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Carga e descarga de capacitores Vitor Souza Premoli Pinto de Oliveira Física exp. II – Licenciatura em Física – CCENS Universidade Federal do Espírito Santo – UFES 2019/02 - Alegre-ES Resumo. O objetivo deste relatório é investigar o comportamento de carga e descarga de capacitores, visando em primeira instancia a determinação da constante de tempo através da analise gráfica bem como o estudo através de hipóteses e teorias envolvendo circuito RC. Palavras chave: Capacitores, constante de tempo, capacitância _______________________________________________________________________________________ 1. Introdução 1.1. Circuito R-C “Um capacitor é um sistema constituído por dois condutores separados por um isolante (ou imersos no vácuo)” [1]. Em um caráter qualitativo, cada condutor possui, inicialmente, carga líquida igual a zero e há transferência de elétrons de um condutor para o outro à medida que há passagem de corrente, dizemos, nesse caso, que o capacitor está sendo carregado. “No equilíbrio, os dois condutores possuem cargas de mesmo módulo, mas de sinais contrários, e a carga líquida no capacitor como um todo permanece igual a zero” [2]. Essa capacidade de acumular energia elétrica sob a forma de um campo eletrostático é denominado capacitância(F), e pode ser calculada pela seguinte expressão: 𝐶 = 𝑞 𝑉 (1) Onde pela razão, C é dado como a Capacitância(F), q a quantidade de carga(C) e V a diferença de potencial(V) entre os condutores. Capacitores podem ser acoplados a diversos circuitos aos quais o carregam e descarregam. Na figura 1 temos um esquema que nos mostra como um circuito simples pode ser usado para carregar um capacitor. Figura 1 circuito composto por um capacitor e resitor ligados em série A ideia consiste em ao ligarmos o terminal 2 com o 3 é completado o chamado circuito RC, que é nada mais que um circuito em série formado por um capacitor, uma fonte ideal de força eletromotriz (Fem) ε e uma resistência R. Quando o mesmo é completado, uma corrente surge e à medida que isso ocorre uma quantidade q de cargas cada vez mais acumula nas placas do capacitor e estabelece uma diferença de potencial cada vez maior entre as placas do componente. Quando essa diferença de potencial é igual a tensão entre os terminais da fonte, a corrente deixa de correr pelo sistema, ou seja, levando em consideração a expressão (1) é visto que a quantidade de carga final é dada como 𝑞 = 𝐶𝜀, com 𝜀 sendo a Fem da fonte. 1.2. Carga de capacitor Aplicando a lei das malhas no circuito apresentado na figura 1, de forma que a corrente esteja percorrendo no sentido horário a partir do terminal negativo da fonte. Temos que: 𝜀 − 𝑖𝑅 − 𝑞 𝐶 = 0 (2) Onde o primeiro termo é dado como a tensão da fonte, em seguida a da resistência do sistema, dada pela primeira lei de ohm: 𝑉 = 𝑅𝑖 (3) Onde V a diferença de potencial, R a resistência e i a corrente elétrica). E por fim a tensão do capacitor dada pela expressão 1. Levando em consideração que em um circuito R-C a corrente elétrica varia com o tempo à medida que o capacitor é carregado, nós podemos reescrever a expressão 2 como: 𝑑𝑞 𝑑𝑡 𝑅 + 𝑞 𝐶 = 𝜀 (4) Resolvendo essa equação diferencial, que descreve a variação, com o tempo, da carga q no capacitor, temos a seguinte relação: 𝑞 = 𝐶𝜀 (1 − 𝑒 −𝑡 𝑅𝐶) (5) Pela relação da expressão 5 é possível observar que para t = 0, o termo 𝑒 −𝑡 𝑅𝐶 é igual a 1, dessa forma, a quantidade(q) de cargas é zero. Também é possível ver que quando t depois de muito tempo (ou sejam, tendendo ao infinito) o termo 𝑒 −𝑡 𝑅𝐶 tende a zero. Isso significa que a equação também prevê corretamente o valor final da carga do capacitor, 𝑞 = 𝐶𝜀. Do mesmo, também é possível fazer uma análise qualitativa com corrente elétrica do circuito; ao derivarmos a expressão 5, é possível consegui a relação da quantidade de carga que varia com o tempo. Logo: 𝑖 = 𝑑𝑞 𝑑𝑡 = ( 𝜀 𝑅 ) 𝑒 −𝑡 𝑅𝐶 (6) Analisando a expressão 5 podemos ver que a corrente elétrica inicial(t=0) é dada como a razão 𝜀 𝑅 enquanto a mesma tende a zero no momento que 𝑡 → ∞. Novamente, mesclando a equação 3 com a expressão 5, temos também uma relação com a diferença de potencial do capacitor. 