade da empresa até o momento atual. 
Funções do Planejamento Estratégico 
Ao falarmos de gestão estratégica, nos reportamos à teoria gerencial de Henri Fayol na época da teoria clássica da Administração. Podemos levar em conta que, da mesma forma que existe um processo de gestão da empresa, existe um processo de gestão estratégica, que conforme Lobato (2003) baseia-se em transformar ideias em objetivos, tornando a ação realização. 
Se imaginarmos desta forma, ca mais condizente a realidade das empresas no pensamento da gestão como um processo, a gestão estratégica com um processo de longo prazo planejado. Assim, a gestão estratégica retrata no planejamento da estratégia onde caracterizar os resultados e objetivos esperados com a situação atual. 
É nesta etapa que se assinala a elaboração a estratégia, diz Porter (1989). Passando pelo processo onde a empresa visa à solução dos problemas, passando pela especicação dos objetivos que a empresa deseja alcançar e a denição dos meios pelos quais eles serão atingidos. 
O planejamento estratégico é um instrumento decisório e tem como função adiantar o que a empresa precisa realizar. 
Com esse direcionamento, devemos considerar e vericar as diferentes etapas do planejamento estratégico, observe a seguir. 
Etapas do Planejamento Estratégico 
1) Denir e confrontar o objetivo da empresa com o ambiente de mercado. 
Nesta etapa a empresa deverá vericar as condições de cada ambiente da empresa, condições internas e externas, devendo observar se os objetivos determinados são relacionados e denir se são relativos coerentes ao objetivo central, interligados as condições estratégicas. Vendo desta forma, concordamos com Porter (1999), que diz que não adianta a pessoa que toma as decisões centrais ter competência central correta, se as variações do mercado de trabalho empurram a empresa para outro caminho. 
2) Processo de planejamento estratégico. Processo em que a empresa irá ver como as variáveis afetam a denição dos objetivos, assim como irá planejar as demais etapas desse planejamento. Nesta etapa trata-se apenas de conceito, pois é neste momento que estamos prestes a iniciar as atividades práticas do planejamento. Podemos relacionar esta etapa a própria denição voltada da direção estratégica, conforme analisado por Tavares 
 
3) Alinhamento das ideias e da conjunção de esforços. 
Nesta parte é colocado em prática o planejamento estratégico. As ideias nascem das condições variáveis de cada ambiente e a determinação dos objetivos, assim podendo chegar aos objetivos estabelecidos. Mesmo passando por estas diferentes etapas, algumas empresas ainda não tem o entendimento das ideias e diculdades na centralização de esforços dos diferentes ambientes da empresa. 
Fonte: Porter (1989)/ Tavares (2005) 
Baseando-nos em Bateman e Snell (1998), nessas fases a empresa estaria prestes a entrar no planejamento estratégico formal, e mesmo passando por elas se depararia com desaos em todos podem torná-lo executável. Mesma em uma pequena ou média empresa,composta por grupos menores de pessoas, a aplicação de poder centralizado em apenas uma pessoa pode gerar confusão. 
Figura 3.3 - Etapas de processo 
Fonte: Felix Pergande / 123RF. Finalmente chegamos à fase de colocar em prática o planejamento estratégico, onde vamos nos espelhar no modelo apresentado por Bateman e Snell (1998), que nos mostram os níveis que podemos alcançar, seja a empresa de pequeno ou médio porte. Vamos analisar as etapas que constituem esse processo no Quadro a seguir: Quadro 3.2 Etapas do Planejamento 
Análise Ambiental Nesta etapa as condições do ambiente já foram notadas por quem toma as decisões, sendo que nesta etapa as condições já foram avaliadas, tendo como objetivo o início da ação estratégica e a forma como ela será aplicada. 
Estabelecimento de Metas e Planos de Ação Nesta etapa quem toma as decisões determina a direção até os objetivos através das metas, etapa esta de realização da estratégia. Denindo resultados no âmbito da estratégia, traçando os percursos por meio de itens realizáveis do planejamento no decorrer da ação. 
Avaliação das Metas e Planos de Ação Nesta etapa quem toma as decisões irá avaliar as metas e os planos de ação dentro de uma situação executável preliminar. Este é o momento de sobrepor e eliminar as metas e ações que não sejam favoráveis, ou difíceis de serem colocadas em prática. 
Seleção de Metas e Planos de Ação Nessa etapa quem toma as decisões fará a escolha das metas e planos de ação, visando as que acharem mais favoráveis. É neste momento que se inicia a execução, onde o objetivo é realizar os planos de ação para obtenção das metas. 
Implantação Nesta etapa, de forma clara, o planejamento estratégico é colocado em prática. Nesta situação, se presume que as metas determinadas em relação aos objetivos serão realizados dentro de um calendário, atentando-se que os resultados sejam alcançados de acordo com o previsto. 
Monitoramento e Controle Nessa etapa a empresa deve denir indicadores qualitativos e quantitativos que sejam capazes de avaliar as condições do planejamento estratégico colocado em prática. A empresa deve car atenta se existe algum atalho na realização do planejamento, os planos de ação anteriormente estabelecidos, os resultados nais da realização das metas, se houve impacto e mudanças. 
Fonte: Elaborado pela autora. Neste momento, podemos imaginar as “janelas” do planejamento estratégico, que devem ser denidas nas Avaliações das Metas e Planos de Ação, Implantação, e a mais importante, Monitoramento e Controle, onde devem ser identicados os danos ou erros na realização do planejamento a partir da colisão das diversidades do ambiente, incluindo a ação direta de planos dos concorrentes, ou a conduta dos clientes, entre outras já ditas. 
Conforme Ansoff (1990), neste cenário devemos modicar as ações no decorrer da realização do planejamento, informando os efeitos paralelos da não realização do planejamento. Essas modicações devem atingir sobretudo as metas, até mesmo sobre os objetivos determinados. Considerando Mintzberg (2002), não existe uma linha a ser seguido para que o planejamento estratégico seja colocado em prática, o que existe é apenas o apontamento das etapas ou processos que tornam os objetivos possíveis para um olhar estratégico de longo prazo. 
Ele naliza, diante deste ponto de vista, que o para planejamento dar certo precisamos alimentá-lo cotidianamente, sequencialmente e de maneira automática, se tornando parte do processo de análise da empresa, suas ações e processo cultural. 
Estratégias de Crescimento Conforme 
Ansoff 
REFLITA 
Direção Estratégica de uma Empresa 
Observando uma empresa estratégica como a mencionada, e tendo 
em vista o resultado nal em que juntamos as metas em um plano 
estratégico, convido você a pensar em um conjunto de práticas que 
focalize aprimorar a direção estratégica de uma empresa que você teria 
criado. Analise e pense em seus sonhos e objetivos, e a partir daí crie 
objetivos voltados à estratégia para chegar ao resultado nal. 
Fonte: Elaborado pela autora. Ansoff criou uma forma única, conhecida como matriz de Ansoff, que relaciona as estratégias empresariais em quatro categorias: penetração no mercado, desenvolvimento no mercado, desenvolvimento de produto e diversicação. 
Penetração no mercado:evidencia o produto em um mercado tradicional. Por exemplo: uma empresa que consegue a maior parte da receita com vendas. 
Desenvolvimento de mercado: utiliza um mercado novo com produtos clássicos. Por exemplo: uma empresa que cria um produto para clientes especícos, como amantes de Fórmula 1. 
Desenvolvimento de produto: mostra os produtos clássicos do mercado tradicional com produtos novos. Por exemplo: uma empresa de viagens com destinos diferentes de acordo com o perl do cliente. 
Diversicação:mostrar novos mercados com novas mercadorias. Por exemplo: uma empresa de viagens que também faz pacotes apenas de passagens. 
 
