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INÍCIO DO TEMPLATE DE PRODUÇÃO DE LIVRO DIDÁTICO DE GRADUAÇÃO AUTOR: Mestre Naline Cristina Favatto DISCIPLINA: Educação Física Inclusiva MODALIDADE Graduação INÍCIO DO CURRÍCULO LATTES DO PROFESSOR Professora Mestre Naline Cristina Favatto Mestre em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado da Universidade Estadual de Maringá e Universidade Estadual de Londrina - UEM/UEL (2016); Especialista em Educação Especial com ênfase em deficiência visual pelo Instituto Eficaz (2014); Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Faculdade do Centro do Paraná, UCP/ASSESPI (2011); Especialista em Educação Especial com ênfase em Libras pela Faculdade Estadual de Educação Ciências e Letras de Paranavaí - FAFIPA (2011); Graduada em Educação Física Licenciatura e Bacharelado pelo Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR (2011). Doutoranda em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado da Universidade Estadual de Maringá e Universidade Estadual de Londrina - UEM/UEL. Para mais informações, acesse: <http://lattes.cnpq.br/5241937170211496>. FIM DO CURRÍCULO LATTES DO PROFESSOR. INÍCIO DA APRESENTAÇÃO GERAL Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) aos estudos sobre a Educação Física Inclusiva! Este material é fruto de reflexões e pesquisas acerca da inclusão, organizado de modo especial para você, a fim de contribuir para que as aulas de educação física escolar, possam avançar cada vez mais no que diz respeito à inserção do aluno com deficiência! De maneira especial, gostaria de agradecer à APAE da cidade de Santa Fé e ao Colégio Estadual Marechal Arthur da Costa e Silva pela oportunidade de podermos realizar diversas atividades inclusivas no campo da Educação Física, seja na rede regular de ensino ou em Instituições Especializadas. A disponibilidade das instituições em conceder seu espaço para a aplicação e registro destas atividades serão de grande relevância para o trabalho com disciplina de Educação Física Inclusiva. Desta forma, venho em nome de toda a equipe, bem como da coordenação do curso de Educação Física, estender os agradecimentos a estas instituições referenciadas. Estejam certos que nosso objetivo caminha para que a construção de novos conhecimentos e trabalho com habilidades levando em consideração a realidade desafiadora pela qual se deparam alunos e corpo docente são primados a todo momento. Neste livro, apresento-lhes propostas de atuação e intervenção por meio da qual você poderá construir um planejamento para as aulas de educação física a partir da compreensão da deficiência visual, intelectual e motora e suas diversas formas de adaptação. O intuito é levá-lo(a) a um estudo sistematizado acerca do universo da Educação Física Inclusiva para que você possa pensar nas ações cotidianas, resultantes dos desafios escolares encontrados, a fim de auxiliá-los na busca por alternativas reais de uma atuação que permita desenvolver as potencialidades e autonomia dos alunos com deficiência. A Unidade I propõe-se a discutir as questões históricas e segregacionistas que envolveram a pessoa com deficiência, assim como a evolução do conceito da pessoa com deficiência ao longo da história. Além disso, apresentarei apontamentos históricos relacionados às Políticas Públicas para a Educação Especial e Inclusiva. Na Unidade II, trabalharemos o conceito de acessibilidade na educação básica e realizaremos um amplo e interessante estudo sobre as principais deficiências que ocasionam danos intelectuais, motores, auditivos e visuais. Por meio da Unidade III, iremos refletir de maneira específica sobre a inclusão de alunos com deficiência nas aulas de educação física, as características da educação física adaptada, assim como apresentarei diversas possibilidades de aplicação pedagógica para alunos com deficiência motora leve, moderada e severa.Na Unidade IV, trataremos essas mesmas adaptações e aplicações pedagógicas para alunos com deficiência intelectual leve, moderada e severa, assim como para a deficiência visual. E por fim, na Unidade V, com o tema Jogos Paralímpicos, passamos a discutir a origem dos jogos, seu estímulo e aplicação no contexto escolar, com enfoque central nas características das diversas modalidades esportivas adaptadas que compõem atualmente os Jogos Paralímpicos. Espero que este material colabore na sua formação, e que você avance cada vez mais nas suas reflexões e ações profissionais acerca desta temática. Lembre-se, caro(a) aluno(a), que o material apresentado não esgota todas as possibilidades de pensar e refletir sobre a Educação Física Inclusiva, mas propiciará momentos importantes para a compreensão sobre o assunto. Bons estudos! FIM DA APRESENTAÇÃO GERAL. INÍCIO DA UNIDADE I INÍCIO DA FOLHA DE ABERTURA HISTÓRICO DA DEFICIÊNCIA E POLÍTICAS EDUCACIONAIS INCLUSIVAS Professora Mestre Naline Cristina Favatto Objetivos de Aprendizagem ● Contextualizar a deficiência ao longo da história e analisar as questões segregacionistas que envolvem a educação da pessoa com deficiência. ● Conhecer as políticas educacionais e as Leis que amparam a Educação Especial e a Educação Inclusiva no Brasil. ● Compreender a evolução do conceito da pessoa com deficiência Plano de Estudo ● A deficiência ao longo da história ● Políticas para Educação Especial e a Educação Inclusiva no Brasil ● A pessoa com deficiência FIM DA FOLHA DE ABERTURA. INÍCIO DA INTRODUÇÃO Olá, aluno(a), seja bem-vindo(a) à disciplina de Educação Física Inclusiva! Iniciaremos nossos estudos com o intuito de compreender uma série de elementos que proporcionem um entendimento sobre a deficiência. Para tanto, trabalharemos a deficiência ao longo da história, o conceito de pessoa com deficiência na atualidade e as Políticas para a Educação Especial e Educação Inclusiva no Brasil. Dessa forma, gostaria de questioná-los. Quando falamos em pessoas com deficiência, o que vem em sua mente? As discussões acerca desta temática serão constituídas por três tópicos. Revisitar alguns fatos importantes e marcantes sobre a pessoa com deficiência nos possibilita compreender como essa relação se estabelece e entender os traços de luta e preconceito que ainda observamos fortemente em nossa sociedade. Historicamente, a luta em defesa dessa classe é uma constante e se fez primordial para a inserção de Políticas que atendessem às suas necessidades, tanto no âmbito social quanto educacional. A relevância dessa unidade é o conhecimento de elementos importantes que estruturaram o que hoje observamos nas escolas de todo o país: a inclusão de alunos com deficiência, assim como a existência de escolas especiais para o atendimento desses alunos. Os assuntos abordados nesta unidade permitirão uma aproximação e compreensão dos principais aspectos históricos acerca dessa temática, assim como as conquistas da pessoa/aluno com deficiência no âmbito educacional e social, a fim de que você futuro profissional da Educação Física se familiarize com a prática pedagógica especializada e inclusiva. Tenham todos uma boa leitura! FIM DA INTRODUÇÃO. INÍCIO DO TÓPICO 1 A DEFICIÊNCIA AO LONGO DA HISTÓRIA Provavelmente a maioria de vocês já deve ter lido ou ouvido falar algo sobre a dificuldade e o preconceito com o qual as pessoas com determinadas deficiências eram tratadas na Antiguidade. E isso é verdade! Para traçar um panorama claro sobre a deficiência ao longo da história, farei uso dos estudiosos da área da Educação Especial Kirk e Gallagher (1987), Mendes (1995) e Sassaki (1997). Esses autores identificam por meio de suas pesquisas quatro fases no desenvolvimento do atendimento à pessoa com deficiência por meio de uma perspectiva histórica. Dentro desse contexto, na primeira fase, datada na IdadeMédia, muitas pessoas acreditavam que o fato de nascer uma criança com deficiência na família estava ligado ao pecado, isto é, que os pais dessa criança teriam cometido algo muito grave que desagradava a Deus, e, como forma de pagar por seus pecados, uma criança com deficiência nascia nessa família. Adams, Bell e Griffin (2007) destacam que a deficiência era vista como atuação de maus espíritos e do demônio, sob o comando das bruxas, e também resultado da ira celeste e castigo de Deus. Observa-se, nesse momento, que essa criança era entendida como castigo, não somente aos olhos da família, mas de toda a sociedade. Essa concepção de deficiência fazia que as famílias escondessem da sociedade essas crianças, pois ao expô-la mostravam-se também os pecados que estavam associados a elas. Outro exemplo claro de negligência pode ser evidenciado na Grécia, por volta de 480 a.C., em que as crianças ao nascer eram examinadas e, quando apresentavam alguma deficiência, eram atiradas de um cume de 2400m de altitude por não estarem dentro do padrão físico adequado (SULLIVAN, 2001). O relato de Platão evidenciado nos estudos de Silva (1987) retrata a realidade da época: E no que concerne aos que receberam corpo mal organizado, deixa-os morrer [...]. Quanto às crianças doentes e as que sofreram qualquer deformidade, serão levadas, como convém, a paradeiro desconhecido e secreto (PLATÃO apud SILVA, 1987, p. 124). O desprezo para com a criança que apresentava deficiência também pode ser observado no discurso de Sêneca (4 a.C.- 65 d.C, p. 46): Não se sente ira contra um membro gangrenado que se manda amputar; não o cortamos por ressentimento, pois, trata-se de um rigor salutar. Matam-se cães quando estão com raiva; exterminam- se touros bravios; cortam-se as cabeças das ovelhas enfermas para que as demais não sejam contaminadas; matamos os fetos e os recém-nascidos monstruosos; se nascerem defeituosos e monstruosos afogamo-los; não devido ao ódio, mas à razão, para distinguirmos as coisas inúteis das saudáveis. Assustador não é mesmo? O termo monstro e/ou monstruosidade utilizado para denominar a pessoa com deficiência durante quase toda primeira fase nos mostra como eles foram tratados nesse período e nos faz refletir os motivos pelos quais o preconceito instaurado nas diversas sociedades ainda se faz tão presente em nosso meio. A segunda fase dessa análise histórica caracteriza-se pela institucionalização de pessoas com deficiências. Inicialmente na Alemanha nos séculos XVIII se expandiu para o Brasil e permaneceu até meados do século XIX. Nesse momento, a deficiência passa a ser institucionalizada, onde essas pessoas eram segregadas e protegidas em instituições residenciais. Zavareze (2009) relata que essas instituições eram consideradas como “depósitos” de pessoas que apresentam deficiências. Dentro dessa temática, entre os séculos XVII, XVIII e XIX outra questão relevante sobre a pessoa com deficiência se deu por meio de suas apresentações em circos e em praças públicas. Você pode perceber que essa realidade não esteve tão distante de nós. Quem já foi ao circo e assistiu a apresentação de anões, pessoas com gigantismo ou alguma característica tida como “diferente” para a sociedade? A imagem abaixo ilustra exatamente a realidade dos circos nesse período; nela, podemos identificar pessoas com nanismo, microcefalia, assim como pessoas com outras características como extremamente magras, mulheres com barba, entre outros. Perceba que o preconceito não estava somente ligado a pessoas que apresentam deficiência, mas também naquelas que fugiam do padrão de normalidade instituído na época. Parece até que estamos falando dos dias atuais, não é mesmo? INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A figura representa a equipe de filmagem de “Freaks, de Tod Browning”, que retratava o trabalho de diversas pessoas que apresentavam deficiências em circos. A imagem está em preto e branco e apresenta nove pessoas. Da esquerda para a direita, tem um homem que apresenta nanismo, ele está com uma calça e uma camisa social, de gravata, suspensório, e sapatos, ao seu lado está a escada de um trailer em que estão sentadas duas mulheres que apresentam microcefalia, uma está sentada no primeiro degrau debaixo para cima e a outra está no segundo degrau, ambas estão usando vestidos, com os braços sobre as pernas, a do primeiro degrau não olha em direção à foto, a do segundo degrau olha e está com um leve sorriso no rosto. Acima das duas mulheres está um homem, em que aparece apenas seu tronco, está de paletó preto, camisa branca e gravata borboleta. Continuando à direita, ao lado da escada tem uma mulher de aparência idosa sentada, vestindo um vestido, com um cinto preto na cintura e botas pretas, ao seu lado direito está outra mulher sentada, de aparência jovem, a mulher tem cabelos curtos e barbas, está com um vestido longo e calçados pretos. Atrás da mulher de aparência idosa, está uma outra mulher, que apresenta a cabeça e o rosto pequenos, sem cabelos, vestindo um vestido longo xadrez, ao seu lado direito na parte de trás está uma homem bastante magro, vestindo uma camiseta cavada, ao seu lado está outra mulher, de cabelos curtos em que não aparece completa na imagem pois está atrás da mulher que apresenta barbas. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Nesse período, a exposição dessas pessoas ocorria em praças públicas sendo motivo de estranheza e zombaria de toda a sociedade. Muitos pais vendiam seus filhos para o circo, ou até mesmo os colocavam em exposição em praças pública motivados pelo interesse financeiro. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Figura 2 - Myrtle se tornou famosa por ter quatro pernas e começou a se apresentar no circo aos 13 anos de idade. Descrição: A figura apresenta uma menina sentada em uma cadeira, olhando para frente, usando um vestido de manga longa preto. A menina tem quatro pernas, sua perna direita está com a ponta do pé virado para a esquerda. As duas pernas que ela tem a mais, são menores como de uma criança, todas as pernas estão com meias listradas até os joelhos e botas, e ao fundo da imagem tem uma paisagem ofuscada, com um pilar e alguns ramos de plantas ao seu redor. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. INÍCIO DO REFLITA Você já parou para pensar o sofrimento que as pessoas com deficiência passaram e ainda passam até os dias atuais? Qual o impacto disso nas relações humanas? FIM DO REFLITA. A terceira fase é marcada, já no final do século XIX e meados do século XX, pelo desenvolvimento de escolas e turmas especiais em escolas públicas, visando oferecer à pessoa com deficiência uma educação à parte. O “Instituto dos Meninos Cegos” foi fundado na cidade do Rio de Janeiro no final de 1854, sendo a primeira escola especializada no Brasil para deficientes visuais. Atualmente o Instituto dos Meninos Cegos é chamado de “Instituto Benjamin Constant Botelho de Magalhães”. Após esse período, diversas outras escolas especializadas para o atendimento de deficientes físicos, visuais e intelectuais foram criados em todo Brasil. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Figura 3 - Primeira escola especializada no Brasil para deficientes visuais. Descrição: A figura apresenta a entrada da frente do prédio da primeira escola para deficientes visuais no Brasil, nomeada como Instituto Benjamin Constant Botelho de Magalhães. A entrada do prédio conta com uma grande escadaria que tem ao topo quatro grandes pilares, mais ao fundo estão as janelas e abaixo das janelas três portas grandes, o prédio é todo amarelo, e acima dos pilares está o nome do instituto, em frente as escadas tem um grande portão, e ao lado uma palmeira em um gramado e alguns arbustos. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. INÍCIO DO SAIBA MAIS Você sabia que na década de 50 e 60 ainda era possível observar, pessoas com deficiência mantidas trancadas dentrode suas casas? Os pais mantinham essas crianças e adultos em segurança, em muitos casos sendo bem tratados, contudo, faltava conhecimento e instrução adequada para atender efetivamente seus filhos com deficiência. Fonte: a autora. FIM DO SAIBA MAIS. Na quarta fase, no final do século XX, por volta da década de 70, observa- se um movimento de integração social dos indivíduos que apresentavam deficiência, cujo objetivo era inseri-los em ambientes escolares, o mais próximo possível daqueles oferecidos a pessoas que não apresentavam deficiências. Zavareze (2009) menciona que, nesse período, o intuito passa a ser educar essas pessoas em sua capacidade máxima de aprendizagem. É importante destacar que essa é a fase atual em que nos encontramos, observe como ainda se faz muito presente a luta pela valorização e inclusão de crianças e jovens com deficiência em nosso cotidiano. Essa distinção em fases é importante para que você possa compreender e contextualizar historicamente a deficiência, diante disso, falaremos mais sobre a terceira e a quarta fase no tópico a seguir na qual abordaremos com maior riqueza de detalhes o processo de estruturação das políticas educacionais voltadas à pessoa com deficiência. FIM DO TÓPICO 1. INÍCIO DO TÓPICO 2 POLÍTICAS PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL Lembram-se da terceira fase destacada no tópico anterior sobre o atendimento às pessoas que apresentam deficiências? Essa fase certamente foi o primeiro passo para a valorização e luta pela igualdade de direitos no âmbito educacional voltado à pessoa com deficiência. O período foi compreendido pela criação de escolas que pudessem atender de maneira específica essas crianças, não somente com fins assistencialistas, mas no sentido de educá-las e estimulá- las em sua aprendizagem tanto intelectual quanto motora. Contudo, esse processo se deu de maneira gradativa, como veremos no decorrer de nossos estudos. Por meio de uma análise histórica, podemos verificar que Médicos como Jean Marc Itard, Edward Seguin e a médica e educadora Maria Montessori destacaram-se pelo desenvolvimento e aplicação de métodos de aprendizagem para diversos tipos de deficiências. As experiências pedagógicas elaboradas por eles contribuíram para a compreensão do processo de constituição da própria educação especial a partir do século XVIII. Contudo, é importante destacar que pesquisas apontam que a negligência para com essas pessoas se perdurou até os anos de 1950 no Brasil (MIRANDA, 2004). Em 1933, o Decreto n. 5.884, sobre a educação em geral estabeleceu o direito à educação especializada, para crianças ou adolescentes que dela necessitavam por suas condições peculiares, ministrada nas seguintes escolas (SÃO PAULO, 1933): a) Escolas para débeis físicos; b) Escolas para débeis mentais; c) Escolas de segregação para doentes contagiosos; d) Colônias escolares; e) Escolas para cegos; f) Escolas para surdo-mudos; g) Escolas ortofônicas; h) Escolas de educação emendativa dos delinquentes. Por meio desse decreto, podemos verificar pontos importantes tais como o atendimento dessas pessoas de maneira especializada, o que se destacou como um avanço, mas também a forma inadequada da época de se referir à pessoa com deficiência, característica essa que estudaremos no tópico seguinte. Durante o século XX, a Educação Especial foi aos poucos se constituindo na Educação Brasileira. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 4.024/61 art. 88 promulgada em 1961, destaca que “a educação de excepcionais, deve, no que fôr possível, enquadrar-se no sistema geral de educação, a fim de integrá-los na comunidade” (BRASIL, 1961). Essa lei é compreendida como um dos primeiros passos para o atendimento da pessoa com deficiência no Brasil de forma inclusiva. Dez anos depois, em 1971, a Lei Educacional nº 5.692/71 art. 9º explana que “os alunos que apresentem deficiências físicas ou mentais, os que se encontrem em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados deverão receber tratamento especial, de acordo com as normas fixadas pelos competentes Conselhos de Educação” (BRASIL, 1971). Nesse momento observa-se algumas especificações das deficiências, assim como de crianças superdotadas, sobre a relevância de um atendimento especializado. Todavia, apesar do acesso ao ensino regular, não é organizado um atendimento especializado que considere as singularidades de aprendizagem de estudantes com superdotação (MEC/SEESP, 2007). Em 1973, foi criada pelo Ministério da Educação o Centro Nacional de Educação Especial — CENESP, responsável pela gerência da educação especial no Brasil, que, sob o respaldo integracionista, ocasionou ações educacionais voltadas às pessoas com deficiência e superdotação, porém ainda apresentavam características assistenciais e iniciativas isoladas do Estado (MEC/SEESP, 2007). Em 1978, foi publicada, a Portaria Interministerial nº 186/78, cujo objetivo consistia na ampliação de oportunidades de atendimento especializado, de natureza médico- psicossocial e educacional para excepcionais, com o intuito de promover sua integração social (BRASIL, 1978). De acordo com a referida portaria, o direcionamento de alunos para o atendimento especializado deveria ser feito por meio de um diagnóstico, compreendendo a avaliação das condições físicas, mentais, psicossociais e educacionais do excepcional (BRASIL, 1978). Oito anos depois, em 1986 a Portaria nº 69/86, publicada pelo CENESP, estabelece que a educação especial deveria proporcionar o desenvolvimento pleno das potencialidades do educando com necessidades especiais, como fator de auto realização, qualificação para o trabalho e integração social por meio de atendimento educacional especializado. Este consistia na utilização de métodos, técnicas, recursos e procedimentos didáticos desenvolvidos por professores devidamente qualificados (BRASIL, 1986). Um marco importante para a Educação Inclusiva e a Educação Especializada se deu por meio da Constituição Federal de 1988. Em seu artigo 206, inciso I, estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola” como um dos princípios para o ensino, assim como o Art. 208 Inciso III garante como dever do Estado, o atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino. Novamente observamos o amparo da Lei a qual estimula o atendimento desses alunos de maneira a incluí-los na rede regular de ensino, e não somente em escolas especializadas. Em meio às lutas pela garantia à educação, em 1990 a Unesco estabelece “A Declaração Mundial de Educação para Todos”. A declaração teve por objetivo garantir a Satisfação das Necessidades Básicas de Aprendizagem para todas as crianças, adolescentes e adultos. Os Artigos 3 a 7 desta Declaração contemplam: Universalizar o acesso à educação e promover a equidade; Concentrar a atenção na aprendizagem; Ampliar os meios e o raio de ação da educação básica; Propiciar um ambiente adequado à aprendizagem; Fortalecer alianças (BRASIL, 1990). De maneira específica para as pessoas com deficiência, o Art. 3 enfatiza que as necessidades básicas de aprendizagem das pessoas portadoras de deficiências requerem atenção especial. É preciso tomar medidas que garantam a igualdade de acesso à educação aos portadores de todo e qualquer tipo de deficiência, como parte integrante do sistema educativo, pautado nos cuidados básicos e atividades de desenvolvimento infantil, direcionadas especialmente às crianças pobres, desassistidas e portadoras de deficiências (BRASIL, 1990). Outro momento histórico para o processo de estruturação de políticas educacionais se deu por meio da Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, representado por noventa e dois países e vinte e cinco organizações internacionais, ocorridano ano de 1994 em Salamanca, na Espanha. Tal conferência ficou Mundialmente conhecida como “Declaração de Salamanca” sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais, a qual estabeleceu que todas as crianças e jovens com necessidades educativas especiais deveriam ter acesso às escolas regulares, e, além disso, enfatiza que as escolas devem adequar-se por meio de uma pedagogia centrada na criança, capaz de ir ao encontro destas necessidades. A Declaração de Salamanca reconheceu a necessidade e a urgência de garantir a educação dessas crianças no quadro do sistema regular de educação (BRASIL, 1994). Pautada nessa reflexão, a orientação inclusiva, por meio da inserção dessas crianças em escolas regulares, constitui-se uma das ferramentas mais capazes para combater as atitudes discriminatórias, criando comunidades abertas e solidárias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos. Dessa forma, os governos deverão: Conceder a maior prioridade, através das medidas de política e através das medidas orçamentais, ao desenvolvimento dos respectivos sistemas educativos, de modo a que possam incluir todas as crianças, independentemente das diferenças ou dificuldades individuais. Adotar como matéria de lei ou como política o princípio da educação inclusiva, admitindo todas as crianças nas escolas regulares, a não ser que haja razões que obriguem a proceder de outro modo. Desenvolver projetos demonstrativos e encorajar o intercâmbio com países que têm experiência de escolas inclusivas, estabelecer mecanismos de planeamento, supervisão e avaliação educacional para crianças e adultos com necessidades educativas especiais, de modo descentralizado e participativo. Encorajar e facilitar a participação dos pais, comunidades e organizações de pessoas com deficiência no planeamento e na tomada de decisões sobre os serviços na área das necessidades educativas especiais. Investir um maior esforço na identificação e nas estratégias de intervenção precoce, assim como nos aspectos vocacionais da educação inclusiva. Garantir que, no contexto de uma mudança sistémica, os programas de formação de professores, tanto a nível inicial como em-serviço, incluam as respostas às necessidades educativas especiais nas escolas inclusivas (BRASIL, p. 38, 1994). A Declaração de Salamanca é reconhecida até os dias atuais como uma das conferências mais importantes realizadas em benefício da pessoa com deficiência no contexto educacional, incentivando não somente a inclusão, mas também o investimento dos países para a ampliação do acesso à educação inclusiva. Pela primeira vez, também observamos a preocupação em formar professores capacitados para o atendimento dessas crianças e adolescentes, fato que ainda não havia sido destacado como prioridade em nosso estudos. Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394, vigente até os dias atuais apresenta no Art. 59 que “os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação”: I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades; II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora; V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular (BRASIL, 1996). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) presume, quando preciso, os serviços de atendimento especializado, na escola regular, para atender às necessidades da clientela de educação especial. Especifica, também, que o atendimento educacional desses alunos será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das suas condições específicas, não for possível a sua integração em classes comuns dentro do ensino regular (BRASIL, 1996). Ainda sim, Souza e Prieto (2007) mencionam que esse direito não vem sendo assegurado, pois nos dias atuais a presença de um professor auxiliar para o melhor acompanhamento do aluno no ensino regular é ofertado apenas a uma parcela deles. INÍCIO DO REFLITA A LDB/1996 destaca o atendimento especializado “quando preciso”. Entretanto, se o aluno já apresenta uma deficiência, presume-se que ele necessita desse atendimento! FIM DO REFLITA A inclusão de alunos com deficiência irá ocorrer somente quando suas condições físicas e/ou intelectuais possibilitarem a sua integração. Um exemplo claro desse contexto são as APAES. Para o aluno ser matriculado nessas escolas, é necessário a comprovação mediante uma avaliação diagnóstica que indique a deficiência e/ou comprometimento intelectual. Esse aluno poderá ou não ter outras complicações, sejam elas visuais ou motoras, mas o requisito para estar nessas escolas de maneira específica se dá pela avaliação intelectual. Em 1999, o Decreto nº 3.298/99, que regulamenta a Lei nº 7.853/89, estabelece em seu Art. 2o que cabe aos órgãos e às entidades do Poder Público assegurar à pessoa portadora de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à previdência social, à assistência social, ao transporte, à edificação pública, à habitação, à cultura, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico. Sendo assim, a Educação especial passa a ser definida como uma modalidade transversal a todos os níveis e modalidades de ensino, enfatizando a atuação complementar da educação especial ao ensino regular (BRASIL, 1999). Caros alunos, é importante frisar que os êxitos conquistados no campo educacional para a pessoa com deficiência ocorreu paulatinamente. Lembram-se no ínicio de nossa unidade quando estas pessoas não tinham direito algum a frequentar uma escola? Pois bem, essa situação foi se modificando durante todo o século XX. No final do século XX e início do século XXI, nota-se o aprimoramento de Leis que passaram a amparar não somente alunos no ensino regular, mas também alunos no ensino superior. Em 1996, o Ministério da Educação e Cultura — MEC — organizou o primeiro documento — Aviso Curricular nº277 — direcionado às pessoas com deficiência no Ensino Superior (BRASIL, 1996). Santos e Hostins (2015) relatam que este documento norteava os reitores de instituições superiores a se adequarem ao processo de acesso e inclusão de pessoas com necessidades especiais, sobre os processos seletivos, bem como a oferta de materiais adaptados. O documento também enfatiza a necessidade de profissionais preparados, estruturas físicas adaptadas e flexibilidade pedagógica, garantindo, assim, o acesso e a permanência desse aluno. Dessa maneira, essas instituições deveriam se organizar para a garantia da: utilização de textos ampliados, lupas ou outros recursos ópticos especiais para as pessoas com visão subnormal/ reduzida; - utilização de recursos e equipamentos específicos para cegos: provas orais e/ou emBraille, sorobã, máquina de datilografia comum ou Perkins/Braille, DOS VOX adaptado ao computador. - Colocação de intérprete no caso de Língua de Sinais no processo de avaliação dos candidatos surdos; - utilização de provas orais ou uso de computadores e outros equipamentos pelo portador de deficiência física com comprometimento dos membros superiores; - ampliação do tempo determinado para a execução das provas de acordo com o grau de comprometimento do candidato (BRASIL, 1996, p. 1). No entanto, apenas em 2002 as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica por meio da Resolução CNE/CP nº 1/2002 estabelece que as instituições de ensino superior devem prever, em sua organização curricular, formação docente voltada para a atenção à diversidade e que contemple conhecimentos sobre as especificidades dos alunos com necessidades educacionais especiais. Nesse mesmo ano, a Portaria nº 2.678/02 do MEC aprova diretrizes e normas para o uso, o ensino, a produção e a difusão do sistema Braille em todas as modalidades de ensino em território nacional. Dentro dessa temática, a preocupação com a inclusão de alunos respeitando suas especificidades se destaca também com a Lei nº 10.436/2002, que dispõe sobre a inclusão da Libras como disciplina curricular dos professores visando o acesso à escola dos alunos surdos e a formação e a certificação de professor, instrutor e intérprete de Libras. Houve, também, a implantação no ano de 2005 dos Núcleos de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação – NAAH/S em todos os estados do país, de forma a garantir esse atendimento aos alunos da rede pública de ensino (MEC/SEESP, 2007). Essa constante evolução das políticas voltada à pessoa com deficiência também ganha destaque no ano de 2007 na Educação à Distância. Nesse ano, foi criado o documento Referencial de Qualidade para o Ensino Superior a Distância (BRASIL, 2007), na qual prevê a inclusão no ensino superior de alunos com deficiência. Sobre essa perspectiva, as instituições de ensino superior deverão: Dispor de esquemas alternativos para atendimento de estudantes com deficiência; Para a