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Aula 6 - PESQUISA DE MERCADO

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19/09/2021 18:03 UNINTER - PESQUISA DE MERCADO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/14
 
 
 
 
 
 
 
 
PESQUISA DE MERCADO
AULA 6
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Shirlei Camargo
19/09/2021 18:03 UNINTER - PESQUISA DE MERCADO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/14
CONVERSA INICIAL
Olá! Bem-vindo(a) a esta aula. Nela, vamos concluir os conteúdos sobre pesquisa quantitativa.
Iniciaremos explicando como o questionário deve ser estruturado e identificaremos os tipos de
perguntas que podem ser inseridos. Na sequência, aprenderemos noções básicas da tabulação dos
dados e dicas para elaborar um bom relatório.
Também conversaremos um pouco a respeito de análises de dados e recordaremos os cálculos
matemáticos básicos que podem ser empregados naquelas mais simples, como média e percentuais
– além de gráficos de pizza, um dos mais utilizados em pesquisas.
Para finalizar, você conhecerá acerca da técnica da observação e perceberá que ela pode ser
usada em ambos os tipos de pesquisa – “quali” e “quanti”.
Boa leitura e bons estudos!
CONTEXTUALIZANDO
Como você deve imaginar, o questionário é uma parte muito importante da pesquisa. Quem a
conduz deve se preocupar em evitar uma série de erros na elaboração dele. Veja um deles a seguir.
Assumir conhecimento prévio do respondente
Um erro muito comum no projeto de pesquisa é assumir que os entrevistados sabem, conhecem
ou se lembram perfeitamente dos pontos que seu questionário está tratando.
Se seu questionário de pesquisa quer medir a eficácia de uma campanha de marketing, por
exemplo, não assuma que o entrevistado já foi impactado por ela. Apresente a peça em questão e
pergunte se o entrevistado a reconhece, antes de mais nada. Só em seguida entre em detalhes
sobre a opinião do respondente a respeito do que ele deve avaliar.
O mesmo vale para qualquer acontecimento passado ou termos e acontecimentos que dizem
respeito apenas ao seu negócio. Assuma que o entrevistado vai chegar ao seu questionário sem
tanto conhecimento ou memória a respeito do que você pode perguntar. (D'Angelo, 2019; grifo do
original)
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Para evitar esse e outros erros, vamos aprender sobre a construção de questionários?
TEMA 1 – QUESTIONÁRIOS
Uma das partes mais importantes da pesquisa quantitativa é o questionário – em pesquisa,
também o chamamos de instrumento –, o qual precisa ser bem elaborado, pois qualquer erro não
percebido nessa fase pode jogar por terra os esforços de coleta de centenas de questionários. De
acordo com Malhotra (2006, p. 274), ele pode ser definido como “técnica estruturada para coleta de
dados, que consiste de uma série de perguntas – escritas ou verbais – que um entrevistado deve
responder”.
Mas você deve estar pensando: “É muito chato responder questionários” ou “Já fiz pesquisa e
quase ninguém quis responder”. Chamamos sua atenção para dois aspectos importantes. Em
primeiro lugar, depois que começar a trabalhar com pesquisa – ou mesmo somente entender um
pouco mais sobre a importância e as dificuldades dela –, você mudará sua visão e passará a
responder qualquer uma que lhe chegar às mãos – isso aconteceu comigo!
Em segundo lugar, um dos principais erros que fazem com que haja recusa em se responder o
questionário é a elaboração incorreta do texto inicial (ou mesmo a ausência dele) no caso de
questionários autopreenchíveis, tão em voga atualmente. Quando a pesquisa ocorre por telefone ou
pessoalmente, a falha pode estar em como o entrevistador aborda as pessoas. Simpatia e educação
são essenciais!
Voltando à questão do texto inicial, destacam-se algumas orientações bastante relevantes:
Deixe claro o objetivo da pesquisa – é uma questão de ética, o respondente tem que saber o
motivo dela.
Enalteça a importância da participação – explique ao respondente que o gesto dele em
tomar parte é essencial, pois contribuirá muito para alcançar o objetivo estabelecido.