𝑉 = 𝑞 𝐶 = 𝜀 (1 − 𝑒 −𝑡 𝑅𝐶) (7) Onde, validando corretamente o valor inicial e final previstos do capacitor, vemos que inicialmente o componente se torna descarregando, visto que para 𝑡 = 0, a tensão é nula, e com para 𝑡 → ∞, o mesmo tendo ao mesmo valor da fonte, ou seja, quando é totalmente carregando(𝑉 = 𝜀). 1.3. A Constante de Tempo O produto RC que aparece nas expressões 5,6 e 7 diz respeito ao tempo necessário para carregar um capacitor até 63,2% da carga total. Esse resultado é denominado constante de tempo capacitiva ou tempo de relaxação do circuito, e é identificado pela letra grega τ. Dessa forma, se expressarmos isso na formula 5 temos que: 𝑞(τ = RC) = 𝐶𝜀(1 − 𝑒−1) = 𝐶𝜀 0,632 (8) Onde o termo 𝐶𝜀 é aqui representado como valor final da carga do capacitor e o termo decimal como a porcentagem referente nesse tempo τ. Circuitos RC são frequentemente classificados de acordo com o tempo em que um capacitor é carregado em termos de tempo τ , onde quanto maior o valor dele maior o tempo necessário para carrega-lo; também podemos comparar essa constante com relação a resistência do circuito, onde quanto maior a mesma, mais tempo leva para carregar; isso acaba sendo justificável visto que para uma resistência é pequena, a corrente flui com mais facilidade, portanto carregando com mais rapidez o componente. 1.4. Descarregando um capacitor Tendo em mente agora que o capacitor já esteja carregado, levando em conta ainda o circuito da figura 1, ligando o terminal 2 com o 1 através do acionando da chave, temos agora um novo circuito formado apenas pelo capacitor e o resistor. A equação diferencial que descreve o sistema continua a expressão 4, porém como não temos a presença da fonte mais, levamos em consideração que ela se comportará da seguinte maneira: 𝑑𝑞 𝑑𝑡 𝑅 + 𝑞 𝐶 = 0 (9) Procurando a solução dessa equação diferencial temos que: 𝑞 = 𝑞0 (𝑒 −𝑡 𝑅𝐶) (10) E derivando a mesma temos que: 𝑖 = 𝑑𝑞 𝑑𝑡 = − ( 𝑞0 𝑅𝐶 ) 𝑒 −𝑡 𝑅𝐶 (11) Podemos ver que em ambas as expressões, com 𝑡 → ∞ , carga e corrente, diminuem exponencialmente com o tempo; demonstração clara de que um capacitor vai perdendo energia, ou seja descarregando, ao longo do tempo. Mesclando a expressão 11 com a expressão 3 e assumindo que a tensão da fonte é dada como 𝜀 = 𝑞0 𝐶 , temos uma relação de tensão do capacitor: 𝑉 = 𝜀 (𝑒 −𝑡 𝑅𝐶) (12) Onde, diferente da expressão 7, vemos uma queda exponencial da tensão à medida que o tempo t percorre. 1.5. Associação de capacitores “Os capacitores de um circuito ou de parte de um circuito às vezes podem ser substituídos por um capacitor equivalente, ou seja, um único capacitor com a mesma capacitância que o conjunto de capacitores” [3]. Desse modo, para capacitores em série adotamos como a soma do inverso da capacitância de todos os componentes. Assim, para um conjunto de n resistores temos que: 1 𝐶𝑒𝑞 = ( 1 𝐶1 + 1 𝐶2 + 1 𝐶3 + ⋯ + 1 𝐶 ) (13) E para componentes em paralelo nós temos outra relação, onde consiste em simplesmente no somatório dos capacitores contidos no circuito. 𝐶𝑒𝑞 = 𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3 + … + 𝐶𝑛 (14)2. Procedimento Experimental Como ferramentas e componentes, para a pratica foram utilizados os seguintes materiais: • 2 Multímetros Digitais; • Fonte de Tensão fixa (6,36 V); • Cronômetro de celular; • Placa de Montagem; • 2 Capacitores (200μF cada); • 2 Resistores (108,9 kΩ e 99,4 kΩ). A primeira parte do experimento consistiu na descarga e carga de um capacitor. O circuito utilizado foi o mesmo apresentado na figura 1 e montado de forma que o um multímetro na função de amperímetro fosse conectado em série