 
Implantação da Estratégia 
 
AUTORIA Para executar uma missão, as estratégias e os propósitos estratégicos, a empresa 
 
Como conceito nal para a implementação da estratégia faz-se a formalização do orçamento para apenas depois vericarmos sua realização. Ansoff (1990) diz que é importante para quem toma as decisões que elas tenham sido feitas de acordo com uma base econômica que permita sua realização. Vamos ver os três tipos de orçamento possíveis para um planejamento estratégico. 
Quadro 3.3 - Modelos de orçamento para estratégia. 
Estrutural Se refere às etapas iniciais da realização da estratégia. Existente também após a implantação. Antecipa os meios necessários para que a ação estratégica seja realizada, como por exemplo: pessoas, materiais, tecnologias e aspectos técnicos. 
De manutenção Fase que vai da implantação à realização dos objetivos do planejamento. Conforme vocabulário, nota-se a previsão dos meios para que a estratégia criada seja mantida até sua realização. 
Contingencial São situações e circunstâncias de interferência no planejamento. Gastos previstos para situação em que a estratégia original e o planejamento estratégico tenham aguentado desvios, com objetivo de evitar as falhas de planejamento estratégico. 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
 
 
 
 
 
Vimos que alguma vezes o planejamento é impossível, pois seus administradores não estão focados nos aspectos necessários para que o plano seja realizado. 
Desta forma, devemos car atentos em todas as etapas do planejamento estratégico visando a uma inovação por meio de informações que podem mudar o percurso e a gestão a favor de novos aspectos estratégicos. 
Livro 
Conclusão - Unidade 3
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vimos o contexto e o aparecimento da estratégia, a comparação com a vida empresarial, passando pela história do pensamento estratégico e suas escolas, ordenando os sentidos e estudando a fundo a tomada de decisão com os riscos do mercado de trabalho. 
Vimos o planejamento de Porter sobre o pensamento das estratégias de posicionamento, com destaque a sua diferenciação. 
Aprendemos o signicado das teorias da administração, o que elas são, como estão organizadas, suas principais características na metade do século XX e as associamos a teorias da administração nos tempos atuais e seu surgimento na antiguidade. 
Para nalizar, estudamos as etapas que constituem o planejamento estratégico, suas diculdades e o quanto precisam de esforço de seus administradores, porque não adianta conar que será simples colocar determinado tipo de estratégia em sua empresa sem passar pelas etapas do planejamento para que o objetivo nal seja alcançado. 
Dentro do planejamento, vimos que após sua implantação, suas atitudes devem ser monitoradas e controladas para que tudo saia de acordo com o estabelecido. 
Deixo para vocês uma frase muito conhecida de conhecida de Sherlock Holmes: “Mas uma estratégia vencedora às vezes requer sacrifícios.” 
 
Portanto, vamos nos aprimorar e traçarnossas estratégias, sejam elas prossionais ou pessoais. Sucesso! 
Considerações Finais

Continue navegando