Buscar

Metabolismo das proteina, carboidratos e lipídeos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Segundo o Lehninger, metabolismo é o “Conjunto de reações orgânicas que os organismos vivos realizam para 
obter energia e para sintetizar as substâncias de que necessitam”. O metabolismo pode ser dividido em dois 
tipos: O Catabolismo que degrada moléculas complexas para fornecer moléculas simples e energia; Anabolismo 
onde se sintetizam moléculas complexas a partir de moléculas simples com gasto de energia. 
 
Temos três classes de carboidratos: Monossacarídeos, Oligossacarídeos e Polissacarídeos. 
Os carboidratos possuem um monômero centralisador que é a glicose. Da glicose os carboidratos podem ser 
estocados na forma de glicogênio nos animais, ou na forma de amido ou sacarose nas plantas. Quando o 
corpo necessita de energia é acionada a via glicolítica, onde a glicose é convertida a piruvato. Por fim, 
partindo da glicose sintetizamos as pentoses necessárias na síntese de ácidos nucléicos, pela via das pentoses. 
Todos os demais carboidratos devem ser convertidos à glicose ou um dos intermediários da glicólise. 
 
A glicólise é o catabolismo da glicose. Nela a molécula de 6 carbonos da glicose é convertida em duas moléculas 
de 3 carbonos de piruvato, gerando energia na forma de ATP e NADH durante o processo. A glicólise pode 
ser dividida em duas etapas de 5 reações cada. A primeira etapa é denominada de fase preparatória, e 
nesta estapa ATP é consumido para ativar a molécula de glicose e convertê-la em gliceraldeído-3-fosfato. 
Na etapa seguinte, denominada de fase de compensação, o gliceraldeído3-fosfato é convertido em piruvato, 
e energia é armazenada na forma de ATP e NADH para que possam ser metabolisados. 
 
Ao final da via glicolítica, todos os carboidratos são convertidos em piruvato. O piruvato então pode seguir 
três destinos diferentes. Em condições anaeróbicas alguns microorganismos e as nossas células musculares 
quando não recebem oxigenação suficiente realizam a fermentação láctica, onde o piruvato é convertido à 
lactato. Outros microorganismos como as leveduras convertem o piruvato em etanol na fermentação 
alcoólica. Finalmente, eu condições aeróbicas, o piruvato é convertido a acetil-coenzima-A, que entra no ciclo 
do ácido cítrico sendo convertida em CO2 e água. 
 
 
 
 
 
 
Alguns tecidos do corpo utilizam apenas glicose como fonte de energia, não sendo capazes de metabolizar 
aminoácidos ou lipídios. É o caso do cérebro, sistema nervoso, eritrócitos, testículos, medula renal e tecidos 
embrionários. Para que esses tecidos não fiquem sem energia e parem de funcionar é necessário manter um 
nível de concentração de glicose na corrente sangüínea. Em geral nosso estoque de glicogênio armazenado 
no fígado e músculos supre essas necessidades, entretanto, em períodos de jejum prolongado, ou após 
exercícios físicos extenuantes o estoque de glicogênio se esgota, sendo necessário ao organismo apelar para 
a síntese da glicose a partir de precursores não oriundos de carboidratos. Isso é alcançado por uma rota 
do anabolismo de carboidratos denominada de gliconeogênese. 
 
A biossíntese das proteínas envolve cinco etapas. 
1. Na primeira, ocorre a ativação dos aminoácidos. O grupo carboxila do aminoácido deve estar ativado 
para que ocorra a ligação peptídica e deve sempre existir um elo entre cada aminoácido e a 
informação contida no mRNA. Logo, esta primeira etapa envolve a ligação do aminoácido a um tRNA, 
ocorre no citosol e envolve a participação de enzimas do tipo aminoacil-tRNA sintetases. 
2. A segunda etapa é chamada de iniciação, onde o mRNA liga-se à menor das subunidades ribossômicas 
e ao aminoacil-tRNA de iniciação. Em seguida, liga-se à subunidade maior, formando o complexo de 
iniciação, pareando o aminoacil-tRNA com o códon UAG. 
3. A terceira etapa, o alongamento, é formada pela ligação de outros aminoácidos e requer a 
participação de proteínas conhecidas como fatores de alongamento, e assim como as etapas 
anteriores, envolve a participação de GTP (Guanosina trifosfato). 
4. A quarta etapa é a terminação e liberação, sinalizada por um códon de terminação. A quinta e última 
etapa é o enovelamento e processamento pós-tradução, para que a proteína obtenha sua forma 
tridimensional biologicamente ativa. 
 
Os principais produtos da digestão de lipídios são o glicerol e ácidos graxos. O glicerol é metabolizado na via 
glicolítica. Para isto ele precisa primeiro ser ativado pela enzima glicerol-quinase, que utiliza uma molécula de 
ATP para converter o glicerol em L-glicerol-3-fosfato. Em seguida a enzima glicerol3-fosfato-desidrogenase 
utiliza o NAD+ para converter o L-glicerol-3-fosfato em diidroxiacetona-fosfato. Por fim a enzima triose-
fosfato-isomerase converte a diidroxiacetona-fosfato em D-gliceraldeído-3-fosfato, que segue seu caminho 
na via glicolítica.

Continue navegando