instalação de polos, dois outros requisitos necessitam ser atendidos. O primeiro diz respeito às condições de acessibilidade e utilização dos equipamentos por pessoas com deficiências, ou seja, deve-se atentar para um projeto arquitetônico e pedagógico que ‘garanta acesso, ingresso e permanência dessas pessoas’, acompanhadas de ajudantes ou animais que eventualmente lhe servem de apoio, em todos os ambientes de uso coletivo (BRASIL, 2007, p. 15-16). Observem o quanto evoluímos até aqui em relação aos direitos de acesso e permanência tanto na educação básica quanto no ensino superior de alunos com deficiência! Contudo, será que realmente todas essas escolas e instituições apresentam esse suporte para auxiliá-los em seu processo de formação? E esses professores, realmente estão capacitados para determinado ofício? Esses são questionamentos diários que você como futuro professor poderá observar ao seu redor, na escola onde seu filho estuda e/ou nas instituições que conhece! Vejam que ainda estamos falando de políticas criadas no ano de 2007: e agora, será que muita coisa mudou? É o que vamos continuar discutindo ao findar essa unidade. Em 2008, o documento da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva na Educação Inclusiva, enfatiza que a educação deve se iniciar na infância, tendo como objetivo desenvolver as bases necessárias para a construção do conhecimento e desenvolvimento global do aluno. Nessa perspectiva, deve-se priorizar o lúdico, o acesso às formas diferenciadas de comunicação, a variedade de estímulos nos aspectos físicos, cognitivos emocionais, psicomotores e sociais e a convivência com as diferenças que favorecem as relações interpessoais, o respeito e a valorização da criança (BRASIL, 2008). Perceba que a educação inclusiva e especial foi ganhando força e suas leis passaram a apresentar maiores especificações quanto ao acesso, permanência, recursos necessários, necessidades específicas para determinadas deficiências, adequação dos espaços físicos, trato pedagógico entre outras questões. Entre os anos de 2009 e 2010, verificou-se a criação de salas de recursos multifuncionais. Essas salas apresentam características diferenciadas das demais salas do ensino regular, sendo uma grande ferramenta de ensino para alunos incluídos: o Programa disponibiliza às escolas públicas de ensino regular, conjunto de equipamentos de informática, mobiliários, materiais pedagógicos e de acessibilidade para a organização do espaço de atendimento educacional especializado. Cabe ao sistema de ensino, a seguinte contrapartida: disponibilização de espaço físico para implantação dos equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos de acessibilidade, bem como, do professor para atuar no AEE (MEC, 2010). As salas de recursos multifuncionais são separadas de acordo com a deficiência que o aluno apresenta ou superdotação. Os Estados se organizam e nomeiam essas salas na educação básica de formas diferenciadas, no entanto, segue abaixo a organização das salas de atendimento educacional especializado do Estado do Paraná: - Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, atendimento educacional especializado, de natureza pedagógica que complementa a escolarização de alunos que apresentam deficiência Intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos funcionais específicos, matriculados na Rede Pública de Ensino (PARANÁ, 2011). - Sala de Recursos Multifuncionais Tipo II e/ou o Centro de Atendimento Educacional Especializado na Área da Deficiência Visual – CAEDV destinado para alunos cegos, de baixa visão ou outros acometimentos visuais (ambliopia funcional, distúrbios de alta refração e doenças progressivas), que funcionam em estabelecimentos do ensino regular da Educação Básica, das redes: estadual, municipal e particular de ensino, em contra turno escolar, não sendo substitutivo às classes comuns (PARANÁ, 2010). - O atendimento Educacional Especializado para alunos surdos apresentam três momentos: atendimento Educacional Especializado em Libras, atendimento Educacional Especializado para o ensino da Libras e atendimento Educacional Especializado para o ensino da Língua Portuguesa. Além disso, o aluno contará com um professor intérprete em suas aulas, além do professor da turma (NOGUEIRA; CARNEIRO; SOARES, 2018). - O atendimento para alunos com Altas Habilidades/Superdotação é um espaço organizado com materiais didático-pedagógicos, equipamentos e profissionais especializados onde é ofertado o atendimento educacional especializado que visa atender às necessidades educacionais dos alunos superdotados na Rede Pública de Ensino. - Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar (Sareh): oferece atendimento educacional aos alunos que estão impossibilitados de frequentar a escola devido à internação hospitalar ou tratamento de saúde domiciliar. O objetivo é que os alunos possam continuar o processo de escolarização e voltem ao ambiente escolar sem perdas de conteúdo das disciplinas. Dentre essas especificações, é importante que você entenda algumas questões: 1. O aluno com deficiência que se encontra incluído no ensino regular em classes comuns sempre que preciso deverá ter uma professora auxiliar ao seu lado durante todo o ano letivo, visto que esse aluno necessitará de maior atenção durante seu processo formativo. 2. O aluno com deficiência que se encontra incluído no ensino regular têm direito ao atendimento educacional especializado em salas de recursos multifuncionais. No entanto, quando a deficiência intelectual desse aluno caracterizar-se como moderada e severa, é possível que ele seja matriculadoem Centros de Atendimento Educacional Especializado. Acredito que em sua cidade ou proximidades exista uma escola para o atendimento exclusivo de crianças e adolescentes com deficiência. Atualmente podemos verificar instituições especializadas públicas, privadas, fundações, associações, instituições do terceiro setor. Dentro dessas escolas podemos destacar: a) APAEs: Associação de Pais e Amigos de Excepcionais, destinada a alunos com deficiência intelectual moderada e severa. b) ANPR: Associação Norte Paranaense de Reabilitação, destinada a alunos com deficiência motora severa. c) Associação Brasileira de Autismo, AMA – Associação de Pais e Amigos do Autista, que estão presentes em diversas capitais, são escolas Especiais para alunos que apresentam autismo. INÍCIO DO SAIBA A MAIS Você sabia que a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) nasceu em 1954, no Rio de Janeiro? A APAE é uma organização social cujo objetivo é promover a atenção integral à pessoa com deficiência intelectual e múltipla. A Rede APAE se destaca por seu pioneirismo e capilaridade. Atualmente existem 2.172 APAEs e entidades filiadas, coordenadas por 24 Federações Estaduais, abrangendo todos os estados brasileiros para atender cerca de 250.000 pessoas com deficiência intelectual e múltipla diariamente. Fonte: adaptado de APAE ([2018], on-line)4. FIM DO SAIBA MAIS. Dentre essas escolas, associações e institutos especializados é importante salientar que alunos cegos e surdos sem comprometimento intelectual poderão frequentá-las, no entanto, também deverão estar matriculadas na rede regular de ensino. No decorrer deste material, trataremos com maior especificidade os tipos de deficiência e suas principais características para que você aluno compreenda com mais clareza quem são esses alunos e suas reais necessidades frente ao ambiente escolar. FIM DO TÓPICO 2. INÍCIO DO TÓPICO 3 A PESSOA COM DEFICIÊNCIA Antes de darmos continuidade aos nossos estudos sobre a pessoa com deficiência, necessitamos compreender como elas foram chamadas no decorrer da história, isto é, as nomenclaturas utilizadas, bem como aprender como hoje exatamente precisamos nos referenciar à pessoa que apresenta alguma deficiência. Em nosso tópico anterior, vocês puderam notar que durante a estruturação de Leis de Decretos essas nomenclaturas foram se modificando a fim de atender de maneira integral a pessoa com deficiência. Então, vamos lá! Em nossas leituras anteriores, pudemos evidenciar que filósofos da antiguidade como Sêneca se referiam à pessoa com deficiência como “monstruosidade”. O conceito de monstruosidade atribuído às crianças com deformidades físicas se perdurou até o século XX na literatura anatômica, no entanto, essa nomenclatura vem sendo substituída a fim de caracterizar as deficiências e respeitar essas pessoas. Nessa perspectiva, a chamada monstruosidade não se referia apenas às pessoas com características muito diferentes, mas, também, àquelas deficiências que poderiam resultar em dificuldades severas para que conseguissem realizar as tarefas ao longo de suas vidas (SILVA, 2006). Em relação a essa temática, farei uso da análise de Sassaki (2002) sobre nomenclaturas utilizadas ao referenciar as pessoas com deficiência. O autor destaca que o termo inválido e/ou incapacitado pode ser encontrado em diversas Leis e Decretos nacionais e internacionais até os anos de 1960. Entre os anos de 1960 a 1980, o termo defeituoso foi difundido em diversos países. Uma característica deste período se dá pela nomenclatura do centro de reabilitação e integração AACD, que ao ser fundada no final da década de 50 recebeu o nome de “Associação de Assistência à Criança Defeituosa” na qual modificou-se anos depois e passou a ser chamada de “Associação de Assistência à Criança Deficiente” como é conhecida nos dias atuais. Nesse período, também observou-se o termo excepcional, com o surgimento das primeiras unidades da APAE “Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais”. Vale destacar que esse termo ainda é utilizado em todo país pela existência dessas instituições. A partir do ano de 1981, a Organização das Nações Unidas passou a utilizar o termo “pessoa deficiente”. Momento em que, pela primeira vez, o substantivo “deficiente” passou a ser utilizado como adjetivo, sendo-lhe acrescentado o substantivo “pessoa”. Todavia, o termo “pessoa deficiente” foi contestado por líderes alegando que ele apontava que a pessoa inteira é deficiente, o que para eles era inconcebível e o termo "pessoas portadoras de deficiência” começou a ser utilizado e perdurou até os anos de 1993. Sassaki (2002) retrata que o termo “portar uma deficiência” passou a ser um valor agregado à pessoa. Nessa perspectiva, compreende-se a deficiência como um detalhe da pessoa. O termo foi adotado nas Constituições federal e estadual e em todas as leis e políticas pertinentes ao campo das deficiências. Contudo, será que esse termo está correto? Alguns críticos questionam o significado de portador, uma vez que pode-se portar e deixar de portar, por exemplo, um objeto como uma canela. Dando continuidade a essa reflexão, o autor revela que termos como “pessoas com necessidades especiais”, “crianças especiais”, “alunos especiais”, “pacientes especiais” começaram a ser utilizados a partir de 1990 e são utilizados até hoje. Contudo, a literatura evidencia que o termo “pessoas com deficiência” é o mais correto a ser utilizado atualmente. Esse termo também destacou-se nos anos de 1990 e se difundiu com a Declaração de Salamanca se manifestando até os dias atuais. Sendo assim, é de fundamental importância que você futuro professor aprenda e passe a utilizar esse termo “pessoa com deficiência” para nossos próximos estudos! INÍCIO DAS CONSIDERAÇÕES FINAIS Nossa primeira unidade foi um convite a uma viagem no tempo que nos permitiu compreender a pessoa com deficiência ao longo da história em diversos aspectos como sua aceitação social, conceituação e o direito ao atendimento educacional de qualidade tanto em instituições especializadas quanto na rede regular de ensino. Vimos que a conquista do direito à educação de pessoas com deficiência foi um marco em nosso país, no qual pudemos estabelecer quatro fases na educação inclusiva brasileira: a rejeição, a segregação, o atendimento em escolas especializadas e, por fim, a inclusão em escolas regulares. A perspectiva de contar com professores especializados proporcionou a essas crianças e jovens a possibilidade de estimulação e inserção na sociedade como qualquer outra pessoa. Também pudemos aprender como o conceito da deficiência foi se modificando, a fim de referenciá-lo de maneira adequada, sem resquícios de preconceito ou inferioridade. Nesse momento, constatamos as diversas nomenclaturas pejorativas que foram utilizadas em determinados períodos, e como com o passar dos anos esses termos se modificaram até os dias atuais, ao referenciá-los apenas como “pessoa com deficiência”. Outro ponto crucial dessa unidade foi constatar o quão importante é estudar a história, visto que por meio dela pudemos notar o quanto e o porquê o preconceito para com as pessoas com deficiência está enraizado em nossa sociedade até os dias atuais. Fato esse que nos faz entender que o preconceito é passado de geração em geração sem ao menos nos dar conta, pois quem dita os padrões de “normalidade” de uma sociedade é a própria sociedade. Tendo essa compreensão, é possível que se tenha chegado ao final desta unidade com o entendimento e reflexão sobre essas questões que farão parte de seu cotidiano escolar e que tenha assimilado que incluir também faz parte de seu trabalho como futuro professor! FIM DAS CONSIDERAÇÕES FINAIS. INÍCIO DAS ATIVIDADES DE ESTUDO 1. Sabemos que a história da pessoa com deficiência foimarcada por diversas manifestações de preconceito, segregação e desvalorização da figura humana. Contudo a partir século XX podemos constatar as primeiras iniciativas para o desenvolvimento de escolas e turmas especiais em escolas públicas. Sob esse prisma, avalie as afirmativas abaixo considerando as fases descritas por Kirk e Gallagher (1987); Mendes (1995) e Sassaki (1997): I - A primeira fase compreende o período em que as crianças frequentavam escolas especializadas. II - A segunda fase compreende a institucionalização de pessoas com deficiências. III - A terceira fase compreende a criação de escolas e turmas especiais. IV - A quarta fase compreende o período de inclusão de alunos com deficiência em escolas regulares. V - A terceira fase compreende o período em que pessoas com deficiências eram segregadas e protegidas em instituições residenciais. É correto o que se afirma em: a. I e II apenas. b. II, III e IV apenas. c. I, III e V apenas. d. III e IV apenas. e. II e III apenas. 2) Por meio de nossos estudos aprendemos que por volta dos séculos XVII, XIII e XIX as pessoas com deficiência se apresentavam em circos e praças públicas. Essa relação se estabelece até os dias atuais, pois observamos que as características do deficiente ainda chamam a atenção da sociedade. Sobre esse tocante, avalie as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta: I - As pessoas com deficiência causavam estranheza perante a sociedade. II - Nesse período, muitos pais de crianças com deficiência vendiam seus filhos para os circos. III - Nesse período, apenas as pessoas com deficiência se apresentam em circos. IV - Muitos pais de crianças com deficiência colocavam seus filhos em exposição em praças públicas motivados pelo interesse financeiro. É correto o que se afirma em: a. I, II apenas. b. II, III, IV apenas. c. III, IV apenas. d. I, II, IV apenas. e. II, III apenas. 3) Ao longo da história, a forma de conceituar a pessoa com deficiência passou por diversas mudanças. Inicialmente em nossas leituras constatamos que eles eram chamados como “monstruosidade”; contudo, esses termos foram se modificando ao passar dos séculos com o objetivo de entendê-lo como membro integrante de uma sociedade. Considerando essas conceituações assinale a alternativa que corresponde à forma mais adequada e atual de conceituá-los: a) Pessoa com necessidade especial. b) Portador de necessidade especial. c) Pessoa portadora de deficiência. d) Pessoa com deficiência. e) Criança Especial. 4) De acordo com as Políticas Educacionais estudadas nesta unidade, leia as afirmativas abaixo e assinale (V) para Verdadeiro e (F) para as afirmativas Falsas. I. O Centro Nacional de Educação Especial, responsável pela gerência da educação especial no Brasil, foi criado em 1973 pelo Ministério da Educação. II. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 4.024/61 art. 88 promulgada em 1961 previa o atendimento de qualidade para pessoas com deficiência e superdotados por professores especializados. III. Desde de 1933, o Decreto n. 5.884 já previa a obrigatoriedade de professores especializados para o atendimento da crianças e jovens com determinada deficiência. IV. As Diretrizes Curriculares Nacionais estabeleceram em 2002 que as instituições de ensino superior em sua organização curricular deveriam contemplar as especificidades dos alunos com necessidades educacionais especiais. V. A Lei Educacional nº 5.692/71 art. 9º previa o atendimento de alunos que apresentavam deficiências físicas ou mentais, e o atendimento de crianças superdotadas. As afirmações I, II, III e IV são, respectivamente: a. V; F; F; V; V. b. F; F; F; F; V. c. V; V; F; V; V. d. V; F; F; V; F. e. V; V; V; V; V. 5) A partir da década de 70, observou-se no Brasil a estruturação de fato de políticas voltadas às crianças e jovens com deficiência. Em meio a essa luta, destacou-se “A Declaração Mundial de Educação para Todos” e a “Declaração de Salamanca”. Nessa perspectiva, disserte sobre a importância e os objetivos de ambas para as políticas de inclusão. FIM DAS ATIVIDADES DE ESTUDO. INÍCIO DA LEITURA COMPLEMENTAR O Censo Escolar da Educação Básica é uma pesquisa realizada anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) em articulação com as Secretarias Estaduais de educação das 27 unidades da federação, sendo obrigatória aos estabelecimentos públicos e privados de educação básica, conforme determina o art. 4º do Decreto nº 6.425/2008. De acordo com a Portaria nº 264, de 26 de março de 2007, a data de referência para as escolas informarem seus dados ao Censo Escolar é a última quarta-feira do mês de maio. No final de maio, o sistema educacional brasileiro encontra-se mais estabilizado e os dados verificados nessa data são considerados válidos e referenciais para cada ano. Dados do Censo Escolar de 2016 indicam que 57,8% das escolas brasileiras têm alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades incluídos em classes comuns, destes 796.486 estudantes especiais estão matriculados em classes comuns. É importante destacar o crescimento em relação às matrículas de alunos com deficiência na educação básica regular quando comparado aos anos anteriores. Estatísticas indicam que no ano de 2014, cerca de 698.768 estudantes que apresentam deficiência estavam matriculados no ensino regular. No ano de 1998, porém, apenas 200 mil pessoas estavam matriculadas na educação básica, sendo apenas 13% em classes comuns. Dentro dessa temática, o censo revela que as regiões Nordeste e Norte apresentam os maiores percentuais de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades incluídos em classes comuns, com 94,3% e 90,7%, respectivamente. Por outro lado, no estado do Paraná 18,2% dos municípios possuem menos de 50% dos alunos de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades incluídos em classes comuns. Fonte: adaptado de Censo Escolar/INEP (2016, on-line)5. FIM DA LEITURA COMPLEMENTAR. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – LIVRO Título: Extraordinário Autor: R. J. Palacio Editora: Intrínseca Sinopse: o livro conta a história de Auggie, um menino que nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial. Em um manifesto em favor da gentileza, ele enfrenta uma missão nada fácil quando começa a frequentar a escola pela primeira vez: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele é um menino igual a todos os outros. FIM DO MATERIAL COMPLEMENTAR – LIVRO. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – LIVRO Título: Inclusão Escolar. O Que É? Por Quê? Como Fazer? Autor: Maria Teresa Eglér Mantoan Editora: Summus Editorial Sinopse: dividido em três capítulos, o livro reúne as ideias da autora sobre o ensinar e o aprender. Nele, ela compartilha o que viveu em sua caminhada educacional, dialogando com o leitor sobre problemas, questões e dúvidas que carrega no dia a dia de trabalho. “As transformações da escola dependem de um compromisso coletivo de professores, gestores, pais e da sociedade em geral. É difícil o dia a dia da sala de aula. Esse desafio que enfrentamos tem limite – o da crise educacional que vivemos, tanto pessoal como coletivamente, deste ofício que exercemos”, complementa. FIM DO MATERIAL COMPLEMENTAR – LIVRO. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – FILME Título: Extraordinário Ano: 2017 Sinopse: Auggie Pullman (Jacob Tremblay) é um garoto que nasceu com uma deformação facial,o que fez que passasse por 27 cirurgias plásticas. Aos 10 anos, ele pela primeira vez frequentará uma escola regular, como qualquer outra criança. Lá, precisa lidar com a sensação constante de ser sempre observado e avaliado por todos à sua volta. FIM DO MATERIAL COMPLEMENTAR – FILME. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – FILME Título: Freaks, de Tod Browning Ano: 1932 Sinopse: a história passa-se em um circo com deficientes (anões, siameses, homens sem braços nem pernas, microcefálicos). Cleópatra é uma bela trapezista que gosta de Hércules, o levantador de pesos. É também a paixão do charmoso anão Hans. Ao saber que Hans é herdeiro de uma fortuna, Cleópatra, de conluio com Hércules, projeta casar com Hans, envenená-lo e ficar com a fortuna. Contudo, os amigos de Hans descobrem o plano e entregam-se à vingança. A moral da história não é nova: seres humanos fisicamente perfeitos podem ser monstruosamente desumanos; em contrapartida, seres humanos fisicamente imperfeitos podem ser um exemplo de humanidade. FIM DO MATERIAL COMPLEMENTAR – FILME. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – WEB Neste vídeo, você poderá acompanhar um documentário sobre a História do Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil. Acesse o conteúdo em: <https://www.youtube.com/watch?v=oxscYK9Xr4M>. FIM DO MATERIAL COMPLEMENTAR – WEB. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – WEB Neste vídeo, você poderá acompanhar um documentário sobre Segregação e Inclusão na América do Sul. Acesse o conteúdo em: <https://www.youtube.com/watch?v=A313DJml1Uo>. FIM DO MATERIAL COMPLEMENTAR – WEB. INÍCIO DAS REFERÊNCIAS ADAMS, M.; BELL, L. A.; GRIFFIN, P. Teaching for diversity and social justice: A Sourcebook. New York: Routledge, 2007. BRASIL. Decreto n. 3.298, de 20 de dezembro de 1999. Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3298.htm>. Acesso em: 17 maio 2018. ______. Lei n. 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/l4024.htm>. Acesso em: 17 maio 2018. educacional especializado em Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, na Educação Básica – área da deficiência intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos funcionais específicos. Curitiba: SEED, 2011. ______. Lei n. 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 1° e 2º graus, e dá outras providências. 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Acesso em: 17 maio 2018. ______. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Instrução n. 016/2011 – SEED/SUED. Estabelece critérios para o atendimento educacional especializado em Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, na Educação Básica – área da deficiência intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos funcionais específicos. ______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria nº 555/2007, prorrogada pela Portaria nº 948/2007, entregue ao Ministro da Educação em 7 de janeiro de 2008. Brasília: MEC/SEESP, 2008. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf>. Acesso em: 18 maio 2018. ______. Centro Nacional de Educação Especial. Ministério da Educação e Cultura. Portaria n. 69, de 28 de agosto de 1986. Brasília: CNEE/MEC,1986. ______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Referenciais de Qualidade para Educação Superior a Distância. Brasília: MEC/SEED, ago. 2007. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf>. Acesso em: 18 maio 2018. KIRK, S. A.; GALLAGHER, J. J. Education exceptional children. Boston: Houghton Miffin Company, 1987. MENDES, E. G. Deficiência mental: a construção científica de um conceito e a realidade educacional. 1995. 387 f. Tese (Doutorado em Psicologia) - Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1995. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Manual de Orientação: Programa de Implantação de Sala de Recursos Multifuncionais. Brasília: MEC/SEESP, 2010. ______. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria Ministerial nº 555, de 5 de junho de 2007. Brasília: MEC/SEESP, 2008. 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Institue o Codigo de Educação do Estado de São Paulo. Disponível em: <http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/1933/decreto-5884- 21.04.1933.html>. Acesso em: 17 maio 2018. SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997. ______. Terminologia sobre deficiência na era da inclusão. Revista Nacional de Reabilitação, São Paulo, v. 5, n. 25, p. 5-11, mar./abr. 2002. SÊNECA, L. A. Cartas a Lucílio. Trad. SEGURADO CAMPOS, G. A. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2004. SILVA, O. M. A epopéia ignorada: a pessoa deficiente na história do mundo de ontem e de hoje. São Paulo: CEDAS, 1987. SILVA, V. L. R. R. Pessoas com deficiência: aspectos teóricos e práticos. 1. ed. Cascavel: Edunioeste, 2006. SOUZA, S. Z. L.; PRIETO, R. G. A Educação Especial. In: OLIVEIRA, R. P.; ADRIÃO, T. (orgs.). Organização do ensino no Brasil: Níveis e modalidades na Constituição Federal e na LDB. 2. ed. São Paulo: Xamã, 2007. p. 123-135. SULLIVAN, R. 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INÍCIO DAS REFERÊNCIAS ON-LINE 1Em: <https://tendimag.com/2014/03/01/os-monstros-somos-nos/>. Acesso em: 17 maio 2018. 2Em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Myrtle_Corbin>. Acesso em: 17 maio 2018. 3Em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Benjamin_Constant>. Acesso em: 17 maio 2018. 4Em: <http://apae.com.br>. Acesso em: 18 maio 2018. 5Em:<http://download.inep.gov.br/educacao_basica/censo_escolar/notas_estatisti cas/2017/notas_estatisticas_censo_escolar_da_educacao_basica_2016.pdf>. Acesso em: 18 maio 2018. FIM DAS REFERÊNCIAS ON-LINE. INÍCIO DO GABARITO a) B. b) D. c) D. d) A. e) A Declaração Mundial de Educação para Todos e a Declaração de Salamanca priorizaram o atendimento de crianças e jovens com deficiências preferencialmente na rede regular de ensino. A Declaração Mundial de Educação para Todos teve como princípio a igualdade de condições de acesso e permanência na escola. A Declaração de Salamanca destacou a primordialidade das escolas em adequar-se às necessidades desses alunos, por meio de investimento necessário e a formação de professores capacitados para o atendimento. Tais orientações constituem os meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias, por meio da inclusão. FIM DO GABARITO. FIM DA UNIDADE I. INÍCIO DA UNIDADE II INÍCIO DA FOLHA DE ABERTURA DEFICIÊNCIA E ACESSIBILIDADE Professora Mestre Naline Cristina Favatto Objetivos de Aprendizagem ● Compreender o conceito de acessibilidade e sua relevância nas instituições de ensino. ● Distinguir e estudar as diversas características das deficiências intelectuais, visuais, auditivas e motoras. Plano de Estudo ● Acessibilidade na educação básica e no ensino superior ● Caracterizando as deficiências: Intelectual, Visual, Auditiva e Motora FIM DA FOLHA DE ABERTURA. INÍCIO DA INTRODUÇÃO Caro(a) aluno(a), nossa segunda unidade tem como objetivo discutir o conceito de acessibilidade de crianças e adolescentes com deficiência dentro das instituições de ensino públicas e privadas. No entanto, para compreender quais são essas adaptações do ambiente, é primordial que você futuro professor tenha conhecimento das principais características que cada deficiência apresenta. Para tanto, essas questões serão analisadas no decorrer desta unidade, constituída de dois tópicos. Compreender a necessidade das instituições de ensino em se adequar nos diversos âmbitos físico, metodológico, atitudinal, pragmático e instrumental para promover a acessibilidade e inclusão de alunos com deficiência é fundamental para que a inclusão não esteja presente apenas nas Leis que regulamentam o acesso e a permanência na educação, mas que de fato esteja efetivada nas diversas instituições. O entendimento do professor acerca das adaptações necessárias beneficiará as instituições, em relação à promoção e incentivo à inclusão, além de ser uma ferramenta para o planejamento escolar. Além disso, essa unidade proporcionará a você uma importante imersão sobre as principais síndromes e transtornos que ocasionam danos intelectuais, comportamentais e motores, assim como as deficiências que apresentam apenas relação com a capacidade motora e visual, sem prejuízos ao intelecto. O entendimento das características das deficiências mais comuns é primordial para que a escola seja acessível e para que você futuro professor possa desenvolver suas aulas com segurança e qualidade, respeitando as potencialidades de cada aluno. Ao vislumbrar uma atuação no campo escolar, estas reflexões certamente propiciarão o entendimento acerca da real acessibilidade da pessoa/aluno com deficiência na escola e na Educação Física. Vamos aos estudos! FIM DA INTRODUÇÃO. INÍCIO DO TÓPICO 1 ACESSIBILIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA E NO ENSINO SUPERIOR Por meio da primeira unidade, pudemos observar pontos relevantes para a estruturação de políticas educacionais para alunos que apresentam deficiências. Nesse momento, veremos as questões que permeiam a acessibilidade de crianças e adolescentes tanto no ensino regular quanto da educação especial. O Decreto n. 5.296/04 conceitua a acessibilidade em seu 8º artigo como: I – condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou mobilidade reduzida (BRASIL, 2004). Conforme Ribeiro (2011), as principais leis que trataram a acessibilidade foram: a Lei 4767/98, que indica normas gerais e critérios básicos para a acessibilidade das pessoas com deficiência; a Lei 10.098, que incluiu a adequação de instalações e equipamentos esportivos; a NBR 9050 (2004), a qual trata da acessibilidade física e de comunicação; e o Decreto n. 5.296/04, que regulamentou as Leis n. 10.048/00 e n. 10.098/00, estabelecendo normas gerais e critérios para a promoção da acessibilidade às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Essas leis foram estruturadas e ampliadas para atender às necessidades da pessoa com deficiência, não somente no ambiente escolar, mas nos diversos ambientes públicos e privados de nossa sociedade. Contudo, nesse tópico, iremos nos ater à acessibilidade de crianças e adolescentes no ambiente escolar, uma vez que esse é o nosso material de estudo. Nessa perspectiva, convido você a refletir sobre esse assunto! O que significa acessibilidade para você? Tornar apenas a estrutura física e o material didático da escola adequados ao aluno? É o que vamos discutir neste tópico! A escola precisa ser e estar acessível a esses alunos, ou seja, precisa atender às diversas necessidades que as crianças e jovens com deficiência apresentarão no decorrer de sua formação escolar e acadêmica. No entanto, para isso, precisamos compreender as características específicas das deficiências para, assim, entendermos suas reais necessidades. Por exemplo, quando nos referimos à acessibilidade arquitetônica, a necessidade de um usuário de cadeiras de rodas será diferente da necessidade arquitetônica de um aluno deficiente visual. Da mesma forma que a acessibilidade metodológica e pedagógica de alunos com deficiência auditiva será diferente de alunos deficientes visuais. Perceba que não é tão simples assim, e que apenas rampas e pisos táteis não são suficientes para tornar a escola de fato acessível. De maneira específica, Dischinger e Machado (2006) apresentam dimensões que possibilitam a compreensão de acessibilidade. • Acessibilidade arquitetônica, sem barreiras ambientais físicas em todos os recintos internos e externos da escola e nos transportes coletivos. • Acessibilidade comunicacional, sem barreiras na comunicação interpessoal (face-face, língua de sinais, linguagem corporal, linguagem gestual, etc.), na comunicação escrita...e na comunicação virtual (acessibilidade digital). • Acessibilidade metodológica, sem barreiras nos métodos e técnicas de estudo(adaptações curriculares, aulas baseadas nas inteligências múltiplas, uso de todos os estilos de aprendizagem, participação de todos, de cada aluno, novo conceito de avaliação de aprendizagem, novo conceito de educação, novo conceito de didática), de ação comunitária (metodologia social, cultural, artística etc. baseada em participação ativa) e de educação dos filhos (novos métodos e técnicas nas relações familiares etc.). • Acessibilidade instrumental, sem barreiras nos instrumentos e utensílios de estudo (lápis, caneta, régua, teclado do computador, materiais pedagógicos), de atividade da vida diária..., esporte e recreação (dispositivos que atendam às limitações sensoriais, físicas e mentais, etc.). • Acessibilidade programática, sem barreiras invisíveis embutidas em políticas públicas, em regulamentos e normas de um modo geral. • Acessibilidade atitudinal, por meio de programas e práticas de sensibilização e de conscientização das pessoas em geral e da convivência na diversidade humana resultando em quebra de preconceito estigmas, estereótipos e discriminações (DISCHINGER; MACHADO, 2006, p. 105). INÍCIO DO SAIBA MAIS Você sabia? Apenas: - 28% das escolas de nosso país apresentam dependências acessíveis aos alunos com deficiência; - 35% delas apresentam sanitários acessíveis; - 18% apresentam salas para atendimento especial. Fonte: adaptado de Censo Escolar/INEP (2016, on-line)1. FIM DO SAIBA MAIS. Dentro desse contexto, é importante nos conscientizarmos que as adaptações arquitetônicas que a escola deve apresentar são fundamentais para que os alunos com deficiência possam se locomover e realizar suas ações cotidianas de maneira independente. O aluno com deficiência visual ou deficiência motora precisará de adaptações iniciando pela calçada da escola, em todo o prédio escolar, salas de aula, biblioteca, refeitório, corredor, pátio, quadra esportiva, banheiro, parques, entre outros diversos espaços que compõem o ambiente escolar. A identificação de barreiras como escadas inapropriadas, postes e cadeiras em lugares indevidos poderão atrapalhar a locomoção desses alunos de maneira independente. Sob essa perspectiva, as barreiras são compreendidas como qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade de movimento, a circulação com segurança e a possibilidade de pessoas se comunicarem ou terem acesso à informação (BRASIL, 2004). 