Informe quanto tempo aproximadamente será necessário para o preenchimento do
questionário – esse cuidado é superimportante, pois muita gente se recusa a participar porque
acha que vai demorar demais ou diz que está ocupada naquele momento, mas se souber a
duração, poderá se programar e responder depois. Vale uma dica: para calcular isso,
cronometre o tempo durante o pré-teste (já vamos falar dele).
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Reforce a garantia do anonimato e da confidencialidade – explique que as informações
serão usadas apenas para o objetivo descrito e que o que interessa é a resposta do todo (e não
dos indivíduos), razão por que os dados são analisados de forma coletiva e não individual.
Agradeça a participação – seja educado e agradeça às pessoas de antemão. Esclareça que
aquelas que quiserem os resultados da pesquisa poderão fornecer e-mail – isso é bom para a
empresa, que terá essa informação em seu banco de dados). Outra ideia é realizar um sorteio
(pode ser um produto ou serviço da própria empresa), tanto como forma de agradecimento
como de incentivo a participar.
Use uma linguagem adequada ao público-alvo – se a pesquisa se dirigir aos jovens, pode
abusar de gírias, memes etc.; se ela for mais formal, prefira uma linguagem correspondente.
Sobre o pré-teste, trata-se de uma etapa muito importante e que muitos estudantes ou
pesquisadores inexperientes desconsideram. Não faça isso! Após construir o questionário, aplique-o
em alguém para verificar o entendimento das perguntas, erros de digitação, de ortografia etc. Onde a
pessoa encontrar dificuldades no entendimento, repense a pergunta. Também aproveite e verifique
quanto tempo é necessário para preenchê-lo. Lembre-se: depois de “disparar” o questionário, nada
mais poderá ser feito.
Confira a seguir dois exemplos de textos iniciais (um formal e outro, informal) enviados por e-
mail e WhatsApp junto com o link do questionário:
Este questionário faz parte de uma pesquisa de tese de doutorado em Administração da
Universidade Federal do Paraná (UFPR). Sua participação é fundamental para mapear as atividades
de marketing das empresas brasileiras. Todas as respostas são individuais e confidenciais. Os dados
serão avaliados conjuntamente, sem a possibilidade de identificar as empresas respondentes. O
tempo previsto para o preenchimento é de aproximadamente 20 minutos. Se a sua organização
possui mais de uma filial, responda considerando aquela à qual você está vinculado(a).
Olá, somos a ARÉC! – A Regra É Clara! Vendemos camisetas com frases de humor e gostaríamos
muuuuito de saber sua opinião, pois você é nossx Gloriosx Consumidxr <3 Esta pesquisa é
totalmente sigilosa :X nossa intenção é apenas fazer um produto melhor para você. É rapi10 (5
minutinhos) e desde já agradecemos imensamente sua ajuda! *Este questionário pode conter
palavras em outros idiomas, mas fique tranquilo que você vai entender tudinho, afinal
#somostodospoliglotas!
TEMA 2 – TIPOS DE PERGUNTAS
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Vamos aprender agora sobre perguntas. A primeira dica é evitar questões “delicadas” já no
início, pois a pessoa pode se indispor e se recusar a responder à pesquisa. A ideia é ir criando um
clima harmônico e deixar tais questões mais para o final; dessa forma, caso o entrevistado não queira
respondê-las, você não perderá as informações anteriores. Por exemplo, aquelas sobre idade não
devem ficar no início, porque muitas mulheres não gostam de revelar quantos anos têm. O mesmo
vale para renda, que também deve ser deixada para o final e, de preferência, ser apresentada em
forma de “faixas” (para idade é uma boa ideia também): menos que 1 salário-mínimo, de 1 a 3
salários-mínimos, de 4 a 7 salários-mínimos etc. Só não esqueça, nesse caso, de informar quanto vale
o salário-mínimo.
Vale ressaltar que cada perguntadeve ter apenas uma ideia. Veja o exemplo: “Você acha que
as pessoas devem se exercitar mais e comer menos carboidratos?”. Note que existem duas ideias –
exercitar-se mais e comer menos carboidratos –, portanto deveria haver duas perguntas. Alguém
pode achar que as pessoas devem, sim, se exercitar mais, porém não necessariamente que precisam
comer menos carboidratos. Nesse caso, o respondente ficaria confuso e sem saber o que responder.
