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Local: Sala 3 - TJ - Prova On-line / Andar / Polo Tijuca / POLO UVA TIJUCA Acadêmico: EAD-IL60046-20211A Aluno: ROBERTA DE SOUZA ALVARO Avaliação: A2- Matrícula: 20201301997 Data: 8 de Abril de 2021 - 08:00 Finalizado Correto Incorreto Anulada Discursiva Objetiva Total: 6,50/10,00 1 Código: 1312 - Enunciado: Considere o fato de Ugolino ter sido declarado absolutamente incapaz em razão de enfermidade que causa deficiência mental grave. Isso importa na impossibilidade da prática de quaisquer atos da vida negocial, equivalendo à morte civil em antecipação à morte natural? a) Sim, porque legalmente todo aquele que for declarado incapaz deverá ser recolhido compulsoriamente a uma instituição de onde não mais poderá sair, sendo declarada a sua morte para todos os efeitos legais. b) Sim, já que a redução à incapacidade surte o mesmo efeito da declaração de morte civil, ou seja, determina a cessação da existência da pessoa para todos os efeitos obrigacionais que podem ser admitidos em sociedade. c) Sim, porque, não sendo o incapaz apto para a prática de nenhum ato, é lógico que ele deve ser dado como morto para efeitos legais, já que não lhe será dado agir em sociedade, tampouco realizar tarefas negociais. d) Não, o absolutamente incapaz é representado na forma da lei; a incapacidade só pode ser de fato em nosso sistema jurídico, jamais de direito, porque toda pessoa é sujeito de direitos e obrigações. e) Não, porque a declaração da morte civil depende da condenação à morte natural e antecede à execução dessa pena, na forma da lei penal brasileira; não é admissível que o condenado à morte possa praticar atos civis. Alternativa marcada: e) Não, porque a declaração da morte civil depende da condenação à morte natural e antecede à execução dessa pena, na forma da lei penal brasileira; não é admissível que o condenado à morte possa praticar atos civis. Justificativa: Gabarito: alternativa 'Não, o absolutamente incapaz é representado na forma da lei; a incapacidade só pode ser de fato em nosso sistema jurídico, jamais de direito, porque toda pessoa é sujeito de direitos e obrigações.'. Justificativa: Nosso Direito desconhece o instituto da morte civil, além do que inexiste incapacidade de direito, vale dizer: o incapaz terá a sua incapacidade suprida pela representação ou pela assistência, portanto o ato será praticado, na hipótese, pelo seu representante, pelo seu curador. Distratores: As demais opções são incorretas, porque em momento algum a determinação da incapacidade do indivíduo poderá levar à impossibilidade da prática de qualquer ato, mas apenas à necessidade de representação, além do que, como anteriormente mencionado, inexiste a morte civil. A letra “e” é incorreta, porque inexistem as penas de morte e de morte civil, bem como, evidentemente, as suas execuções. 0,00/ 1,50 2 Código: 1355 - Enunciado: Coisas e bens distinguem-se pela característica, presente nos últimos, de possuir necessariamente valor econômico, enquanto nas primeiras essa característica não é exigível. Considerando bem como toda coisa a que se pode emprestar valor econômico ou economicamente apreciável, identifique qual das hipóteses abaixo será uma atividade empresarial. a) A representação de artes cênicas, por um artista. b) A exploração da renda da bilheteria de um teatro. 0,00/ 1,00 c) A atuação em um processo judicial, por um advogado. d) A prática de consultoria, por administrador de empresas. e) A venda de dois imóveis valiosos, por seu herdeiro. Alternativa marcada: d) A prática de consultoria, por administrador de empresas. Justificativa: A resposta correta é a opção (A exploração da renda da bilheteria de um teatro.), única que representa uma atividade empresarial, já que o proprietário do teatro é um empresário. A opção (A prática de consultoria, por administrador de empresas.) está errada porque a atividade do profissional liberal não é considerada, necessariamente, uma atividade empresarial, exceto nas hipóteses em que o seu oferecimento caracteriza a atividade de empresa, o que não ocorre no caso presente, o mesmo se dando com relação à opção (A atuação em um processo judicial, por um advogado.), também errada, ainda porque o advogado, em seu exercício profissional, não pode praticar atos empresariais. A letra (A representação de artes cênicas, por um artista.) está errada porque a representação não está incluída entre as atividades empresariais, assim como a venda de imóveis pelo herdeiro (a opção A venda de dois imóveis valiosos, por seu herdeiro.). 