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Colisão inelástica Turma: PU9B Autor(es): Bárbara Vitória de Sousa Marciano e Nainy Beatriz Venturini Data: 30/11/2021 Objetivo: O experimento tem por objetivo a determinação do coeficiente de restituição (r) na colisão de uma bola de borracha com o chão. Introdução: A energia cinética está presente em todo corpo em movimento, sendo assim, quando se tem uma colisão entre dois corpos a mesma se faz presente, sendo a colisão caracterizada de acordo com a variação desta energia. Ao verificar-se que a energia cinética se conservou têm-se o que chamamos de colisão elástica, caso não houver a conservação a colisão é denominada colisão inelástica. A colisão de uma bola de borracha com o chão, acontece de maneira que a bola parta de uma altura inicial e quando lançada sobre o chão com uma determinada velocidade, perca energia cinética e sendo assim a altura com que a mesma retornará será menor que a inicial devido a essa perda, através dessas perdas de altura, pode-se determinar o que chamamos de coeficiente de restituição de energia cinética, para tal considera-se a conservação da energia mecânica. A relação da altura com a perda da energia cinética pode ser visualizada pela figura abaixo. Fonte: https://www.fisica.ufmg.br/ciclo-basico/wp-content/uploads/sites/4/2020/05/Colisao_Inelastica.pdf A relação da perda de energia é dada pela seguinte equação: ΔE= ½ m(vi2 – vj2 )= ½ mvi2 (1-r2 ) Sendo r= vj/vi r= coeficiente de restituição vj= velocidade após colisão vi= velocidade antes da colisão Como é possível determina-se o coeficiente de restituição também pela altura, a seguinte relação pode ser feita: ½ mvi2= mghi e ½ vj2 = mghj Sendo assim: r= vj/vi = √hj/hi hj= Altura após a colisão hi= Altura inicial Materiais e métodos: Inicialmente, pegou-se uma bola de borracha juntamente com uma fita métrica presa na parede para fazer a medição da altura em que a tal bola irá alcançar e junto de um a câmera pode observar tal medida, O experimento iniciou-se com a jogada da primeira bola e medindo a altura dela com o auxílio das outras ferramentas presentes e tendo como referência uma altura inicial e nisso fazendo o mesmo sucessivamente 5 vezes até ter todas as medidas de h, visto que a altura inicial se determina por h0. Sendo h0 o ponto de partida que se jogou a primeira bolinha e assim os outros pontos nas quais foram anotados teve-se o ponto de partida sucessivo h1 de h2 e assim por diante, assim finalizando o experimento tendo anotação conseguida pela câmera no qual fotografou os momentos exatos das medidas de cada jogada. Resultados e discussão: Após o experimento, obteve-se os valores de altura da figura abaixo como resultado Figura 1- Resultados experimentais do experimento de colisão inelástica Com estes valores de altura descritos acima, realizou-se o cálculo da média das 5 observações, está média foi calculada segundo a equação: · Média: hn1+ hn2+ hn3 + hn4+ hn5/5 E em seguida realizou-se o cálculo de desvio padrão segundo a figura a seguir: Figura 2- Equação de desvio padrão Com estes dados construiu-se o quadro abaixo ,Quadro 1- Média dos dados experimentais e seus respectivos desvios. Altura após colisão (m) Observação Média da altura após colisão (m) 1 2 3 4 5 h1 1,08 1,09 1,13 1,16 1,17 1,13 ± 0,04 h2 0,85 0,89 0,84 0,84 0,82 0,85 ± 0,03 h3 0,62 0,63 0,58 0,66 0,58 0,61 ±0,03 h4 0,46 0,50 0,46 0,48 0,51 0,48 ± 0,02 h5 0,39 0,39 0,32 0,33 0,38 0,36 ±0,03 h6 0,27 0,26 0,27 0,29 0,25 0,27 ±0,01 Entretanto, construiu-se um gráfico linear (hn) em função de n, sendo n o número da colisão. Para que seja estabelecida uma linearização utiliza-se algumas equações, sabendo que r2= h1/h0=h2/h1...=hn/hn-1 Caso se considere a altura 1, têm-se: h1= r2.h0 Com a altura 2, têm-se: h2= r2.h1 Correlacionando as duas igualdades, percebe-se que: hn= h0r2n Aplicando o logaritmo natural em ambos os lados da igualdade: ln(hn)= ln(h0r2n) ln(hn)= 2n(ln(r)) + ln(h0) Sendo assim, construiu-se o gráfico abaixo de log(hn) em função de n, com a linearização. Relacionando a equação da reta com a equação apresentada anteriormente, percebe-se que: y= ln de hn x=n b= ln (h0) a= 2ln(r) Para comparação com o valor medido inicialmente da altura, realizou-se o cálculo para encontra-se a mesma através da relação de b. 0,40= ln (h0) h0= 1,49 m Utilizou-se a relação de a para encontrar o coeficiente de restituição -0,286= 2ln(r) r= 0,867 Para o cálculo da propagação da incerteza, utilizou-se a seguinte equação, que foi obtida através da relação com o gráfico. Δr= r √ (eA)2 (ΔA)2 Δr= 0,002 Sendo assim o coeficiente de restituição r= 0,867 ±0,002 Conclusão: Pode-se concluir através dos cálculos realizados que o coeficiente de restituição possui o valor de 0,867 ±0,002, além disso pode-se perceber que esse valor é menor que 1, assim como esperado para uma colisão inelástica já que existe perda por energia cinética dissipada, por fim, pode-se perceber que o valor de h0 encontrado através do gráfico foi o mesmo medido inicialmente, demonstrado que os cálculos para a confecção do gráfico possuem boa exatidão.