Outro cuidado importante é ser claro. Além de usar uma linguagem adequada ao público
pesquisado, como comentado anteriormente, evite usar termos técnicos – se for necessário, sempre
o explique ou dê um exemplo. Também fique atento quanto à inserção de palavras como
regularmente e frequentemente, pois, para uma pessoa, frequentemente pode ser três vezes por
semana, e para outra, cinco.
Mas atenção: não direcione as respostas – o pesquisador deve ser neutro. Observe o seguinte
exemplo: “Você concorda com a grande maioria das pessoas que o Atlético Paranaense (meu time) é
o melhor time do Brasil?”. A inserção da informação de que “a grande maioria” pensa dessa forma
pode influenciar o respondente, até de forma inconsciente, a concordar. Por fim, evite perguntas
negativas, como “Você é contra a lei do meio-ingresso?”, pois podem deixar o entrevistado confuso.
Já tratamos da organização e do conteúdo das perguntas. Agora é a vez de apresentar os tipos
que existem, e são basicamente três: fechadas, abertas e mistas.
No caso das questões abertas, o entrevistado responde (digita, escreve ou fala) o que quer. É o
tipo utilizado com mais frequência na pesquisa qualitativa, lembra? Mas cuidado: use-as com
parcimônia aqui, pois imagine digitar, ler e analisar 500 diferentes respostas! Um exemplo de
pergunta aberta é: “O que você achou do novo sabor de sorvete de Leite Ninho com Nutella?”.
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Por outro lado, quando a pessoa deve escolher uma ou mais alternativas listadas previamente
pelo pesquisador, estamos falando de questões fechadas (estruturadas). Esse tipo de pergunta
ainda pode ser classificada como de múltipla escolha, dicotômica ou escala. Nas de múltipla
escolha, o entrevistado deve optar por uma ou mais alternativas (depende do objetivo da pergunta)
dentro de uma lista oferecida. Veja o exemplo a seguir.
Qual sabor de soverte você prefere?
Chocolate
Creme
Morango
Flocos
Passas ao Rum
Leite Ninho com Nutella
Outro _______________________
Uma dica interessante é sempre deixar a opção “outro(a)” com um espaço no qual o
respondente tenha como escrever/digitar, pois pode ser que a resposta dele não apareça na lista das
opções apresentadas. Vale lembrar que se muitas pessoas inserirem o mesmo “outro(a)”, a empresa
pode pensar em oferecer essa opção. Nesse caso, quando a pessoa pode escrever algo, a pergunta é
considerada mista, pois possui uma parte aberta, e outra, fechada.
Já as perguntas dicotômicas são aquelas cuja resposta é “sim” ou “não”. Dependendo do
contexto, pode-se colocar um “às vezes”, “não sei” ou “ambos”. Observe o exemplo a seguir.
Você toma sorvete?
Sim
Não
Fique atento a um detalhe significativo: respostas do tipo “sim” ou “não” podem não trazer
muitas informações. Por exemplo, pode-se descobrir que 80% dos consumidores estão satisfeitos, e
20%, não. E agora? O que a empresa fará com esses dados? Nesse caso, é importante saber os
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motivos de esses 20% estarem insatisfeitos. Se, para solucionar isso, o pesquisador inserir um “por
quê”, a pergunta também será considerada mista.
Por fim, as escalas são utilizadas para classificar, ou seja, atribuir “notas” a algo. Um dos tipos
mais comuns é a Likert, criada por Rensis Likert (pesquisador americano), em que os respondentes
expressam o grau de concordância ou discordância com afirmações que lhes são apresentadas. Isso é
feito por meio de escalas, as quais podem ser de 1 a 5, 1 a 7 ou 1 a 10 – a última é a melhor, pois
geralmente avaliamos as coisas de 1 a 10). Confira a seguir um exemplo.
Por favor, indique seu nível de concordância em relação à seguinte afirmação, considerando
1 = discordo totalmente e 10 = concordo totalmente.
Eu acho os sorvetes Kigelo a melhor opção.