3 Código: 167 - Enunciado: Data da idade média a criminalização da prática da usura, considerada um delito não apenas em planos terrenos ou materiais como, ainda (e talvez principalmente), um pecado, um ato ilícito sob o critério religioso, sujeitando o usurário, mais que à punição por meio do Direito, à pena de flagelo eterno, de perdição de sua alma. A usura, referida no texto acima, pode ser definida como: a) O empréstimo de qualquer valor ou bem que pudesse ser expresso em dinheiro. b) A prática comercial consistente na captação de clientes e de recursos para bancos. c) A comercialização de indulgências com que bancos ligados à Igreja enriqueceram. d) O ato de emprestar dinheiro mediante a retribuição de juros excessivos. e) A prática da atividade empresarial consistente na viabilização de crédito. Alternativa marcada: d) O ato de emprestar dinheiro mediante a retribuição de juros excessivos. Justificativa: A prática da atividade empresarial consistente na viabilização de crédito. - ERRADA, porque a usura não corresponde a qualquer prática empresarial, tampouco à viabilização de crédito. O empréstimo de qualquer valor ou bem que pudesse ser expresso em dinheiro. - ERRADA, porque o empréstimo de qualquer valor expresso em dinheiro, por si só, não caracterizava usura, para o que deveria concorrer a cobrança de juros excessivos. A prática comercial consistente na captação de clientes e de recursos para bancos. - ERRADA, porque a captação de clientela jamais compôs a definição da usura. O ato de emprestar dinheiro mediante a retribuição de juros excessivos. - CORRETA, pois apresenta a definição histórica de usura. A comercialização de indulgências com que bancos ligados à Igreja enriqueceram. - ERRADA, pois não diz respeito ao tema da questão. 0,50/ 0,50 4 Código: 7429 - Enunciado: Entre as sociedades empresariais, uma delas se caracteriza por não apresentar, em seus estatutos sociais, a definição dos sócios-gerentes ou dos administradores, porque, de fato, seu capital está aberto e suas cotas são negociadas em bolsa de valores, portanto será de titularidade de um número indefinido de pessoas, cujas identidades não são necessariamente conhecidas dos demais acionistas. Escolha a hipótese que apresente essa sociedade: 0,50/ 0,50 a) Sociedade de economia mista. b) Sociedade sem fins lucrativos. c) Sociedade anônima. d) Sociedade limitada. incorreta. e) Sociedade filantrópica. Alternativa marcada: c) Sociedade anônima. Justificativa: Sociedade de economia mista. está errada porque a sociedade de economia mista possui natureza diversa. Sociedade sem fins lucrativos. está incorreta porque a sociedade sem fins lucrativos não será uma empresa. Sociedade limitada. incorreta. incorreta. que trata da sociedade limitada, em que os sócios são conhecidos. Sociedade filantrópica. incorreta. está incorreta porque a sociedade filantrópica não será uma empresa. Sociedade anônima. correta. a sociedade com as características do enunciado é a sociedade anônima, com exclusão de qualquer outra. 5 Código: 7371 - Enunciado: Considere um contrato pelo qual determinada pessoa se obrigue a ir, no lugar de outra, para o purgatório após a morte de ambas, mediante determinada remuneração vitalícia. É possível a elaboração de um contrato como esse? a) Não, porque não há como se estabelecer a comoriência, ou seja, a morte conjunta das partes. b) Sim, como já visto anteriormente, a liberdadecontratual garante esse direito aos cidadãos. c) Não, porque esse contrato não teria valor econômico para uma das partes. d) Não, porque inexiste contrato cujo objeto seja impossível juridicamente. e) Sim, porque se as partes convencionaram a obrigação e a remuneração, o contrato vigora. Alternativa marcada: d) Não, porque inexiste contrato cujo objeto seja impossível juridicamente. Justificativa: Sim, como já visto anteriormente, a liberdade contratual garante esse direito aos cidadãos. incorreta, porque a liberdade na manifestação de vontade não supre a impossibilidade jurídica do objeto de um contrato. Não, porque esse contrato não teria valor econômico para uma das partes. incorreta, porque não se perquire, na questão, da ausência de valor econômico no contrato Não, porque não há como se estabelecer a comoriência, ou seja, a morte conjunta das partes. incorreta. porque, independentemente da comoriência, o objeto do contrato é impossível juridicamente. Não, porque inexiste contrato cujo objeto seja impossível juridicamente. correta. Tal contrato será considerado inexistente, porque o seu objeto é juridicamente impossível. Ainda quando as partes creiam na existência desse estágio pós-morte, não há como impor o seu cumprimento em sede de nosso Judiciário, que é terreno e, além disso, laico. Portanto, em razão da impossibilidade jurídica de seu objeto, ele reputar-se-á como não escrito, ou como não formalizado, não podendo surtir qualquer efeito entre as partes. Sim, porque se as partes convencionaram a obrigação e a remuneração, o contrato vigora. incorreta. porque ainda quando para as partes tenha valor econômico, o fato de o objeto ser impossível torna o contrato inexistente. 