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VITÒRIA CAROLINE Odontologia - UFPE Serão estudadas as lesões que se desenvolvem no periodonto e que apresentam alterações radiográficas. As doenças periodontais são distúrbios relacionadas ao periodonto. São fundamentadas na junção dos exames clínicos e exames radiográficos. As radiografias fornecem apenas evidências do histórico da doença. RADIOLOGIA ORAL II - 2021 . 1 Pág. 1 É uma doença infecto-inflamatória, que inicia-se através de algum irritante sendo o mais comum a placa bacteriana que induzem um processo inflamatório. E acomete os tecidos: Periodonto de suporte (gengiva) Periodonto de sustentação (cemento, ligamento periodontal e osso alveolar) Se caracteriza pela perda de inserção do ligamento periodontal, e caso evolua pode ocorrer destruição do osso adjascente. A evolução do processo pode levar à perda dentária. *Obs: Mesmo em pacientes edêntulos é necessário fazer exames radiográficos, pois o osso alveolar também precisa ser examinado. A gengiva faz parte do periodonto de proteção. É um tecido conjuntivo fibroso coberto por mucosa Tem tonalidade variando do vermelho claro até o roxo. Varia de acordo a tonalidade do tom de pele. Quando está saudável, tem um aspecto pontilhado "casca de laranja". Reveste o osso alveolar. É um tecido conjuntivo mineralizado Recobre a dentina radicular Possui a mesma densidade da dentina Quando não existir alterações, não é possível visualizado de forma nítida na radiografia, por excessão a hipercementose - hiperprodução de cemento. VITÒRIA CAROLINE Odontologia - UFPE Na mandíbula os espaços medulares são maiores e o trabéculado ósseo vai estar disposto de forma mais horizontalizada. Pág. 2 Faz parte do periodonto. Na ausência do elemento dentário, esse tecido ósseo começa a ser absorvido. Em nível normal possui 2-3 cm da junção amelo- cementária. Quando ocorre um aumento dessa distância amelocementária e crista óssea alveolar, é indicativo de doença periodontal pois possivelmente o paciente foi passivo de inflamação que induziu a reabsorção da crista óssea alveolar. O formato da crista (saudável) depende do dente em questão, sendo nos dentes anteiores em formato de lança pontiaguda e na região posterior de forma plana. Faz parte do periodonto de inserção/sustentação É dividido em trabéculas ósseas (linhas finas radiopacas) e os espaços medulares (radiolúcido - está entre as linhas) Existe tanto na maxila quanto na mandíbula, porém na maxila as trabéculas se apresentam mais finas e numerosas, com padrão granular e aspecto de "teia de aranha" São utilizados os exames: - Radiografia periapical, radiografia interproximal e a radiografia panorâmica (Não se deve solicitar essa radiografia para fins de análise de doenças periodontais). É um tecido conjuntivo não mineralizado É composto principalmente por fibras colágenas Não é possivel visualizar o ligamento, apenas o espaço como uma linha fina que contorna as raízes. É mais largo próximo à crista óssea alveolar e ápice radicular. Osso alveolar da maxila e mandíbula São indicações na periodontia: A radiografia periapical pode ser obtida por 2 técnicas: Bissetriz e paralelismo. A Bissetriz consiste na formação de um ângulo bissetor e o feixe de radiação incide de forma perpendicular ao longo eixo do filme e da bissetriz e ao longo eixo do dente. - Avaliação da estrutura dento-alveolar e seus tecidos de suporte; - Visualização do espaço do ligamento periodontal - Osso alveolar - Cortical alveolar (crista + lâmina dura) No paralelismo o longo eixo do dente fica paralelo ao longo eixo do filme e o feixe incide de forma perpendicular É uma técnica mais indicada, pois as imagens formadas são mais fidedignas. Dar preferência a esse tipo de técnica na avaliação de periodontopatias. VITÒRIA CAROLINE Odontologia - UFPE Pág. 3 Na análise geralmente se é prescrito a radiografia periapical da boca completa do paciente (ficha periapical completa - 14). Pois dessa forma pode-se avaliar de forma completa essas doenças, afim de mensurar o nível da doença no paciente - leve, severa ou generalizada. É possivel avaliar perda óssea, se o periodonto está integro e qual o tipo de defeito o paciente apresenta. Também é comum que seja necessário complementar com 4 radiografias interproximais (feixe de radiação é perpendicular