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INSTITUTO LATINO-AMERICANO DE TECNOLOGIA, INFRAESTRUTURA E TERRITÓRIO (ILATIT) Curso: Engenharia Química - Bacharelado. Disciplina: Laboratório de Física Geral III – EQI0052. Professor: Dr. Rodrigo Leonardo de Oliveira Basso. RELATÓRIO 04 Circuito RC Discente: Miguel Caputo. Foz do Iguaçu, 12 de Setembro de 2021. RESUMO O presente experimento visa a análise, estudo e simulação do comportamento e propriedades de um circuito RC, através do software de simulação Falstad. Primeiramente, foi aberto o arquivo do circuito RC disponibilizado pelo professor da disciplina. Com o arquivo aberto no simulador, mudou-se a chave S de posição, fechando o circuito RC com a fonte de tensão e, logo em seguida, deu-se início a simulação. Com o início da simulação, a formação e estabilização da curva de tensão no capacitor levou 240,25ms, esse também foi o tempo em que se pausou a simulação. Com simulação pausada, coletou-se os pares de dados de tensão e tempo (Tabela 1), e estes foram inseridos no software OriginPro que, posteriormente foi feito o gráfico correspondente (Gráfico 1). Para a coleta de dados do processo de descarga, mudou-se a chave S de posição, fechando o circuito sem a fonte de tensão, desta forma o capacitor descarga sobre o resistor. Dessa forma, tomou-se como referência o tempo em que a simulação foi pausada como sendo o novo t = 0, desta forma, os próximos pontos de tempo coletados seriam da forma t – 240,25. Assim, esperou-se novamente a curva de descarga se formar e estabilizar para pausar a simulação novamente e, dessa maneira, coletar os pares de dados de tensão e tempo referentes a descarga do capacitor. Os dados obtidos (Tabela 2) foram inseridos também no OriginPro e, posteriormente foi plotado o gráfico referente (Gráfico 2). Logo após, foi feita a linearização dos dados de descarga (Tabela 3) e então, foi plotado a reta referente a linearização (Gráfico 3). Com os Gráficos 1, 2 e 3 obtidos, foi feita a comparação das constantes de tempo RC obtidas com a usada na simulação. Foi feito também a utilização das Equações 7 e 8 para encontrar a tensão no capacitor no processo de carga e descarga, respectivamente, quando t = RC. Por fim, ao realizar a comparação das constantes RC, foi possível constatar que todos os resultados obtidos estão próximos a constante utilizada no simulador, sendo que a leve diferença entre os valores é devido ao erro associado as medidas, visto que ao passar os dados para o OriginPro, o próprio software faz um arredondamento nas ultimas casa, fazendo com que o erro se propague na análise. Concluindo, o experimento foi realizado de maneira correta e consistente, uma vez que as constantes obtidas são muito próximas a utilizada na simulação. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 4 1.1. Capacitor .............................................................................................................. 4 1.2. Circuito RC .......................................................................................................... 6 1.3. Objetivos ............................................................................................................. 10 2. DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL ....................................................................... 10 3. DADOS E ANÁLISE DE DADOS ....................................................................... 14 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................ 20 5. CONCLUSÕES ..................................................................................................... 22 6. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 23 4 1. INTRODUÇÃO 1.1. Capacitor Capacitores surgiram da necessidade de armazenar cargas elétricas para usa-las futuramente de maneira flexível quando houver resistência em seus terminais. Capacitor é um componente eletrônico capaz de armazenar carga elétrica, ao ser ligado em uma fonte de tensão, o capacitor possui dois terminais para sua polarização (o terminal maior é positivo e o menor é negativo), dentro do capacitor os terminais são conectados por placas metálicas, geralmente de alumínio, separados por um material dielétrico (MATTEDE, 2014). Esse material dielétrico pode ser de diversos materiais, como cerâmica, teflon, mica, porcelana, celulose, milar e até ar. Dielétrico é o material isolante que é capaz de se tornar condutor quando submetido a determinado valor de campo elétrico, essa mudança de estado (isolante para condutor) acontece quando o campo elétrico é maior que a rigidez dielétrica do material, ou seja, até os materiais isolantes podem conduzir quando submetidos a determinado valor de cargas elétricas (MATTEDE, 2014). A capacitância do material dielétrico usado no capacitor determina a melhor ocasião para aplicação do capacitor. Capacitância é a quantidade de carga elétrica que um capacitor é capaz de armazenar. A capacitância é medida em Farad (F). A Capacitância é determinada pelas dimensões das placas, diretamente proporcional à área (quanto mais carga, mais intenso o campo elétrico) e inversamente proporcional à espessura do dielétrico (porque o campo elétrico é inversamente proporcional à área). A Capacitância é dada por: 𝐶 = ( ) (Equação 1) Onde, C: capacitância (F); q(t): quantidade de carga armazenada em função do tempo (C); V: tensão (V). Como as cargas armazenadas entre as placas do capacitor são cargas opostas elas se atraem, ficando armazenadas na superfície das placas mais próximas do isolante dielétrico. Devido a essa atração, é criado um campo elétrico entre as placas, através do material dielétrico do capacitor. A energia que o capacitor armazena advém do campo 5 elétrico criado entre as placas. É, portanto, uma energia de campo eletrostático (MATTEDE, 2014). Figura 1. Representação de um capacitor e seus componentes internos. Fonte: Mundo da Elétrica, 2014. Eletrostática é o ramo da física que estuda as cargas elétricas quando estão em repouso, ou em equilíbrio, não estão em movimento. Este estado das cargas é chamado de eletricidade estática, se estas cargas estiverem em movimento, o nome desse evento seria corrente elétrica, e a esse evento dá-se o nome de Eletricidade Dinâmica (MATTEDE, 2014). Quando o capacitor está carregando ou descarregando existe um valor variável de corrente elétrica. Mas, como entre as placas do capacitor existe um material dielétrico, essa energia não passa de um aplaca para outra, ficando assim, armazenada (MATTEDE, 2014). Quando o capacitor está totalmente carregado (alcançou o regime estacionário), ou totalmente descarregado (está aberto) não existe esse fluxo de energia, pois as cargas não estão em movimento, uma vez que para ser corrente elétrica as cargas precisam estar em movimento (MATTEDE, 2014). Umas das principais aplicações dos capacitores é a de separar as correntes alternada e contínua quando estas se apresentam simultaneamente. Em corrente contínua (CC) o capacitor se comporta como um Circuito Aberto, e em corrente alternada (CA) o capacitor se comporta como uma resistência (MATTEDE, 2014). 6 A diferença entre o capacitor e a bateria é que o capacitor é muito mais simples. O capacitor armazena a energia, enquanto a bateria produz energia através de processos químicos e a armazena. O Capacitor é muito mais rápido no processo de descarga da energia acumulada, em comparação com baterias, além de serem aplicados em ocasiões onde a bateria não tem aplicação, como, por exemplo, dividir frequências e suavizarsinais elétricos (MATTEDE, 2014). Existem variações nos modelos dos capacitores, para se adequarem a diferentes utilizações. O material dielétrico influencia diretamente na situação a qual o capacitor será usado. São dispositivos encontrados facilmente em circuitos eletrônicos, e outros lugares como, por exemplo: Sensores; Osciladores; Filtros de ruídos em sinais de energia; Absorver picos e preencher vales em sinais elétricos; Divisor de frequência em sistemas de áudio; Armazenamento de carga e sistemas de flash em câmeras fotográficas; Em conjuntos de transistores em memórias DRAM; Como baterias temporárias e som automotivo (mega capacitor); Laser de alta potência (banco de capacitores); Radares (banco de capacitores); Aceleradores de partículas (banco de capacitores); Sintonizadores de rádio (capacitor variável); No start de motores de portão eletrônico (capacitor de partida); Em fontes de alimentação. 