Discordo totalmente                 Concordo totalmente
                   
TEMA 3 – TABULAÇÃO E RELATÓRIO DA PESQUISA QUANTITATIVA
Depois de ter elaborado um bom questionário e coletado os dados, estes precisam ser tabulados
e colocados em um relatório. Dito de outra forma, é necessário inseri-los em uma tabela formada por
linhas e colunas.
Geralmente na primeira coluna coloca-se uma identificação do respondente (um número), e
cada um terá uma linha com as respectivas respostas. Nas outras colunas, inserem-se as perguntas e
as respostas correspondentes. Por exemplo: o entrevistado 2 deu nota 7 para a satisfação e prefere o
sorvete de creme (Figura 1).
Figura 1 – Exemplo de tabela
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Contudo, conforme já comentamos, atualmente se usam muito os questionários eletrônicos
desenvolvidos em softwares, como Google Forms ou Survey Monkey. Nesses casos, uma das grandes
vantagens é que a planilha com todos os dados tabulados é feita automaticamente – alguns até já
elaboram gráficos, restando apenas a tarefa de exportá-los.
O relatório da pesquisa quantitativa deve merecer as mesmas preocupações do da pesquisa
qualitativa: ser facilmente entendido (linguagem adequada ao público que terá acesso a ele) e ser
objetivo e sucinto (gestores e empreendedores possuem tempo escasso). Quanto à formatação, as
orientações também são idênticas: tamanho de papel A4; margens esquerda e superior de 3 cm, e
direita e inferior de 2 cm; espaço entre linhas de 1.50; e fonte Arial ou Times New Roman tamanho
12. É prudente pedir que alguém leia o documento, a fim de verificar o entendimento e se há erros
de digitação ou de ortografia.
Complementando essas dicas, Siena (2007) ainda sugere alguns cuidados:
Objetividade e coerência – usar linguagem direta e simples; o relatório deve se apoiar nos
dados, em vez de se basear em opiniões, pois se trata de uma pesquisa quantitativa, e não
qualitativa.
Usar frases curtas e com uma única ideia principal.
Clareza e precisão – o conhecimento do tema leva o autor a ter clareza na exposição; evitar
expressões com duplo sentido, linguagem rebuscada, bem como adjetivos que não indiquem
claramente proporções e/ou quantidades.
Impessoalidade e uniformidade – utilizar a forma impessoal nos textos – verbo na terceira
pessoa (nunca use “Eu fiz”, prefira “Foi feito”), mantendo a uniformidade em todo o texto em
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relação à forma de tratamento, pessoa, símbolos, unidades de medida, datas, horas, siglas,
abreviaturas, fórmulas, equações, frações e citações.
Em relação à apresentação, as dicas são as mesmas das que foram mencionadas no caso das
pesquisas quantitativas, tratadas anteriormente.
TEMA 4 – ANÁLISE DE DADOS QUANTITATIVOS
Analisar os dados quantitativos costuma ser menos trabalhoso, já que são números; entretanto, é
necessário ter conhecimentos matemáticos e estatísticos. Pesquisadores experientes usam técnicas
estatística avançadas, como frequência, ANOVA, Teste T, análise fatorial, correlação, variância, análise
conjunta e muitas outras. Obviamente, hoje em dia existem muitos softwares que fazem isso
automaticamente, como o Amos, Lisrel, PLS, SPSS, R.
Naturalmente a ideia desta disciplina não é formar pesquisadores e estatísticos completos, mas
sim fornecer conhecimentos para que você entenda e tenha condições de contratar pesquisas e
analisá-las. Considerando esse aspecto, apresentaremos apenas dois cálculos bastante básicos: média
e percentuais.
A médiaé a soma dos itens divididos pela quantidade deles. Para entender isso na prática, veja
o exemplo a seguir (Figura 2), que trata sobre a opinião dos consumidores em relação aos sorvetes
da marca Kigelo.