ao longo eixo do filme - projetado maxila e mandibula). Indicações na periodontia: - Avaliação da distância entre a junção amelo-cementária e crista óssea. - Avaliação da distância entre crista óssea e região de furca. Não é indicada para análise das periodontopatias, pois podem induzir o clínico ao erro. O feixe de raios x é negativo vem de baixo pra cima o qu eacomete alongamento e ampliação - distorção das imagens. O filme e objeto ficam distantes Ocorre sobreposição de estruturas Só deve-se analisar a radiog. panorâmica, caso o paciente já tiver essa imagem, afim de observar alterações de grande magnitude como: Avaliação de perdas ósseas horizontais e verticais e visualização de lesões gerais no periodonto. Não deve ser solicitado esse tipo de radiografia afim de avaliações periodontal. A relação entre a margem da crista óssea e a junção amelo-cementária entre 2-3 mm. Cristas ósseas interdentais com corticais finas, lisas e uniformes na região posterior. Cristas ósseas interdentais com corticais finas, lisas e afiladas na região anterior (aspecto em lança). Crista óssea interdental contínua com as lâminas duras dos dentes adjacentes. Largura uniforme dos espaços mesial e distal do ligamento periodontal. VITÒRIA CAROLINE Odontologia - UFPE Pág. 4 Reabsorção da crista óssea paralela as junções amelo- cementárias dos dentes adjacentes. Para avaliar, se observa a extensão: localizada (poucos dentes envolvidos - até 30%) ou generalizada (muitos dentes envolvidos - mais que 30%). E também a quantidade de osso perdido: normal, leve (desaparecimento da lâmina dura da crista óssea e pequena reabsorção da crista óssea - com limite até a região cervical da raiz), moderada (reabsorção da crista óssea até terço médio da raiz) ou severa (reabsorção da crista óssea a partir do terço apical radicular). Também conhecida como perda óssea angular. Acontece a reabsorção da crista óssea em uma das vertentes da crista óssea do dente envolvido tendo aspecto angular. Reabsorção óssea que se estende ao ápice dentário gerando lesão periapical e comprometimento pulpar. Junção de uma lesão endodôntica e periodontal. Lesões periodontais que causam reabsorção da crista óssea inter-radicular de molares, tendo aspecto triangular. Acontece apenas em molares. Perda óssea horizontal leve Perda óssea horizontal moderada com exposição de área de furca Perda óssea horizontal severa A sonda de neighbor é usada para avaliar o nível de comprometimento da furca. É um instrumental periodontal. *No exame de imagem radiográfico (devido a imagem ser bidimensional) comum não é possível averiguar se está com comprometimento lingual/palatino ou vestibular quando a lesão é incompleta. Lesão de furca em estágio inicial - em estágio mais avançado VITÒRIA CAROLINE Odontologia - UFPE Pág. 5 Referências I. White SC, Pharoah MJ. Radiologia Oral: Princípios e Interpretação. 5 ed. St. Louis: Mosby; 2007 FREITAS, Aguinaldo de; ROSA, José Edú; SOUZA, Icléo Faria e. Radiologia Odontológica. [S.l: s.n.], 2000. WATANABE, Plauto Christopher Aranha; ARITA, Emiko Saito; WATANABE, Marlívia Gonçalves de Carvalho; SANTOS, Cristiano de Oliveira; MONTEIRO, Solange Aparecida Caldeira. Imaginologia e radiologia odontológica. [S.l: s.n.], 2013. São fatores que induzem à lesões periodontais. Cálculo dentário: Imagem radiopaca com formato de espícula aderida na superfície dentária. Serve como um local de estímulo para o processo inflamatório. Podendo acometer uma gengivite e posteriormente uma periodontite. As radiografias nãorevelam isoladamente a presença de bolsas periodontais (pois é um tecido mole - deve ser feito no exame clínico a avaliação); As radiografias não registram mobilidade dental (é uma característica clínica); Ocorre a sobreposição de estruturas no sentido vestíbulo-lingual, devido ser um exame bidimensional. Restaurações em excesso Restaurações que apresentam subcontorno ou sobrecontorno. Pode servir como local de acúmulo de restos de alimento e pode formar placa, cálculo e desenvolver um processo inflamatório que pode estimular a reabsorção óssea. Forças excessivas em um dente Geralmente é em um dente que é "pilar" de uma prótese, que sustenta uma coroa protética. Que acaba estimulando um processo inflamatório. Ex: Ponte fixa.
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