1.2. Circuito RC Um circuito composto de um resistor, um capacitor e uma força eletromotriz, é denominado circuito RC. Na Figura 2 temos a representação esquemática deste tipo de circuito. 7 Figura 2. Representação de um circuito RC. Fonte: O autor, 2021. Há uma diferença de potencial nas extremidades do resistor e também nas extremidades do capacitor. Isto deve-se a queda de tensão gerada por cada um destes dispositivos. Sabe-se que, segundo a lei das malhas de Kirchoff, que a soma das diferenças de potencial para qualquer circuito fechado é nula. Se o circuito for de duas malhas ou mais a soma também é nula, pois cada ramificação em particular é fechada. Isto equivale a dizer que a soma das intensidades das tensões positivas é igual a soma das intensidades das tensões negativas. Inicialmente, o capacitor está descarregado, ao ligar (chave S no ponto A) o circuito no instante t=0, é possível notar que a carga q(t) do capacitor não se estabelece de maneira instantânea. A lei das malhas de Kirchoff aplicada ao circuito de carga fornece: 𝜀 − 𝑖𝑅 − ( ) = 0 (Equação 2) Onde, ε (fem): valor máximo da tensão (V); i: corrente elétrica (A); R: resistência (Ω); q(t)/C: esta expressão é a Equação 1 isolando V (V); Como a corrente no resistor é devida a carga que sai do capacitor, tem-se: 8 𝑖(𝑡) = ( ) (Equação 3) Substituindo a Equação 3 na Equação 2: 𝜀 − 𝑅 ( ) − ( ) = 0 (Equação 4) A solução para esta equação diferencial é: 𝑞(𝑡) = 𝐶𝜀 1 − 𝑒 (Equação 5.1) ( ) = 𝜀 1 − 𝑒 (Equação 5.2) 𝑉(𝑡) = 𝜀 1 − 𝑒 (Equação 5.3) A grandeza RC tem a dimensão de tempo, e é chamada constante de tempo capacitiva (τ). Pode-se observar que, no processo de carga de um circuito RC os comportamentos da tensão e corrente se invertem. Ao ligar um circuito RC a tensão demora algum tempo para atingir o seu valor máximo. O circuito RC mais simples é aquele constituído por um capacitor inicialmente carregado com uma tensão ε descarregando sobre um resistor (chave S no ponto b). Todo o desenvolvimento mostrado para um capacitor se carregando vale também para um capacitor se descarregando. Desta forma, a lei das malhas de Kirchoff aplicada ao circuito fornece: 𝑖𝑅 + ( ) = 0 (Equação 6.1) ( ) ( ) = 𝑑𝑡 (Equação 6.2) 𝑉(𝑡) = 𝜀𝑒 (Equação 6.3) Quando um capacitor está descarregando, sua carga não cai à zero instantaneamente, mas decai de forma exponencial. 9 Figura 3. Curvas de Carga e Descarga de um Capacitor. Fonte: Universo Controle e Automação, 2017. Quando t = RC, no processo de carga tem-se: 𝑉(𝑡) = 𝜀 1 − = 0,63𝜀 (Equação 7) E para o processo de descarga: 𝑉(𝑡) = 𝜀 = 0,37𝜀 (Equação 8) 10 Figura 4. Curvas de Carga, Descarga e t = RC de um Capacitor. Fonte: UFRGS, [s.d.]. 1.3. Objetivos O objetivo do presente experimento é montar uma tabela de dados de Tensão (V) versus tempo (t) para o processo de carga e descarga. Com os dados obtidos, fazer um gráfico para ambos os processos. Após a montagem dos gráficos, a partir da equação de descarga, fazer a linearização e obter a constante de tempo RC e, comparar com os valores dos gráficos e com o valor fornecido pelo roteiro. Encontrar também os valores de tensão quando t = RC. 2. DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL O circuito utilizado no simulador virtual Falstad é um circuito semelhante ao da Figura 4 e, o arquivo foi fornecido pelo professor da disciplina. Os equipamentos utilizados são: Fonte de tensão de 5V; Chave S; Capacitor de 200μF; Resistor