1.1 Acessibilidade e Deficiência Motora Alunos com Deficiência motora precisam de adaptações diversas, no entanto, as mais importantes são banheiros adaptados e rampas acessíveis em todos os ambientes de acesso da escola, assim como ônibus adaptado para seu transporte. É necessário adaptar as carteiras para que a cadeira de roda dos alunos se encaixem nelas e quando possível adaptar pequenas órteses que possibilite a escrita desses alunos. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A figura apresenta uma rampa acessível ao lado de dois degraus que levam à uma porta, a rampa está em verde com o símbolo de cadeirante em branco, ao lado da rampa tem um vaso de plantas. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A figura apresenta um ônibus adaptado para cadeirantes com um elevador em sua porta. O ônibus é amarelo e na figura apresenta apenas uma parte lateral do ônibus, no elevador está uma criança do sexo masculino em uma cadeira de rodas e atrás dele uma pessoa em pé, em que não aparece o rosto pois a imagem está cortada, focando no menino na cadeira de rodas, a pessoa atrás segura um controle que é responsável por controlar o elevador do ônibus. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. 1.2 Acessibilidade e Deficiência Visual Alunos com deficiência visual precisam de adequações físicas como a existência de piso tátil em toda a instituição de ensino. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A figura apresenta piso tátil, que é utilizado para pessoas que apresentam deficiência visual total ou baixa visão. Na imagem apresenta uma parte de uma bengala, tocando o chão na parte do piso tátil que são cinco faixas finas amarelas, ao fundo imagem pode-se notar os pés de uma pessoa, estando essa parte da imagem desfocada. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Além das barreiras físicas, podemos encontrar outras dificuldades no meio do caminho, como barreiras metodológicas. Dessa forma, adaptações nos materiais como cadeira, carteira, lápis, computadores, ou seja, todo o material pedagógico utilizado pelos alunos. Por exemplo, o aluno com deficiência visual poderá fazer uso de uma máquina de escrever em baile que facilitará seu processo de aprendizagem. Materiais online também deverão estar acessíveis a eles por meio de programas específicos e descrição de toda e qualquer imagem que o professor faça uso em suas aulas. Nesse sentido, o aprendizado do braile desde a infância e a utilização de recursos tecnológicos como leitores de tela são de fundamental importância para o processo de aprendizagem desses alunos. Além disso, o aluno deficiente visual ou baixa visão deverá frequentar em contraturno a sala de apoio Multifuncional tipo II. (citada na Unidade anterior) INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A figura apresenta o alfabeto Braille, o alfabeto está disposto em quatro colunas, na cor vermelho escuro, e apresenta a letra, e ao lado a letra em braille, sendo “A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, X, Y, Z” e apresenta também pontuações como: ponto, ponto de exclamação, ponto de interrogação e vírgula. E depois apresenta números: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 0. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. O leitor de tela funciona por meio do sintetizador de voz, dispositivo que transforma em som os caracteres que chegam até ele encaminhado pelo leitor de tela. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A figura representa o leitor de tela, recurso utilizado por pessoas que apresentam deficiência visual. Na imagem tem dois homens, eles estão sentados de costas para a imagem e virados cada um para um computador que está ligado com um programa aberto, ambos estão com fones de ouvido do tipo headphone. Os computadores estão um ao lado do outro, em cima de uma mesa compartilhada. Os homens vestem roupas em cor azul escuro. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A figura apresenta uma máquina de escrever, adaptado com Braille. Na imagem apresenta uma parte do teclado, em que sua base é lilás, a parte da frente do teclado é em braille e depois tem o teclado comum, e aparece os dedos de uma pessoa utilizando o teclado. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. 1.3 Acessibilidade e Deficiência Auditiva Os alunos com deficiência auditiva precisarão acima de tudo de um professor intérprete, para que ele tenha acesso a todo conteúdo falado, assim como ocorre em nossas aulas ao vivo. Nesse sentido, o aprendizado de libras desde a infância e a utilização de recursos tecnológicos são importantes para o processo de aprendizagem e comunicação desses alunos. O aluno deficiente auditivo deverá frequentar em contraturno a sala de atendimento educacional especializado para surdos. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A imagem representa a língua de sinais. Duas mulheres estão sentadas, olhando uma para a outra, fazendo sinais de Libras, a mulher que está de frente para a imagem tem cabelos curtos e faz um sinal de Libras com a mão esquerda para a mulher à sua frente. A mulher que está a sua frente está de costas para a imagem tem cabelos longos e faz um sinal de Libras utilizando as duas mãos. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. 1.4 Acessibilidade e Deficiência Intelectual Quando a deficiência envolver a dificuldade de aprendizagem, as adaptações metodológicas deverão ser realizadas rotineiramente, para assegurar de fato a acessibilidadeà educação de preferência no ensino regular. O aluno com deficiência intelectual deverá frequentar em contraturno a sala de apoio Multifuncional tipo I. É garantido por lei que o aluno seja acompanhado por um professor auxiliar, sempre que necessário, contudo essa não é a realidade de nosso país. 1.5 Acessibilidade e Superdotação Assim como na deficiência intelectual, o aluno com Superdotação, deverá ser estimulado na educação regular fazendo uso de salas de recursos multifuncionais e outra metodologias que propiciem ao aluno o estímulo de sua aprendizagem. Esses alunos apresentam uma capacidade de retenção de conteúdo e informação maior, quando comparado aos demais, por isso a importância de estimular continuamente essa habilidade nata. Todas essas adequações para a acessibilidade arquitetônica e metodológica são apenas algumas, das diversas especificações que as escolas públicas e privadas deverão apresentar para o atendimento de qualidade. Além dessas barreiras arquitetônicas e metodológicas, também podemos destacar as barreiras atitudinais. Van Munster (2008) ressalta que essas barreiras se aproveitam da desinformação e do desconhecimento e se fortalecem com o preconceito. Tais barreiras são projetadas a partir da sociedade em direção à pessoa com deficiência, ou partem da própria pessoa com deficiência em relação a si mesma. Lembram-se da importância de deixá-los sentirem-se parte integrante da sala de aula? O autor especifica alguns comportamentos de barreiras atitudinais como: ridicularizar ou zombar do desempenho do outro; sentir pena ou autopiedade; não conceder uma chance; sentir receio de se aproximar; sentir vergonha de estar por perto; desistir antes de tentar; negar ou não aproveitar as oportunidades. Perceberam que nossa função dentro da escola vai além de transmitir conhecimento? Precisamos ensinar valores, e nada melhor que o exemplo para inspirar os alunos! INÍCIO DO REFLITA Atualmente as escolas que você conhece são de fato acessíveis? Que tipo de barreiras você pode identificar nelas? FIM DO REFLITA. É importante que você futuro professor compreenda que pessoas com deficiência apresentam comprometimento em determinado aspecto, mas também grande capacidade de ação e comunicação em outros. Por esse fato, é primordial deixar para trás alguns comportamentos que vitimizam ou inferiorizam o aluno/pessoa. Evite usar palavras/frases como “coitado”, “ele não consegue”, “ele não entende”, assim como oriente os demais alunos sobre a melhor forma de dirigir-se e comunicar-se com eles. Vejam, pessoal, se queremos incluir nosso aluno dentro da escola precisamos estimular o contato deles com os demais alunos, sem diferenciação, pois essa é a forma que o deficiente quer ser tratado na escola e na sociedade. Estimular a amizade e cooperação entre esses alunos fará que no futuro sejam adultos conscientes, solícitos e que acima de tudo não sejam preconceituosos. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DO QUADRO Quadro 01 - A forma de se dirigir e se comunicar com pessoas com deficiência. Descrição: O quadro apresenta duas colunas, na primeira está escrito “Tipos de deficiência” e na segunda coluna está escrito “Como se dirigir e se comunicar com a pessoa com deficiência”, o primeiro tipo de deficiência é a auditiva, na coluna “como se dirigir e se comunicar com a pessoa com deficiência” está escrito: não fale alto; a gesticulação é importante ao se comunicar com o deficiente auditivo, mas não gesticule de maneira exagerada; procure comunicar-se sempre se posicionando de frente com o deficiente auditivo mantendo contato visual; procure não mascar chiclete para não atrapalhar a interpretação do deficiente auditivo. A segunda linha da primeira coluna é a deficiência visual, na coluna “Como se dirigir e se comunicar com a pessoa com deficiência” está: não fale alto; chame-o sempre pelo nome; evite as expressões “olha aqui”, “veja isso”; observe o nível de independência do aluno e sempre que necessário ofereça apoio. A terceira linha da primeira coluna é a deficiência intelectual, e na coluna “como se dirigir e se comunicar com a pessoa com deficiência” está: não fale alto; chame-o sempre pelo nome; identifique o nível de deficiência, para utilizar a melhor forma de comunicação; não se dirija de maneira infantilizada ou vitimizada. Na quarta linha da primeira coluna é a Deficiência motora, na coluna “como se dirigir e se comunicar com a pessoa com deficiência” está: observe o nível de independência do aluno e sempre que necessário ofereça apoio; utilize a mesma forma de comunicação com os demais alunos; não se dirija de maneira infantilizada ou vitimizada. FIM DE DESCRIÇÃO DEO QUADRO. FIM DO TÓPICO 1. INÍCIO DO TÓPICO 2 CARACTERIZANDO AS DEFICIÊNCIAS: INTELECTUAL, VISUAL, AUDITIVA E MOTORA INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA FIGURA Descrição: A Figura mostra o censo demográfico. Apresentam-se 03 gráficos com 03 barras cada um deles, sendo da esquerda para a direita: incapacidade, grande dificuldade e alguma dificuldade. No primeiro gráfico, que representa “Incapacidade”, está na horizontal as deficiências e na vertical o índice populacional referenciado em 0,8. Da esquerda para a direita, a primeira barra é referente a deficiência visual com 0,5, a segunda barra é referente a deficiência auditiva com 0,3 e por último referente a deficiência motora com 0,7. O segundo gráfico apresenta a população com grande dificuldade, na horizontal as deficiências e a esquerda referenciado em 8 o índice populacional. Da esquerda para a direita, temos a visual com 6,05, auditiva com 1,7 e motora com 3,6. O terceiro gráfico apresenta uma população com alguma dificuldade, na horizontal as deficiências e a esquerda o índice populacional sendo referenciado em 40. Em que da esquerda para a direita temos a visual com 29,2 , auditiva com 7,5 e motora com 8,8. FIM DE DESCRIÇÃO DA FIGURA. Dentre eles, atualmente existem cerca de 174.886 alunos com deficiência matriculados na Educação Especial e 698.768 matriculados em classes comuns (Censo Escolar/INEP, 2016, on-line)1. Diante desses dados, serão apresentadas a seguir as características das principais deficiências que acarretam prejuízos intelectuais, visuais auditivos e motores. 2.1 Deficiência Intelectual A deficiência intelectual é caracterizada pela Associação Americana de Deficiência Intelectual e Desenvolvimento pela limitação significativa tanto no funcionamento intelectual quanto no comportamento adaptativo expresso em habilidades conceituais, sociais e práticas. A AAIDD conceitua a deficiência intelectual em um funcionamento intelectual inferior à média (QI), que está associado a limitações em pelo menos duas áreas de habilidades, por exemplo: comunicação, autocuidado, vida no lar, adaptação social, saúde e segurança, funções acadêmicas, lazer e trabalho. Por meio dessas investigações, podemos observar que as dificuldades em socializar-se, locomover-se e comunicar-se, dificuldades em realizar as atividades de vida diária de maneira independente, exercer uma profissão, entre outras questões poderão estar presentes nas pessoas com deficiência intelectual. A deficiência intelectual apresenta-se em níveis, sendo eles: leve, moderado, severo e profundo. Ke e Liu (2015) descrevem quatro níveis de gravidade de acordo com a gravidade do atraso no funcionamento intelectual, déficits na função adaptativa social e de QI. O QI é um indicador derivado de vários testes que procuram medir habilidades gerais ou específicas como leitura, aritmética, vocabulário, memória, conhecimentos gerais, visual, verbal, raciocínio abstrato etc. Leve: o desenvolvimento durante o início da vida é mais lento do que em crianças normais e os marcos de desenvolvimento estão atrasados. São capazes de se comunicar e aprender habilidades básicas. Sua capacidade de usar conceitosabstratos, analisar e sintetizar é prejudicada, mas podem adquirir habilidades de leitura e informática. Eles podem realizar trabalho doméstico, cuidar de si e fazer trabalho não qualificado ou semiqualificado. Eles geralmente requerem algum apoio. QI entre 50 e 69 e são responsáveis por cerca de 80% de todos os casos. Moderado: sua capacidade de aprender e pensar logicamente é prejudicada, mas são capazes de se comunicar e cuidar de si mesmos com algum apoio. Com supervisão, eles podem realizar trabalhos não qualificados ou semiqualificados. QI entre 35 e 49, representando cerca de 12% de todos os casos. Severo: seu desenvolvimento nos primeiros anos é distintamente atrasado. Apresenta dificuldade em pronunciar palavras e tem um vocabulário muito limitado. Por meio de considerável prática e tempo, eles podem ganhar habilidades básicas de autoajuda, mas ainda precisam de apoio na escola, em casa e na comunidade. QI entre 20 e 34; deficiência mental grave responde por 3% a 4% de todos os casos. Profundo: esses indivíduos não podem cuidar de si mesmos e não têm linguagem. Sua capacidade de expressar emoções é limitada e pouco compreendida (Adams; Oliver, 2011). Convulsões, deficiências físicas, e expectativa de vida reduzida são comuns. QI inferior a 20; deficiência intelectual profunda responde por 1% a 2% de todos os casos. Para entender de forma mais clara como se dá as distinções em relação ao QI, Davis Wechsler (1997) estabeleceu uma classificação: INÍCIO DE DESCRIÇÃO DO QUADRO Descrição: O quadro representa as classificações do QI e o que representa, começando pelo QI mais alto até o mais baixo, estando divido em duas colunas. Na primeira linha da primeira coluna está: QI acima de 127 e na segunda coluna: superdotação, na segunda linha da primeira coluna está: QI entre 121 e 127 e na segunda coluna: inteligência superior, na terceira linha da primeira coluna está: QI entre 111 e 120 e na segunda coluna: inteligência acima da média, na quarta linha da primeira coluna está: QI entre 91 e 110 e na segunda coluna: inteligência média, na quinta linha da primeira coluna está: QI entre 81 e 90 e na segunda coluna está: embotamento ligeiro, na sexta linha da primeira coluna está: QI entre 66 e 80 e na segunda coluna: limítrofe, na sétima linha da primeira coluna está: QI entre 51 e 65 e na segunda coluna: debilidade ligeira (realiza atividades simples e repetitivas), na oitava linha da primeira coluna está: QI entre 36 e 50 e na segunda coluna: debilidade severa(realiza tarefas simples), na nona linha da primeira coluna está: QI entre 20 e 35 e na segunda coluna: debilidade severa (realiza tarefas simples, mas requer supervisão), e na décima linha da primeira coluna está: QI abaixo de 20 e na segunda coluna: debilidade profunda (pouco desempenho nas tarefas). FIM DE DESCRIÇÃO DO QUADRO. Contudo, é importante sabermos que o termo QI (quociente de inteligência) não é mais utilizado, substituído pelo termo Avaliações das diferentes inteligências e habilidades. Atualmente se aplicam testes mais específicos, levando-se em conta não apenas suas habilidades intelectuais, mas também o histórico de cada um, suas preferências, habilidades, competências entre outras características (KE; LIU, 2015). De Acordo com a AAIDD e com Luckasson (2002), a avaliação da deficiência intelectual deve considerar as seguintes dimensões: ● Habilidades intelectuais: essa dimensão passa a não ser mais única na avaliação da deficiência intelectual. E faz uso de diversos testes para sua análise. ● Comportamento adaptativo: está relacionado aos aspectos acadêmicos, conceituais e de comunicação, necessários para autonomia e competência social do sujeito. Limitações nessa área podem dificultar o convívio no dia a dia. ● Participação, interações e papéis sociais: refere-se às interações sociais que o sujeito estabelece, bem como sua participação na sociedade. ● Saúde: identificação das síndromes e patologias, assim como sua etiologia, a fim de receber o tratamento necessário. ● Contexto: a dimensão está relacionada às condições em que o indivíduo vive, sua qualidade de vida, e as relações estabelecidas com o ambiente dos quais ele participa. Sobre essa temática, diversas síndromes levam a prejuízos intelectuais; dentre tantas, abordaremos com maior especificidade a síndrome de down, a síndrome de rett e a síndrome de West, por se tratarem das síndromes mais comuns identificadas nas escolas de educação especial e na rede regular de ensino. Além delas, também estudaremos a epilepsia, a microcefalia, a hidrocefalia, o autismo e a paralisia cerebral, deficiências, na qual vale destacar que o prejuízo intelectual pode ou não ocorrer. 2.2 Síndrome De Down A síndrome de Down foi identificada por John Langdon Down. O pesquisador foi o primeiro a descobrir as características genéticas geradoras da síndrome. Como relata Pueschel (1993), a síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população. As características físicas de pessoas com síndrome de down são olhos puxados, marcas nas mãos e separação grande entre os dedos do pé. Além do atraso no desenvolvimento, outros problemas de saúde podem ocorrer na pessoa com síndrome de Down, como por exemplo: hipotonia (100%); problemas de audição (50 a 70%); problemas de visão (15 a 50%); cardiopatia congênita (40%); distúrbios da tireóide (15%); problemas neurológicos (5 a 10%); alterações na coluna cervical (1 a 10%); obesidade e envelhecimento precoce (COOLEY; GRAHAM; 1991). 2.2.1 Etiologia Fatores pré-natais / congênita: pesquisas relatam que a idade materna avançada é um dos fatores que acarretam tal desordem genética. 2.3 Autismo A Associação Americana de Psiquiatria (2013) define o autismo como uma condição caracterizada pelo desenvolvimento acentuadamente anormal e prejudicado nas interações sociais, nas modalidades de comunicação e no comportamento. A Associação de Amigos do Autista relata que o autismo é caracterizado por déficits na comunicação e na interação social, além de comportamentos repetitivos e áreas restritas de interesse. Essas características começam a ser identificadas nas crianças antes dos 3 anos de idade e atingem 0,6% da população, sendo quatro vezes mais comuns em meninos do que em meninas. As características do autismo variam de acordo com o desenvolvimento cognitivo. Podemos observar o autismo associado à deficiência intelectual grave, sem o desenvolvimento da linguagem, com padrões repetitivos de comportamento e déficit importante na interação social. Nesses casos, nota-se que as crianças realizam diversas ações de maneira contínua e repetitiva, como tomar banho, vestir-se, despir-se e, até mesmo, mutilar-se. Muitas delas ao ser contrariadas irão se morder, dar tapas em si mesmo, gritar, entre outros comportamentos repetitivos ou agressivos, em que se faz necessária intervenção imediata do professor. Contudo, também identifica-se o autismo chamado de Síndrome de Asperger, sem deficiência intelectual, sem atraso significativo na linguagem, com interação social peculiar e sem movimentos repetitivos tão evidentes. Essas pessoas apresentam capacidade intelectual normal ou acima da média e maior capacidade de interação com outras pessoas. 2.3.1 Etiologia A origem do autismo ainda é muito questionada. Com o decorrer dos anos e o avanço das pesquisas, vários fatores foram elencados, como: Fatores pré-natais / congênita: condições genéticas (MECCA et al., 2011), alterações neuronais (KOOTEN et al., 2008; WANG et al., 2009), translocações cromossômicas (TARELHO;ASSUMPÇÃO, 2007) e anormalidades cerebrais (BOLTON; GRIFFITHS; PICKLES, 2002). Fatores pós-natais / adquirida: perturbações profundas na relação da criança com o meio em que se encontra inserido (HALL; NICHOLSON; ADILOF, 2006; VOLK et al., 2013) e causas psicoafetivas (RABELLO, 2004; CAMPANÁRIO, PINTO, 2011). A pesquisa mais recente datada do ano de 2018 discorda que a prevalência do autismo esteja associada às relações que a criança estabelece com a mãe e com o meio. Ao utilizar os chamados “mini-cérebros”, pesquisadores afirmam que sua origem está ligada ao DNA da criança. Contudo, apesar dos diversos estudos realizados, a etiologia do autismo ainda é indefinida. 2.4 Síndrome de Rett A síndrome de Rett foi descrita pela primeira vez pelo pediatra Andreas Rett em 1966, que fez um estudo com 31 meninas que desenvolveram um quadro de regressão mental caracterizado por deterioração neuromotora, características peculiares e hiperamonemia (PAZETO et al., 2013). A criança nasce aparentemente sem nenhum problema, no entanto a partir do primeiro e segundo ano de vida passa-se a observar regressões em habilidades que já haviam se desenvolvido. Perda de habilidades manuais voluntárias e do envolvimento social, desenvolvimento das linguagens expressiva ou receptiva severamente prejudicada, instabilidade respiratória, ranger de dentes, padrões anormais de sono, espasmos, rigidez e distonias (Diagnóstico Critérios para a síndrome de Rett. Ann Neurol. v.23, 1988). Com o passar dos anos, essa regressão gera uma grande debilitação, tornando a criança ou jovem totalmente dependente em todas as atividades de vida diária. 2.4.1 Etiologia: Pré-natais / congênita: disfunção genética. 2.5 Síndrome de West Esta síndrome foi descrita pela primeira vez em 1841 por William James West em seu próprio filho, sendo caracterizada por crises epilépticas associadas a retardo mental (KAMIYAMA; YOSHINAGA; TONHOLO-SILVA, 1993). Um dos sinais da Síndrome de West é a epilepsia, ocorrendo, geralmente, entre o terceiro e oitavo mês de vida da criança. Quanto antes os pais ou responsáveis pela criança notarem esse quadro, melhor será o desenvolvimento da crianças, que além de medicada, poderá ser estimulada por um quadro de especialistas, como fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional entre outros. 2.5.1 Etiologia Fatores pré-natais, perinatais e pós-natais: disfunções orgânicas do cérebro (SANVITO, 1997; PEREIRA FILHO et al., 2004). 2.6 Hidrocefalia Como menciona Nettina (2003), a hidrocefalia é caracterizada pela alteração da produção, do fluxo ou da absorção do líquido cefalorraquidiano, o que gera um volume anormal desse material dentro da cavidade intracraniana. O termo hidrocefalia deriva do grego “água na cabeça” compreende o excesso de líquido cefalorraquidiano. 2.6.1 Etiologia: Fatores pré-natais / congênita: exposição à radiação, má-nutrição materna, cistos benignos, tumores congênitos, anomalias vasculares, anomalias esqueléticas e infecção uterina (toxoplasmose, citomegalovírus, estafilococo, sífilis, varíola, caxumba, varicela, poliomielite, hepatite infecciosa, vírus da gripe, encefalite e adenovírus). Fatores pós-natais / adquiridas: meningite, traumatismo e hemorragia subaracnóidea. 2.7 Microcefalia A Organização Mundial da Saúde destaca que a microcefalia caracteriza-se pelo crescimento insuficiente do cérebro. A microcefalia é identificada quando por vezes observamos bebês e crianças com a cabeça menor em relação ao restante da estrutura corporal. No Brasil, em 2016 descobriu-se que o número elevado de crianças que nasceram com microcefalia estava associado ao zika vírus. Essas mães foram picadas pelo mosquito durante a gestação, ocasionando danos irreversíveis ao bebês. Crianças com microcefalia precisam ser estimuladas desde o nascimento, por fisioterapeutas, fonoaudiólogas, terapeutas ocupacionais entre outros, pois, podem desenvolver convulsões e sofrer problemas físicos ou de aprendizagem à medida que crescem. 2.7.1 Etiologia: Fatores pré-natais / congênita: má formação, Infecções uterinas: toxoplasmose rubéola, herpes, sífilis e citomegalovírus. Exposição da mãe a metais químicos como: o arsénico e o mercúrio, álcool, radiação e fumo de tabaco. Má nutrição da mãe durante a gestação e o zika vírus. 2.8 Deficiência Motora A deficiência motora compromete as possibilidades de movimentação corporal ou manutenção da coordenação motora e do equilíbrio para realização de tarefas diárias (ISRAEL; BERTOLDI, 2012). Segundo Mauerberg de Castro (2005), a deficiência motora é compreendida como toda alteração física no corpo humano, resultante de algum problema ortopédico, neurológico ou de má formação congênita. O Decreto nº 3.298 de 20 de Dezembro de 1999 em seu Art 4º considera a deficiência física como: I - deficiência física - alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções. Essas lesões são caracterizadas por Mattos (2008) como: Monoplegia: comprometimento de um único segmento corporal. Paraplegia: comprometimento dos membros inferiores. Hemiplegia: comprometimento de um dos lados do corpo (membros superior e inferior). Tetraplegia: comprometimento dos membros inferiores e tronco. Quadriplegia: comprometimento total, envolvendo paralisia da face, tronco e os quatro membros. Conforme Machado e Haertel (2014), a medula espinal é uma massa cilíndrica de tecido nervoso. As vértebras são unidas por vários ligamentos e entre uma e outra existe um disco cartilaginoso semelhante a um anel cuja função é reduzir o impacto. Para que você possa compreender o nível da lesão e consequentemente o comprometimento motor ocasionado observe a figura abaixo: INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Coluna Vertebral Descrição: a imagem apresenta de forma ilustrativa dois esqueletos humanos destacando neles a coluna vertebral. Um está posicionado de lado, virado para o lado direito e outro de costas. A coluna vertebral está separada por partes em cores diferentes, com as legendas entre elas indicando o que cada parte representa. Seguindo da parte superior da coluna vertebral para a inferior estão dispostas a seguinte ordem: as primeiras vértebras cervicais são sete e estão representadas na cor verde, logo abaixo estão mais doze vértebras, sendo essas vértebras torácicas representadas na cor laranja, abaixo cinco vértebras lombares indicadas na cor rosa, mais abaixo está a vértebra sacral, totalizando cinco e representadas em azul e por último, quatro vértebras coccígeas representadas na cor roxa. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. A coluna vertebral é composta por 33 vértebras. Quanto mais alto o nível da lesão maior área corporal comprometida. Sete vértebras cervicais (C1, C2, C3, C4, C5, C6, C7): comprometimento dos membros superiores, tronco e membros inferiores. Com possibilidade de movimentação restrita de braços, caso a lesão tenha ocorrido nas últimas vértebras cervicais. Doze vértebras torácicas ( T1, T2, T3, T4, T5, T6, T7, T8, T9, T10, T11 ou T12): comprometimento do tronco e membros inferiores. Cinco vértebras lombares (L1, L2, L3, L4, L5): comprometimento dos membros inferiores. Cinco vértebras sacrais soldadas formando o osso sacro: comprometimento leve dos membros inferiores. Quatro vértebras coccígeas que soldadas formando o cóccix. A deficiência motora é maior em pessoas do sexo masculino e podeocorrer por lesão traumática e não traumática. A lesão traumática é observada pela amputação, lesão medular e traumatismo craniano. As lesões não traumáticas são de origem tumoral, infecciosa, vascular e degenerativa (LIANZA, 2001). Como consequência, o indivíduo com DM apresenta comprometimentos em seu desenvolvimento, bem como limitações para a realização de tarefas motoras (BENTO, 2004). 2.8.1 Etiologia Fatores pós-natais / Lesões traumáticas: relacionada a 80% das causas, provocadas por acidentes automobilísticos, acidentes de trabalho, armas de fogo, mergulho em águas rasas, quedas. Fatores pré-natais, perinatais e pós-natais / Lesões não traumáticas: relacionado a somente 20% das causas, estão relacionadas a problemas antes e durante o nascimento, acidente vascular cerebral entre outros (LIANZA, 2001). 