com a placa e um na função de voltímetro fosse acoplado em paralelo junto ao capacitor. Respectivamente, ajustados na escala de 200μ DCA e 20 DCV. Inicialmente o capacitor está totalmente descarregado e a chave ligando o terminal 3 com o 2. Ligado a fonte e passado um tempo, o capacitor é carregado. Repetindo os procedimentos anteriores para que se entenda bem o comportamento da tensão e intensidade de corrente elétrica na carga de um capacitor, foi dado início ao próximo procedimento, que consiste em descarregar o capacitor. Com o capacitor carregado, foi mudado a posição da chave (posição 1). O mesmo a partir do momento foi descarregado através da resistência. Com o auxílio de tabelas foram anotados os valores da tensão do circuito à medida que os capacitores iam carregando e descarregando. Por praticidade foi invertido os polos do voltímetro, na intenção que o leitor do multímetro nos indicasse valores positivos da tensão, já que no descarregamento do capacitor a corrente é invertida no processo; esse método foi adotado para todo o restante do procedimento experimental. A segunda parte consistiu no cálculo experimental da resistência interna do voltímetro. Para isso foi utilizado o seguinte circuito: Figura 2 circuito formado por capacitor e voltímetro Ajustado o seletor de escala do multímetro para medida de tensão (DCV) em 20 Volts, foi carregado o capacitor do mesmo modo que ocorreu na primeira parte do experimento. Admitindo que o capacitor já estava plenamente carregado sob a tensão da fonte, foi novamente ligado o terminal 2 com o 1. O capacitor é descarregado através da resistência interna do voltímetro. Feito isso, foi coletado as medidas de tempo para os valores de tensão. A terceira parte do experimento consistiu na análise de uma associação em série de capacitores. Para isso foi modificado o circuito para o seguinte rearranjo: Figura 3 Dois capacitores foram acoplados de forma que ficassem em série. Em seguida, admitindo que os capacitores estão plenamente carregados sob a tensão da fonte, foi conectado o terminal 2 com o 1 novamente. Os capacitores a partir desse momento foram mais uma vez descarregados através da resistência interna do voltímetro e assim como coletado as medidas de tempo para os valores de tensão indicados na tabela. Para finalizar, nessa etapa tivemos como prática a analise dessa vez por parte uma associação paralela de capacitores, onde mais uma vez o circuito foi adaptado para a seguinte circulação: Figura 4 E mais uma vez, assim como ocorreu com o circuito anterior, admitindo que o capacitor esteja plenamente carregado sob a tensão da fonte, foi desligado a chave e pelo auxílio do voltímetro o capacitor foi descarregado através da resistência interna do aparelho. A partir disso foi coletado as medidas de tempo para os valores de tensão. 3. Resultados e Discussão 3.1. Carga e descarga de um capacitor Vemos que inicialmente a corrente elétrica é registrada pelo amperímetro como (29,8 ± 0,3) A e a tensão como (0 ± 0,02) V. Suas incertezas foram dadas, respectivamente, como 1,0% do resultado registrado somado com a resolução do aparelho, 0, 1 µA; já o voltímetro foi dado como 0,5% do valor registrado somado com a resolução do aparelho (10 MV) multiplicado por 2 – esse cálculo de incerteza se vale para todas as medições obtidas presentes nesse relatório. Assim como previsto na introdução, foi observado que a intensidade da corrente e tensão variam com o tempo, onde depois de 2min, 22s, 06 ms, ou seja, até o capacitor carregar, foram registrados respectivamente 0 A e (6,36± 0,02) V. E assim como previsto pela expressão 7, até o tempo necessário para o capacitor carregar, foi registrado que o mesmo teve o mesmo valor considerado pela fonte fixa, ou seja, 𝑉 = 𝜀. Para monitoramento do comportamento do capacitor, foi coletado medidas de tempo para os valores de tensão à medida que o mesmo carregado