de 100Ω; 11 Figura 5.1. Representação do circuito da simulação, feito no CircuitLab. Fonte: O autor, 2021. Figura 5.2. Representação do circuito utilizado na simulação feito no Falstad. Fonte: Dr. Rodrigo Leonardo de Oliveira Basso, 2021. Portanto, ao abrir o arquivo no simulador virtual, teremos o seguinte: 12 Figura 6. Representação do circuito utilizado na simulação feito no Falstad. Fonte: Dr. Rodrigo Leonardo de Oliveira Basso, 2021. Analisando a Figura 6, temos no primeiro quadrante a corrente elétrica no resistor; no segundo quadrante temos a tensão no resistor; no terceiro quadrante temos a tensão no capacitor; e no quarto quadrante temos a corrente elétrica no capacitor. Ambos quadrantes estão em função do tempo de simulação. Para nossa análise, iremos observar o gráfico do terceiro quadrante durante o processo de carga e descarga do capacitor. Para o processo de carga, coloca-se a chave S no nó A (Figura 2), fechamos o circuito com a fonte, capacitor e resistor. Nesta configuração, iniciamos a simulação (t = 0) e esperamos o gráfico do terceiro quadrante se formar e estabilizar. Figura 7. Curva de tensão no capacitor durante o processo de carga. Fonte: Simulador Virtual Falstad. 13 A simulação foi parada no tempo de 240,25ms, onde a curva já tinha se estabilizado na tensão máxima (5V) e, assim, colocando o mouse sobre a curva, foi coletado o par de dados de tensão versus tempo. Desta forma, foram coletados 16 pares de dados e disponibilizados em forma de tabela (Tabela 1) e, então, plotou-se a curva destes dados (Gráfico 1). Para o processo de descarga, passamos a chave S para o nó B (Figura 2) e, assim, fechamos o circuito sem a fonte fazendo com que o capacitor se descarregue sobre o resistor. Assim, mudando a chave S no simulador virtual e continuando a simulação, esperamos novamente a curva se formar e paramos a simulação quando a mesma se estabilizar. Figura 7. Curva de tensão no capacitor durante o processo de descarga, feito após o processo de carga. Fonte: Simulador Virtual Falstad. Pode-se ver a curva de descarga começa logo após a curva de carga, ou seja, a curva de descarga começa no ponto de parada da curva de carga, em 240,25ms. Tomando de referência o ponto de parada da curva de carga / início da curva de descarga como novo t = 0, podemos coletar os novos pares de dados de tensão e tempo fazendo (V, t – 240,25). Onde t é tempo da curva de descarga. Novamente, colando o mouse sobre a curva de descarga, coletou-se 16 pares de dados conforme descritos anteriormente e, então, os dados foram disponibilizados em forma de tabela (Tabela 2) e o gráfico destes dados também foi plotado (Gráfico 2). Após a coleta de dados, foi feita a linearização dos dados do processo de descarga, utilizando a equação do referente processo (Equação 6.3), com intuito de obter a constante de tempoRC. 14 *O CircuitLab também é um simulador, entretanto não foi usado para fazer as análises deste experimento. *O CircuitLab foi usado apenas para montar os circuitos e melhorar a visualização. 3. DADOS E ANÁLISE DE DADOS Como mencionado anteriormente, com os pares de dados do processo de carga coletados, foi montado a tabela e o gráfico correspondentes aos dados. Tabela 1. Tabela dos pares de dados para o processo de carga do capacitor. Carga N t (s) Vc (V) 1 0 0 2 0,00222 0,60261 3 0,00414 1,005 4 0,0067 1,485 5 0,0099 2,004 6 0,01374 2,528 7 0,01822 3,023 8 0,02398 3,518 9 0,0323 4,022 10 0,04574 4,501 11 0,05342 4,66 12 0,0611 4,768 13 0,07006 4,852 14 0,07902 4,905 15 0,12382 4,99 16 0,24025 5 Fonte: O autor, 2021. Onde, Vc: tensão no capacitor (V); t: tempo (s); 15 Gráfico 1. Curva do processo de carga do capacitor. Fonte: O autor, 2021. Seguindo o procedimento experimental, após a carga do capacitor, foi coletado os pares de dados do processo de descarga da maneira mencionada na descrição experimental. 