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Resumo problema 1- cap 19 Greenspan e 72 Vilar 47:38 aula fabi LIPOPROTEÍNAS TIPOS Albumina→ transporta ácidos graxos livres. Quilomícron→ transportam predominantemente TG pós-prandiais. VLDL→ transporta 55% de TG e 25% de colesterol, originados no fígado. LDL→ transporta predominantemente ésteres de colesterol (60%) e TG (5%), sintetizada no fígado a partir do IDL. HDL→ faz o transporte reverso dos ésteres de colesterol, transporta 20% de fosfolipídios, 20% colesterol, 5% TG e 50% proteínas, produzida no fígado e intestino. Lp (a)→ transporta predominantemente ésteres de colesterol, tem a estrutura básica semelhante à da LDL, da qual difere pela presença da apoproteína (a) ligada à apo-B100. Apresenta semelhança com o plasminogênio, o que lhe confere propriedades trombogênicas, sendo considerada um fator de risco independente para o desenvolvimento de DAC. APOPROTEÍNAS São proteínas presentes na membrana das lipoproteínas que se ligam a receptores. Lipoproteínas Apolipoproteínas em ordem de quantidade QM B-48, C, E, A-I, A-II, A-IV VLDL B-100, C, E LDL B-100 IDL B-100, algumas C e E HDL A-I, A-II, C, E Lp (a) B-100, (a) A-1→ É a proteína estrutural do HDL, ativa a LCAT e se liga a transportadores de colesterol de membrana (ABCA1 e SR-B1). B-100→ É proteína estrutural do Lp (a), LDL, IDL e VLDL, se liga aos receptores. C-I→ Ativa a LCAT. C-II→ Ativadora da lipase lipoproteica. C-III→ Inibe a lipase lipoproteica. E→ É ligante de receptor de LDL, além de fazer a remoção hepática de QM e VLDL. (a) → Tem afinidade de ligação pelo ativador tecidual do plasminogênio. FORMAÇÃO As lipoproteínas são formadas por um núcleo e uma monocamada de fosfolipídios, contendo colesterol livre e apolipoproteínas na superfície. Quilomícron- ciclo exógeno Os triglicerídeos ingeridos são hidrolisados no intestino, pela lipase pancreática, em ácidos graxos, e os ésteres de colesterol em colesterol livre pela colesteril esterase, que são absorvidos pelos enterócitos em forma de micelas. Esses ácidos graxos são esterificados em TG pela acil-CoA:colesterol-aciltransferase-2 (ACAT-2) e o colesterol livre em éster de colesterol pela colesterol aciltransferase. As gotículas de TG, em conjunto com colesterol esterificado, são envoltas por fosfolipídios e colesterol livre, formando o quilomícron, que recebe a B-48. A Apo A-I e Apo A-II são adicionadas aos quilomícrons nascentes, na circulação linfáticaa. À medida que os quilomícrons são transportados por meio dos vasos linfáticos intestinais para o ducto torácico e depois para a corrente sanguínea, trocam fosfolipídios e proteína C com o HDL, recebendo Apo-C e Apo-E. Na corrente sanguínea depositam TG no tecido muscular e adiposo, por meio da ligação a C-II a lipase lipoproteica, que converte os TG em AG, que serão utilizados como fonte de energia ou transformados em TG novamente para armazenamento. O QM retorna ao fígado na forma de QM remanescente, onde será captado pelos hepatócitos por meio do reconhecimento da Apo-E. Reciclagem Quando os QM remanescentes retornam ao fígado e são endocitados a partir de receptores de LDL (B-100:E) e a proteína 1 relacionada ao receptor de LDL (LRP-1). Em seguida a proteína B-48 é degradada e o colesterol presente no QM participa da fisiologia de colesterol do fígado (produção de ácidos biliares). Lipoproteínas de muito baixa densidade-VLDL- ciclo endógeno Os lipídios formados no fígado, pela lipogênese, a partir de carboidratos e os TG remanescentes do QM formam o VLDL. Além do colesterol que não foi metabolizado. O VLDL recebe a B-100 e deixa o fígado. No sangue recebe do HDL a Apo-C e Apo-E. À medida que o VLDL percorre o sangue, se liga a receptores endoteliais LPL, sofrendo hidrólise pela lipase lipoproteica (LLP) no endotélio capilar no coração, músculo esquelético, tecido adiposo, glândula mamária e outros tecidos. Essa hidrólise causa a deleção de TG no interior do VLDL. Reciclagem Alguns VLDL são degradados no fígado, captados por receptores B-100:E presentes em células hepáticas, já outros se transformam em IDL e, posteriormente, LDL após sofrer ação da lipase hepática que hidrolisa os TG restantes. OBS.: A secreção de VLDL ocorre na ausência de cetogênese. Lipoproteína de baixa densidade-LDL O LDL é o remanescente do VLDL, contendo majoritariamente colesterol. O LDL leva colesterol aos tecidos periféricos, de modo que se liga aos receptores e é endocitado junto com o receptor. Após a endocitose, a Apo B é degradada e o receptor retorna