e descarregava. Tabela 1 Tensão em função do tempo - Carregamento Tempo(t) (min:seg:ms) ± Δt V(V) ± ΔV 00:00:00 00:00:01 0 0,02 00:04:08 0,5 00:08:80 1 00:13:16 1,5 00:19:16 2 00:26:13 2,5 00:39:08 3 00:49:07 3,5 00:58:00 4 01:21:00 4,5 02:20:00 5 Assim como comentado acima, a tensão do capacitor aumenta à medida que o tempo passa; para uma melhor visualização, temos o gráfico 1 demonstrando esse crescimento. Gráfico 1 Analisando o gráfico 1 é possível visualizar que para 𝒕 → ∞ a curva, gerada pelo ajuste não-linear proveniente da expressão 7, se estabiliza em um valor, e assim como previsto esse valor é o referente a tensão da fonte fixa, fruto de quando o capacitor já está carregado. No processo inverso (descarregamento do capacitor), foi monitorado e coletado os dados e na finalidade de produzir uma tabela. Tabela 2 Tensão em função do tempo - Descarregamento Tempo(t) (min:seg:ms) ± Δt V(V) ± ΔV 00:00:00 00:00:01 5 0,02 00:03:99 4,5 0,02 00:08:28 4 0,02 00:14:23 3,5 0,02 00:19:47 3 0,02 00:26:71 2,5 0,02 00:36:70 2 0,02 00:48:38 1,5 0,02 01:05:00 1 0,02 01:35:00 0,5 0,02 Do mesmo modo, também é possível produzir um gráfico a partir da tabela construída. Gráfico 2 Assim como é demonstrado no gráfico 2, também foi possível fazer um ajuste não linear, gerada pela expressão 12, e assim como ocorreu no gráfico anterior foi encontrado a constante de tempo do circuito. Com relação ao valor esperado (τ = 46 s), dois outros foram encontrados a partir das duas curvas obtidas (τ = 39,7 ± 1,6 e 39,9 ± 0,7, respectivamente), e levando em consideração a faixa de incerteza, disponibilizada pelo próprio software SCIDAVES, é possível ver que se adequam ao valor previsível. 3.2. Calculo experimental da resistência interna do voltímetro Admitindo que o capacitor já esteja carregado, foi coletado as medidas de tempo para os valores de tensão, assim como são indicados na tabela abaixo – a incerteza do cronometro se deu pelo uso do menor divisor da escala, assim como é recomendado para instrumentos digitais. Tabela 3 Tensão em função do tempo – Descarregamento Tempo(t) (min:seg:ms) ± Δt V(V) ± ΔV 00:00:00 00:00:01 6 0,02 00:18:81 5,5 00:39:77 5 01:03:87 4,5 01:30:64 4 02:01:87 3,5 02:32:31 3 03:20:02 2,5 04:12:97 2 05:22:07 1,5 07:02:03 1 10:02:35 0,5 Na ausência de um resistor, o descarregamento se deu pelo próprio resistor presente no voltímetro; em comparativo com a primeira situação, podemos ver uma resistência maior presente no aparelho. Para validar o acontecimento temos o uso do gráfico 2 como objeto de análise. Gráfico 3 Através do ajuste linear proveniente da expressão 12 foi possível achar a constante do tempo( τ = 232 ± 2 s ) e do mesmo modo que ela implica no tempo que leva para o capacitor leva para carregar 63,2% da tensão total, ela inversamente indica a quantidade de tempo que levaria para descarregar, ou seja, o período que leva para reduzir para 36,8% de sua carga total. Dessa forma, como esperado no instante τ o capacitor, levando em conta que sua carga total era inicialmente (6,35 ± 0,02) V, deveria ter por volta de (2,34 ± 0,007) V. Levando em consideração ao valor encontrado, vemos que o tempo τ está entreo minuto 3:20:02 e 4:12:97, ou seja, entre 2,5 V e 2,0 V, dessa forma podemos ver que chegou aproximadamente ao valor esperado. Como o termo τ foi encontrado, é possível encontrar a resistência do voltímetro, ou seja: τ = RC (15) τ 𝐶 = R (16) Dessa forma temos como valor da resistência R= (1160 ± 10) kΩ; sua incerteza aqui é dada pela fórmula geral para propagação de incertezas. 𝜎𝑅 = √( 𝜕𝑅 𝜕τ 𝜎τ) 2 (17) Onde a capacitância(C) é aqui reconhecida como constante, sendo τ a única variável da expressão 16. Enfim, assim como comentado, vemos que a resistência é aqui dada como um valor muito maior se formos comparar com os resistores utilizados no circuito anterior; justificável visto o tempo maior que levou para o capacitor descarregar. 