16 Tabela 2. Tabela dos pares de dados para o processo de descarga do capacitor. Descarga N t (s) Vc (V) 1 0 5 2 6,39E-04 4,916 3 0,00192 4,612 4 0,00384 4,189 5 0,00576 3,806 6 0,00832 3,349 7 0,01152 2,854 8 0,01536 2,355 9 0,01984 1,882 10 0,02624 1,367 11 0,032 1,025 12 0,03456 0,90173 13 0,03712 0,79339 14 0,03968 0,69807 15 0,06016 0,25065 16 0,07872 0,09909 Fonte: O autor, 2021. Onde, Vc: tensão no capacitor (V); t: tempo (s); 17 Gráfico 2. Curva do processo de descarga do capacitor. Fonte: O autor, 2021. Após obter os dados necessários para ambos os processos do capacitor, agora será feito a linearização dos dados do processo de descarga, utilizando a Equação 6.3, para podermos obter a constante de tempo RC. Assim, fazemos: 𝑉(𝑡) = 𝜀𝑒 → 𝑉(𝑡) 𝜀 = 𝑒 ln 𝑉(𝑡) 𝜀 = −𝑡 𝑅𝐶 ln(𝑒) ln ( ) = ∗ 𝑡 (Equação 9) Com a Equação 9 e os dados da Tabela 2, é possível obter uma reta sem coeficiente linear, e assim, nossa constante de tempo RC será o coeficiente angular desta reta obtida, portanto, teremos: 18 Tabela 3. Tabela dos pares de dados linearizados para o processo de descarga do capacitor. Descarga N t Ln(Vc/ε) 1 0 0 2 6,39E-04 -0,01694 3 0,00192 -0,08078 4 0,00384 -0,17698 5 0,00576 -0,27286 6 0,00832 -0,40078 7 0,01152 -0,56072 8 0,01536 -0,7529 9 0,01984 -0,9771 10 0,02624 -1,29682 11 0,032 -1,58475 12 0,03456 -1,71288 13 0,03712 -1,84088 14 0,03968 -1,96888 15 0,06016 -2,99313 16 0,07872 -3,92113 Fonte: O autor, 2021. Gráfico 3. Reta obtida pela linearização dos dados do processo de descarga do capacitor. Fonte: O autor, 2021. 19 Com os Gráficos 1, 2 e 3, podemos comparar as constantes de tempo RC obtidas com a fornecida pelo roteiro e, assim, discutir os resultados obtidos. Já para quando temos t = RC, obtemos os seguintes valores de tensão de acordo com as Equações 7 e 8: Para o processo de carga: 𝑉(𝑡) = 0,63𝜀 → 𝑉(𝑡) = 0,63 ∗ 5 𝑉(𝑡) = 3,15 𝑉 Para o processo de descarga: 𝑉(𝑡) = 0,37𝜀 → 𝑉(𝑡) = 0,37 ∗ 5 𝑉(𝑡) = 1,85 𝑉 Assim, podemos fazer a seguinte relação no gráfico para quando t = RC: Gráfico 4. Relação gráfica para quando t = RC. Fonte: O autor, 2021. 20 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Com o auxílio do simulador Falstad, Excel e do software OriginPro, foi possível montar os dados das Tabelas 1, 2 e 3, e assim, foi possível montar os Gráficos 1, 2 e 3. Ao abrir o arquivo disponibilizado para o circuito RC em análise, temos as seguintes informações sobre o tempo em que estamos da simulação, o intervalo de tempo usado e a constante de tempo RC do capacitor. Figura 8. Informações sobre a simulação. Fonte: Simulador Virtual Falstad. Com a informação fornecida pelo simulador virtual, sabe-se que a constante de tempo dos dados obtidos para o processo de carga e descarga tem que ser próxima de 20ms. Assim, primeiramente vamos a análise do Gráfico 1. Temos que o processo de carga do capacitor é descrito pela Equação 5.3, desta forma, podemos comparar esta equação com a equação usada para ajustar o Gráfico 1 e, assim, obtermos a constante de tempo RC. A equação usada para ajustar o Gráfico 1 é do tipo: 𝑦 = 𝑎(1 − 𝑒 ) Analisando o Gráfico 1, sabemos que a = (4,98 ± 0,01) e b = (51,60 ± 0,41). Fazendo agora a comparação da equação do ajuste com a Equação 5.3, temos que: −𝑏 = −1 𝑅𝐶 → 𝑏 = 1 𝑅𝐶 𝑅𝐶 = 1 𝑏 → 𝑅𝐶 = 1 51,60 𝑅𝐶 = 0,019𝑠 → 𝑅𝐶 ~ 0,02𝑠 Portanto, temos que para o processo de carga do capacitor, obtivemos uma constante de tempo RC muito próxima a que foi utilizada na simulação virtual. 21 Agora, analisando o processo de descarga que é descrito pela Equação 6.3, iremos realizar o mesmo método feito anteriormente, ou seja, comparar a equação do fenômeno com a equação do ajuste da curva dos dados coletados (Gráfico 2). Assim, temos que a equação usada para ajustar a curva do Gráfico 2 é do tipo: 𝑦 = 𝑎𝑒 Analisando o Gráfico 2, sabemos que a = (5,05 ± 0,01) e b = (-49,71 ± 0,21). Fazendo agora a comparação da equação do ajuste com a Equação 6.3, temos que: 𝑏 = −1 𝑅𝐶 → 𝑅𝐶 = −1 𝑏 → 𝑅𝐶 = −1 −49,71 𝑅𝐶 = 0,0201𝑠 → 𝑅𝐶 ~ 0,02𝑠 Logo, temos que para o processo de descarga do capacitor, obtivemos