à membrana celular e os ésteres de colesterol do LDL são hidrolisados em colesterol livre. OBS.: quando os níveis intracelulares de colesterol estão baixos a célula aumenta a expressão do receptor de LDL. Função: Nas células o colesterol livre é utilizado para: o Manutenção da fluidez da membrana. o Síntese de hormônios. o Diminuição da expressão de receptores de LDL. o Supressão da síntese endógena de colesterol. o Síntese de ácidos biliares no fígado. OBS.: a enzima serina protease (PCSK9) é responsável por se ligar ao receptor de LDL, degradando-o, e consequentemente, aumentando a concentração de LDL circulante. Em pacientes com colesterol muito elevado (dislipidemias primárias monogênicas), se utiliza anticorpos que inibem a enzima. Lipoproteína de alta densidade-HDL O HDL é responsável por captar o excesso de colesterol depositado pelo LDL e os fosfolipídios liberados no momento da hidrólise do QM e VLDL. Os fosfolipídios são transferidos para o HDL, pela proteína de transferência de fosfolipídios e o colesterol livre, é transportado para fora da célula pelo transportador de membrana ABCA-1, após a ligação da Apo A-I, e é esterificado pela LCAT para ser captado pelo HDL. O colesterol captado á pode ser: • Transferido a outras lipoproteínas (LDL, VLDL e IDL) por meio da enzima CETP (proteína de transferência de colesterol esterificado). • Retornar ao fígado, e por meio de receptores de remoção classe B tipo 1 (SR-B1), secretar o colesterol nos hepatócitos, para a formação de bile, ou na suprarrenal e gônadas, assim como faz o LDL, para a síntese de esteroides. DISLIPIDEMIAS Define-se dislipidemia como qualquer alteração nos níveis dos lipídios com relação a valores referenciais para uma determinada amostra populacional. CLASSIFICAÇÃO Primárias e secundárias As dislipidemias são classificadas em primárias, quando decorrentes de distúrbios genéticos (monogênicos ou poligênicos), e secundárias, quando ocorrem em consequência de outras patologias, hábitos de vida ou uso de determinados tipos de medicamentos. - Aumento apenas do colesterol (hipercolesterolemia pura ou isolada). - Aumento apenas dos TGs (hipertrigliceridemia pura ou isolada). - Aumento de colesterol e triglicerídeos (dislipidemias mistas ou combinadas). Dislipidemias primárias Decorrentes de distúrbios genéticos, podendo ser monogênicas, causadas por mutação em um só gene, e poligênicas, causada por associação de múltiplas mutações que, isoladamente, não seriam de grande repercussão. Relacionadas com o LDL-c→ hipercolesterolemia familiar É uma doença monogênica com transmissão autossômica dominante que resulta da deficiência de receptores de LDL, o que leva a menor catabolismo da LDL e, consequentemente, a aumento dos níveis do LDL-c. Clinicamente, os pacientes com HF apresentam xantomas tendinosos, massas fusiformes observadas em qualquer tendão do corpo, mas predominam no tendão de aquiles e nos extensores das mãos, sendo um achado patognomônico para a doença. Relacionadas com os triglicerídeos→ hipertrigliceridemia familiar Decorrente de uma produção exagerada de VLDL que é transmitida como um defeito autossômico dominante. Nessa doença, os níveis séricos de TG são maiores que 500 mg/dl, enquanto o colesterol total está normal ou discretamenteelevado e, geralmente, não há manifestações clínicas como xantomas, arco corneano ou xantelasmas. Em casos graves pode ocorrer xantoma eruptivo e lipemia retinalis. Dislipidemias Secundárias Determinadas patologias (particularmente diabetes melito, obesidade, hipotireoidismo e alcoolismo) e medicações podem predispor à dislipidemia, por interferirem com o metabolismo de uma ou mais lipoproteínas, levando ao aumento do colesterol e/ou de TG plasmáticos. Lesões comuns ESTATINA→ inibe a enzima HMG-CoA redutase, responsável pela síntese de colesterol no fígado, com consequente aumento dos receptores de LDL. ATEROSCLEROSE As placas de ateroma são lesões nos vasos. Se iniciam com o dano das células endoteliais que formam as paredes dos vasos e evoluem com o acúmulo de elementos celulares, colágeno e lipídios, sendo o colesterol presente originado das lipoproteínas circulantes. Lipoproteínas aterogênicas→ LDL, IDL, VLDL, Lp a com B100 e remanescentes de QM com B48. Os lipídios que se acumulam na lesão são sujeitos a oxidação, com consequente atração de monócitos. Os macrófagos fazem a limpeza do local se tornando células espumosas, que diminuem o calibre do vaso e obstruem a passagem de sangue.
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