Figura 2 – Exemplo de cálculo de média
Respondente Eu acho os sorvetes Kigelo a melhor opção (1 = discordo totalmente; 10 = concordo totalmente)
1 8
2 7
3 8
4 6
5 10
6 9
Média 8
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 Perceba que se somarmos todas as notas dos seis respondentes, teremos 48. Para sabermos a
média, dividimos 48 por 6, pois foram seis consumidores. Portanto, a nota média que as pessoas
deram em relação à satisfação com o sorvete Kigelo foi 8.    
Em relação ao percentual, digamos que a empresa queira saber qual sabor de sorvete é o
preferido dos clientes. Acompanhe na Figura 3 os números e o resultado.
Figura 3 – Exemplo de cálculo de percentual
Para calcular os percentuais, devemos dividir cada quantidade de pessoas que escolheram certo
sabor pelo total dos que responderam à pesquisa e multiplicar por 100. Por exemplo, vamos ver o
percentual de pessoas que preferem sorvete de creme: se dividirmos 3 (pessoas que optaram por
esse sabor) por 6 (total de pessoas que responderam à pergunta), teremos 0,5 – vale lembrar que a
ordem é sempre essa, e não dividir 6 por 3. Quando multiplicamos esse valor (0,5) por 100,
encontraremos 50. Então, 50% das pessoas preferem sorvete Kigelo de creme. Atenção: a soma de
todos os percentuais sempre deve dar 100%.
Outro destaque que merece ser ressaltado são os gráficos. Todos os números tabulados podem
depois ser transformados nesse modo de apresentação, e os formatos mais comuns são os de
“pizza”. Vamos exemplificar com os sabores mais preferidos da Kigelo. Quando olhamos na Figura 3,
temos os percentuais 17, 50 e 33, respectivamente para os sabores de chocolate, creme e Leite Ninho
com Nutella. Ao fazer um gráfico de pizza, a ideia é dividi-la de acordo com tais percentuais. Perceba
– conforme ilustrado na Figura 4 – que o sabor de creme teve metade dos votos, logo ocupa metade
da pizza.
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Figura 4 – Resultados de pesquisas quantitativas
Esses gráficos podem ser feitos em softwares como Excel, em que se utilizam os próprios dados
tabulados, ou seja, as tabelas, busca-se no menu superior a função “inserir” e depois “gráficos”. Ali,
além do tipo “pizza”, que permite várias formatações diferentes, há também outros, como barras,
colunas, dispersão etc. Aliás, vale uma dica importante: se você ainda não sabe, aprenda a usar Excel,
pois trata-se de uma ferramenta essencial hoje em dia para qualquer profissional, principalmente
para um gestor.
 TEMA 5 – OBSERVAÇÃO
Nosso último tema é a forma de coleta, conhecida como observação. Ela pode ser empregada
tanto para pesquisas quantitativas como qualitativas, dependendo de como é realizada.
Normalmente se utiliza juntamente com outras técnicas, mas pode ser escolhida como única fonte de
estratégia/coleta. Nas pesquisas qualitativas, o pesquisador vai a campo realizar suas observações e
fazer o que se chama de notas de campo. De acordo com Creswell (2007), nessa forma de coleta ele
analisa os comportamentos e as atividades das pessoas que estão sendo estudadas.
Contudo, não existe uma regra, ou seja, a forma de coleta não é estruturada. O pesquisador
anota, filma e grava o que achar importante. Obviamente, deve ter um roteiro no qual apontou os
principais aspectos que deve observar; todavia, conforme você deve lembrar, este serve como um
guia e é totalmente flexível –como o roteiro de entrevistas.
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 Por sua vez, quando a observação é feita em pesquisas quantitativas, ela é estruturada, pois o
pesquisador vai se ocupar em quantificar as coisas. Quem trabalha muito com observação é Paco
Underwill, que utiliza câmeras de vídeo instaladas nos pontos de vendas, filma os consumidores e
depois realiza análises em busca de padrões de consumo e de hábitos de compra.
Ele descobriu, por exemplo, que a chance de uma mulher comprar um produto que está
examinando é inversamente proporcional à possibilidade de que, nesse momento, alguém esbarre
nela. Se isso ocorrer, a reação da cliente será a de dar meia-volta e abandonar o produto. Isso
significa que não é uma boa ideia colocar produtos femininos que as mulheres costumam analisar
com mais detalhes em corredores estreitos (Babini, 2006).