2.9 Paralisia Cerebral A paralisia cerebral também conhecida como encefalopatia crônica não progressiva é compreendida como uma lesão ou anomalia no desenvolvimento durante a vida fetal ou nos primeiros anos de vida (ISRAEL; BERTOLDI, 2012). Caracteriza-se pelo comprometimento do sistema locomotor por causas não traumáticas. A criança com paralisia cerebral pode apresentar também problemas cognitivos, visuais e auditivos. Todavia, é importante que você compreenda que muitas pessoas com paralisia cerebral poderão apresentar o cognitivo preservado, ou seja, não apresentam dificuldades de aprendizagem. De maneira geral, as pessoas com paralisia cerebral apresentam baixo tônus muscular, o que leva a dificuldades em manter o controle postural, déficit da coordenação motora e baixo reflexo. 2.9.1 Etiologia Fatores pré-natais / congênita: infecções maternas durante o primeiro e o segundo trimestre da gravidez como rubéola, citomegalovírus e toxoplasmose (REDDIHOUGH; COLLINS 2003). Medicações específicas, má formação, fatores genéticos, abuso de álcool e drogas ilícitas e traumatismos abdominais severos (WONG; SEOW; YEO, 2004). Assim como as gestações múltiplas (SANKAR; MUNDKU, 2005). Fatores Perinatais: falta de oxigenação durante o parto e prematuridade. Nascimentos prematuros são um fator de risco para paralisia cerebral e representa atualmente 25% de todos os casos de PC (HAGBERG et al., 2001; ANCEL et al., 2006). Pós natais: quedas, afogamento, febre alta, meningite entre outros (ISRAEL, BERTOLDI, 2012). A idade avançada da mãe e reprodução assistida também são fatores que contribuem para danos cerebrais (NELSON; CHANG, 2008; HVIDTJORN et al., 2006). A melhoria na saúde materna, no cuidado perinatal e na prevenção de acidentes durante a gravidez são fatores que poderão prevenir a paralisia cerebral (WESTBOM; HAGGLUND; NORDMARK, 2007). INÍCIO DO SAIBA MAIS De acordo com os dados do censo escolar no ano de 2016, o Brasil contabilizou 174.886 alunos matriculados na Educação Especial. Fonte: Censo Escolar/INEP (2016). FIM DO SAIBA MAIS. 2.10 Epilepsia A epilepsia é caracterizada por crises convulsivas (crises epilépticas), em que ocorre a repetição de duas ou mais crises não provocadas. A convulsão é a descarga anormal, excessiva, sincrônica, de neurônios que se situam no córtex cerebral. Esta atividade é intermitente e geralmente autolimitada, na qual pode durar segundos a poucos minutos. De acordo com Bate e Gardner (1999), quando essas crises ocorrem de maneira recorrente ou prolongada, caracteriza-se como estado epilético. Isso quer dizer que, para ser caracterizado como epilepsia, essas crises ocorrerão de maneira frequente, o que faz preciso o uso contínuo de medicação. O controle dessas crises por meio de medicamento é extremamente necessário, pois quanto mais tempo ela durar maiores poderão ser os danos neurológicos. O termo “não provocada” indica que a crise não foi causada por traumatismo crânio- encefálico, febre ou doença concomitante (JAGTAP; MAUSKAR; NAIK, 2013). Dentro dessa perspectiva, as crises convulsivas provocadas são aquelas que acontecem na presença de estímulo definido, recorrendo, apenas, se a causa aguda permanece, não caracterizando epilepsia. 2.10.1 Etiologia Fatores pré-natais e perinatais: ocasionadas por traumas. Fatores pós-natais / adquiridas: infecções, neurocisticercose, uso excessivo de álcool e drogas e traumatismo craniano. 2.11 Deficiência Visual e Baixa Visão A deficiência visual pode ser classificada em dois níveis, designados de cegueira e baixa visão. De acordo com Baumel e Castro (2003), a cegueira é a perda total ou perda residual da visão. O indivíduo cego, apesar de captar luzes em alguns casos, não é capaz de utilizá-la para realizar movimentos e se orientar pela visão. Por outro lado, a baixa visão ou visão subnormal se caracteriza pela existência de resíduo visual, que permite o indivíduo ler impressos a tinta, desde utilize equipamentos especiais. Apresenta dificuldade em realizar tarefas visuais, mesmo com a prescrição de lentes corretivas. 2.11.1 Etiologia Para Van Munster e Almeida (2008), as principais causas da cegueira pode ser de: Fatores pré-natais / Congênita: albinismo, retinoblastoma, retinose pigmentar. Fatores pós-natais / Adquirida: catarata, descolamento de retina, toxoplasmose, diabetes, rubéola e traumatismo ocular, Retinopatia da prematuridade. 2.12 Deficiência Auditiva A surdez é caracterizada pela perda da percepção normal ao estímulo sonoro. Existem vários tipos de deficiência auditiva, classificados de acordo com o grau de perda da audição. Para Marchesi (1996), esta perda é avaliada pela intensidade do som, medida em decibéis. Com base na classificação da Portaria Interministerial n°. 186, de 10/03/78 (MEC/SEESP, 1995), considera-se "parcialmente surdo" e "surdo" os indivíduos que apresentam, respectivamente, surdez leve ou moderada e surdez severa ou profunda. Parcialmente surdo / Surdez leve: a perda auditiva é de até quarenta decibéis. Essa perda não impede a aquisição normal da linguagem, embora esta possa ser a causa de algum problema articulatório ou dificuldade na leitura e/ou escrita. Parcialmente surdo / Surdez moderada: a perda auditiva está entre quarenta e setenta decibéis. Esses limites se encontram no nível da percepção da palavra; é frequente o atraso de linguagem e as alterações articulatórias, havendo, em alguns casos, problemas linguísticos mais graves. Surdo / surdez severa: a perda auditiva está entre setenta e noventa decibéis. Este tipo de perda permite que o indivíduo apenas perceba sons fortes e conhecidos, podendo ele atingir a idade de quatro ou cinco anos sem aprender a falar. Surdo / surdez profunda: a perda auditiva é superior a noventa decibéis. Essa perda impede que o indivíduo perceba e identifique a voz humana, impossibilitando- o de adquirir a linguagem oral. Conforme Almeida (2008), a deficiência auditiva pode ser classificada, ainda, conforme o período de desenvolvimento em que se manifestou no indivíduo. Dentro desse contexto, encontram-se as pessoas que nasceram surdas e as que por algum motivo ficaram surdas com o decorrer dos anos. Surdez pré-linguística: refere-se a indivíduos que nasceram surdos ou que perderam a audição antes de terem desenvolvido a fala e a linguagem. Surdez pós-linguística: refere-se a indivíduos que perderam a audição após o período de desenvolvimento da fala e da linguagem. 2.12.1 Etiologia As principais causas da surdez são de ordem: Pré-natais: genética ou congênita. Pós-natais / adquirida: infecciosa, ocupacional, tóxica, traumática, envelhecimento e temporária. INÍCIO DO SAIBA MAIS O termo surdo-mudo é uma forma inadequada de compreender o deficiente auditivo. Muitas pessoas acreditam que uma pessoa surda também é muda, mas isso não é verdade. O que ocorre é que as pessoas surdas não falam justamenteporque não aprenderam a falar, diante da impossibilidade de captar sons, mas eles poderão emitir sons normalmente. Fonte: a autora. FIM DO SAIBA MAIS. 2.13 Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade vem sendo analisado com maior especificidade no que se diz respeito principalmente aos seus processos de aprendizagem, uma vez que a cada dia torna-se mais frequente essa discussão no ambiente escolar. O Manual de Diagnóstico e Estatística de Doenças Mentais da Sociedade Americana de Psiquiatria, conhecido como DSM-IV, o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neurobiológico, que aparece na infância e acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Transtorno este também conhecido como DDAH (Distúrbio do Déficit de Atenção e Hiperatividade), caracterizado por sintomas de inquietude, desatenção e impulsividade. A Organização Mundial da Saúde estima que 5 – 7% da população mundial tenham TDAH, apresentando comprometimento na aprendizagem e por consequência do problema na inclusão social. O TDAH gera impactos comportamentais, intelectuais, sociais e emocionais, pois promove dificuldades, como controle de impulsos, concentração, memória, organização, planejamento e autonomia. Ressalta Benczick (2000) que a criança com TDAH sempre se comportará sem destreza motora, porque não concentra suficiente atenção no controle de seus movimentos. INÍCIO DO SAIBA MAIS Quando você ouve a palavra preconceito, o que vem em sua mente? Você já se percebeu cometendo atos de preconceito contra qualquer padrão de beleza ou normalidade? FIM DO SAIBA MAIS. 2.14 Altas Habilidades / Superdotação A superdotação é compreendida com uma inteligência acima da média. A Política Nacional de Educação Especial (1994) define como superdotados ou altas habilidades as pessoas que apresentam notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos: capacidade intelectual geral; aptidão acadêmica específica; pensamento criativo ou produtivo; capacidade de liderança; talento especial para artes e capacidade psicomotora, tanto de maneira isolada quanto combinada. Dos aspectos mencionados acima, destacam-se: Tipo Intelectual: apresenta flexibilidade e fluência de pensamento, compreensão e memória elevada, capacidade de pensamento abstrato para fazer associações, produção ideativa, rapidez do pensamento, capacidade de resolver e lidar com problemas. Tipo Acadêmico: aptidão acadêmica específica, atenção, concentração; rapidez de aprendizagem, boa memória, gosto e motivação pelas disciplinas acadêmicas de seu interesse; habilidade para avaliar, sintetizar e organizar o conhecimento. Tipo Criativo: relaciona-se às seguintes características: originalidade, imaginação, capacidade para resolver problemas de forma diferente e inovadora, sensibilidade para as situações ambientais, sentimento de desafio diante da desordem de fatos; facilidade de autoexpressão, fluência e flexibilidade. Tipo Social: revela capacidade de liderança e caracteriza-se por demonstrar sensibilidade interpessoal, atitude cooperativa, sociabilidade expressiva, capacidade para resolver situações sociais complexas, habilidade de trato com pessoas diversas e grupos para estabelecer relações sociais, alto poder de persuasão e de influência no grupo. Tipo Talento Especial: pode-se destacar tanto na área das artes plásticas, musicais, como dramáticas, literárias ou cênicas, evidenciando habilidades especiais para essas atividades. Tipo Psicomotor: destaca-se por apresentar habilidade e interesse pelas atividades psicomotoras, evidenciando grande desempenho em velocidade, agilidade de movimentos, força, resistência, controle e coordenação motora. Observaram como a superdotação não está ligada somente à capacidade de realizar cálculos difíceis e reter grande quantidade de informação sobre diversos assuntos? As grandes habilidades relacionadas à arte, à música, à destreza de movimentos e à interação social também são compreendidas atualmente como superdotação. FIM DO TÓPICO 2. INÍCIO DAS CONSIDERAÇÕES FINAIS Nossa segunda unidade nos possibilitou realizar uma imersão no campo da educação inclusiva e compreender o conceito de acessibilidade para que o acesso e a permanência de alunos com diferentes tipos de deficiências seja de fato real na rede regular de ensino, a fim de eliminar quaisquer tipos de barreiras que possam prejudicar seu processo de aprendizagem. Aprendemos que a acessibilidade não se trata apenas de adequações arquitetônicas para o atendimento e acolhimento desses alunos, mas que também adaptações metodológicas, instrumentais, programáticas e atitudinais são fundamentais para a permanência desse aluno com a qualidade necessária para sua aprendizagem. Além disso, pudemos estudar as características das diversas síndromes e transtornos que você futuro professor irá se deparar tanto no ensino regular quanto na educação especializada. A partir da análise das deficiências mais comuns em nossa sociedade, tivemos a possibilidade de distinguir as diversas deficiências que causam prejuízos intelectuais, motores e comportamentais, assim como compreender suas principais características e etiologias. O entendimento dessas deficiências é essencial para a atuação docente, uma vez que se faz necessário aprender suas principais características para a aplicação de aulas que compreendam e respeitem as especificidades de alunos com deficiência, seja ela qual for. Além disso, o conhecimento acerca deste assunto será de grande importância para a atuação profissional, dado que também é função do professor visando combater o preconceito e diminuir as barreiras presentes na escola. Espero que essa unidade tenha contribuído para o maior entendimento das diversas deficiências e que você tenha refletido sobre as “barreiras” presentes no processo de inclusão de alunos com deficiências. FIM DAS CONSIDERAÇÕES FINAIS. INÍCIO DAS ATIVIDADES DE ESTUDO 1) Em nossa segunda unidade, discutimos o conceito de acessibilidade partindo do pressuposto que não basta apenas o aluno com deficiência frequentar o ensino regular ou a escola especializada, mas é fundamental que esse aluno se sinta incluído no meio escolar. Para isso, é importante que a escola realize as adaptações necessárias para sua acessibilidade. Considerando as dimensões de acessibilidade descritas por Dischinger e Machado (2006), analise as afirmativas abaixo: I - A acessibilidade atitudinal diz respeito aos programas e práticas de conscientização das pessoas em geral, resultando em quebra de preconceito estigmas, estereótipos e discriminações. II - A acessibilidade arquitetônica refere-se à adequação do ambiente escolar físico em todos os recintos internos e externos e nos transportes coletivos. III - A acessibilidade metodológica refere-se à extinção de barreiras nos métodos e técnicas de estudo, adaptações curriculares, novo conceito de avaliação de aprendizagem, de educação e de didática entre outros. IV - A acessibilidade instrumental, refere-se à extinção de barreiras na comunicação interpessoal (face-face, língua de sinais, linguagem corporal linguagem gestual etc.). V - Acessibilidade comunicacional refere-se à eliminação de barreiras nos materiais de estudo (lápis, caneta, régua, teclado do computador, materiais pedagógicos), de atividade da vida diária, esporte e recreação. É correto o que se afirma em: a. I, II apenas. b. I, II, III apenas. c. II, III, IV apenas. d. III, IV apenas. e. II, III apenas. 2) Por meio de nossos estudos, observamos que cada deficiência necessita de adaptações diferenciadas para que cada aluno seja atendido e acolhido da melhor maneira possível em sua rotinaescolar. Sobre essa questão, analise as afirmativas abaixo: I - As adaptações metodológicas para deficientes visuais são as mesmas adaptações para deficientes auditivos. II - As adaptações arquitetônicas para deficientes físicos são diferentes das adaptações arquitetônicas para deficientes visuais. III - As adaptações instrumentais para deficientes auditivos são diferentes das adaptações instrumentais para deficientes físicos. IV - As adaptações arquitetônicas para deficientes físicos são as mesmas adaptações arquitetônicas para deficientes auditivos. É correto o que se afirma em: a. I, II apenas. b. II, III, IV apenas. c. III, IV apenas. d. I, II, IV apenas. e. II, III apenas. 3) Ao longo dos nossos estudos sobre as principais síndromes e deficiências, pudemos identificar que cada uma delas apresentam causas e características muitas vezes distintas. Contudo, ainda existem deficiências que ainda não tiveram suas causas comprovadas cientificamente. Sobre essa temática, assinale a alternativa que corresponda à deficiência que apresenta algumas hipóteses para sua prevalência, mas que ainda não teve sua etiologia comprovada cientificamente: a) Síndrome de Down. b) Síndrome de West. c) Autismo. d) Hidrocefalia e) Paralisia Cerebral 4) De acordo com as Síndromes, deficiências, transtornos e demais problemas mais comuns estudadas nesta unidade, avalie as afirmações a seguir com V para verdadeiras e F para falsas: I - A síndrome de Down é identificada a partir do primeiro e segundo ano de vida da criança, caracterizada por regressões em habilidades que já haviam se desenvolvido. II - A síndrome de West é caracterizada pela alteração no cromossomo 21. Na maioria dos casos sua prevalência se dá pela idade materna avançada. III - O autismo é a condição caracterizada pelo desenvolvimento acentuadamente anormal e prejudicado nas interações sociais, nas modalidades de comunicação e no comportamento. IV - A epilepsia caracteriza-se pela ocorrência de crises convulsivas de maneira recorrente ou prolongada. Esta atividade é intermitente e pode durar de segundos a poucos minutos. V - A microcefalia é caracterizada pela alteração da produção, do fluxo ou da absorção do líquido cefalorraquidiano, ocasionando um volume anormal da cavidade intracraniana. As afirmações I, II, III, IV e V são, respectivamente: a. F; F; V; V, F. b. F; F; F; V; V. c. V; F; V; F; F. d. F; F; V; F; V. e. V; V; V; V; F. 5. A deficiência intelectual é compreendida pelo funcionamento intelectual inferior à média (QI). Por muitos anos, os pesquisadores avaliavam o nível de capacidade intelectual considerando apenas o QI (quociente de inteligência). Por meio do QI, estabeleceram-se níveis, para categorização da deficiência intelectual. Sendo eles: leve, moderado, severo e profundo, que são compreendidos de acordo com a gravidade do atraso no funcionamento intelectual, déficits na função adaptativa social e de QI. Diante desses níveis, avalie as afirmações a seguir como V para verdadeiras e F para falsas: I - Os indivíduos com deficiência intelectual moderada não podem cuidar de si mesmos e não possuem linguagem. II - Os indivíduos com deficiência intelectual leve são capazes de se comunicar e aprender habilidades básicas. Podem cuidar de si e realizar trabalhos domésticos. III - Os indivíduos com deficiência intelectual moderada são capazes de se comunicar e aprender habilidades básicas. Podem cuidar de si de maneira independente. IV - Os indivíduos com deficiência intelectual profunda apresentam limitação para expressar emoções. Apresentam convulsões e sua expectativa de vida é reduzida. As afirmações I, II, III e IV são, respectivamente: a) F; F; F; V. b) V; F; V; F. c) F; F; V; F. d) V; V; V; V. e) F; V; F; V. FIM DAS ATIVIDADES DE ESTUDO. INÍCIO DA LEITURA COMPLEMENTAR Principais barreiras físicas encontrada nas escolas: Para atravessar a rua: rua sem faixa de pedestre, rua muito movimentada e sem semáforo. Calçada sem rebaixamento, junto à faixa de pedestre, impossibilita a travessia de pessoas em cadeira de rodas. Calçada em frente à escola: escola localizada em rua muito inclinada, o que impede o acesso a pé de pessoas com deficiência motora. Calçada sem pavimentação ou com buracos e degraus. Obstáculos como floreiras, lixeiras, postes, galhos de árvores, toldos, entulho. Paradas de ônibus: não existe parada de ônibus próxima à entrada da escola. Não há piso tátil direcional e/ou de alerta, nesse mesmo percurso. Estacionamento na rua e na escola: não existem vagas para pessoas com deficiência nesse estacionamento. Caminho até a porta de entrada: caminho sem pavimentação ou com buracos e degraus. Escorregadia em dias de chuva ou ofuscante em dias de sol. Porta de entrada: difícil identificar a porta de entrada. Quando há degraus em frente à porta de entrada, não existe rampa. Estacionamento da escola: estacionamento situado no local onde as crianças brincam cria situações de perigo. Não existem vagas para pessoas com deficiência nesse estacionamento. As vagas para pessoas com deficiência estão muito longe da porta da escola. Corredores muito estreitos. Elementos mal localizados, como: lixeiras, bebedouros, telefones públicos, extintores de incêndio, vasos de plantas, móveis, placas entre outros atrapalham a passagem e são obstáculos para as pessoas com deficiência. Pisos: escorregadio, irregular e em más condições. Piso em desnível dificulta a passagem de pessoas em cadeira de rodas. Corredores: sem piso tátil direcional para guiar pessoas com deficiência visual. Escadas: escadas muito estreitas. Degraus: muito baixos ou muito altos, muito curtos ou muito longos. Não existe piso tátil de alerta no início e no final da escada. Rampas: escola com mais de um andar e sem rampas, apenas escadas. Quando há rampa, é muito estreita, muito inclinada e difícil. Carteiras: com dimensões que não permitem a aproximação de cadeira de rodas. Carteiras inadequadas para crianças obesas ou com estatura diferente do grupo de alunos. Quadro-negro: muito alto para ser alcançado por crianças menores ou em cadeira de rodas. Sala de Recursos Multifuncional: não há contraste entre as cores do piso, parede e móveis. Espaço pequeno, com mesas de atendimento muito próximas umas das outras e sem separação entre os ambientes de atendimento. Mesas com obstáculos, como pés e gaveteiros, que impedem a aproximação de pessoas em cadeira de rodas. Mesas com altura inadequada. Não existe computador com programa de leitor de tela para alunos com deficiência visual. Biblioteca: Mesas com obstáculos, como pés, gaveteiros, e/ou altura inadequada, que impedem a aproximação de pessoas em cadeira de rodas. Pequena e com muitos móveis, impedindo a circulação de uma cadeira de rodas. Prateleiras muito altas para que pessoas em cadeira de rodas ou crianças menores alcancem os livros. Não existe computador com leitores de tela para alunos com deficiência visual. Sanitários: não existem sanitários com vasos e lavatórios masculino e feminino acessíveis na escola. Sanitários acessíveis, localizados em pavimento onde não é possível chegar com cadeira de rodas. Portas dos sanitários muito estreitas para a passagem de uma cadeira de rodas. Espaço de circulação dentro do sanitário muito pequeno para uma pessoa manobrar sua cadeira de rodas até o vaso sanitário e o lavatório. Não existem lavatórios, vasos sanitários e descargas em altura adequada para crianças de baixa estatura. Torneiras difíceis de alcançar ou manusear. Barras de apoio mal localizadas não auxiliam a transferência de uma pessoa em cadeira de rodas para o vaso sanitário. Refeitório: não há contrastede cor entre piso, parede e móveis. Mesa comunitária com cadeiras fixas que impedem a aproximação de uma cadeira de rodas ou, quando permitem, a cadeira fica no meio da circulação. Mesa muito alta para o uso de uma pessoa em cadeira de rodas. Mesa para cadeirantes encontra-se afastada das demais e longe do balcão das refeições. Não é possível circular com a cadeira de rodas nos corredores entre as mesas do refeitório. Balcão de distribuição de alimentos muito alto para o alcance e a visualização de pessoas em cadeira de rodas ou crianças pequenas. Quadra de esportes: não há rota acessível que permita às pessoas com mobilidade reduzida chegarem à quadra, aos bancos/arquibancadas ou aos sanitários e vestiários. Não existe piso tátil direcional para guiar as pessoas com deficiência visual até a entrada da quadra, bancos, sanitários e vestiários. No caso de quadras cercadas por telas ou paredes, os vãos de acesso são muito estreitos para a passagem de cadeira de rodas. Não há contraste das cores do piso e demais elementos da quadra, como linhas de marcação, traves, redes e cestas. Não existe espaço vago para uma cadeira de rodas entre os bancos ou na arquibancada. Não existem sanitários e vestiários acessíveis próximos à quadra de esportes. Pátios: piso escorregadio quando molhado e ofuscante em dias de sol. Pisos inadequados — desnivelados, com degraus, alagadiços — que impedem a circulação de cadeira de rodas. Pátio com muitos obstáculos, como bancos, telefones, bebedouros, extintores de incêndio, vasos de plantas, móveis, lixeiras etc., que atrapalham a circulação de pessoas. Obstáculos não-identificados com piso tátil de alerta para pessoas com deficiência visual. Pátio muito amplo, sem limites definidos e sem piso tátil direcional para guiar as pessoas com deficiência visual até os principais acessos. Fonte: adaptada de Brasília (2009). FIM DA LEITURA COMPLEMENTAR. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – LIVRO Título: Educação, Inclusão e Acessibilidade Autor: Tania Mara Zancanaro Pieczkowski Editora: Argis Sinopse: educação, inclusão e acessibilidade são temas que se entrelaçam e movimentam o campo educacional. Esses debates, bastante difundidos na Educação Básica, ganham espaço crescente na Educação Superior, alimentados por políticas educacionais e programas governamentais. A ordem atual é explícita: “todos devem estar incluídos”. O termo Inclusão remete a argumentos sedutores e inquestionáveis, mas os “bastidores desse palco” podem revelar práticas veladas que continuam a excluir. Incluir é mais do que inserir, partilhar espaços físicos, socializar. Incluir pressupõe o reconhecimento da diferença. FIM DO MATERIAL COMPLEMENTAR – LIVRO. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – LIVRO Título: Para entender Síndrome de Down Autor: Fátima Alves Editora: Wak Sinopse: buscar informações sobre a Síndrome de Down sempre é muito importante, principalmente atualizando-se com profissionais diversos, escolas, livros, instituições, associações. Procurar sempre ficar por dentro do assunto, buscar soluções (elas existem), perceber que a família é a essência de tudo e acreditar acima de tudo nas coisas boas e não se ocupar somente de problemas. O diagnóstico não deve alterar o sentimento de amor e aceitação de um filho com Síndrome de Down. A família tem de procurar fortalecer este sentimento desde sempre. FIM DO MATERIAL COMPLEMENTAR – LIVRO. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – LIVRO Título: Ressignificando a deficiência: da abordagem social às práticas inclusivas na escola Autor: Jan W Valle Editora: Mc Graw Hill Sinopse: nesta obra, os autores lançam um novo olhar sobre a deficiência. Ultrapassando o tradicional referencial médico sobre o qual se assenta toda a educação especial, aqui a inclusão é vista por meio das lentes dos estudos sobre deficiência em educação, abordagem emergente que propõe que a deficiência seja encarada não como uma limitação ou lesão orgânica, e sim como uma construção social, na medida em que é a sociedade que impõe as barreiras às pessoas com deficiência. Assim, este livro nos ajuda a reconhecer a diferença como uma variação humana natural e a compreender melhor as complexidades subjacentes à implementação da inclusão. A obra apresenta ainda ferramentas para o ensino inclusivo, estratégias para criar uma cultura dinâmica em sala de aula, entre outros recursos fundamentais para educadores. FIM DO MATERIAL COMPLEMENTAR – LIVRO. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – LIVRO Título: Manual de Acessibilidade Espacial para Escolas: o direito à escola acessível Autor: Marta Dischinger, Vera Helena Moro Bins Ely e Monna Michelle Faleiros da Cunha Borges Editora: Argis Sinopse: este manual faz parte de uma série de ações que visam tornar a inclusão, na rede pública de ensino brasileira, uma realidade. Garantir o direito à educação para todos significa reconhecer e valorizar as diferenças, sem discriminação de etnia, credo, situação social ou das pessoas com deficiência. O objetivo central deste manual é, justamente, fornecer conhecimentos básicos e instrumentos de avaliação que permitam identificar as dificuldades encontradas por alunos com deficiência no uso dos espaços e equipamentos escolares. FIM DO MATERIAL COMPLEMENTAR – LIVRO. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – FILME Título: Colegas Ano: 2013 Sinopse: os jovens Stallone, Aninha e Márcio viviam juntos em um instituto para portadores da síndrome de Down. Um dia eles decidem fugir para se aventurar e realizar o sonho individual de cada um, envolvendo-se em muitas aventuras e confusões. FIM DO MATERIAL COMPLEMENTAR – FILME. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – FILME Título: Adam Ano: 2009 Sinopse: Adam, um engenheiro eletrônico, tem um tipo de autismo chamado síndrome de Asperger e se isola por isso. Quando a jovem Beth se muda para o mesmo prédio, ele muda de atitude e torna-se mais social. Ela não sabe como lidar com as mudanças de Adam, mas mesmo assim decide dar uma chance. FIM DO MATERIAL COMPLEMENTAR – FILME. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – WEB Neste vídeo, você poderá acompanhar o documentário sobre a síndrome de Autismo realizada pelo Dr Drauzio Varella. Acesse o conteúdo disponível em: Web: <https://www.youtube.com/watch?v=OvFNiFQuGPA>. Neste vídeo, você poderá acompanhar o documentário sobre a síndrome de Down realizada pelo Dr Drauzio Varella. Acesse o conteúdo disponível no links a seguir: Web: <https://www.youtube.com/watch?v=qkz9OKlBrvI> e <https://www.youtube.com/watch?v=F0dnDebe0NM>. Neste vídeo, você poderá acompanhar Mães narram experiências com deficiência dos filhos. Acesse o conteúdo em: Web: <https://www.youtube.com/watch?v=oxscYK9Xr4M>. Neste vídeo, você poderá acompanhar um documentário sobre acessibilidade e Inclusão: O que as escolas precisam mudar? Acesse o conteúdo em: Web: <https://www.youtube.com/watch?v=ieasHdgWDJA>. FIM DO MATERIAL COMPLEMENTAR – WEB. INÍCIO DAS REFERÊNCIAS ADAMS, D.; OLIVER, C. The expression and assessment of emotions and internal states in individuals with severe or profound intellectual disabilities. Clinical Psychology Review, v. 31, n. 30, p. 293-306, apr. 2011. ALMEIDA, A. C. P. G. Atividade física e deficiência auditiva. In: GORGATTI, M. G.; COSTA, R. F. (orgs.). Atividade física adaptada: qualidade de vida para pessoas com necessidades especiais. 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INÍCIO DO GABARITO 1) B. 2) E. 3) C. 4) A. 5) E. FIM DO GABARITO. FIM DA UNIDADE II. INÍCIO DA UNIDADE III INÍCIO DA FOLHA DE ABERTURA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA Professora Mestre Naline Cristina Favatto Objetivos de Aprendizagem ● Discutir a inclusão de alunos com deficiência na Educação Física. ● Contextualizar o conceito de Educação Física adaptada. ● Apresentar diversas possibilidades de aplicação e adaptação pedagógica para alunos com deficiência Motora em seus diversos níveis de comprometimento. Plano de Estudo Educação Física na Perspectiva da Educação Inclusiva A Educação Física Escolar adaptada A Educação Física e a Deficiência Motora FIM DA FOLHA DE ABERTURA. INÍCIO DA INTRODUÇÃO Caro(a) aluno(a), após ter compreendido o percurso histórico da educação para o aluno com deficiência e as características das diversas deficiências que ocasionam prejuízos motores intelectuais e visuais, nossa terceira unidade tem como objetivo discutir a inclusão e efetiva participação de alunos com deficiência nas aulas de Educação Física. De maneira específica trataremos sobre as adaptações para alunos com deficiência motora, que você futuro professor poderá realizar em suas aulas, a fim de proporcionar ao seu aluno maior socialização e inclusão escolar. Lembrando que não basta apenas incluí-lo em uma sala de aula regular, mas sim fazê-lo se sentir parte integrante daquele grupo. Essas questões serão analisadas no decorrer desta unidade, constituída de três tópicos. A inclusão de alunos com deficiência nas aulas de Educação Física é um dever do professor. Nossa disciplina é uma ferramenta muito rica para a interação e socialização dos alunos, quando comparada às demais disciplinas. Sabe por que? Porque trabalhamos com o corpo em movimento, que promove a sensação de liberdade, pois ofertamos aos nossos alunos a possibilidade de expressar-se sem carteiras e cadeiras. Dessa forma, qual o motivo de privar nossos alunos com deficiência dessa sensação? Nenhum! O professor de Educação Física tem em suas mãos a oportunidade diária de tornar suas aulas mais prazerosa e acessível para alunos com deficiência, apesar de suas limitações. Diante disso, conhecer as diversas possibilidades de aplicação pedagógica por meio da adaptação para alunos com deficiência motora é extremamente relevante para estruturação de suas aulas, pois a adequação delas será uma constante em seu trabalho, uma vez que cada turma apresentará características diferentes. Os assuntos abordados nesta unidade permitirão a você maior domínio e segurança para o desenvolvimento de um trabalho inclusivo no ambiente escolar. Tenham todos uma boa leitura! FIM DA INTRODUÇÃO. INÍCIO DO TÓPICO 1 EDUCAÇÃO FÍSICA NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA Em nossa primeira unidade, discutimos os direitos conquistados pelos alunos com deficiência em estudar em escolas regulares, receber o apoio de professores especializados e estar inserido em um ambiente acessível e adaptado para suas necessidades diárias. Agora iremos tratar com maior especificidade a inclusão desses alunos nas aulas de Educação Física. Dessa maneira, gostaria de questioná-los: o que de fato é incluir alunos com diferentes deficiências em uma turma de ensino regular? E além disso, como ofertar aulas de educação física de qualidade para alunos em escolas especializadas? Na verdade, essa não é uma ação fácil, pois exige de você futuro professor estudo e reflexão sobre como construir sua aula de maneira que nenhum aluno seja excluído. Contudo, é preciso tomar alguns cuidados, pois ao desenvolver aulas totalmente voltadas para a adaptação poderá levar à exclusão dos demais alunos que não apresentam deficiência. Ou seja, precisamos de um equilíbrio em nosso planejamento escolar! Nossa disciplina apresenta um potencial imenso de inclusão e socialização, e nós professores temos o dever de tornar essas aulas um meio de conexão entre os alunos, de aceitação às diferenças e de conceber essa ação inclusiva como algo normal nas aulas de Educação Física. Venturini et al. (2010) destacam que a Educação Física contribui para o desenvolvimento afetivo, social e intelectual de alunos com deficiência, uma vez que o incentivo à inclusão torna a autoestima e a autoconfiança mais evidente e consequentemente diminui as desigualdades. A inclusão nas aulas de educação física propicia um ambiente favorável para a estimulação e motivação dos alunos. Oferece oportunidades para que os alunos com deficiência desenvolvam habilidades sociais e lúdicas adequadas à faixa etária, possibilitando as relações de amizade entre alunos que apresentam ou não deficiência (WINNICK, 2004). Sassaki (1997) define a inclusão como um processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais, pessoas com necessidades educacionais especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. Os princípios da Inclusão baseados pelo autor são: INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A figura representa os princípios da inclusão. Há uma forma geométrica quadrada em verde, que saem uma seta para cima, uma para o lado direito, para baixo e para o lado esquerdo. A seta apontando para cima indica a aceitação das diferenças, a seta apontando para o lado direito indica conviver com a diversidade, a seta apontando para baixo, indica aprender através da cooperação, e a seta apontando para o lado esquerdo, indica a valorização do indivíduo, que são os quatro princípios da inclusão. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. No decorrer de nossas unidades, conversamos sobre esses princípios de inclusão, baseados na aceitação e convivência com as diferenças, valorização do indivíduo e a importância de uma trabalho cooperativo. No entanto, parece que atualmente muitas escolas ainda não se adaptaram com a presença de alunos que não andam, não ouvem ou não falam. Se a visão de inclusão já é considerada difícil para as demais disciplinas, o que diria a Educação Física que tem por essência o movimento? A Inclusão nas aulas de educação física é compreendida por Seabra Junior (2006) como a participação de todos com respeito às suas limitações, sendo o professor capaz de promover autonomia e ênfase no potencial de cada aluno. Entendam que a inclusão não se trata apenas de adaptações, mas do acesso ao conhecimento que a disciplina de Educação Física oferta a todos os alunos. Para que possamosincluir nossos alunos com deficiência, precisamos pensar nas possibilidades de adaptar as atividades e para isso não é preciso descaracterizá-las! E você futuro professor deverá se questionar: para aplicar essa atividade basta adaptar algumas regras? Além das regras, também precisarei alterar os materiais utilizados? Ao modificar ambas, a atividade perderá sua originalidade? Nesse momento, muitas dúvidas emergem, mas o que deve ficar claro é que as aulas de Educação Física não devem ser a reprodução de um treinamento esportivo. Certamente você apresentará aos seus alunos, regras, características, fundamentos entre outras questões de determinado esporte, todavia elas poderão ser trabalhadas de diferentes formas! Durante a caminhada profissional, vocês professores irão se deparar com alunos com deficiência inseguros em participar das aulas de educação física e, por muitas vezes, desinteressados com a prática. É necessário levar em consideração alguns pontos, como a frustração com as aulas de educação física em anos anteriores, a superproteção dos pais em entender que as aulas práticas poderão agravar o estado de saúde de seus filhos e o próprio sentimento de inferioridade que esses alunos apresentam. Tais pontos são evidentes quando lembramos que em nossas aulas de educação física enquanto alunos, notamos por diversas vezes a preferência dos professores por alunos com maior aptidão física, não é mesmo? Pois bem, precisamos desconstruir essa imagem de professor, que não incentiva a participação de alunos com deficiência em suas aulas de educação física, e que deixam esses alunos “sentados” enquanto toda a turma se diverte e aprende. Toda essa reflexão é a prova de que você futuro professor tem o poder de transformar a realidade desses alunos por meio de suas aulas. FIM DO TÓPICO 1. INÍCIO DO TÓPICO 2 A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR ADAPTADA A Educação Física Adaptada tem por objetivo possibilitar a participação de alunos com deficiência nas aulas de Educação Física nas diversas atividades promovidas pelo professor. Dentro dessa perspectiva, Cidade e Freitas (2002, p. 27) enfatizam que: A Educação Física Adaptada é uma área da educação física que tem como objeto de estudo a motricidade humana para as pessoas com necessidades educacionais especiais, adequando metodologias de ensino para o atendimento às características de cada aluno com deficiência, respeitando suas diferenças individuais. Os autores acrescentam que a educação física adaptada para alunos com deficiência não se diferencia em seus conteúdos, mas concebe técnicas, métodos e formas de organização que podem ser empregadas. Dentro desse contexto, não existe uma receita pronta para aplicar nas aulas, mas sim um grande processo de estudo e planejamento por parte do professor. Para Sherrill (1998), o processo de adaptação deve ser contínuo, dinâmico e bidirecional, quer dizer, recíproco, sofrendo influência das variáveis: ambiente temporal e físico; equipamentos e materiais; ambiente psicossocial; de aprendizagem; instrução e informação e, por fim, as tarefas a serem realizadas. O professor pode seguir alguns princípios propostos por Lieberman (2002): 1. Assegurar a participação do aluno com deficiência nas atividades, mesmo que seja necessária assistência física. A diminuição desse apoio pode ocorrer, se possível, na medida em que o aluno vai se adaptando com a atividade. 2. Estimular o aluno com deficiência a participar das decisões relativas às variáveis de adaptação. Dentro desse contexto, é preciso considerar a aceitação ou não das atividades e modificações por parte do interessado. 3. Evitar a aplicação de atividades adaptadas que acentuam a aparência ou percepção das diferenças em suas aulas. 4. Proporcionar opções de escolha entre as variáveis de adaptação para os alunos com deficiência. 5. Permitir que o aluno com deficiência selecione o tipo de equipamento, as modificações de regras ou alterações no ambiente mais adequados às suas necessidades. 6. Oferecer a mesma variedade de jogos, esportes e atividades recreativas às crianças que apresentam ou não deficiência. 7. Incentivar a prática de atividades coletivas e comunitárias sempre que possível. O uso de algumas abordagens para a melhor compreensão da tarefa a ser realizada pelo aluno com deficiência poderá garantir maior autonomia. Em determinadas situações, pode-se combinar mais de uma técnica de instrução ou utilizá-la de forma individual (LIEBERMAN, 2002), sendo elas: Orientação verbal: explicar de forma clara e objetiva verbalmente o que se espera que o aluno desenvolva em relação à atividade proposta. Demonstração: expor de maneira exemplificada, por meio de ações demonstrativas ou utilização de modelos, o que se espera que o aluno desenvolva em relação à atividade proposta. Assistência física: oferecer auxílio físico ou guiar o movimento do aluno, para que ele apreenda o movimento. Brailling: orientar o aluno por meio do tato a perceber a execução de um movimento ou habilidade realizado pelo professor ou por um colega. INÍCIO DO SAIBA MAIS É fundamental que você professor se informe sobre o quadro clínico desse aluno; como já estudamos em nossa segunda unidade as características de cada deficiência, ficará fácil compreender as necessidades e potencialidades desse aluno. É importante questionar aos pais ou responsáveis, quais tipos de exercícios específicos o aluno não poderá realizar, por exemplo, temos alunos que não podem correr o risco de cair e bater com a cabeça, alunos que não podem realizar atividades que envolvam resistência física, entre outras diversas questões que exigirão de você um cuidado maior. Após identificar essas dificuldades, você poderá dar continuidade ao seu planejamento! Fonte: a autora. FIM DO SAIBA MAIS. Sendo assim, convido vocês para uma imersão nas atividades adaptadas e uma extensa reflexão sobre as diversas possibilidades de aplicação pedagógica para alunos com deficiência motora em seus variados níveis de comprometimento físico, em centros de reabilitação, escolas especializadas, assim como na rede regular de ensino. FIM DO TÓPICO 2. INÍCIO DO TÓPICO 3 A EDUCAÇÃO FÍSICA E A DEFICIÊNCIA MOTORA Podemos compreender a deficiência motora em níveis de comprometimento motor; nela, destacamos a deficiência motora leve, moderada e severa. Essa distinção se faz importante para que você possa desenvolver atividades com diferentes graus de complexidade em suas aulas de Educação Física. Sobre essa temática, podemos identificar os alunos que apresentam deficiência motora decorrente de uma paralisia cerebral, nesse caso, o seu comprometimento na maioria das vezes será tanto dos membros superiores quanto inferiores. Por outro lado, alunos amputados, ou que passaram a fazer uso da cadeira de rodas ou muletas, apresentam em sua grande parte maior habilidade com os membros superiores, quando comparados aos alunos com paralisia cerebral. No entanto, tudo vai depender do nível da lesão medular ou do traumatismo que o aluno sofreu. Nesse momento, trataremos das atividades para alunos com maior comprometimento motor. Atividade 1 Objetivo: estimular a coordenação dinâmica geral e lateralidade. Material: espuma de colchão, fita adesivas, velcro, EVA, peça de encaixe, bolas de tênis de quadra. Organização do espaço e da turma: a atividade requer pouco espaço, pode ser realizada tanto dentro quanto fora da sala de aula. Desenvolvimento: o aluno fazendo uso de sua carteira adaptada realizará atividades de encaixe e de retirar e colocar objetos em determinados lugares. Além dessas adequações, os materiais deverão ser confeccionados respeitando as características do alunos. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: a imagem representa atividades manuais no auxílio de pessoas que apresentam deficiência.Na imagem tem um menino sentado em uma cadeira adaptada, em que seus braços ficam colocados em alças para segurar o tronco de seu corpo. Na imagem o menino está realizando uma atividade em que a sua frente em uma mesa tem três pedaços de madeira, no primeiro do lado esquerdo tem um tubo vermelho, na madeira que está ao meio tem um tubo preto e na madeira ao lado direito outro tubo vermelho e o menino está com a mão direita próximo ao tubo preto. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Variações: com espumas de colchão ou com bolas de tênis de mesa e quadra, você poderá solicitar para que o aluno segure o objeto com uma das mãos e a leve para diferentes partes do corpo e que troque o objeto de uma mão para outra. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A imagem representa a execução de atividades da vida diária, no auxílio de alunos que apresentam deficiência motora. Na figura tem um menino sentado em uma cadeira adaptada em que seus braços ficam colocados em alças para segurar o tronco de seu corpo. Ele está com a direita dobrada em cima da perna esquerda, segurando a perna direita com a mão direita, e na mão esquerda, próximo ao pé direito, está segurando um tênis. O menino está com uma blusa azul, calças cinzas e meia azul. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Variações: com bolas maiores, você poderá pedir que seu aluno a segure forte com as duas mãos e que a lance. Sob essa perspectiva, você poderá colocar à frente dele um arco, um balde, ou qualquer objeto que simula uma cesta, ou um alvo específico para que o aluno realize esses arremessos. Variações: sem fazer uso de nenhum material adaptado, você solicitará ao aluno que ele realize algumas atividades de vida diária, como retirar o tênis, luva, casaco de maneira independente. Lembre-se sempre de respeitar o tempo do aluno, pois essas ações poderão ser realizadas lentamente. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A imagem representa a execução de atividades da vida diária, no auxílio de alunos que apresentam deficiência motora. Na figura tem um menino sentado em uma cadeira adaptada em que seus braços ficam colocados em alças para segurar o tronco de seu corpo. Ele está com a direita dobrada em cima da perna esquerda, segurando a perna direita com a mão direita, e na mão esquerda, próximo ao pé direito, está segurando um tênis. O menino está com uma blusa azul, calças cinzas e meia azul. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Como pode ser observado nas imagens acima, para o aluno executar as tarefas é preciso um esforço muscular muito grande, por isso os materiais precisam estar fixados na mesa, uma vez que devido o descontrole motor, o material poderá ser derrubado. Pode não parecer, mas a força empregada pelo aluno nesse tipo de atividade é muito grande. A estimulação de membros superiores e inferiores priorizam a mobilidade dos exercícios diários. Conhecidas como AVDs, as Atividades de Vida Diária são atividades que os professores desenvolvem com os alunos para que possam desempenhar, mesmo que minimamente, as atividades rotineiras, como escovar os dentes, segurar objetos, colocar e retirar luvas, meias, sapatos, casacos, alimentar- se, entre outras diversas atividades diárias. Lembram-se quando falamos que devemos respeitar os limites de cada aluno? Atividades como essas podem parecer simples demais para o professor, mas para alunos com dificuldades severas de movimento são extremamente importantes e enriquecedoras. INÍCIO DO SAIBA MAIS O que são atividades da vida diária? Atividades da vida diária (AVD) são tarefas básicas de autocuidado. Essas atividades/habilidades são as mesmas que aprendemos desde a infância. Elas incluem: a) alimentar-se; b) ir ao banheiro; c) escolher a roupa; d) arrumar-se e cuidar da higiene pessoal; e) vestir-se; f) tomar banho; g) andar e deslocar (por exemplo, da cama para a cadeira de rodas). Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (2015, on-line)1. FIM DO SAIBA MAIS. Além das atividades que estimulam a coordenação e o controle motor, os jogos se destacam como grande auxiliador tanto motor, quanto intelectual dos alunos. Atividade 2 Objetivo: Estimular a coordenação motora fina Materiais: EVA e velcro Organização do espaço e da turma: a atividade requer pouco espaço, pode ser realizado dentro ou fora da sala de aula. Desenvolvimento: após a confecção e o ensino do jogo da velha, solicitar que o aluno inicie o jogo. O material deverá estar disposto de forma que o aluno consiga manusear as peças: como podemos observar na imagem abaixo, o material está inclinado, mas cada aluno apresentará uma característica específica de movimentação. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: a imagem representa jogos de mesa no auxílio de alunos que apresentam deficiência motora, de forma a estimular a coordenação motora fina. Na figura tem um tabuleiro de jogo da velha, feito com E.V.A. e velcro. A base do tabuleiro é branca e as tiras que formam o tabuleiro são lilás. Ao meio do tabuleiro tem uma figura geométrica em forma de círculo em azul, no espaço do lado esquerdo, também tem uma figura geométrica em forma de círculo em azul, no espaço inferior esquerdo tem um figura em forma de X, e na mesma linha, no espaço direito outra forma de X. O tabuleiro está em cima de uma base reta, elevada do chão, abaixo do tabuleiro tem tem três fitas pretas em velcro, dispostas na horizontal da base reta em que o tabuleiro está em cima, e ao lado esquerdo do tabuleiro, nas duas primeiras fitas de velcro preto, estão duas figuras geométricas em forma de círculo, azul. Tem uma pessoa ao lado direito, segurando o tabuleiro de jogo da velha e em frente ao tabuleiro, em cima da base em que o tabuleiro está apoiado, tem um menino deitado, com o braço direito tocando o X disposto no espaço inferior esquerdo. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Variações: jogos como xadrez e dominó também poderão ser adaptados facilmente para esses alunos. A disposição do material também se dará de acordo com as possibilidades dos alunos de manusear as peças. Variações: outras atividades manuais como o chamado “movimento de pinça” são relevantes, você poderá sugerir ao seu aluno, que ele manuseie pequenos objetos. Manusear legos, massinha de modelar, fazer bolinhas de papel, fazer recortes e brincar com varetas: tais exercícios parecem simples, mas exigem do aluno grande concentração e força. O contato com diferentes texturas e pintura são também fundamentais para a estimulação motora fina de seu aluno. INÍCIO DO REFLITA Lembre-se sempre de oferecer atividade prazerosas e desafiadoras, todavia, é preciso observar o grau de dificuldade dessas atividades, para não frustrar seu aluno! FIM DO REFLITA. Sob esses aspectos, exercícios e atividades para a estimulação da coordenação motora grossa, fortalecimento muscular e flexibilidade, sugere-se: Atividade 3 Objetivo: Estimular a coordenação dinâmica geral e o fortalecimento muscular. Materiais: tatame, tablado ou colchonete. Organização do espaço e da turma: sala de aula. Sempre que possível, retire seu aluno da cadeira de rodas, pois esse poderá ser um dos poucos momentos que ele será retirado dela. Ao iniciar a aula deixe que seu aluno reconheça o espaço ao seu modo, somente depois inicie a atividade. Desenvolvimento: colocar o aluno deitado e estimular movimentos básicos, como levar objetos para o lado, para frente, para trás. Solicitar que o aluno sustente a posição por alguns segundos e posteriormente relaxar. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A figura representa a estimulação da coordenação dinâmica geral e o fortalecimento muscular no auxílio aos alunos que apresentam deficiência motora. Na imagem tem uma menina deitada de barriga para cima (decúbito dorsal) em um colchão que está no chão e ao seu lado tem umprofessor sentado. A menina está segurando um objeto em sua mão, com os braços erguidos e o professor está lhe auxiliando a segurar o objeto. Eles estão em uma sala, ao fundo tem um armário em madeira, e ao lado do armário uma mesa com um computador em cima. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A figura representa a estimulação da coordenação dinâmica geral e o fortalecimento muscular no auxílio aos alunos que apresentam deficiência motora. Na imagem tem uma menina deitada de barriga para cima (decúbito dorsal) em um colchão que está no chão e ao seu lado tem um professor sentado. Ao lado da cabeça da menina tem um objeto na forma geométrica de um círculo achatado e o professor e a menina estão com a mão em um outro objeto redondo em cima do objeto achatado. Eles estão em uma sala, ao fundo tem um armário em madeira, e ao lado do armário uma mesa com um computador em cima, é possível visualizar também uma cadeira em frente ao armário. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Variações: estimule o rolar com e sem apoio e o engatinhar. Deixar a criança em decúbito ventral e estimular o levantar a cabeça. Ao desenvolver essas habilidades, coloque obstáculos ou objetos para o aluno tocar e alcançar. Variações: procure estimular o ato de rastejar em alunos maiores também, esse movimento contínuo estimulará o fortalecimento muscular dos membros superiores. Contudo, é preciso verificar se a escola oferece esse tipo de espaço, para que o aluno não venha a se machucar. Nesse caso, recomenda-se realizar a atividade em salas com tatames ou material emborrachado. Variações: exercícios para o fortalecimento muscular, com pesos leves, também são importantes, pois irão controlar e aperfeiçoar os movimentos do aluno. Atividade 4 Objetivo: Estimular a coordenação dinâmica geral e a flexibilidade. Materiais: tatame, colchonete ou tablado. Organização do espaço e da turma: sala de aula. Desenvolvimento: realize alongamentos de membros inferiores e superiores, para estimular a flexibilidade de seu aluno. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A figura apresenta em primeiro plano uma criança deitada em um tatame verde e uma mulher abaixada ao seu lado, ele está com uma perna esticada e a outra dobrada, a que está dobrada está sendo segurada pela mulher que está ao seu lado, um braço da criança está para baixo e o outro para cima e mulher ao seu lado segura o braço que está para cima. O menino está usando um acessório para a sustentação do corpo por fora das roupas. Ao fundo da imagem tem uma madeira suspensa com bolas de pilates em cima, duas vermelhas, uma grande e outra menor e uma azul grande. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Atividade 5 Objetivo: Estimular a coordenação dinâmica geral e o equilíbrio. Materiais: tatame Organização do espaço e da turma: sala de aula, pátio ou quadra. Desenvolvimento: estimule a marcha desse aluno, ou seja, o ato de caminhar. A marcha orientada com o apoio do professor é fundamental para o desenvolvimento motor dessa criança. Não podemos esquecer que não são todas as crianças que recebem estímulo e atenção necessária de seus familiares. O simples ato de caminhar com seu aluno poderá significar um dos poucos momentos INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A figura apresenta uma criança desenvolvendo a marcha. Na imagem tem uma criança em pé, segurando na mão de uma mulher que veste um jaleco lilás. A criança está em cima de um tatame estreito, nas cores verde e vermelho, usando um acessório de sustentação ao corpo, que vai das pernas ao tronco, ele está com a cabeça baixa, olhando para cima, a mulher que segura sua mão está de meias em cima de um tatame ao lado. Ao fundo da imagem tem algumas bolas de pilates, dispostas em cima de um apoio de madeira. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Variações: colocar alguns obstáculos que exigirão do aluno maior ação motora. Tais atividades também poderão contar com um elemento especial, como a música. Para atividades de alongamento e relaxamento, coloque músicas mais calmas que não tirem a concentração de seu aluno nas atividades que serão desenvolvidas. Para atividades mais dinâmicas, você poderá optar por músicas mais rápidas, pois elas poderão estimular seu aluno durante a aula. Tenho certeza que nesse momento você deve ter se perguntado: tudo bem, mas e a dança? Como podemos desenvolvê-la? A expressão corporal por meio da dança é indispensável em suas aulas e, além disso, é uma atividade prazerosa que pode envolver tanto o relaxamento como a descontração, e momentos assim são relevantes para seu aluno. Reúna sua turma e realize movimentos básicos, em seguida peça para que reproduzam esses movimentos. Chame-os para dançar, conduza a cadeira de rodas de seu aluno e oferte a possibilidade de conhecer diversos ritmos como a valsa, o forró, o sertanejo, o funk entre tantas outras. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A figura representa um grupo de pessoas desenvolvendo atividades rítmicas. Na imagem apresenta em média 15 pessoas em fila indiana, todos com camiseta rosa, com a mão esquerda no ombro da pessoa que está em sua frente. A primeira pessoa da fila é uma pessoa que apresenta deficiência física e está sentado em uma cadeira de rodas, a fila faz um formato de meia lua. Estão em um ambiente fechado, mas com espaço amplo. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Para alunos usuários de cadeira de rodas sem comprometimento de tronco e membros superiores e alunos com deficiência motora que caminham de maneira independente ou fazem uso de órteses e próteses, é possível inseri-los nas atividades realizadas nas aulas de Educação Física sem maiores dificuldades. Como é sabido, nossas aulas não possuem o objetivo de rendimento esportivo, dessa forma, podemos conhecer as regras e colocá-las em prática com pequenas adequações. Sendo assim, será necessário que você professor: - Eleja um colega auxiliar para cada aula: esse aluno ficará responsável em ajudar o colega com deficiência. - Modifique e diversifique as regras: além de empregar o conteúdo propriamente dito, propor aos alunos novas formas de aplicação pedagógica. - Diminua a intensidade da atividade: podemos trabalhar os diversos conteúdos estruturantes respeitando a especificidade de cada aluno. Na Educação Infantil e Ensino Fundamental anos Iniciais, podemos aplicar diversas brincadeiras, como batata quente, lenço atrás, esconde-esconde, alerta, coelhinho sai da toca, queima entre outras, contando apenas com um colega auxiliar. Esse colega poderá guiar sua cadeira de rodas. Os jogos e brincadeiras é um conteúdo estruturante extremamente rico e estimulante para o aluno deficiente. O conteúdo ginástica também é muito relevante. Os rolamentos, os passos, os saltitos, os equilíbrios, as ondas, as poses, as marcações, os balanceamentos, as circunduções etc. são elementos que poderão ser realizados, com pequenas restrições para alunos usuários de cadeira de rodas. Por outro lado, os alunos que apenas apresentam dificuldades de locomoção poderão realizar os movimentos básicos sem maiores dificuldades. Percebam como a Educação Física não perde sua essência ao se trabalhar com atividades consideradas mais simples, pois até o momento abordamos diversos conteúdos estruturantes, como a ginástica, os jogos e a dança sem descaracterizar nossa disciplina! A partir dessas pequenas observações, convido vocês a refletir sobre quais esportes/jogos podemos inserir nas aulas de Educação Física sem descaracterizá-los, apenas diminuindo sua intensidade e contando com o auxílio de um colega! Então, vamos lá! Atividade 6 Objetivo: Desenvolver aulas adaptadas para o ensino dos jogos/esportes. Material: bolas e objetos de auxílio. Organização do espaço e da turma: em um espaço de uma quadra de futsal, pátio ou gramado. Desenvolvimento: a bocha é umjogo muito adequado a se aplicar na escola para alunos com deficiência motora. Em nossa quinta unidade, trabalharemos a bocha e suas adaptações de forma específica. Os alunos irão lançar a bola, com os pés, as mãos ou a cabeça, fazendo ou não uso de materiais que auxiliarão na prática. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A figura apresenta o esporte Bocha paralímpica. Em primeiro plano da imagem, um rapaz que apresenta deficiência física, está sentado em uma cadeira de rodas, em que na roda de trás do lado direito tem o desenho da bandeira da Argentina, na rodinha da frente, do lado direito tem o número 113 em uma plaquinha. O rapaz apresenta expressão de quem faz força, e segura com o pé esquerdo uma bola pequena vermelha. O funda da imagem está desfocado, em que tem um homem e uma mulher sentados cada um em uma cadeira de metal, de costas para imagem e uma outra pessoa em uma cadeira de rodas à frente ao lado de um outro homem. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Variações: aplique a atividade de boliche, com as mesmas bolas utilizadas na bocha. Como alvos coloque sempre objetos leves, para que possa ser derrubado sem a necessidade de empregar grande força muscular. Essas atividades são excelentes para estimulação motora e acima de tudo prazerosa, uma vez que o aluno sempre vai querer melhorar os resultados alcançados a cada jogada. Dessa forma, adaptar ou criar atividades que possuam um caráter desafiador são extremamente estimulantes para os alunos, pois nada melhor que aprimorar as habilidades motoras de maneira divertida! Ao trabalhar o conteúdo esportes coletivos, o contato físico é inevitável, todavia, podemos propor que o aluno com deficiência não seja bloqueado ou marcado. Perceberam que mesmo com essa pequena restrição, o conteúdo manteve sua essência? Esse também é o foco da educação física inclusiva: não modificar toda a aula para que não haja prejuízo no conteúdo abordado. Por isso, faz-se sempre importante aplicar o conteúdo com todas as suas características e, posteriormente, realizar todas as modificações necessárias para a participação de todos. Além de trabalhar os diversos conteúdos estruturantes e suas regras, fundamentos e características específicas, podemos propor aos alunos novas regras. Estimule seus alunos a desenvolver essas novas “regras” junto a você, futuro professor! Atividade 7: Objetivo: Desenvolver aulas adaptadas para o ensino do futebol/futsal. Material: pano, muletas, elásticos, bolas. Organização do espaço e da turma: em um espaço de uma quadra de futsal jogam 10 alunos. Desenvolvimento: propor para que os alunos façam duplas. Eles deverão ficar sempre lado a lado com as pernas ou braços unidos. Por exemplo, a perna direita do aluno estará amarrada à perna esquerda de seu colega. Eles deverão realizar o jogo de maneira cooperativa, lembrando que nenhum movimento será possível realizar sem o apoio do colega. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A figura representa o futebol adaptado. Em primeiro plano estão duas meninas com coletes azuis escuro, estão com de braços dados, ambas sorrindo. Mais atrás estão mais duas meninas de braços cruzados, de coletes alaranjados e ao fundo da imagem, estão em desfoque outras pessoas com coletes azuis e laranja. As pessoas estão em um pátio amplo, coberto e iluminado com claridade natural. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A figura representa o futebol adaptado. Na imagem tem dois meninos de braços dados, ambos estão de costas, inclinados para a esquerda e com o pé direito levemente erguido, atrás deles, ao lado esquerdo tem duas meninas, uma em pé e a outra agachada, as duas estão de costas. A frente das duas duplas tem um gol, e uma pessoa em frente o gol, de frente para as duas duplas. A pessoa está com as mãos erguidas e acima dela tem uma bola indo em sua direção. O ambiente é uma quadra de esportes coberta, atrás do gol tem uma pequena arquibancada, com três degraus, a quadra está iluminada por claridade natural. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Variações: peça para que todos os alunos tragam um pedaço de pano para a aula. Os alunos deverão jogar futebol sem perder o contato com o pano que estará no chão. Sendo assim, o aluno deverá arrastar o pano com pé, o que simulará uma adaptação motora e possibilitará a participação do aluno com deficiência motora. Variações: organizar equipes de no máximo 5 alunos e pedir que eles joguem normalmente, mas que permaneçam sempre com os braços atrás das costas. Isso fará que os alunos percam um pouco do equilíbrio ao correr, possibilitando a eles a compreensão de como é ter seus movimentos alterados. Essa regra introduzida na atividade fará que o aluno com deficiência motora consiga participar de forma mais dinâmica da atividade. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A figura representa o futebol adaptado. Em primeiro plano está uma menina de costas, com os braços para trás, de colete azul, à sua frente, afastadas, tem cinco pessoas duas à esquerda, uma na mesma direção que ela e outras duas à sua direita. As duas pessoas da esquerda vestem coletes azuis e o restante coletes alaranjados, todos estão com os braços para trás. Estão em uma quadra coberta, iluminada com claridade natural. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Variações: fazendo uso de muletas durante o jogo, os alunos poderão tocar o solo somente com um de seus pés, e o outro ficará suspenso. Atividade 8 Objetivo: Desenvolver aulas adaptadas para o ensino de variados esportes coletivos. Material: cadeiras e bolas. Organização do espaço e da turma: em um espaço de uma quadra de futsal jogam 12 alunos. Desenvolvimento: propor um jogo em que todos os alunos permaneçam sentados e as regras básicas são não se levantar e não retirar a cadeira do lugar. Diversas cadeiras deverão estar espalhadas estrategicamente pela quadra e os alunos deverão trocar passes até a bola chegar ao aluno que estiver mais próximo à cesta ou gol, e assim realizar o arremesso. Nessa atividade, cada equipe poderá conter até 10 alunos. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A figura representa o basquete adaptado. Em primeiro plano está uma menina sentada em uma cadeira, de costas. À sua frente, afastados tem quatro pessoas, cada uma em uma cadeira, afastados uns dos outros. Ao lado esquerdo está uma menina com colete laranja, ao meio estão duas meninas um mais a frente e a outra atrás, as duas com coletes azuis, ao lado direito uma menina com colete laranja. Elas estão em uma quadra de esportes coberta, iluminada pela claridade natural. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Variações: realizar arremessos no basquete e handebol. Variações: com no máximo 6 alunos em cada equipe, você poderá propor um jogo com cadeiras comuns de rodinhas. Em que os alunos poderão se deslocar sem retirar o bumbum da cadeira, utilizando apenas as pernas para movimentar-se pela quadra. Os esportes trabalhados dessa forma são diversos como: basquete, handebol, rugby, beisebol, hóquei entre outros. Variações: propor diversas modalidades coletivas como: basquete, handebol, rugby, beisebol, hóquei entre outros, sem que o aluno com deficiência seja marcado ou bloqueado. Atividade 9 Objetivo: Estimular a coordenação dinâmica geral por meio do atletismo. Material: dardo, peso, disco. Organização do espaço e da turma: gramado ou areia. Desenvolvimento: realizar arremessos e lançamentos do atletismo sentado. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Figura 17 - Lançamento de Dardo Fonte: acervo Unicesumar. Descrição: A figura consiste em uma fotografia (imagem) colorida, frontal de um rapaz usando camiseta branca de mangas curtas e calças jeans, sentado em uma cadeira sobre um gramado verde, realizando o “Lançamento de Dardo” com o braço esquerdo e o Dardo lançado está a sua frente acima da cabeça. Maisao fundo, algumas árvores desfocadas completam a imagem fotografada. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Figura 18 - Arremesso de Disco Fonte: acervo Unicesumar. Descrição: A figura é uma fotografia (imagem) colorida mostrando de perfil uma pessoa do gênero feminino, usando camiseta branca de mangas curtas e calças jeans. Ela está sentada em uma cadeira azul, sobre um gramado verde, realizando o “Arremesso de Disco”, utilizando seu braço direito. Mais ao fundo, algumas árvores desfocadas completam a imagem fotografada. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Variações: propor diferentes formas de correr, com braços para cima, para trás, com e sem cadeira de rodas, em duplas, com e sem apoio. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Figura 19 - Corrida Adaptada Fonte: acervo Unicesumar. Descrição: A figura é uma fotografia colorida de uma corrida adaptada com cadeiras de rodas em um parque. Em primeiro plano, duas duplas lado-a-lado, ambos cadeirantes são do gênero masculino e seus condutores do gênero feminino. Todos estão usando camisetas cor-de-rosa com estampas da APAE. Ao fundo, em segundo plano, um playground próximo das árvores completa o cenário retratado pela fotografia. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Atividade 9 Objetivo: Desenvolver aulas adaptadas para o ensino de esportes coletivos e individuais de rede divisória. Material: cadeiras e bolas. Organização do espaço e da turma: em um espaço de uma quadra de futsal. Desenvolvimento: com 6 alunos em cada equipe, você poderá propor o voleibol sentado, em que os alunos poderão se deslocar sem perder o contato do bumbum com o chão, arrastando-se. Para isso também será possível diminuir o espaço de jogo com o intuito de facilitar o deslocamento. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Figura 20 - Voleibol Sentado Fonte: acervo Unicesumar. Descrição: A figura refere-se a uma fotografia colorida de alunos sentados na quadra poliesportiva coberta, com arquibancadas vermelhas e as laterais abertas, mais ao fundo, podem-se ver algumas árvores próximas dos vestiários. Os alunos estão realizando uma partida de voleibol adaptado, do lado direito da quadra, um grupo de seis alunos com coletes roxos e outro com coletes alaranjados do lado esquerdo. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Variações: aplicar os diversos esportes de rede divisória como tênis de quadra, tênis de mesa, badminton, entre outros com os alunos sentados e de pé. Alterar algumas regras, como a quantidade de vezes que a bola poderá cair no chão e a quantidade de toques. Essas são apenas algumas das diversas adaptações que poderão ser realizadas, mas é essencial que você professor, proporcione aos seus alunos a realização delas, mesmo que em sua sala de aula não exista nenhum aluno deficiente. Sempre que suas aulas apresentarem essa dinâmica, ao final, faça um bate papo com seus alunos e peça para que eles relatem quais dificuldades eles encontraram e qual a sensação em colocar-se no lugar do outro. Tenho certeza que as respostas serão ótimas! Perceba que práticas pedagógicas assim não levam apenas conhecimento ao aluno, mas também consciência de como é depender do outro. Tal vivência é enriquecedora e certamente levará o seu aluno a refletir sobre diversos pontos, como preconceito, aceitação, socialização, acessibilidade, entre outros diversos fatores. FIM DO TÓPICO 3. INÍCIO DAS CONSIDERAÇÕES FINAIS Caro(a) aluno(a), nossa terceira unidade nos fez refletir sobre a educação física inclusiva e adaptada com o objetivo central de inserir os alunos com deficiência nas práticas corporais que a disciplina promove. Espero que o entendimento sobre o conceito de adaptação e inclusão de alunos com deficiência nas aulas de Educação Física tenha propiciado maior conscientização em sua prática pedagógica. De maneira específica, aprendemos diversas possibilidades de adaptação para o aluno que apresenta deficiência motora considerando os níveis de comprometimento. Sendo esse um fator importante em sua prática pedagógica, uma vez que é preciso respeitar as limitações desses alunos e valorizar suas potencialidades. Outro ponto relevante destacado nessa unidade é a necessidade do professor compreender a melhor atividade a ser aplicada a fim de evitar a frustração do aluno, assim como respeitar o tempo que ele leva para executar essas atividades. Os tópicos abordados permitiram uma aproximação com o contexto da Educação Física adaptada de forma a possibilitar uma visualização abrangente desta área de conhecimento no sentido de que esses elementos sirvam como base para que você, futuro(a) professor(a), possa dissipar para seus alunos. Por meio dos temas desenvolvidos, você poderá organizar atividades que levem seus alunos a conhecer o contexto das atividades adaptadas, para que compreendam como é importante incentivar a interação de alunos que apresentam ou não deficiência. E como é estimulante que você professor, sempre que necessário, eleja um aluno para auxiliar o colega com deficiência durante as aulas. Desejo que os assuntos abordados nesta unidade tenha permitido a você maior domínio e segurança para o desenvolvimento de um trabalho inclusivo no ambiente escolar e que tenha compreendido, que a inclusão de alunos com deficiência nas aulas de Educação Física é possível! FIM DAS CONSIDERAÇÕES FINAIS. INÍCIO DAS ATIVIDADES DE ESTUDO 1. Nesta unidade aprendemos sobre o conceito de inclusão e adaptação nas aulas de Educação Física, assim como discutimos os benefícios que a inserção de alunos com deficiência propicia. Sabendo disso, analise as afirmativas abaixo considerando os benefícios que a inclusão de alunos com deficiência proporciona aos alunos. I. Promove a socialização, autonomia e aceitação das diferenças. II. Contribui para o desenvolvimento afetivo, social e intelectual de alunos. III. Desenvolve habilidades sociais e lúdicas. IV. Propicia relações de amizade entre alunos que apresentam ou não deficiência. É correto o que se afirma em: a. I, II apenas. b. I, II, III e IV. c. I, IV apenas. d. II, III, IV apenas. e. II, III apenas. 2. Cidade e Freitas (2002) enfatizam que a educação física adaptada para alunos com deficiência não se diferencia em seus conteúdos, mas concebe técnicas, métodos e formas de organização que podem ser empregadas nas aulas. Diante desse contexto, disserte sobre a importância e os objetivos da Educação Física adaptada. 3. Sabemos que não existe uma receita pronta para a inclusão de alunos com deficiência nas aulas de Educação Física. Essa ação requer estudo e reflexão sobre as diversas possibilidades de aplicação pedagógica. No entanto, Lieberman (2002) nos propõe alguns princípios a serem seguidos. Sobre esses princípios, analise as afirmativas abaixo: I. Estimular o aluno com deficiência a participar das decisões relativas às variáveis de adaptação. II. Evitar a aplicação de atividades adaptadas que acentuam a aparência ou percepção das diferenças em suas aulas. III. Assegurar a participação do aluno com deficiência nas atividades, mesmo que seja necessária assistência física. IV. Incentivar a prática de atividades coletivas e comunitárias sempre que possível. V. Oferecer a mesma variedade de jogos, esportes e atividades recreativas às crianças que apresentam ou não deficiência. É correto o que se afirma em: a. I, II apenas. b. II, III, IV apenas. c. III, IV apenas. d. I, II, IV apenas. e. I, II, III, IV e V. 4. O uso de algumas abordagens para a melhor compreensão da tarefa a ser realizada pelo aluno com deficiência poderá garantir maior autonomia. Em determinadas situações, pode-se combinar mais de uma técnica de instrução ou utilizá-la de forma individual (LIEBERMAN,2002). Considerando essas técnicas avalie as afirmações a seguir como V para verdadeiras e F para falsas: I.Orientação verbal: explicar de forma clara e objetiva verbalmente o que se espera que o aluno desenvolva em relação à atividade proposta. II.Demonstração: orientar o aluno por meio do tato a perceber a execução de um movimento ou habilidade realizada pelo professor ou por um colega. III.Assistência física: oferecer auxílio físico ou guiar o movimento do aluno para que ele apreenda o movimento cinestesicamente. IV.Brailling: expor de maneira exemplificada, por meio de ações demonstrativas ou utilização de modelos, o que se espera que o aluno desenvolva em relação à atividade proposta. As afirmações I, II, III e IV são, respectivamente: a) F; V; F; F. B) V; F; F; F. C) V; F; V; F. D) F; F; V; V. E) F; V; V; V. 5. A deficiência motora é compreendida em níveis de comprometimento motor; nela, destacamos a deficiência motora leve, moderada e severa. Mesmo diante da deficiência, o professor de Educação Física apresenta uma gama de possibilidades de aplicação pedagógica. Considerando as diversas adaptações trabalhadas nessa unidade, analise as afirmativas abaixo: I. É importante aplicar o conteúdo com todas as suas características, fundamentos e regras. II.A modificação das regras dos conteúdos poderão ser propostas tanto pelo professor quanto pelos alunos. III. Não é interessante propor a modificação das regras dos conteúdos, pois os alunos serão prejudicados em sua aprendizagem. É correto o que se afirma em: a) I, II apenas. b) II, III apenas. c) III apenas. d) I apenas. e) I, II, III. FIM DAS ATIVIDADES DE ESTUDO. INÍCIO DA LEITURA COMPLEMENTAR Atendimento Educacional Especializado (AEE) A inclusão escolar é a oportunidade para que a criança com deficiência física não esteja afastada, realizando atividades meramente condicionadas ou simplesmente inerte enquanto a aula acontece. O comprometimento motor poderá acontecer quando existe a falta de um membro ocorrida por uma amputação, sua má- formação ou deformação. Pode notar, também, alterações funcionais motoras decorrentes de lesão do sistema nervoso e, nesses casos, observamos a alteração do tônus muscular (hipertonia, hipotonia, atividades tônicas reflexas, movimentos involuntários e incoordenados). Na deficiência física também encontramos uma diversidade de tipos e graus de comprometimento que requerem um estudo sobre as necessidades específicas de cada pessoa. Para que o aluno com deficiência física consiga ter acesso ao conhecimento escolar e interagir com o ambiente, faz-se necessário criar as condições adequadas à sua locomoção, comunicação, conforto e segurança. É nesse momento que o Atendimento Educacional Especializado se destaca como primordial. O AEE, ministrado preferencialmente nas escolas do ensino regular, deverá realizar uma seleção de recursos e técnicas adequadas a cada tipo de comprometimento para o desenvolvimento das atividades escolares. O objetivo do AEE é que o aluno tenha atendimento especializado com o intuito de melhorar a sua comunicação e a sua mobilidade. Para isso, se faz uso da Tecnologia Assistiva direcionada à vida escolar do aluno com deficiência física, visando sua inclusão. Sobre o uso da Tecnologia Assistiva, visando à realização de tarefas acadêmicas e a adequação do espaço escolar, destaca-se: - Uso da Comunicação Aumentativa e Alternativa, para atender as necessidades dos alunos com dificuldades de fala e de escrita. - Adequação dos materiais didático-pedagógicos, tais como engrossadores de lápis, quadro magnético com letras com ímã fixado, tesouras adaptadas, entre outros. - Desenvolvimento de projetos em parceria com profissionais da arquitetura, engenharia, técnicos em edificações para promover a acessibilidade arquitetônica. Não é uma categoria exclusivamente de responsabilidade dos professores especializados que atuam no AEE. Nesse caso, os professores especializados irão levantar as necessidades de acessibilidade arquitetônica do prédio escolar. - Adequação de recursos da informática: teclado, mouse, ponteira de cabeça, programas especiais, acionadores, entre outros. - Uso de mobiliário adequado: os professores especializados devem solicitar à Secretaria de Educação adequações de mobiliário escolar, conforme especificações de especialistas na área: mesas, cadeiras, quadro, entre outros, bem como os recursos de auxílio à mobilidade: cadeiras de rodas, andadores, entre outros. São os professores especializados os responsáveis pelo Atendimento Educacional Especializado, tendo por função a provisão de recursos para acesso ao conhecimento e ambiente escolar. Proporcionam, ao educando com deficiência, maior qualidade na vida escolar, independência na realização de suas tarefas, ampliação de sua mobilidade, comunicação e habilidades de seu aprendizado. Fonte: Schirmer, Browning, Bersh e Machado (2007) FIM DA LEITURA COMPLEMENTAR. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – LIVRO Título: Estatuto da pessoa com Deficiência Autor: Jair Lot Vieira Editora: Edipro Sinopse: Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, que institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Física, Mental Intelectual ou Sensorial). Destaca a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Aborda excertos da Constituição da República Federativa do Brasil. FIM DO MATERIAL COMPLEMENTAR – LIVRO. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – LIVRO Título: Deficiência Físico-Motora: Interface Entre Educação Especial E Repertório Funcional Autor: Vera Lucia Israel e Andrea Lucia Sergio Bertoldi Editora: Ibpex Sinopse: esta obra tem como fundamento a análise e a discussão de assuntos que envolvem a deficiência físico-motora (DFM). Para isso, apresenta um novo olhar sobre o tema, tendo como foco: o comportamento motor, seus fundamentos, relações entre desenvolvimento, aprendizagem e controle motor e a importância da estimulação precoce. Os principais aspectos da funcionalidade e do desempenho motor humano e sua relação com a vida em sociedade. As dimensões dos contextos familiar, educacional, de saúde e do ambiente de trabalho em relação à DFM, sob o ponto de vista da tecnologia assistiva. O papel da família e a capacitação profissional da pessoa com DFM em face da educação especial. FIM DO MATERIAL COMPLEMENTAR – LIVRO. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – FILME Título: Intocáveis Ano: 2012 Sinopse: um milionário tetraplégico contrata um homem da periferia para ser o seu acompanhante, apesar de sua aparente falta de preparo. No entanto, a relação que antes era profissional cresce e vira uma amizade que mudará a vida dos dois. FIM DO MATERIAL COMPLEMENTAR – FILME. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – FILME Título: A teoria de tudo Ano: 2015 Sinopse: baseado na história de Stephen Hawking, o filme expõe como o astrofísico fez descobertas relevantes para o mundo da ciência, inclusive relacionadas ao tempo. Também retrata seu romance com Jane Wilde, uma estudante de Cambridge que viria a se tornar sua esposa. Aos 21 anos de idade, Hawking descobriu que sofria de uma doença motora degenerativa, mas isso não o impediu de se tornar um dos maiores cientistas da atualidade. FIM DO MATERIAL COMPLEMENTAR – FILME. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – FILME Título: Como eu era antes de você Ano: 2016 Sinopse: aos 26 anos, Louisa Clark, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento. Como eu era antes de você é uma história de amor euma história de família, mas acima de tudo é uma história sobre a coragem e o esforço necessários para retomar a vida quando tudo parece acabado. FIM DO MATERIAL COMPLEMENTAR – FILME. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – WEB Neste vídeo, você poderá acompanhar o curta animado “Cordas”: narra a amizade entre Maria e Nicolás, colega de classe, que sofre de paralisia cerebral. Acesse o conteúdo disponível em: Web: <https://www.youtube.com/watch?v=g4W7CKPdSGk>. Neste vídeo, você poderá acompanhar uma entrevista sobre a educação física inclusiva com professores de Educação Física. Acesse o conteúdo disponível em: Web: <https://www.youtube.com/watch?v=gvH-2qklta4&t=97s>. Neste vídeo, você poderá acompanhar uma entrevista com alunos e professores sobre a inclusão de alunos com deficiência nas aulas de Educação Física. Acesse o conteúdo disponível em: Web: <https://www.youtube.com/watch?v=V1HGefaul8M>. Neste vídeo, você poderá acompanhar o palestrante Nick Vujicic que não apresenta membros superiores e inferiores. Acesse o conteúdo disponível em: Web: <https://www.youtube.com/watch?v=lxb1xG9LRYY>. FIM DO MATERIAL COMPLEMENTAR – WEB. INÍCIO DAS REFERÊNCIAS CIDADE, R. E.; FREITAS, P. S. Educação Física e Inclusão: considerações para a prática pedagógica na escola. Revista Integração, Brasília, a. 14, ed. esp., p. 26- 30, 2002. LIEBERMAN, L. J. Strategies for Inclusion: a handbook for Physical Educators. Champaign: Human Kinetics, 2002. SASSAKI, R. K. Inclusão: Construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997. SEABRA JUNIOR, L. Inclusão, necessidades especiais e educação física: considerações sobre a ação pedagógica no ambiente escolar. 2006. 119f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) - Faculdade de Educação Física, Unicamp, Campinas, 2006. SHERRILL, C. Adapted physical activity, recreation and sport: crossdisciplinary and lifespan. 5. ed. Boston: McGraw-Hill, 1998. VENTURINI, O. R. G.; RODRIGUES, M. B.; MATOS, G. D.; ZANELA, L. A.; JÚNIOR, P. L. R.; PAULA, R. R. G.; CUNHA, S. A.; FILHO, M. L. M. A importância da inclusão nas aulas de Educação Física escolar. Revista Digital, Buenos Aires, a. 15, n. 147, 2010. WINNICK, J. (org.). Educação física e esportes adaptados. Barueri: Manole, 2004. FIM DAS REFERÊNCIAS. INÍCIO DAS REFERÊNCIAS ON-LINE 1Em: <http://www.sbgg-sp.com.br/pub/atividades-da-vida-diaria-o-que-sao/>. Acesso em: 22 maio 2018. 2Em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_df.pdf>. Acesso em: 22 maio 2018. FIM DAS REFERÊNCIAS ON-LINE. INÍCIO DO GABARITO 1. B. 2. A Educação Física Adaptada é uma área da educação física que tem como objeto de estudo a motricidade humana para as pessoas com necessidades educacionais especiais, adequando metodologias de ensino para o atendimento às características de cada aluno com deficiência, respeitando suas diferenças individuais. 3. E. 4. C. 5. A. FIM DO GABARITO. FIM DA UNIDADE 3. INÍCIO DA UNIDADE IV INÍCIO DA FOLHA DE ABERTURA A EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA PARA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E VISUAL Professora Mestre Naline Cristina Favatto Objetivos de Aprendizagem ● Apresentar diversas possibilidades de aplicação e adaptação pedagógica para alunos com deficiência Visual. ● Apresentar diversas possibilidades de aplicação e adaptação pedagógica para alunos com deficiência Intelectual em seus diversos níveis de comprometimento. Plano de Estudo ● A Educação Física e a Deficiência Visual ● A Educação Física e a Deficiência Intelectual FIM DA FOLHA DE ABERTURA. INÍCIO DA INTRODUÇÃO Caro(a) aluno(a), chegamos à nossa quarta unidade, mas ainda precisamos estabelecer algumas relações entre a Educação Física Adaptada e as deficiências intelectuais e visuais. Lembram-se que já estudamos sobre o perfil de nosso aluno na Educação Especializada? Para que o aluno esteja matriculado nessa modalidade é preciso que ele apresente a deficiência intelectual, dessa forma, trabalharemos atividades desenvolvidas para esse público em seus diversos níveis de comprometimento. Além da deficiência intelectual, tratarei nesta unidade também sobre as diversas possibilidades de aplicação e adaptação pedagógica para alunos com deficiência visual. Em nosso percurso profissional, encontraremos alunos com diferentes deficiências, entre elas, a deficiência visual com e sem comprometimento intelectual. Sendo assim, ao nos propormos a planejar aulas para alunos deficientes visuais na rede regular de ensino é preciso lembramos que sua capacidade de aprender é igual aos demais alunos. O que se faz importante é saber como abordá- los, a fim de incluí-los e orientá-los para a participação nas diversas atividades realizadas nas aulas. Nesse momento, você ainda pode estar se perguntando, como vou conseguir estimular e ensinar esses alunos em minha turma? A resposta é simples: somente por meio do estudo e dedicação sobre as possibilidades de inclusão e adaptação das atividades! Não existe receita mágica! Em vários momentos, você irá se frustrar e irá perceber que “aquela” atividade aplicada não surtiu o efeito esperado, mas esse é o caminho em busca do êxito em suas aulas de Educação Física! Tendo esse enfoque, preparei esta unidade para ajudá-lo(a) a pensar na estrutura e organização para as aulas de Educação Física desde a Educação Infantil até o ensino médio com foco principal nas deficiências intelectual e visual. Ótima leitura! FIM DA INTRODUÇÃO. INÍCIO DO TÓPICO 1 1. A EDUCAÇÃO FÍSICA E A DEFICIÊNCIA VISUAL Em nossos estudos anteriores, constatamos que a deficiência visual não é caracterizada somente pela ausência total da visão, mas também pela baixa capacidade em enxergar. Em nosso percurso profissional, encontraremos tanto alunos cegos que participaram pouquíssimas vezes das aulas de educação física como alunos que fazem uso de óculos que apresentam resistência em realizar as aulas por medo de se machucar. Certamente você já deve ter estudado com alguém que apresentava dificuldade em enxergar e pelo alto grau de seus óculos não participava das aulas, e, quando participava, apresentava grande receio de ter seu rosto atingido por alguma bola, ou material similar, não é mesmo? Desde o nascimento, a criança que enxerga passa a estabelecer uma comunicação visual com o mundo exterior. Durante os primeiros anos de vida, ela é estimulada a olhar para tudo o que está à sua volta, sendo possível acompanhar o movimento das pessoas e dos objetos sem sair do lugar. Perceberam como a visão se sobressai sobre os demais sentidos? A visão ocupa uma posição primordial no que se refere à percepção e integração de formas, contornos, tamanhos, cores e imagens que estruturam a composição de uma paisagem ou de um ambiente. Nesse tocante, a cegueira caracteriza-se pela alteração grave ou total de uma ou mais das funções elementares da visão que afeta a capacidade de perceber cor, tamanho, distância, forma, posição ou movimento. Por sua vez, a baixa visão é definida como a redução do rol de informações que o indivíduo recebe do ambiente, restringindo a grande quantidade de dados que este oferece e que são importantes para a construção do conhecimento sobre o mundo exterior. A aprendizagem visual depende não apenas do olho, mas também da capacidade do cérebro de realizar as suas funções, de capturar, codificar, selecionar e organizar imagens fotografadas pelos olhos (SÁ; CAMPOS; SILVA, 2007). Comentado [1]: #DIAGRAMAÇÃO# Imagem Ilustrativa. INÍCIO DO RELITA Estamos acostumados a falar para quem enxerga e não nos atentamos aos detalhes rotineiros. FIM DO REFLITA. Falamos o tempo todo: “olha isso”, “nossa você viu?”, pois estamos acostumados a trabalhar apenas com alunos que enxergam. Por isso, é primordial falare orientar de forma clara com o aluno, como discutimos nas unidades anteriores e além disso valorizar seus outros sentidos. O Ministério da Educação, ao elaborar os documentos sobre o atendimento de alunos com deficiência visual na rede regular de ensino, esclarece que as informações tátil, auditiva, sinestésica e olfativa são mais desenvolvidas pelas pessoas cegas porque elas recorrem a esses sentidos com mais frequência para decodificar e guardar na memória as informações. O desenvolvimento aguçado da audição, do tato, do olfato e do paladar é resultante da ativação contínua desses sentidos diante da necessidade, pois os sentidos remanescentes funcionam de forma complementar e não isolada (SÁ; CAMPOS; SILVA, 2007). Sendo assim, nessa unidade, iniciaremos nossos estudos abordando não apenas a adaptação para deficiência visual, mas também iremos proporcionar aos alunos momentos de conscientização e vivência voltada à deficiência visual, uma vez que é primordial que você, futuro professor, trabalhe com as dificuldades, mesmo que não tenha nenhum aluno deficiente em sua turma. Já conversamos sobre isso em nossa terceira unidade! Atividade 1: Objetivo: Reconhecer o ambiente escolar. Material: vendas. Organização do espaço e da turma: todo ambiente escolar. Desenvolvimento: peça para que os alunos se organizem em duplas, um aluno será vendado e o outro deverá ser o seu guia. O guia deverá apoiar a mão no ombro do colega vendado e passar as orientações verbalmente. Nessa atividade, os alunos deverão caminhar por todo o espaço escolar (pátio, sala de aula, banheiro, biblioteca, refeitório e quadra). Depois os papéis serão invertidos, os guias serão vendados e deverão realizar o mesmo percurso. Ao final da aula, peça para que seus alunos relatem quais foram as dificuldades encontradas, e questione se a escola realmente atende às necessidades de acessibilidade arquitetônica ao aluno deficiente visual. Para alunos do Ensino Fundamental Anos Iniciais, você poderá realizar essa atividades apenas em torno da quadra esportiva. Essa atividade dará início a uma gama de atividades adaptadas para a deficiência visual! INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A figura representa o reconhecimento do ambiente escolar. A imagem mostra dois alunos, uma menina e um menino, a menina está com os olhos vendados com o braço esquerdo esticado para frente, e com a mão direita segurando a mão do seu colega que está em seu ombro. O menino está posicionado um pouco atrás dela, estão em um pátio coberto, ao fundo da imagem ao lado esquerdo tem algumas pessoas paradas em pé, e alguns bancos também. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Variações: os alunos manterão suas duplas e apenas um aluno estará vendado. No entanto, a orientação dada pelo guia será tátil e não mais verbal. Um toque no ombro direito ou esquerdo significam os lados que o aluno deverá seguir. Um toque no centro das costas significa seguir em frente e dois toques para parar. Um toque no braço significa alguma barreira, como degraus, mesas, cadeiras e até mesmo outros colegas, por isso ao receber um toque no braço o aluno deverá dar passos mais lentos. Atividade 2: Objetivo: Vivenciar a modalidade paralímpica Goalball. Material: vendas, bola e saco plástico. Organização do espaço e da turma: em um espaço de uma quadra de futsal ou gramado jogam de 2 a 3 alunos por equipe. O ambiente deve estar em silêncio, para que os alunos consigam ouvir o barulho produzido pela bola e, assim, se guiarem para a prática do esporte. Desenvolvimento: caso sua escola não apresente uma bola de guizo, não tem problema, você poderá adaptar envolvendo uma sacola plástica na bola, assim, ela fará barulho ao deslocar-se. Em duplas ou trios, os alunos deverão se organizar próximos ao gol. O objetivo do jogo é fazer gol, lançando a bola com as mãos em direção ao gol da equipe adversária. A outra equipe deverá defender seu gol, utilizando qualquer parte do corpo, por isso a necessidade de fazer silêncio, pois eles irão se guiar pelo barulho da bola. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A figura representa o esporte Goalball. A imagem apresenta três pessoas com os olhos vendados, que estão em uma quadra coberta, posicionados ao lado esquerdo da imagem uma das pessoas está com as mãos na cintura e a cabeça um pouco inclinada para frente, outra pessoa está ao lado parada em pé, e outra pessoa à direita da imagem segura em suas mãos uma bola que está dentro uma sacola plástica de cor branca. Ao fundo da imagem tem arquibancadas vazias em cor alaranjada, e ao fundo da imagem apresenta folhagens e árvores. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Atividade 3: Objetivo: Vivenciar a modalidade paralímpica Futebol de 5. Material: vendas, bola e saco plástico. Organização do espaço e da turma: em um espaço de uma quadra de futsal ou gramado jogam 5 alunos por equipe. O ambiente deve estar em silêncio, para que os alunos consigam ouvir o barulho produzido pela bola e, assim, se guiarem para a prática do esporte. Desenvolvimento: com 5 alunos em cada equipe o jogo apresenta as mesmas características do futsal, no entanto os jogadores de linha estão vendados, apenas os goleiros que não. O goleiro deverá orientar os demais alunos vendados de sua equipe. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A figura representa o esporte “Futebol de cinco”. A imagem apresenta uma quadra de esportes coberta, com algumas pessoas em pé e vendadas. Em primeiro plano estão um menino e uma menina, a menina está com um colete alaranjado e o menino com um colete azul, estão um de frente para o outro, e o menino está com a perna direita levemente erguida, com o pé em cima de uma bola em cor laranja. Ao fundo da imagem apresentam-se algumas pessoas, uma menina com colete alaranjado e duas pessoas com coletes azuis. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Variação: em duplas, um aluno estará vendado e o outro não. O aluno vendado deverá ser guiado pelo colega, contudo, o colega não poderá encostar na bola, apenas orientar verbalmente. Os goleiros poderão estar vendados ou não, é interessante realizar essas modificações, para ver com qual forma os alunos se identificam. INÍCIO DO SAIBA MAIS Bola com guizo é uma bola adaptada para a prática de esportes para deficientes visuais. Aparentemente uma bola normal, mas que apresenta um guizo em seu interior, que produz barulho quando em movimento. O barulho é utilizado como guia para estabelecer o contato com a bola. Fonte: a autora. FIM DO SAIBA MAIS. Atividade 4: Objetivo: Vivenciar as corridas de velocidade e de resistência. Material: vendas, bola, cordas. Organização do espaço e da turma: em um espaço de uma quadra de futsal ou gramado. Desenvolvimento: corrida orientada. Os alunos deverão se organizar em duplas e utilizarão a guia confeccionada (que se encontra na imagem abaixo). O aluno vendado será guiado pelo colega, fazendo uso da guia. Com esse auxílio, eles poderão realizar corridas de velocidade e de resistência. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A imagem representa a atividade “Guia”, em que apresenta o tronco de duas pessoas, em que é possível observar um fio verde em volta do braço esquerdo da pessoa que está ao lado esquerdo da imagem e que também está em volta do braço direito da pessoa posicionada ao lado direito da imagem, as duas pessoas estão ligadas pelo fio verde. Ambas estão vestindo camisetas brancas e calça preta, a pessoa do lado esquerdo da imagem está com uma blusa amarrada à cintura. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A imagem representa a atividade “corrida”. Estão dispostos em pé quatro meninos de frente para a imagem. Todos estão levemente inclinados para frente, com os joelhos levemente dobrados. Dispostos da esquerda para a direita em umgramado, o primeiro menino está com um colete laranja, mais ao fundo. Ao seu lado está um menino com colete azul, que está com os olhos vendados, que está um pouco mais a frente e está ao lado de outro menino com colete azul, este sem os olhos vendados, seguindo a direita, mais ao fundo, está o outro menino, que veste colete laranja e está com os olhos vendados. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Atividade 5: Objetivo: Vivenciar os lançamento e arremessos do atletismo. Material: vendas, dardo, peso e disco. Organização do espaço e da turma: gramado. Desenvolvimento: Os alunos deverão realizar os arremessos e lançamentos sem vendas, e após a aprendizagem dos movimentos realizar as atividades vendados. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A imagem representa o lançamento de dardo, em que está uma menina em pé e com os olhos vendados, ela tem em sua mão direita um dardo e seu braço está levemente levantado e dobrado na altura dos ombros. Ela segura o dardo em uma das extremidades, que está próxima ao ombro, deixando a outra extremidade mais elevada. Seu braço esquerdo está dobrado, próximo ao peito e com a mão fechada próxima ao queixo. Ela está em um ambiente aberto, com algumas árvores e em um gramado. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. É importante que você compreenda que essas são apenas algumas das diversas adaptações que poderão ser realizadas para o incentivo da inclusão de alunos com deficiência visual. Você poderá desenvolver outras atividades com seus alunos, sendo preciso apenas respeitar os pontos que comentamos até aqui, por exemplo: o grau de dificuldade do aluno, sua compreensão de espaço, o auxílio de um colega ou do professor sempre que necessário entre outros. Diante disso, em nosso próximo tópico, convido você a analisar as possibilidades de aplicação pedagógica para alunos com deficiência intelectual. FIM DO TÓPICO 1. INÍCIO DO TÓPICO 2 A EDUCAÇÃO FÍSICA E A DEFICIÊNCIA INTELECTUAL Na segunda unidade deste material, fomos convidados a conhecer a deficiência intelectual, suas características e possíveis etiologias. Após o entendimento dessa deficiência, o próximo passo será identificar quais as carências relacionadas à aprendizagem que esses alunos necessitam e, por consequência, qual o nosso papel ao encontrá-los durante o nosso percurso profissional. Por isso, a identificação do nível de comprometimento intelectual desse aluno é fundamental antes de iniciar seu planejamento. Nessa perspectiva, é relevante destacar que encontraremos alunos com diversos níveis de comprometimento intelectual e que, quanto maior for esse nível, maior será a possibilidade desse aluno estar em uma escola especializada. Da mesma maneira, podemos encontrar com maior frequência, alunos com menor comprometimento intelectual, cada vez mais inseridos na rede regular de ensino. Contudo, isso não é uma regra. Sobre as características do aluno com deficiência intelectual, Gimenez (2013) destaca que eles poderão apresentar, problemas de atenção e apatia para aprender, problemas de comunicação e de linguagem e problemas generalizados de compreensão de conceitos: 1. Problemas de atenção e apatia para aprender: estão relacionados à dificuldade de manter a atenção ao realizar tarefas solicitadas. Em relação à apatia para aprender, evidencia-se que deficientes intelectuais são menos ousados e acabam explorando menos o ambiente, quando comparado aos demais. 2. Problemas de comunicação e de linguagem: podem apresentar vocabulário restrito e dificuldade em se comunicar. 3. Problemas generalizados de compreensão de conceitos: a pessoa com deficiência intelectual apresenta dificuldade em compreender conceitos e estabelecer relações entre fatos, eventos entre outras questões. De acordo com o autor, esses problemas poderão gerar alguns comportamentos negativos no aluno com deficiência intelectual, como a agressividade e o afastamento do grupo, pois o medo do fracasso e a expectativa de sucesso são pontos muito evidentes e que precisamos sempre estar atentos. Diante dessas possibilidades, é importante que o professor de Educação Física elogie o aluno, com o objetivo de estimular sua autoconfiança e diminuir sua ansiedade. Perceberam como temos que nos policiar o tempo todo em nossa ação pedagógica para não privilegiar determinados alunos, assim como não cobrar deles o que não é possível ser realizado? O aluno deficiente intelectual é caracterizado por sua lentidão de movimentos, pela escolha de estratégias motoras inadequadas e pelo atraso em seu desenvolvimento. Por isso, faz-se importante promover atividades que estimulem o tempo de reação, o ritmo, a agilidade, o controle de força e o equilíbrio (GIMENEZ, 2013). Crianças com deficiência intelectual, apresentam dificuldade em relação à consciência corporal, sendo assim, ofereça atividades que estimulem os diversos elementos psicomotores, como: Esquema Corporal, Noção Espacial e Temporal, Coordenação Fina e Dinâmica Geral, Equilíbrio e Lateralidade. Atividade 1: Objetivo: Compreender o esquema corporal. Material: giz, caneta, material de encaixe. Organização do espaço e da turma: sala de aula. Desenvolvimento: a atividade abaixo foi desenvolvida com uma criança com deficiência intelectual de aproximadamente 6 anos de idade. Nela a professora desenha no quadro uma menina, e apenas solicita à aluna que ela o reproduza. Observe como ela apresenta dificuldade em distinguir braços e pernas. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A figura representa o esquema corporal. Na imagem está uma lousa, em que está escrito em canetão preto na parte superior “educação física 09- 10- 2013”, abaixo está uma linha na vertical ao meio da lousa, ao lado esquerdo está escrito “prof” e abaixo tem um desenho ilustrativo de uma pessoa com cabelos na altura dos ombros, olhos, boca, nariz, tronco, braços, mãos, pernas e pés. Ao lado direito está escrito “Amanda” e abaixo outro desenho ilustrativo de uma pessoa, em que apresenta cabeça, orelhas, olhos, boca, nariz e pescoço, abaixo do pescoço saem duas retas horizontais, uma para a direita e outra para a esquerda e que segue para a vertical em ambos os lados até a parte inferior da lousa. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Observe agora, na imagem abaixo, como uma criança da mesma idade sem deficiência intelectual realiza o mesmo desenho, e inclusive insere o chão, ação não solicitada pela professora. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Descrição: A figura representa o esquema corporal. Na imagem apresenta uma menina sentada no chão, ela está de costas, usando blusa sem manga, calça rosa florida, e tênis rosa. A sua frente tem um desenho feito com giz branco, de quadro negro, o desenho foi feito no chão. A mão direita da menina, está em cima da base do desenho, ela está com a mão fechada em cima. O desenho é de uma pessoa, com cabelos na altura dos ombros, ela apresenta olhos, nariz, boca, braços, pernas, tronco e pés. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Variações: peça para que as crianças formem duplas. Uma deverá ficar deitada no chão, e a outra com o giz deverá desenhar o colega. Pedir para a criança deitar com as pernas e braços abertos, assim como os dedos das mãos abertos. Após o desenho realizado no chão, peça para que os alunos desenhem os olhos, o nariz, a boca, o cabelo e as orelhas. Variações: ofereça aos alunos materiais de encaixe, para compreensão da estrutura corporal. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Figura 9 - Esquema Corporal Fonte: a autora. Descrição (Gerson): A figura mostra uma criança de gênero feminino, usando um moletom estampado com faixas largas e horizontais nas cores: verde, vermelho e branco, ela está brincando ajoelhada com mão direita apoiada no chão de azulejo, enquanto que sua mão esquerda tenta encaixar uma peça (o nariz) no primeiroesquema corporal, que possui o rosto de uma pessoa em um jogo de encaixe, algumas partes do rosto já estão encaixadas, ao lado deste há mais dois esquemas corporais: o segundo representa o esquema corporal feminino de uma criança de corpo inteiro e algumas partes estão encaixadas restando apenas os dois braços e uma perna para completar e o terceiro representa esquema corporal masculino de uma criança de corpo inteiro e as partes que representam a região torácica e o antebraço direito foram encaixados. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Variações: solicitar para que o aluno toque nas partes do corpo como: cabeça, pé, ombro, cotovelo, joelho, queixo e aumentar a velocidade dessas ações gradativamente. Essa atividade poderá ser realizada com música. Ainda sobre o desenvolvimento desse elemento psicomotor, destacam-se atividades como: deslocar-se variando o contato com o solo (de dois, três, quatro apoios). Transpor espaços e objetos com um pé só, com dois pés juntos, de costas, com passos grandes e pequeninos. Imitar personagens, realizar mímicas, brincar de estátua. Explorar materiais como: bolas, arcos, panos, caixas, cordas, colchões, pneus, jornais, cordões. Brincar de espelho, repetindo movimentos feito por alguém à sua frente, face a face (RAFAEL LOPES; VASCONCELOS MIRANDA, 2018). Atividades 2: Objetivo: Estimular a coordenação dinâmica geral e o equilíbrio. Material: cadeiras, arcos, cordas, cones. Organização do espaço e da turma: pátio, quadra ou gramado. Desenvolvimento: circuito motor. O professor deverá montar um circuito utilizando diversos materiais como cadeiras, arcos, cordas, cones, colchonetes, bolas. O circuito deverá conter diversas ações diferenciadas, como saltos, deslocamentos, rolamentos, equilíbrio, lançamentos. Todas as variações possíveis são bem-vindas nessa dinâmica de atividade. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Figura 10 - Circuito Motor Fonte: acervo Unicesumar. Descrição (Gerson): A figura mostra uma corda fixada nas colunas (pilares) de um dos corredores de uma escola, com arcos coloridos pendurados. Um dos alunos está entre passando pelos arcos, enquanto que os demais estão ao redor com os olhos direcionados aos arcos, rente à parede formando uma fila indiana. Todos os alunos estão uniformizados com camiseta rosa e na frente estampada a sigla APAE na vertical em caixa alta, alguns usam shorts, outros calças jeans e outros shorts e calças tactel e todos calçam tênis. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Variações: corridas com obstáculos variados espalhados pelo chão. Logo em seguida, pular corda no lugar e depois em deslocamento, arremessar objetos. Andar sobre marcas feitas no chão como fitas, entre diversas outras possibilidades. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Figura 11 - Circuito Motor Fonte: acervo Unicesumar. Descrição (Gerson): A figura mostra uma fotografia em que tem três pessoas vestindo camisetas rosas e na frente estampada a sigla APAE na vertical em caixa alta. Estão em um ambiente ao ar-livre, realizando um circuito motor com cones pequenos e alaranjados espaçados em fileira pelo chão. Uma das pessoas está próximo ao terceiro cone segurando uma bola branca e preta debaixo do braço direito, enquanto que as outras duas pessoas vistas parcialmente, até a altura dos ombros na parte superior direita da figura próximas ao circuito. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Figura 12 - Circuito Motor Fonte: acervo Unicesumar. Descrição (Gerson): A figura representa uma fotografia em um ambiente ao ar livre. Ao fundo, um grupo de pessoas vestindo camisetas rosas e na frente estampada a sigla da APAE na vertical em caixa alta, estão próximos de uma parede e em primeiro plano o pátio, em que uma pessoa que apresenta deficiência está de frente para imagem e está finalizando um circuito arcos coloridos posicionados ao chão em fila. A pessoa está sorrindo e usando óculos, chinelos vermelhos, shorts de cotton preto na altura dos joelhos e camiseta verde-claro. Ela está segurando uma bola laranja, enquanto, realiza as passadas pisando com um pé no interior de cada arco. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. INÍCIO DO SAIBA MAIS Existem várias modalidades possíveis para atletas com deficiência intelectual, porém, nos Jogos Paralímpicos, somente três esportes apresentam categorias para a deficiência intelectual, sendo estas: atletismo, hipismo, natação e tênis de mesa. Não há divisão de classes para atletas com deficiência intelectual, e todos competem entre si. Na natação e no atletismo, somente algumas provas são disponíveis para atletas destas modalidades. Por porventura, se o atleta apresentar deficiência intelectual e física, ele deverá optar por uma das duas formas de competição. Fonte: adaptado de Paratleta ([2018], online)1. FIM DO SAIBA MAIS. As atividades esportivas são muito bem-vindas para a estimulação do deficiente intelectual, mas muitos deles não irão compreender as regras de determinadas modalidades, o que não significa que elas não deverão ser trabalhadas. Mais um vez, precisaremos adaptar essas modalidades, só que neste momento, respeitando sempre a compreensão do aluno. Você pode estar se perguntando: como inserir os demais conteúdos estruturantes quando meu aluno já está no Ensino Fundamental, Ensino Médio ou já é adulto em uma escola especializada? A resposta é simples: desenvolva esses conteúdos normalmente. Possivelmente você vai perceber que a maioria desses alunos apresentam dificuldade em compreender as regras, mas isso não impossibilita a prática de esportes. Atividade 3: Objetivo: Estimular a coordenação dinâmica geral por meio de atividades esportivas coletivas e individuais. Material: bolas de basquete, de futsal, de handebol e de voleibol. Organização do espaço e da turma: pátio, quadra ou gramado. Desenvolvimento: o aluno deverá percorrer um caminho preestabelecido quicando uma bola com a mão, ou a conduzindo com os pés em direção ao gol. Posteriormente realizar arremessos, gols e lançamentos. Essas atividades poderão ser realizadas com aluno deficientes intelectuais que apresentam ou não algum comprometimento motor. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Figura 13 - Basquete Adaptado Fonte: acervo Unicesumar. Descrição (Gerson): A figura representa uma fotografia em um ambiente ao ar livre, em que uma menina cadeirante está com uma bola de basquete em seu colo e está em frente à uma cesta de basquete. Ela está acompanhada por duas pessoas. Uma das pessoas é do gênero feminino, e está atrás da menina segurando nas manoplas da cadeira de rodas, enquanto que, a outra pessoa está a sua frente e ao lado esquerdo da tabela da cesta de basquete, com as mãos estendidas próximas a bola que está no colo da menina. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Variações: realizar os fundamentos do voleibol e trocar passes das variadas modalidades esportivas. Variações: aplicar as modalidades propriamente ditas, e modificar as regras de acordo com a compreensão dos alunos. Atividade 4: Objetivo: Estimular a coordenação dinâmica geral por meio de atividades esportivas coletivas e individuais. Material: bolas de tênis de mesa, de quadra ou de frescobol. Organização do espaço e da turma: pátio, quadra ou gramado. Variações: aplicação do tênis de mesa. Você futuro professor poderá modificar o tênis de mesa, possibilitando que a bola quique mais de uma vez na mesa. A ausência de mesa específica não é um problema, pois você poderá realizar essas atividades com as mesas do refeitório da escola. Variações: tênis de quadra sem rede, apenas com as raquetes e um espaço menor entre os alunos. As raquetes e bolas utilizadas também poderão ser as de frescobol. Atividade 5: Objetivo: Estimular a coordenação dinâmica geral por meio do atletismo. Material: dardo, peso, disco. Organização do espaço e da turma: gramado ouareia. Desenvolvimento: realizar arremessos e lançamentos do atletismo. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Figura 14 - Arremesso de peso Fonte: acervo Unicesumar. Descrição (Gerson): A figura representa uma fotografia, vista de frente, de um grupo de pessoas vestindo camisetas rosas e na frente estampada a sigla da APAE na vertical em caixa alta. Estão em um ambiente ao ar livre, na areia. Em primeiro plano estão três pessoas, uma dessas pessoas está a frente com o tronco levemente inclinado, com o ombro direito para frente e o ombro esquerdo para trás, a sua frente está o peso de arremesso no ar, próximo ao chão. As outras duas pessoas estão mais atrás. Ao fundo da imagem há algumas pessoas e algumas plantas. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Atividade 6: Objetivo: Estimular e desenvolver diversos elementos psicomotores por meio da dança. Material: rádio. Organização do espaço e da turma: quadra ou pátio. Desenvolvimento: como já destacamos em nossa terceira unidade, atividades rítmicas são muito importantes, e para a deficiência intelectual não seria diferente. Proporcione aos seus alunos a possibilidade de ouvir diferentes tipos musicais e ensinar seus passos básicos. Ao contrário do que muitos pensam, esses alunos apresentam grande destaque na dança, como podemos observar em diversos festivais de escolas especializadas. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM Figura 15 - Dança Fonte: acervo Unicesumar. Descrição (Gerson): Na figura observa-se um grupo de alunos em primeiro plano dançando em um espaço coberto e mais ao fundo, em segundo plano, há algumas pessoas em pé e outros em cadeiras de rodas. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. FIM TÓPICO 2. INÍCIO DAS CONSIDERAÇÕES FINAIS Prezado(a) aluno(a), pudemos perceber que as possibilidades de aplicação pedagógica do professor de Educação Física é vasto. Esta ação requer, necessariamente, reflexão e estudo acerca da aplicabilidade pedagógica das diversas atividades, assim como uma conscientização da importância da inserção de alunos com deficiências na Educação Física, a fim de contribuir para o desenvolvimento afetivo, social e intelectual de alunos. De maneira específica, tratamos as diferentes possibilidades de adaptação para os alunos que apresentam deficiências intelectuais e visuais, sempre respeitando os níveis de comprometimento. Por isso, estudamos as atividades respeitando a capacidade e a especificidade de cada deficiência, e promovemos momentos de reflexão pautados na socialização e aprendizagem desses alunos, sendo esse um fator importante em sua prática pedagógica, uma vez que é preciso respeitar as limitações de nossos alunos. Entendemos que as crianças ou jovens que apresentam essas deficiências, precisam estar inseridos nas aulas de Educação Física, uma vez que essa ação permanente contribuirá não somente para o desenvolvimento e aprendizagem do aluno, mas também para conseguir se integrar com os colegas de forma dinâmica. Para tanto, mais uma vez destacamos a importância do professor de Educação Física em promover momentos ricos de inclusão e aprendizagem. Encerramos esta unidade tendo a perspectiva de que você tenha compreendido que as aulas de Educação Física escolar são uma ferramenta de inclusão social e de respeito às diferenças. Desejo que os assuntos abordados nesta unidade tenha permitido a você maior domínio e segurança para o desenvolvimento de um trabalho inclusivo no ambiente escolar e que você tenha compreendido, que a inclusão de alunos com deficiência nas aulas de Educação Física é seu dever. FIM DAS CONSIDERAÇÕES FINAIS. INÍCIO DAS ATIVIDADES DE ESTUDO 1. A capacidade visual ocupa uma posição primordial no que se refere à percepção e integração de formas, tamanhos, cores e imagens. Considerando os diversos pontos destacados em nosso material de estudo sobre deficiência visual analise as afirmativas abaixo: I. As informações tátil, auditiva, sinestésica e olfativa são mais desenvolvidas pelas pessoas cegas. II. A cegueira se caracterizada pela alteração grave ou total de uma ou mais das funções elementares da visão. III. A baixa visão é compreendida pela redução do rol de informações visuais que o indivíduo recebe do ambiente de forma restrita. É correto o que se afirma em: a. I, II apenas. b I apenas. c I, III apenas. d. II, III apenas. e I, II, e III. 2. Nesta unidade, fixamos nossos estudos de maneira específica nas deficiências intelectual e visual. Desenvolvemos diversas atividades pedagógicas que atenderam as especificidades de ambas as deficiências. Considerando os assuntos abordados nesta unidade, avalie as afirmações a seguir com V para verdadeiras e F para falsas: I. Atividades que estimulam o tempo de reação, o ritmo e a agilidade são fundamentais nas aulas de educação física para o estímulo do aluno deficiente intelectual. II. Atividades que estimulam a percepção espacial são fundamentais nas aulas de educação física para o estímulo do aluno deficiente visual. III. Atividades que estimulam o controle de força e o equilíbrio são fundamentais nas aulas de educação física para o estímulo do aluno deficiente intelectual. As afirmações I, II e III são, respectivamente: a) F; V; F. B) V; F; F. C) F; V; V. D) V; V; V. E) V; V; F. 3. Gimenez (2013) aponta que o aluno com deficiência intelectual poderá apresentar problemas de atenção e apatia para aprender, problemas de comunicação e de linguagem e problemas generalizados de compreensão de conceitos. Sobre os respectivos problemas, analise as afirmativas abaixo: I. Problemas de atenção são evidenciados em alunos com deficiência intelectual, os quais são ousados e acabam explorando mais o ambiente quando comparado aos demais alunos. II. Problemas de comunicação e de linguagem: podem apresentar vocabulário restrito e dificuldade em se comunicar. III. Problemas generalizados de compreensão de conceitos: a pessoa com deficiência intelectual apresenta dificuldade em compreender conceitos e estabelecer relações entre fatos, eventos entre outras questões. IV. Problemas de apatia são evidenciados em alunos com deficiência intelectual, os quais são menos ousados e acabam explorando menos o ambiente quando comparado aos demais alunos. É correto o que se afirma em: a. I, II apenas. b. I, III, IV apenas. c. III, IV apenas. d. II, III, IV apenas. e. I, II, III, IV. 4. Em nosso material didático, estudamos sobre as salas de recursos multifuncionais que prestam atendimento educacional especializado para diferentes deficiências. Dentre elas, a Sala de Recurso Multifuncional Tipo II destina-se ao atendimento de pessoas cegas e baixa visão. Sobre as características dessa sala, avalie as afirmações a seguir como V para verdadeiras e F para falsas: I. Poderão frequentar essas salas alunos cegos, de baixa visão ou outros acometimentos visuais, a partir de seis (06) anos, regularmente matriculados na Educação Básica e/ou outras modalidades. II. As Salas de Recursos Multifuncionais Tipo II poderão se estabelecer em escola da rede pública, instituições comunitárias ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com a Secretaria de Educação. III. Para atuar nas salas de Recursos Multifuncionais Tipo II basta o profissional apresentar formação em qualquer curso de graduação seja na licenciatura ou demais áreas do conhecimento. As afirmações I, II e III são, respectivamente: a) F; V; F. B) V; F; F. C) V; V; F. D) F; F; V. E) F; V; V. 5. Em alguns momentos, a agressividade e o afastamento do grupo serão características de alunos com deficiência intelectual da rede regular de ensino. Essas reações ocorrem porque o aluno sente medo de fracassar e ao mesmo tempo apresenta grande expectativa de sucesso nas ações solicitadas pelo professor. Diante disso, descreva como deve ser a posturado professor de Educação Física. FIM DAS ATIVIDADES DE ESTUDO. INÍCIO DA LEITURA COMPLEMENTAR AEE - Salas de Recurso Multifuncional para Deficientes Visuais As Salas de Recursos Multifuncionais Tipo II e/ou o Centro de Atendimento Educacional Especializado na Área da Deficiência Visual – CAEDV destina-se ao atendimento de pessoas cegas, de baixa visão ou outros acometimentos visuais (ambliopia funcional, doenças progressivas e distúrbios de alta refração). Quem poderá frequentar essas salas - Alunos cegos, de baixa visão ou outros acometimentos visuais em faixa etária de zero a cinco (5) anos, preferencialmente, matriculados na Educação Infantil. - Alunos cegos, de baixa visão ou outros acometimentos visuais, a partir de seis (06) anos, regularmente matriculados na Educação Básica e/ou outras modalidades. - Pessoas cegas ou baixa visão que necessitam de atendimento complementar e suplementar como Orientação e Mobilidade, Sistema Braille, Atividades de Vida Autônoma e Social dentre outros, por tempo determinado. Requisitos para a matrícula Os pais e/ou responsáveis pelo aluno deverão apresentar na matrícula o diagnóstico oftalmológico que comprove a deficiência visual. Dentro desse contexto, caberá ao professor especializado realizar, no momento do ingresso, avaliação pedagógica para identificar conhecimentos apropriados em relação à Orientação e Mobilidade, Sistema Braille, Metodologia do Soroban, necessidade de ampliação de textos, estimulação visual dentre outros, de modo a desenvolver proposta pedagógica que contemple a especificidade do aluno, bem como deverá propor orientações para o acesso ao currículo para o professor do ensino regular e encaminhamentos complementares, quando necessário. Em que espaços esses salas se estabelecem? As Salas de Recursos Multifuncionais Tipo II poderá se estabelecer em escola da rede pública, instituições comunitárias ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com a Secretaria de Educação. Esse atendimento ocorrerá sempre em contraturno. O espaço físico para o AEE, deverá considerar: sala de aula com espaço, localização, salubridade, iluminação e ventilação adequados. Materiais pedagógicos: a mantenedora do Estabelecimento de Ensino deverá prever e prover recursos materiais, técnicos e/ou tecnológicos específicos, que viabilizem o acesso à comunicação, à informação e à educação dos alunos com deficiência visual. Os materiais pedagógicos, cedidos pelo Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional, farão parte do acervo dos CAEDVs, e deverão ser realocados em caso de transferência de endereço do serviço. Os recursos que compõem o Kit da Sala de Recursos Multifuncionais podem ser disponibilizados para os alunos realizarem seus estudos e tarefas, tanto na escola quando em sua casa. Para tanto, é preciso a assinatura de termo de responsabilidade. Esses equipamentos são de uso exclusivo do aluno e do professor do AEE, não podendo ser utilizados para outros fins. Quando for cessada a Sala de Recursos Multifuncionais ou não tiver mais os alunos indicados no Censo Escolar/INEP, o diretor do estabelecimento de ensino deve comunicar à equipe de educação especial. Quem pode atuar nessas salas Para atuar nas Salas de Recursos Multifuncionais Tipo II ou no Centro de Atendimento Educacional Especializado na Área da Deficiência Visual – CAEDV, o professor deverá comprovar sua formação em curso de licenciatura e cursos de pós-graduação específico para educação especial. Fonte: adaptada de Sá, Campos, Silva (2007). FIM DA LEITURA COMPLEMENTAR. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – LIVRO Título: Direito à Diferença: Uma Reflexão Sobre Deficiência Intelectual e Educação Inclusiva Autor: Miriam Pan Editora: Intersaberes Sinopse: em O direito à Diferença, a autora aborda que não é apenas a garantia constitucional da inclusão das pessoas com deficiência intelectual na educação que vai fazer que ela seja de qualidade. Ela faz o leitor refletir e compreender que as diferenças devem ser notadas e respeitadas não somente na escola. Só assim a inclusão deixa de ser um ato fragmentado e passa a ser verdadeiro. FIM DE MATERIAL COMPLEMENTAR – LIVRO. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – LIVRO Título: Deficiência Visual Na Escola Inclusiva Autor: Carlos Fernando França Mosquera Editora: Intersaberes Sinopse: este livro chama a atenção da sociedade brasileira para a educação dos deficientes visuais, propondo-se como ferramenta de debate, aprendizagem e análise dos caminhos que nossas escolas têm trilhado ao procurar trabalhar com as diferenças em sala de aula. Por meio de uma abordagem simples e acessível a educadores, pais e à sociedade em geral, o livro retrata esse tema tão polêmico com maestria, propondo alternativas para que se possa aprimorar o processo de ensino-aprendizagem do deficiente visual, garantindo-lhe acesso ao conhecimento e à cidadania. FIM DE MATERIAL COMPLEMENTAR – LIVRO. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – FILME Título: Uma Lição de Amor Ano: 2002 Sinopse: Sam Dawson é um pai com problemas mentais que toma conta de sua filha Lucy com a ajuda de um grupo de amigos. Quando Lucy faz sete anos e começa a ultrapassar seu pai intelectualmente, o seu vínculo é ameaçado quando sua vida nada convencional chama a atenção de uma assistente social que quer que Lucy seja colocada em um orfanato. FIM DE MATERIAL COMPLEMENTAR – FILME. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – WEB Neste vídeo, você poderá acompanhar o documentário sobre a deficiência visual “Janela da Alma” Física. Acesse o conteúdo disponível em: Web: <https://www.youtube.com/watch?v=mIi4FTKRDkk>. Neste vídeo, você poderá acompanhar uma análise sobre o que é a deficiência intelectual. Acesse o conteúdo disponível em: Web: <https://www.youtube.com/watch?v=W1qVdKTtStA>. Neste vídeo, você poderá acompanhar uma entrevista com Marcos Mion sobre como descobriu que seu filho era autista. Acesse o conteúdo disponível em: Web: <https://www.youtube.com/watch?v=Y9Fgywuls2s>. FIM DE MATERIAL COMPLEMENTAR – WEB. INÍCIO DAS REFERÊNCIAS GIMENEZ, R. Atividade Física e Deficiência Intelectual. In: GREGUOL, M.; COSTA, R. F. Atividade Física Adaptada: Qualidade de Vida para Pessoas com Necessidades Especiais. 3. ed. Barueri: Manole, 2013. RAFAEL LOPES, M. C.; VASCONCELOS MIRANDA, M. G. Desenvolvimento Psicomotor na Infância. Maringá: UniCesumar, 2018. SÁ, E. D.; CAMPOS, I. M. C.; SILVA, M. B. C. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Secretaria de Educação a Distância. Atendimento Educacional Especializado: Deficiência Visual. Formação Continuada a Distância. Brasília: SEESP; SEED; MEC, 2007. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_dv.pdf>. Acesso em: 23 maio 2018. FIM DAS REFERÊNCIAS. INÍCIO DAS REFERÊNCIA ON-LINE 1Em: <http://www.paratleta.com.br/deficientes-intelectuais>. Acesso: 23 maio 2018. FIM DAS REFERÊNCIA ON-LINE. INÍCIO DO GABARITO 1.E. 2.D. 3.D. 4.C. 5.