1,50/ 1,50 6 0,00/ 1,00 Código: 165 - Enunciado: Considere o fato de ter praticado um ato ilícito sem a intenção de causar dano à vítima. Conforme o Código de Defesa do Consumidor, isso exonera o agente da responsabilidade pela reparação dos prejuízos causados? a) Não, porque a hipótese de incidência da obrigação de indenizar não se verifica apenas quando o ato ilícito é praticado intencionalmente. b) Não, porque o fato de fazer aquilo que não deseja impõe ao agente uma responsabilidade maior que a do homem médio. c) Não, porque a obrigação de indenizar apenas poderá ser afastada pelo perdão judicial, o que na hipótese não ocorreu. d) Sim, porque sem a intenção de causar o prejuízo o ato não será ilícito, já que ele necessita da culpa, que não se perfaz sem o dolo. e) Sim, porque a prática de um ato sem o querer não poderá ensejar a incidência da obrigação de indenizar de qualquer natureza. Alternativa marcada: c) Não, porque a obrigação de indenizar apenas poderá ser afastada pelo perdão judicial, o que na hipótese não ocorreu. Justificativa: Não, porque a hipótese de incidência da obrigação de indenizar não se verifica apenas quando o ato ilícito é praticado intencionalmente. - CORRETA, Para que incida a obrigação de indenizar sobre um ato, não é necessário que ele tenha sido praticado dolosa ou intencionalmente. Para configuração da responsabilidade civil, basta a mínima culpa, basta que o agente tenha sido negligente ou imprudente, não sendo necessário que tenha intenção de causar dano ou prejuízo à vítima. Não, porque a obrigação de indenizar apenas poderá ser afastada pelo perdão judicial, o que na hipótese não ocorreu. - ERRADA, porque não se trata de perdão judicial na hipótese ventilada. Sim, porque sem a intenção de causar o prejuízo o ato não será ilícito, já que ele necessita da culpa, que não se perfaz sem o dolo. - ERRADA, porque o ilícito civil não se limita aos atos intencionais. Sim, porque a prática de um ato sem o querer não poderá ensejar a incidência da obrigação de indenizar de qualquer natureza. - ERRADA, porque não existe qualquer relação entre o ato praticado sem dolo e a exclusão da responsabilidade na questão ora sob comento. Não, porque o fato de fazer aquilo que não deseja impõe ao agente uma responsabilidade maior que a do homem médio. - ERRADA, porque sua afirmativa é absolutamente inverossímil. 7 Código: 1292 - Enunciado: O Direito não se compõe apenas pela norma escrita, pela lei, que é o resultado do processo de elaboração legislativa, de competência exclusiva do Poder Legislativo. Outras fontes irão compor nosso Sistema de Direito, tais como: a jurisprudência e a doutrina e, ainda, como mecanismos de interpretação, a analogia e a equidade. Defina jurisprudência, contextualizando a sua importância como fonte do Direito. Resposta: Jurisprudência é o conjunto de decisões judiciais em um mesmo sentido proferida pelos tribunais. Comentários: Por jurisprudência, entende-se o conjunto das decisões proferidas pelos tribunais sobre determinados assuntos e compõe as fontes clássicas do Direito, ao lado da lei e da doutrina, porém não sendo de menor importância dentro dos meios de sua formação. Sua importância como fonte do Direito vem de sua própria natureza, já que permite a evolução do pensamento jurídico na medida em que consiste em decisões judiciais tomadas na prática, representando a interpretação das normas pelo Judiciário. Justificativa: Por jurisprudência, entende-se o conjunto das decisões proferidas pelos tribunais sobre determinados assuntos e compõe as fontes clássicas do Direito, ao lado da lei e da doutrina, porém não sendo de menor importância dentro dos meios de sua formação. Sua importância como fonte do Direito vem de sua própria natureza, já que permite a evolução do 1,50/ 1,50 pensamento jurídico na medida em que consiste em decisões judiciais tomadas na prática, representando a interpretação das normas pelo Judiciário. 8 Código: 176 - Enunciado: Considere a seguinte situação. O funcionário da empresa de cobranças Vem que Tem Ltda., no curso de uma visita a suposto cliente com pagamentos em atraso, supondo a simulação de ausência, arromba a porta da sua casa e a invade, passando a recolher, do seu interior, bens cujo montante entende apto a custear o total inadimplido, acrescido de juros e correção cujos patamares presume por si próprio. Todavia, com a chegada da autoridade policial, acionada pelos vizinhos, verifica-se que aquele não é o domicílio do suposto devedor, tampouco possui, o proprietário do imóvel invadido, qualquer relação jurídica com a empresa de que o referido funcionário é preposto. Com base no relato acima, avalie se os sócios da empresa Vem que Tem Ltda. responderão pelos atos do seu preposto, mesmo não tendo orientado a sua prática nessas circunstâncias. Fundamente a sua resposta com base nos marcos jurídicos (ou nos marcos do Direito). Resposta: Comentários: A responsabilidade do patrão ou comitente pelo ato ilícito de seu empregado ou preposto é objetiva e, portanto, os sócios da empresa de cobranças responderão, ilimitada e solidariamente, pelos prejuízos, de natureza material ou imaterial, causados a terceiros pelos atos de seu funcionário que, na hipótese, são absolutamente ilícitos. Justificativa: A responsabilidade do patrão ou comitente pelo ato ilícito de seu empregado ou preposto é objetiva e, portanto, os sócios da empresa de cobranças responderão, ilimitada e solidariamente, pelos prejuízos, de natureza material ou imaterial, causados a terceiros pelos atos de seu funcionário que, na hipótese, são absolutamente ilícitos. 2,50/ 2,50
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