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1. "A prova serve para a formação de um juízo de certeza, ou seja, para a convicção judicial de que há relação de conformidade entre o nosso pensamento e a realidade palpável e inteligível". Diante dessa assertiva, indique quais são as providências que poderão ser adotadas pelo Ministério Público utilizando-se do Inquérito Civil ou de peças de informação diante de notícia de ilícitos praticados contra interesses e direitos coletivos.
R: A prova serve para a formação de um juízo de certeza, ou seja, para a convicção judicial de que há “relação de conformidade entre o nosso pensamento e a realidade palpável e inteligível”. A reconstrução dos fatos é falha, de modo que “a certeza e a verdade nem sempre coincidem”. Porém, deve-se ter em mira a maior proximidade possível com a realidade. As provas têm por objeto alegações controvertidas, desde que sejam capazes de influenciar nos julgamentos realizados ao longo do processo e igualmente no julgamento final do mérito.
2. Qual é o sistema adotado para o encargo de provar (ônus da prova) o alegado no processo coletivo?
· R: O ônus da prova tem repercussões imediatas no processo e serve de norte para a postura das partes, bem como para o julgamento a se realizar ao final. Por isto, aplica-se o mencionado dispositivo legal não apenas às demandas (individuais e coletivas) de consumo, mas a todas as demais ações coletivas (independentemente do respectivo objeto), por força do microssistema que rege tais demandas.
3. "A prova se apresenta como matéria probatória e servirá como meio de cognição do órgão jurisdicional do Estado (juiz), para julgar (sentença ou decisão) da melhor forma possível o pedido do autor. A matéria probatória forma-se por meio dos atos processuais e estrutura-se sob a forma de fatos processuais". Quais são as principais provas admitidas expressamente pelo Código de Processo Civil?
· R: São meios típicos de prova disciplinados no CPC/2015, dentre outros, a prova testemunhal, a prova documental e a confissão.
4. Quais são os artigos de lei que permitem ao julgador a inversão do ônus da prova e também a distribuição dinâmica do ônus da prova?
· R: Art. 14, § 1º, da Lei 6.938/81, determinou a inversão do ônus da prova quanto a outros elementos da responsabilidade civil, decisão mantida pelo Tribunal a quo. 2. O regime geral, ou comum, de distribuição da carga probatória assenta-se no art. 333, caput, do Código de Processo Civil.
5. Explique a teoria da asserção, concebida com base na obra de Liebman, para o preenchimento de requisitos da exordial civil.
· R: Tal teoria, em princípio, reconheceu as condições da ação, como três, quais sejam: legitimidade de partes; interesse de agir; e a possibilidade jurídica do pedido. 
6. Explique com se dá a sistemática da tutela provisória coletiva em relação ao membro do grupo, em caso de deferimento e indeferimento.
R: A coisa julgada coletiva beneficia os membros do grupo, caso favorável o membro do grupo pode promover a liquidação do seu crédito e a sucessiva execução.
7. Quanto à coisa julgada, qual é a sua eficácia em decisões definitivas sobre interesses e direitos difusos, e qual é a previsão legal para a questão?
R: Assim como versa o art. 103, I, do CDC, a coisa julgada terá eficácia erga omnes, quando os interesses são indeterminados e contra todos. Levando a juízo caso sua natureza difusa
8. Com relação a decisões definitivas sobre interesses e direitos coletivos "stricto sensu", qual será o efeito alcançado?
R: O art. 103, II, do CDC, alcançam todos aqueles que estão se valendo da mesma identificação, sendo reconhecida pela doutrina com ultra partes.
9. O que disciplina o artigo 103, III, do Código de Defesa do Consumidor?
R: Versa a disciplina que na discussão acerca dos direitos individuais homogêneos, para o benefício de todas as vítimas e seus sucessores. Dito isso, todos aqueles que possuem um mesmo objeto e que dispõe do mesmo defeito.
10. No caso de decisão definitiva em ação coletiva que versa sobre direitos difusos, sendo ela improcedente, poderá haver a busca pelo direito individual sobre o mesmo tema?
R: Sim, de maneira geral a busca de qualquer tipo de direito coletivo lato sensu, entretanto, caso a improcedência decorrente de insuficiência de provas, não impede a propositura de ação individual, mesmo que o interessado tenha participado da ação coletiva como litisconsorte. Assim como previsto no art. 365.
11. A coisa julgada coletiva nas ações que versam sobre direitos individuais homogêneos, caso haja decisão pela improcedência do pedido, impede a propositura de ação individual sobre o mesmo tema? Qual é a previsão legal?
R: A decisão de improcedência na busca por direitos difusos não obsta a busca pelo direito individual sobre o mesmo tema, principalmente no caso de julgamento por insuficiência de provas. Por outro lado, o princípio constitucional da inafastabilidade da jurisdição deve ser observado, possibilitando levar ao Judiciário o pleito individual referente ao mesmo tema tratado com decisão de improcedência por suficiência de provas, caso o interessado não tenha participado do pleito como litisconsorte. 
12. Quais são as formas de liquidação de sentença no processo coletivo?
R: As formas de liquidação, no âmbito de tutela coletiva, são admissíveis três tipos de liquidação. Sendo elas: liquidação-fase, liquidação-processo autônomo e liquidação-incidente, sendo utilizada com regra geral a liquidação-fase.
13. Quais interessados poderão promover o cumprimento de sentença no processo coletivo?
R: A execução coletiva pode ser promovida por qualquer legitimado coletivo, podendo ser aquele que não é autor da ação coletiva, assim como previsto no art. 15, da lei da Ação Civil Pública (7.347/1985).
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