3.3. Associação em série de capacitores Dados os capacitores já carregados, mais uma vez foi possível monitorar e coletar as medidas de tempo para os valores de tensão, assim como são mostrados na tabela. Tabela 4 Tensão em função do tempo – descarregamento Tempo(t) (min:seg:ms) ± Δt V(V) ± ΔV 00:00:00 00:00:01 6 0,02 00:09:00 5,5 00:20:29 5 00:32:67 4,5 00:46:32 4 01:01:82 3,5 01:20:45 3 01:42:04 2,5 02:08:94 2 02:43:17 1,5 03:33:31 1 05:01:10 0,5 Na realização da tabela, podemos ver que houve um tempo menor para descarregar, se compararmos as outras tabelas. Isso leva a crer se colocarmos capacitores em série, obtivemos um valor menor de capacitância. Gráfico 4 Na produção do gráfico foi possível encontrar o valor da constante de tempo do circuito (τ = 120 ± 2 s). Analisando-o, vemos que corresponde 36,8% da tensão inicial algo em torno do 2,3 V; assim como esperado e já calculado anteriormente. Partindo do valor da resistência interna do voltímetro calculada anteriormente, podemos ver que a capacitância da associação é dada como (0,0001 ± 0,00001) F. Comparando com o calculado a partir da expressão 13, (0,0001± 0,00001) F, é possível ver que confere, levando a faixa de incerteza, com o resultado deduzido. 3.4. Associação paralela de capacitores Com os dados coletados foi possível criar uma tabela referente a tensão à medida que o capacitor era descarregado. Tabela 5 Tensão em função do tempo – Descarregamento Tempo(t) (min:seg:ms) ± Δt V(V) ± ΔV 00:00:00 00:00:01 6 0,02 00:37:84 5,5 01:21:05 5 02:11:29 4,5 03:07:96 4 04:12:59 3,5 05:26:08 3 06:56:11 2,5 08:44:88 2 11:07:46 1,5 14:46:62 1 20:39:90 0,5 Podemos ver um tempo maior para capacitores usados em paralelo do que usados em série. Na produção do gráfico a partir da tabela, também é possível encontrar a constante de tempo do circuito. Gráfico 5 Na leitura do gráfico podemos ver que se equipara a 36,8% da tensão inicial algo em torno de 2,5 e 2,0 V. Na presença dos dados obtidos pelo gráfico 5, podemos ver que a constante de tempo é igual a (485 ± 7) s. Pelo auxilio da expressão 16 e com a resistência já conhecida do voltímetro, temos que a capacitância nesse circuito é equivalente a (458 ± 23) µF. Comparando com o valor da capacitância encontrada pela expressão 14, (400 ± 20) µF, é possível ver que dado a faixa de incerteza nós temos valores aproximadamente iguais, levando a ver que a estimativa obtida é verdadeira. 4. Conclusão O circuito RC, formado pela presença de um capacitor e resistor, quando ligado é possível visualizar uma taxa de corrente elétrica que a medida do tempo decresce à medida que o capacitor é carregado. Como prevê a teoria, foi descrito que esse valor decresce de forma exponencialmente, assim como consequentemente ocorre com a corrente elétrica do circuito. Podemos ver que os resultados coletados nesse relatório foram de plena concordância com aquilo que foi previsto tanto em teoria e quanto em hipótese por formula, valendo tanto para o cálculo da constante do tempo quanto da capacitância dos capacitores utilizados. Na experimentação foi possível observar também que no quesito maior capacidade de reter por mais tempo diferença de tensão, ou melhor, maior tempo para descarregar; capacitores postos em série são mais efetivos que postos em paralelo, prova disso é a constante de tempo encontrada em ambos, onde dado o mesmo resistor, a capacitância se tornou maior para os postos em série. 5. Referências [1] H. D. Young, R. A. Freedman., F. W. Sears, & M. W Zemansky. (2009). Sears e Zemansky física III: eletromagnetismo. Pearson. 12° edição.105. [2] H. D. Young, R. A. Freedman., F. W. Sears, & M. W Zemansky. (2009). Sears e Zemansky física III: eletromagnetismo. Pearson. 12° edição.105. [1] D. Halliday (2016). Fundamentos de Física: Eletromagnetismo. Volume 3. Grupo Gen-LTC. 10° edição. 274.
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