também uma constante de tempo RC muito próxima a que foi utilizada na simulação virtual. Passando agora para a linearização do processo de descarga, onde a Equação 6.3 foi linearizada e, então, foi obtida a Equação 9, iremos novamente realizar o método feito anteriormente, mas agora, compararemos a equação linearizada com a equação do ajuste do Gráfico 3, ou seja, com a equação de uma reta. Assim, temos que a equação usada para ajustar a curva do Gráfico 3 é do tipo: 𝑦 = 𝑎 + 𝑏𝑥 Observando o Gráfico 3, sabemos que a = (0,013 ± 0,001) e b = (-49,96 ± 0,04). Fazendo agora a comparação da equação linearizada com a equação da reta, temos que: 𝑏 = −1 𝑅𝐶 → 𝑅𝐶 = −1 𝑏 → 𝑅𝐶 = −1 −49,96 𝑅𝐶 = 0,02001𝑠 → 𝑅𝐶 ~ 0,02𝑠 Deste modo, temos que para a linearização do processo de descarga do capacitor, obtivemos novamente uma constante de tempo RC muito próxima a que foi utilizada na simulação virtual. 22 Por último, observando o Gráfico 4, para quando temos t = RC, vemos que os resultados obtidos obedecem às Equações 7 e 8 e, assim, o Gráfico 4 fica semelhante a teoria apresentada. 5. CONCLUSÕES Por fim, com a assistência do simulador CircuitLab e Falstad, juntamente com o software Excel e OriginPro, foi possível reproduzir o experimento sem dificuldades, podendo notar todos os detalhes e proposições relacionadas ao dispositivo estudado, o circuito RC. Ao realizar os procedimentos descritos anteriormente, juntamente com os gráficos obtidos, é possível constatar que todos os valores de RC obtidos estão próximos ao usado no simulador virtual Falstad. Entretanto, os valores são próximo devido ao arredondamento usado ao transferir os dados coletados no simulador para o software OriginPro, pois o próprio OriginPro faz um arredondamento nas últimas casas dos valores inseridos, fazendo com que um pequeno erro se propague na análise. Com relação a linearização da equação de descarga do capacitor, foi feita uma linearização em escala mono log e, a equação obtida não possui coeficiente linear (Equação 9), contudo, ao plotarmos o gráfico da linearização, a reta obtida possui um pequeno coeficiente linear. A aparição deste termo está associada também a propagação de erros ao passar os dados do simulador para o software e, posteriormente, ao realizar a linearização. Para quandoo t = RC, podemos usar as Equações 7 e 8 deduzidas na introdução do presente relatório e, desta forma, obtemos os pontos de tensão na carga e descarga do capacitor (Gráfico 4), sendo semelhante a Figura 4. Todos os erros associados a cada processo podem ser visualizados nos Gráficos 1, 2 e 3, e foram calculados diretamente pelo OriginPro, desta forma, é possível notar que em nenhum caso o erro associado é alto o suficiente para causar um erro grande no final da análise. Em vista disso, pode-se concluir que os resultados obtidos para a constante de tempo RC, tanto para o processo de carga quanto para o processo descarga do capacitor, bem como a linearização do processo de descarga, estão em concordância e próximos ao valor utilizado na simulação. 23 6. REFERÊNCIAS CircuitLab - Editing “Unnamed Circuit.” Disponível em: <https://www.circuitlab.com/editor/#?id=7pq5wm&from=homepage>. Acesso em: 24 ago. 2021. Circuit Simulator Applet. Disponível em: <http://www.falstad.com/circuit/>. Acesso em: 24 ago. 2021. MATTEDE, H. Como funcionam os capacitores? - Mundo da Elétrica. Disponível em: <https://www.mundodaeletrica.com.br/como-funcionam-os-capacitores/>. Acesso em: 8 set. 2021. UNIVERSO CONTROLE E AUTOMAÇÃO. Regime Transitório (Capacitor em corrente contínua). Disponível em: <https://universoca.wordpress.com/2017/07/08/regime-transitorio-capacitor-em- corrente-continua/>. Acesso em: 8 set. 2021. UFRGS. CIRCUITO RC -ARMAZENANDO ENERGIA PARA UTILIZAR NO MOMENTO CERTO. [s.l.], [s.d.]. Disponível em: <https://www.ufrgs.br/eletromagnetismo/wp-content/uploads/2015/01/lab2.pdf>. Acesso em: 8 jul. 2021.
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