Segundo Siena (2007), os instrumentos para registros nas observações podem ser quadros,
anotações, escalas, gravações, filmagens etc. Além disso, as observações podem ser classificadas da
seguinte maneira:
Observação sistemática ou assistemática: na sistemática, o pesquisador planeja e controla as
condições (estruturada); na assistemática, não existe um planejamento nem um controle (não
estruturada).
Observação não participante e participante: na não participante, o pesquisador é um mero
espectador e não interfere ou se envolve na situação que está observando. Por sua vez, na
observação participante, ele participa da situação que está estudando, mas sem que os
pesquisados notem. Dito de outra forma, ele se “mistura” ao grupo de forma natural (quando já
é um integrante deste) ou artificial (Kauark; Manhães; Medeiros, 2010).
Observação individual ou em equipe: no primeiro caso, a pesquisa é feita por apenas um
pesquisador; no segundo, envolve mais de um (Kauark; Manhães; Medeiros, 2010).
Observação de campo ou laboratório: a primeira é realizada no local onde acontece aquilo
que o pesquisador quer estudar; porém, a observação pode ser feita também em laboratórios,
nos quais são criadas o que chamamos de situações-problema (objeto de estudo) para que seja
possível examinar determinada situação (Kauark; Manhães; Medeiros, 2010).
Portanto, as observações são estratégias bem interessantes, pois os participantes podem ser
analisados de forma natural, sem serem importunados. Logo, os resultados fogem do viés que existe
de as pessoas nem sempre falarem a verdade, mas sim aquilo que julgam ser correto ou aceitável.
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TROCANDO IDEIAS
A observação pode tanto ser uma estratégia como um método de coleta bem interessante.
Porém, podem existir algumas questões éticas envolvidas nesse contexto. Pesquise sobre quais
seriam elas e reflita a seu respeito.
Observação: este exercício é para ampliação de seu conhecimento, por isso não precisa ser
entregue.
NA PRÁTICA
Baseando-se nos conteúdos desta aula, explique por que o texto inicial de uma pesquisa é
importante e indique quais informações ele deve contemplar para ser mais eficaz. A resposta se
encontra no final deste material.
Observação: este exercício é para ampliação de seu conhecimento, por isso não precisa ser
entregue.
FINALIZANDO
Chegamos ao término de nossa jornada de aprendizado. Certamente trata-se de um tema muito
amplo, e, como comentamos anteriormente, a ideia é fornecer conhecimentos a fim de que você
tenha habilidade de contratar pesquisas ou pesquisadores, além de analisar com propriedade os
resultados delas ou mesmo realizá-las. Os conhecimentos iniciais para isso já foram dados, e seja
qual for sua escolha, sucesso nessa tarefa.
REFERÊNCIAS
BABINI, L. O comportamento na loja. HSM Management, n. 54, p. 1-4, jan./fev. 2006.
CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre:
Artmed, 2007.
D'ANGELO, P. 7 erros comuns na hora de criar um questionário de pesquisa – e como evitá-los.
Opinion box, 5 jun. 2019. Disponível em: <https://blog.opinionbox.com/erros-comuns-criar-
19/09/2021 18:03 UNINTER - PESQUISA DE MERCADO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 14/14
questionario-de-pesquisa/>. Acesso em:4 dez. 2020.
KAUARK, F. S.; MANHÃES, F. C.; MEDEIROS, C. H. Metodologia da pesquisa: um guia prático.
Itabuna: Via Litterarum, 2010.
MALHOTRA, N. K. Pesquisa de Marketing: uma orientação aplicada. 4. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2006.
SIENA, O. Metodologia da pesquisa científica: elementos para elaboração e apresentação de
trabalhos acadêmicos. Porto Velho: Universidade Federal de Rondônia, 2007.
RESPOSTAS
O texto inicial é o que levará a pessoa a responder ou não o questionário. Para que seja eficaz,
ele deve conter as seguintes informações:
apresentar o objetivo da pesquisa;
ressaltar a importância da participação do respondente;
informar o tempo médio para ser preenchido;
avisar que é anônimo e confidencial;
fazer um agradecimento pela participação.

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