AD2 2021 de FILOSOFIA POLITICA E ESCOLA PUBLICA final

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD
FILOSOFIA POLÍTICA E ESCOLA PÚBLICA
Coordenador: Diogo Bogéa
Semestre: 2021-02
Aluna: Jacqueline Moreira da Silva/ Polo: Resende/ Matrícula: 18112080437
Nota: 10
Avaliação a distância – AD2
Data limite de entrega na plataforma: 07/11/2021
ATENÇÃO:
- NÃO SERÃO ACEITAS RESPOSTAS ENVIADAS EM ANEXO. USE A SEÇÃO «TEXTO ONLINE» DA PLATAFORMA!
- AS RESPOSTAS DEVEM TER COMO BASE OS TEXTOS DA DISCIPLINA
- RESPOSTAS COPIADAS E COLADAS DA INTERNET RESULTARÃO EM NOTA ZERO
ESCOLHA *APENAS UMA* QUESTÃO E RESPONDA COM BASE NO TEXTO 03: (10 pontos)
1. Explique por que o texto 03 afirma que a condição humana encarna uma
tensão ineliminável entre vulnerabilidade e autossuficiência.
2. Explique por que o texto 03 critica a busca de uma autossuficiência plena, total e absoluta.
3. Explique, de acordo com o texto 03, quais deveriam ser as bases de uma educação para a democracia.
(Em caso de dúvidas, venham para o fórum do texto 3!)
Resposta para a Questão 3:
De acordo com o artigo de Cenci e Casagranda (2016), que tomaram como referência o pensamento de Martha Nussbaum (2010), as bases de uma educação para a democracia deveriam ter forte alicerce na formação humanística, integrando as artes, a literatura e o desenvolvimento da imaginação. 
Estes alicerces vão permitir aos educandos o desenvolvimento da empatia, da imaginação criativa, de se colocar no lugar do outro, de se esforçar para ouvir o sentimento do outro e não apenas suas palavras; vai permitir desenvolver a capacidade de ver o mundo do ponto de vista do outro e não através do filtro egoísta do seu próprio olhar; vai exercitar a compreensão e o respeito pelo outro. 
Os autores explicam que o desenvolvimento destas capacidades desde cedo, faz com que a criança tenha interesse em reduzir a própria agressividade, o seu narcisismo e sua vontade de controlar o mundo e todos ao seu redor. Assim, a criança começa a compreender que os outros não estão meramente a seu serviço, e sim têm seus próprios direitos, vontades e visões do mundo.
Segundo Nussbaum (2010 apud Cenci e Casagranda, 2016), a compreensão e a aceitação de que os outros não estão a seu serviço e de que têm seus próprios direitos são o cerne da educação para a democracia. 
A autora também considera fundamental na educação para a democracia o desenvolvimento de uma formação participativa, que deixe claro para os educandos que o fato do indivíduo ter fraquezas e necessidades é uma oportunidade de buscar o apoio mútuo e a cooperação. É a oportunidade de compartilhar nossa dependência e o bem viver em comunidade, aceitando de coração o lado vulnerável do ser humano. 
Um modelo de educação que valorize a autossuficiência, a competição, a busca do controle, da invulnerabilidade, da supremacia sobre os demais indivíduos, que negue o lado vulnerável do ser humano, que busca apenas desenvolver competências técnicas, preparando as pessoas para o mercado de trabalho e para geração ganhos financeiros, traz riscos para a democracia.
De acordo com o texto 03, Cenci e Casagranda (2016) concordam com Nussbaum que somente uma educação com base nas humanidades, nas artes, incentivando a imaginação criativa, a empatia, a participação, a cooperação, a compreensão e aceitação dos outros, aceitando também o lado vulnerável do ser humano, desenvolvendo o pensamento crítico e orientada à cidadania mundial ativa e reflexiva, é que pode nos levar a ter sucesso em educar e formar cidadãos para a democracia.
O modelo de educação que traz riscos para a sociedade democrática, precisa passar por profundas mudanças criando condições para exercer a cidadania com responsabilidade pessoal, pensamento crítico, que construa a imaginação criativa e a prática da empatia.
Referências
CENCI, A. V.; CASAGRANDA, E. A. A educação para a democracia entre a
vulnerabilidade e a autossuficiência humana. In: Conjectura: Filos. Educ., Caxias do Sul, v. 21, n. 3, p. 478-495, set./dez. 2016 491. Disponível na plataforma CEDERJ, Disciplina Filosofia Política E Escola Pública. 
PROJETO FRONTEIRAS DO PENSAMENTO. NUSSBAUM, M. Por que a democracia precisa das humanidades? Disponível em: <https://www.fronteiras.com/
artigos/por-que-a-democracia-precisa-das-humanidades>. Acessado em: 06/11/2021