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Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BMF 2 – Histologia Histologia do fígado ➛ Funções do fígado: ✓ Remove resíduos tóxicos do organismo ✓ Produz fatores de coagulação sanguíneos e outras proteínas plasmáticas ✓ Auxilia no equilíbrio da glicemia (armazena glicogênio) ✓ Metaboliza alguns nutrientes absorvidos pelo intestino ✓ Secreta a bile – secreção exócrina do fígado importante para a digestão de lipídios ➛ O fígado é revestido por uma capsula delgada de tecido conjuntivo denso não modelado – cápsula de Glisson – que se torna mais espessa no hilo, por onde a veia porta e a artéria hepática penetram o fígado e por onde saem os ductos hepáticos direito e esquerdo Parênquima (80%) -> hepatócitos organizados em placas Estroma (20%) -> cápsula de tecido conjuntivo e arcabouço de sustentação Lóbulos hepáticos: ➛ O tecido conjuntivo da cápsula estende-se para o interior do parênquima hepático, onde se observa unidades estruturais chamadas de “lóbulos hepáticos” ✓ Na periferia dos lóbulos, existe uma massa de tecido conjuntivo chamada de “espaço porta”, que apresenta ramos da artéria hepática, da veia porta, dos ductos biliares e vasos linfáticos ✓ Cada lóbulo é composto por cordões de hepatócitos que são entremeados por capilares sinusoides (não representados nesta ilustração), os quais desembocam em uma veia centrolobular. Na periferia do lóbulo, há Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BMF 2 – Histologia tecido conjuntivo, no qual se encontra o espaço porta, que contém a tríade portal (arteríola, vênula e ducto biliar) Hepatócitos: ➛ Constituem o parênquima hepático ➛ São células de formato poliédrico com citoplasma acidófilo devido ao grande número de mitocôndrias, associado ao acumulo de glicogênio formando típicas inclusões em forma de rosetas ➛ Sempre que dois hepatócitos se encontram, eles delimitam um espaço tubular entre si conhecido como “canalículo biliar” ➛ Apresentam junções comunicantes do tipo GAP ➛ Funções: ✓ Produção de albumina, protrombina, fibrinogênio e lipoproteina liberadas na corrente sanguínea ✓ Bilirrubina à partir da digestão da hemoglobina (células de Kupffer) ➛ Estão dispostos ao redor dos lóbulos hepáticos, formando placas celulares que se direcionam da periferia do lóbulo para o seu centro ➛ O espaço entre essas placas celulares contém “capilares sinusóides” -> vasos irregularmente dilatados compostos de uma camada descontinua de células endoteliais fenestradas ➛ Estabelecem diferentes superfícies de contato: ✓ Com os sinusoides -> espaço de Disse, apresentam vilosidades ✓ Delimitam conjuntamente os canalículos biliares -> ductos de Hering, primeira porção do sistema biliar Espaço de Disse: ➛ Espaço entre a parede do sinusóide e os hepatócitos ➛ Constituição: ✓ Fibras reticulares (poucas fibras colágenas) ✓ Microvilosidades dos hepatócitos ✓ Fluido tecidual ✓ Células de Ito ou células armazenadoras de lipídios - Inclusões lipídicas ticas em vitaminas A - Síntese e secreção da MEC - Liberação de fatores de crescimento e citocinas que regulam o diâmetro dos sinusoides Sinusoide hepático: ➛ Capilares sanguíneos com poros, trajeto tortuoso ➛ Constituição: ✓ Células endoteliais -> pavimentosas ✓ Células de Kupffer -> sistema mononuclear fagocitário ou sistema retículo endotelial – macrófagos Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BMF 2 – Histologia - Função: digerir hemácias velhas ✓ Revestido por fibras reticulares ➛ Células de Kupffer (macrófagos): ✓ Localizadas na superfície luminal das células endoteliais ✓ Funções: metabolizar hemácias velhas, digerir hemoglobina, secretar proteínas do sistema imunológico e destruir bactérias Suprimento sanguíneo: Sistema portal venoso: ➛ Veia porta ramifica-se: vênulas portais, vênulas distribuidoras e sinusoides ✓ Veia porta -> vênulas portais -> vênulas distribuidoras -> capilares sinusoides -> veia central ou veia centrolobular ➛ A medida que a veia central vai progredindo, ela recebe mais sinusoides, aumentando gradualmente em diâmetro ➛ Ao final, ela deixa o lóbulo em sua base, fundindo-se com a veia sublobular, de diâmetro maior ➛ As veias sublobulares gradualmente convergem e se fundem, formando duas ou mais grandes veias hepáticas que desembocam na veia cava inferior Sistema arterial: ➛ A artéria hepática ramifica-se repetidamente e forma as arteríolas interlobulares, localizadas nos espaços porta ➛ Algumas dessas arteríolas irrigam as estruturas do espaço porta e outras formam arteríolas que desembocam diretamente nos sinusoides, provendo uma mistura de sangue arterial e venoso portal nesses capilares Importante: O sangue flui da periferia para o centro do lóbulo hepático. Consequentemente, oxigênio e metabólitos, assim como todas as substâncias tóxicas e não tóxicas absorvidas no intestino, alcançam primeiro as células periféricas e, posteriormente, as células centrais dos lóbulos. Essa direção do fluxo sanguíneo explica parcialmente por que o comportamento das células mais periféricas (perilobulares) difere daquele das células mais centrais (centrolobulares)
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