É importante que o professor de Educação Física elogie o aluno, com o objetivo de estimular sua autoconfiança e diminuir sua ansiedade, não privilegie nenhum aluno, assim como não aplique atividades que não são possíveis de serem realizadas por todos. FIM DO GABARITO. FIM DA UNIDADE IV. INÍCIO DA UNIDADE V INÍCIO DA FOLHA DE ABERTURA A DEFICIÊNCIA E OS JOGOS PARALÍMPICOS Professora Mestre Naline Cristina Favatto Objetivos de Aprendizagem ● Compreender a origem dos jogos Paralímpicos e suas contribuições ao longo da história. ● Conhecer as principais características dos esportes adaptados que compõem as competições Paralímpicas na atualidade. Plano de Estudo ● Origem dos Jogos Paralímpicos ● Caracterização dos esportes Paralímpicos adaptados FIM DA FOLHA DE ABERTURA. INÍCIO DA INTRODUÇÃO Ao longo da história,o esporte adaptado percorreu caminhos importantes para se estruturar no que hoje conhecemos como Jogos Paralímpicos. Nossa quinta unidade tem como objetivo estudar a origem dos jogos paralímpicos e sua fundamental relevância para as pessoas com diversos tipos de deficiência. Isso porque, no decorrer de nossos estudos, observaremos que os jogos paralímpicos apresentam diversas modalidades para diferentes deficiências, como: intelectual, motora e visual. Diante disso, iremos conhecer as características das vinte e duas modalidades adaptadas que atualmente estão presentes nas paralimpíadas, assim como suas categorias e classificações. Sobre essa temática, também estudaremos como se dá a implantação dessas modalidades dentro das escolas. Essas questões serão analisadas no decorrer desta unidade, constituída de dois tópicos. Entender como ocorre a inserção de pessoas com variadas deficiências no esporte adaptado é extremamente relevante, pois além de ser uma forma de reabilitação para os atletas, proporciona um grande sentimento de superação e inclusão no esporte de alto rendimento. A partir desse conhecimento, você futuro professor poderá refletir sobre as possibilidades de adaptação em suas aulas, a fim de incentivar a prática de esportes para todos os alunos, respeitando suas limitações e instigando suas potencialidades. Os assuntos abordados nesta unidade proporcionarão a você futuro professor de Educação Física maior compreensão do conteúdo e, por consequência, maior aplicabilidade dos esportes adaptados em sua escola, com o intuito de incluir os alunos com deficiência em pequenas competições esportivas. Além disso, você também conhecerá os principais objetivos e características das paralimpíadas escolares e compreenderá sua organização em âmbito municipal, estadual e federal. Vamos ao trabalho! FIM DA INTRODUÇÃO. INÍCIO DO TÓPICO 1 ORIGEM DOS JOGOS PARALÍMPICOS O nome paralimpíadas advém de olimpíadas. A palavra é uma junção dos termos “para” (expressão grega allelois, que significa “um ao lado do outro”) e olimpíada (de Olímpia, região que originou os jogos desportivos em 776 a.C., de olympos). Os Jogos paralímpicos apresentam diversas modalidades, assim como os jogos olímpicos, no entanto, eles são direcionados apenas para pessoas que apresentam dificuldades ou deficiências físicas ou sensoriais. A origem dos Jogos paralímpicos expressa uma relação muito interessante com a Segunda Guerra Mundial. Muitos soldados que sobreviveram após os combates foram mutilados, perderam algum membro ou sofreram lesões medulares, impossibilitando assim a capacidade de locomover-se de forma independente. O médico Ludwig Guttman, ao encontrar esses soldados no hospital em processo de reabilitação, começou a organizar jogos internos com o intuito de tornar a recuperação deles um pouco mais prazerosa. Inicialmente Ludwig Guttman adaptou o basquete, tiro com arco, dardos e bilhar, e começou a aplicar entre os soldados e, logo, o que era apenas utilizado como meio de reabilitação tornou-se um dos primeiros jogos destinados às pessoas que apresentavam deficiência física. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM A figura representa um jogo de basquete em cadeira de rodas nos EUA 1949. A imagem está em preto e branco mostra algumas pessoas em cadeiras de rodas, eles estão espalhados por um pátio, ao fundo vemos um casarão com uma grande entrada, ao lado dessa entrada estão algumas pessoas sentadas. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. O Comitê Paralímpico Brasileiro relata que Ludwig Guttman organizou uma competição esportiva que envolvia soldados veteranos da Segunda Guerra Mundial com lesão medular. O evento foi realizado em Stoke Mandeville, na Inglaterra, quatro anos depois. Competidores da Holanda uniram-se aos jogos e, assim, nasceu um movimento internacional, atualmente denominado de movimento paralímpico. Tal movimento possibilitou que os jogos para atletas com deficiência fossem organizados pela primeira vez em Roma, em 1960. INÍCIO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM A Figura apresenta o tiro com arco de 1960. A imagem está em preto e branco. Tem quatro homens a frente sentados em cadeira de rodas e todos com um arco apoiado nas pernas, atrás dos mesmos quatro mulheres segurando as cadeiras, e ao fundo à direita vemos mais duas cadeiras de Rodas sendo apoiadas e ocupadas pelos participantes. E ao fundo da imagem um casarão. FIM DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM. Ao longo dos anos, os jogos paralímpicos foram ganhando força e novos esportes voltados à pessoa com deficiência foram criados, assim como novas adaptações de esportes já existentes foram inseridos nos jogos. Atualmente, os Jogos Paralímpicos caracterizam-se como o maior evento de esporte adaptado de alto rendimento. Em 1960, quatrocentos atletas participaram dos Jogos Paralímpicos de Verão em Roma, em 2016 foram mais de 4 mil atletas, de 176 países (COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO, [2018], on-line)3. Observaram que foi por meio da ideia genial de um médico em tornar o esporte uma forma de reabilitação que levou hoje ao que conhecemos como Paralimpíadas? Fantástico, não é mesmo? INÍCIO DO REFLITA Sua cidade ou região apresenta algum projeto ou incentivo direcionado à prática de esportes para pessoas com deficiência? FIM DO REFLITA. FIM DO TÓPICO 1. INÍCIO DO TÓPICO 2 CARACTERIZAÇÃO DOS ESPORTES PARALÍMPICOS ADAPTADOS O esporte adaptado chegou no Brasil no final da década de 50, por meio de Robson de Almeida e Sérgio Del Grande, quando retornaram dos Estados Unidos, após vivenciarem o esporte adaptado. Em 1958, em São Paulo, Sérgio Del Grande fundou o Clube dos Paraplégicos e, no mesmo ano, Robson de Almeida, fundou no Rio de Janeiro o Clube do Otimismo. A primeira participação internacional brasileira foi na modalidade de basquetebol sobre rodas no 2° Jogos Pan Americanos na Argentina, em 1969. Nos Jogos Paralímpicos, a participação de atletas brasileiros foi em 1972, na IV Paralimpíada na Alemanha, na modalidade de bocha (GORGATTI; COSTA, 2008). O esporte adaptado atribui sentido à vida de vários atletas, além disso desempenha a função de incluir a percepção de competência e identidade pessoal como atleta e não como deficiente físico. Atualmente o esporte para esta população caminha para o alto rendimento e o nível técnico dos atletas impressiona cada vez mais o público e os estudiosos da área de Educação Física (GORGATTI; COSTA, 2008). Sendo assim, convido vocês a partir de agora a conhecer os esportes adaptados mais conhecidos no âmbito internacional! 2.1 Modalidades Atualmente os Jogos Paralímpicos apresentam 22 modalidades com diversas categorias para a participação de pessoas com variadas deficiências como: visual, física e intelectual. Entre elas estão pessoas com sequelas de poliomielite, de traumatismo crânio-encefálico, de acidentes vasculares cerebrais, doenças congênitas, pessoas com baixa visão ou cegueira total e diversas outras deficiências compreendidas desde o nascimento ou desenvolvidas ao longo do tempo. 2.1.1 Atletismo O atletismo Paralímpico, assim como o olímpico apresenta provas de pista, rua e campo, com provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos. Atualmente, é o esporte com maior número de categorias e participantes nos Jogos Paralímpicos. Sua classificação funcional ocorre da seguinte forma: para provas de pista, utiliza- se a letra T e, para as provas de campo, utiliza-se a letra F: CLASSES ATLETAS F11 a F13 / T11 a T13 Deficiência visual T11 Deficiência visual. O atleta corre ao lado do atleta-guia e usa o cordão de ligação. No salto em distância, é auxiliado por um apoio. T12 Deficiência visual. O atleta necessita de um atleta-guia e apoio no salto é opcional. T13 Deficiência visual. Caracteriza-se pela ausência de atleta-guiae de apoio no salto. F20 / T20 Deficiência intelectual F31 a F38 / T31 a T38 Deficiência motora. Paralisados cerebrais cadeirantes e andantes. F40 a F41 Deficiência motora. Para atletas anões. F42 a F46 / T42 a T46 Deficiência motora. Destinadas a amputados ou deficiência nos membros superiores ou inferiores. F51 a F57 / T51 a T54 Deficiência motora. Compreendidas pelas competições em cadeiras de rodas (sequelas de lesão medular, poliomielite, amputações). O atletismo apresenta provas para atletas com deficiência física, visual e intelectual, composta por provas destinadas ao gênero feminino e masculino. INÍCIO DO SAIBA MAIS O Brasil já conquistou 142 medalhas no Atletismo em Jogos Paralímpicos: 40 de ouro, 61 de prata e 41 de bronze, sendo a modalidade que apresenta maior número de medalhas. A natação é a segunda modalidade com maior número de medalhas, com 102 medalhas em Jogos Paralímpicos, sendo 32 de ouro, 34 de prata e 36 de bronze. Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro ([2018], on-line)4. FIM DO SAIBA MAIS. 2.1.2 Basquete em Cadeira de Rodas Como pudemos observar no início desta unidade, o basquete em cadeira de rodas foi um dos primeiros esportes adaptados a ser praticado e disputado por pessoas com deficiência física. Grande parte das regras do basquete olímpico foram preservadas, sendo praticado por usuários de cadeiras de rodas. Sua categoria é única. O basquete em cadeira de rodas é designado exclusivamente para atletas com deficiência física, composta por provas destinadas ao gênero feminino e masculino (COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO, [2018], on-line)3. 2.1.3 Bocha A bocha convencional é um esporte praticado há muitos anos, principalmente por idosos, em clubes e associações. As regras da bocha convencional também não se distanciam da bocha adaptada. As principais diferenças se dá pelo posicionamento dos jogadores e o auxílio ou não de instrumentos que possibilitam a execução dos movimentos necessários. A bocha olímpica apresenta quatro categorias (COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO). CLASSES ATLETAS BC1 Deficiência motora. Opção de auxílio de ajudantes. BC2 Deficiência motora: não recebem auxílio. BC3 Deficiência motora. Utilizam instrumento auxiliar e/ou ajuda de outra pessoa (para deficiência severa). BC4 Deficiência motora. Não recebem auxílio (para deficiência severa). A bocha é designada exclusivamente para pessoas com deficiência física, composta por provas destinadas ao gênero feminino e masculino. 2.1.4 Canoagem A canoagem é designada exclusivamente para pessoas com deficiência física, composta por provas destinadas ao gênero feminino e masculino. Conforme destaca o Comitê Paralímpico brasileiro, a canoagem é dividida em três categorias: CLASSES ATLETAS KL1 Deficiência motora. Classe em que o atleta usa somente os braços na remada. KL2 Deficiência motora. Classe em que o atleta usa tronco e braços na remada. KL3 Deficiência motora. O atleta usa tronco, braços e pernas. 2.1.5 Ciclismo O ciclismo apresenta provas para atletas com deficiência física, visual e paralisia cerebral, composta por provas destinadas ao gênero feminino e masculino (COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO, [2018], on-line)3. O ciclismo é dividido em quatro categorias: CLASSE ATLETA H1 a H5 Deficiência motora. O atleta impulsiona a bicicleta adaptada com os braços (handbike). T1 e T2 Deficiência motora. Para atletas paralisados cerebrais (utilizam um triciclo). C1 a C5 Deficiência motora. Para atletas com deficiência físico-motora e amputados (atletas competem em bicicletas convencionais). Tandem Deficiência visual. Para atletas deficientes visuais (bicicleta apresenta dois lugares). 2.1.6 Esgrima em Cadeira de Rodas A esgrima paralímpica também apresenta a maior parte das regras da esgrima olímpica; a diferença mais relevante é o posicionamento dos atletas, destinado apenas para usuários de cadeiras de rodas. A esgrima exibe três categorias: CLASSE ATLETA Classe A Deficiência motora. Para atletas com mobilidade no tronco (amputados ou limitação nos movimentos). Classe B Deficiência motora. Para atletas com menor mobilidade no tronco e equilíbrio. Classe C Deficiência motora. Para atletas com tetraplegia com comprometimento de mãos, braços e tronco. Perceba que, apesar de contar apenas com usuários de cadeiras de rodas, é levado em consideração a mobilidade e comprometimento dos membros superiores (COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO, [2018], on-line)3. A modalidade é designada exclusivamente para pessoas com deficiência física, composta por provas destinadas ao gênero feminino e masculino. Nos Jogos Paralímpicos existem duas modalidades de futebol, uma destinada somente para atletas com deficiência visual e outra apenas para atletas com paralisia cerebral. Vamos conhecê-las? 2.1.7 Futebol de Cinco Esporte exclusivamente para atletas cegos ou com baixa visão. O futebol de cinco apresenta três categorias, B1, B2 e B3, no entanto, nos jogos paralímpicos participam apenas a categoria B1 composta por atletas cegos totais ou com percepção de luz, sendo no total cinco atletas em campo. Todos os atletas precisam usar esse tampão durante a partida, visto que nenhuma faixa de luz poderá ser identificada. O futebol de cinco é destinado exclusivamente para pessoas com deficiência visual do gênero masculino (COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO, [2018], on-line)3. 2.1.8 Futebol de Sete O futebol de sete apresenta apenas uma categoria, contudo cada time deverá ter em sua equipe, no máximo, um atleta menos comprometido e, no mínimo, um atleta mais comprometido, sendo no total sete atletas em campo. O futebol de sete é destinado somente para atletas com paralisia cerebral do gênero masculino com sequelas de traumatismo crânio-encefálico ou de acidentes vasculares cerebrais (COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO, [2018], on-line)3. 2.1.9 Goalball O Goalball é um esporte que se destaca nos Jogos Paralímpicos, mas você sabe o porquê? De acordo com o Comitê Paralímpico brasileiro, o Goalball foi criado exclusivamente para atletas cegos ou com baixa visão. Como vocês puderam notar, essa é a primeira modalidade adaptada que trabalhamos que não se originou de uma modalidade já existente, ou seja, ela foi criada especialmente para esse público em específico. O esporte apresenta três categorias: CLASSE ATLETA B1 Deficiência visual. Para atletas cegos totais ou com percepção de luz. B2 Deficiência visual. Para atletas com percepção de vultos. B3 Deficiência visual. Para atletas que conseguem definir imagens. O Goalball é exclusivamente para atletas com deficiência visual, composta por provas destinadas ao gênero feminino e masculino. 2.1.10 Halterofilismo De acordo com o Comitê Paralímpico brasileiro, o halterofilismo é caracterizado pelo movimento chamado supino, deitados em um banco. Durante a disputa, as tentativas de levantamento de peso realizada pelos atletas é avaliado por três árbitros. Dentro desse contexto, a bandeira branca valida o movimento e a vermelha caracteriza o movimento como inválido. Cada atleta apresenta três tentativas de movimento. Para que esses movimentos sejam considerados, o atleta precisa ter, pelo menos, duas bandeiras brancas, na qual é considerado o maior peso levantado entre as três tentativas. Os atletas competem em categorias de acordo com o peso corporal, assim como na versão olímpica. A modalidade é designada para atletas com deficiência física (deficiência nos membros inferiores, amputados, lesionados medulares) e paralisados cerebrais, composta por provas destinadas ao gênero feminino e masculino. 2.1.11 Hipismo Os atletas (cavaleiros) são subdivididos em categoria de acordo com a sua deficiência e avaliados pela sua capacidade ou habilidadecom o cavalo. O hipismo apresenta cinco classes: Grau IA, Grau IB, Grau II, Grau III, Grau IV. O grau de deficiência varia de IA, mais severa, ao IV, menos severa. O hipismo é designado para atletas com deficiência física, visual e intelectual, composta por provas destinadas ao gênero feminino e masculino. 2.1.12 Judô O judô também se assemelha com a regras utilizadas pelo Judô olímpico, apresentando apenas pequenas modificações. A principal diferença é que, no judô paralímpico, os atletas iniciam a luta já em contato com o quimono do oponente. Vale destacar que sempre que os atletas perderem o contato, a luta é interrompida. Os atletas são divididos em categorias de acordo com o peso corporal e gênero (COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO, [2018], on-line)3. A modalidade apresenta as mesmas três categorias para deficientes visuais do futebol de 5 e do Goalball. O Judô é designado exclusivamente para atletas com deficiência visual, composto por provas destinadas ao gênero feminino e masculino. 2.1.13 Natação O Comitê Paralímpico brasileiro ressalta que a natação, assim como o atletismo paralímpico, é um dos esportes que o Brasil mais se destaca nas competições. A modalidade se diferencia também por apresentar categorias para diversas deficiências, sendo elas: CLASSE ATLETA 1 a 10 Deficiência motora 11 a 13 Deficiência visual 14 Deficiência Intelectual A natação é designada para atletas com deficiência visual, física e intelectual, composta por provas destinadas ao gênero feminino e masculino. INÍCIO DO SAIBA MAIS O atleta paralímpico de natação é submetido a uma análise criteriosa em relação aos resíduos musculares por meio de testes de força muscular, mobilidade articular e testes motores (realizados dentro da água). Vale a regra de que, quanto maior a deficiência, menor o número da classe. Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro ([2018], on-line)5. FIM DO SAIBA MAIS. 2.1.14 Remo O remo paralímpico apresenta as principais regras do remos olímpico, no entanto, aplica-se uma característica diferente das demais trabalhadas até o momento: você imagina o que pode ser? O remo é uma das poucas modalidades paralímpicas que apresenta a categoria mista, além da feminina e masculina, ou seja, homens e mulheres podem competir juntos na mesma equipe! Assim como todas as outras modalidades, os atletas são divididos em classes conforme sua capacidade motora. Apresenta três categorias: o remo é destinado exclusivamente para pessoas com deficiência física (COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO, [2018], on-line)3. CLASSE ATLETA AS Deficiência motora TA Deficiência motora LTA Deficiência motora 2.1.15 Rugby em Cadeira de Rodas De acordo com o Comitê Paralímpico brasileiro, o rugby em cadeira de rodas é similar ao rugby olímpico, nesse caso o atleta precisa passar a linha do gol com as duas rodas da cadeira com a bola nas mãos, sendo composta por quatro jogadores por equipe. O rugby é designado exclusivamente para atletas com deficiência física, composta por provas destinadas ao gênero feminino e masculino. 2.1.16 Tênis de Mesa Assim como a maioria dos esportes já existentes e que tiveram suas formas adaptadas, o tênis de mesa se apropria dessas regras, na maioria das vezes sofrendo poucas alterações. O Comitê salienta que o esporte consiste em partidas em uma melhor de cinco sets, sendo cada um deles disputado até que um dos jogadores atinja 11 pontos. O tênis de mesa apresenta 11 categorias sendo elas: CLASSE ATLETA 1, 2, 3, 4 e 5 Deficiência motora. Cadeirantes. 6, 7, 8, 9 e 10 Deficiência motora. Andantes. 11 Deficiência motora. Andantes com deficiência intelectual. O Tênis de mesa é designado para atletas com deficiência física e paralisia cerebral, composta por provas destinadas ao gênero feminino e masculino. 2.1.17 Tênis de Cadeira de Rodas As regras do tênis convencional são muito semelhantes com o tênis de cadeira de rodas, contudo, a principal diferença é que a bola pode quicar duas vezes no chão antes de ser rebatida. Segundo o Comitê Paralímpico, o tênis de cadeira de rodas apresenta duas classes: CLASSE ATLETA Open ou Aberta Deficiência motora. Para atletas com alguma deficiência nos membros inferiores. Quad ou Tetra Deficiência motora. Para atletas com deficiência em três ou mais extremidades no corpo. O Tênis de cadeira de rodas é exclusivamente praticado por atletas com deficiência física e paralisia cerebral, composta por provas destinadas ao gênero feminino e masculino. 2.1.18 Tiro com Arco No tiro com arco, os atletas são divididos em três classes, que se diferenciam pelas capacidades do atleta de ficar em pé e/ou de locomoção nos braços e tronco. O Tiro com arco é exclusivamente praticado por atletas com deficiência física e paralisia cerebral, composta por provas destinadas ao gênero feminino e masculino (COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO, [2018], on-line)3. CLASSE ATLETA Standing ARST Deficiência motora. Para atletas sem deficiência nos braços, mas com deficiência nas pernas ARW1 Deficiência motora. Para atletas com deficiência nos braços e nas pernas. ARW2 Deficiência motora. Para atletas com paraplegia que utilizam cadeira de rodas. 2.1.19 Tiro Esportivo O tiro esportivo exige concentração e técnica do atleta. O comitê ressalta que carabinas e pistolas de ar são utilizadas em provas de 10 metros de distância. Para as provas de 25 metros, é utilizada uma pistola de perfuração (pólvora). E nas provas de 50 metros, são utilizadas carabinas de perfuração e pistolas. O Tiro esportivo é exclusivamente praticado por atletas com deficiência física e paralisia cerebral do gênero masculino. O tiro esportivo apresenta duas categorias: CLASSE ATLETA SH1 Deficiência motora. Para atletas que conseguem segurar suas armas. SH2 Deficiência motora. Para atletas que não conseguem segurá-las e necessitam de suporte. 2.1.20 Triatlo De acordo com o Comitê Paralímpico brasileiro o triatlo é composto por 750m de natação, 20km de ciclismo e 5km de corrida. Suas categorias são subdivididas de acordo com a capacidade motora dos atletas. CLASSE ATLETA PTHC Deficiência motora. Para triatletas usuário de cadeiras de rodas. PTS2, PTS3, PTS4 e PTS5 Deficiência intelectual. Para triatletas com deficiências físico-motoras e paralisia cerebral andantes. PTVI Deficiência visual. Para triatletas cegos. O Triatlo é designado para atletas com deficiência física, deficiência visual e paralisia cerebral, composta por provas destinadas para o gênero feminino e masculino. 2.1.21 Vela A modalidade exige domínio sobre correntes aquáticas, habilidade e estratégia, acima de tudo de mudanças de vento. A vela é disputada em três categorias, todas sem divisão por gênero, ou seja, homens e mulheres velejam sempre juntos, todos divididos de acordo com o comprometimento motor. A vela é destinada exclusivamente para pessoas com deficiência física composta por provas mistas, feminina e masculina (COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO, [2018], on-line)3. CLASSE ATLETA 2.4mR Deficiência motora SKUD18 Deficiência motora SONAR Deficiência motora 2.1.22 Voleibol Sentado Inspirando no voleibol convencional, o voleibol sentado apresenta uma única categoria, em que todos os jogadores ficam sentados na quadra. A quadra e a rede possuem tamanhos menores. O Comitê Paralímpico brasileiro aponta que os jogadores são classificados de acordo com o grau de limitação física. Na classe D, estão os atletas amputados e com problemas locomotores mais acentuados. A classe MD, por sua vez, é composta por atletas com deficiências quase imperceptíveis como problemas de articulações leves ou pequenas amputações nos membros. Cada equipe só pode contar com dois jogadores da classeMD no time. E os dois não podem estar em quadra ao mesmo tempo. O voleibol sentado é destinado exclusivamente para pessoas com deficiência física, composta por provas destinadas apenas para o gênero masculino. Mas não pára por aí! Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio em 2020, mais modalidades serão inseridas e farão parte oficialmente da competição, sendo eles: o Parabadminton e o Parataekwondo e os esportes de inverno: Esqui cross-country, Snowboard, Esqui alpino, Biatlo, Hóquei no gelo e Curling em cadeira de rodas! INÍCIO DO SAIBA MAIS Os cinco atletas brasileiros com maior número de medalhas em Jogos Paralímpicos são: Daniel Dias (Natação, 24 medalhas); André Brasil (Natação, 14 medalhas); Clodoaldo Silva (Natação, 14 medalhas); Ádria Rocha Santos (Atletismo, 13 medalhas) e Luiz Cláudio Pereira (Atletismo, 9 medalhas). Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro([2018], on-line)6. FIM DO SAIBA MAIS. Neste momento, muitos de vocês devem estar se perguntando: por que os deficientes auditivos não participam das Paralimpíadas? O atleta surdo não é compreendido como um indivíduo que apresente grandes dificuldades de praticar qualquer desporto quando comparados às demais deficiências. Sabendo que o atleta surdo não apresenta nenhuma limitação motora, intelectual ou visual, sua participação nas Paralimpíadas não é permitida. Além disso, seria preciso organizar uma nova forma de aplicação dos esportes que não fosse sonora. Dentro desse contexto todas as informações e notificações seriam estritamente visuais, e não mais sonoras, como a larga no atletismo, na natação, a arbitragem do futebol, dentre tantas outras modalidades. Por esse motivo, desde o ano de 1924 na França, ocorreu a primeira olimpíada destinada exclusivamente a atletas surdos, nomeada como, “Jogos Internacionais Silenciosos”. Atualmente conhecida como Surdolimpíadas que ocorrem a cada quatro anos, assim como as paralimpíadas (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTO DE SURDOS, [2018], on- line)7. Sarmento (2013) menciona que o esporte surdo é um artefato cultural de grande importância para as pessoas com deficiência auditiva. As práticas de esportes por pessoas surdas datam desde o século XIX com o primeiro clube de futebol surdo do mundo, o Glasgow DF no Reino Unido, a associação Sports Club for the Deaf de 1888, em Berlim e o primeiro clube desportivo para surdos na França, o Club Cycliste des sourds-muets de 1899. No Brasil, de acordo com Monteiro (2006), as associações desportivas tiveram sua origem no Grêmio Esportivo fundado em 1930, no Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Após esse período, é possível observar o surgimento de outras associações e que se perduram até os dias atuais. A Confederação Brasileira de Desporto de Surdos participou pela primeira vez das Surdolimpíadas em 1993, em Sofia, Bulgária. Já em 2013, houve a maior participação da Delegação Surdolímpica Brasileira, em que participaram 19 surdoatletas. Nesta edição, o Brasil conquistou quatro medalhas, sendo três na natação, pelo surdoatleta santista Guilherme Maia e uma medalha de bronze no Karatê, conquistada pelo surdoatleta Heron Rodrigues. No entanto, atualmente, o maior entrave para que os Jogos para surdos se estenda é a falta de apoio financeiro. INÍCIO DAS CONSIDERAÇÕES FINAIS As lutas históricas para a melhoria da qualidade de vida do deficiente proporcionou a possibilidade de reabilitá-los de maneira prazerosa, por meio do esporte. Nesta unidade, conhecemos a origem do esporte paralímpico e por consequência os Jogos Paralímpicos. Esse conhecimento é fundamental para que você, futuro professor, possa estimular a inserção de seus alunos com deficiência nas aulas de educação física e possibilitar a prática do esporte adaptado dentro de sua escola. Pudemos estudar e compreender quais são as modalidades que compõem os Jogos Paralímpicos e suas principais características enquanto categorias relativas aos tipos deficiências e gêneros. Certamente a maioria de vocês não sabiam a estreita relação entre os jogos paralímpicos e a Segunda Guerra Mundial, trágico acontecimento histórico, que deu origem à primeira modalidade adaptada, o basquetebol em cadeira de rodas. Algumas curiosidades sobre as modalidades que permitem equipe mistas, assim como a modalidade do goalball — que foi criada exclusivamente para atender aos paratletas cegos e com baixa visão — também foram destaques nessa unidade. Portanto, nestas reflexões, deve ficar claro o potencial transformador que o esporte adaptado possui. Para muitos, ele pode ser considerado uma área de menor relevância, quando comparado ao esporte olímpico. Contudo, não é isso o que percebemos quando nos aprofundamos em nossos estudos. Atualmente, os Jogos Paralímpicos são o segundo maior evento esportivo do mundo, com um toque especial de emoção e superação! Tendo essa compreensão, espero que essa unidade tenha contribuído para o maior entendimento sobre a origem dos jogos paralímpicos e das modalidades adaptadas e inspirado você, futuro professor, a apresentar esse conteúdo a todos os seus alunos, respeitando suas limitações e estimulando suas potencialidades! FIM DAS CONSIDERAÇÕES FINAIS. INÍCIO DAS ATIVIDADES DE ESTUDO 1. A origem dos Jogos Paralímpicos nos chama atenção até os dias atuais por apresentar uma estreita relação com a Segunda Guerra Mundial. Sobre as principais características do surgimento dos Jogos Paralímpicos avalie as afirmativas a seguir: I - Os primeiros para-atletas a participar dos Jogos Paralímpicos foram os soldados combatentes da Primeira Guerra Mundial. II - Ludwig Guttman organizou os primeiros jogos internos com o intuito de tornar a recuperação dos soldados mais prazerosa. III - Soldados sobreviventes da Segunda Guerra Mundial com lesões em membros superiores e inferiores foram os primeiros a praticar esportes adaptados como processo de reabilitação. IV - Ludwig Guttman adaptou o basquete de cadeira de rodas e o voleibol sentado para a reabilitação dos sobreviventes da Segunda Guerra Mundial. É correto o que se afirma em: a. I, II apenas. b. II, III, IV apenas c. III, IV apenas d. II, III apenas e. I, II, III e IV. 2) Ao longo de nossa quinta e última unidade, pudemos perceber que com o passar dos anos os jogos paralímpicos foram ganhando força. Além dos esportes já existentes que foram adaptados, também identificamos esportes que foram criados especificamente para as pessoas com deficiência competirem. Diante do exposto e de posse dos conhecimentos adquiridos, avalie as afirmativas a seguir: I - As regras do basquetebol em cadeira de rodas são completamente diferentes das regras do basquetebol olímpico. II - O Goalball foi criado exclusivamente para atletas cegos ou com baixa visão. III - As regras do basquetebol e Rugby em cadeira de rodas são muito similares com as regras olímpicas. É correto o que se afirma em: a. I e II apenas. b. II e III apenas c. III apenas d. I e III apenas e. I, II e III. 3) Os Jogos Paralímpicos apresentam atualmente 22 modalidades com categorias para a participação de pessoas com variadas deficiências de origem visual, física e intelectual. Diversas dessas deficiências são compreendidas desde o nascimento e outras foram desenvolvidas ao longo do tempo. Sobre as modalidades paralímpicas e suas respectivas provas e categorias, avalie as afirmações a seguir como V para verdadeiras e F para falsas: I - As modalidades de Natação e Atletismo apresentam categorias distintas para pessoas com deficiência intelectual, visual e motora. II - As modalidades de Judô e Goalball são praticados exclusivamente por paratletas com deficiência visual. III - As modalidades de Basquetebol em cadeiras de rodas e Voleibol sentado apresentam categoriasdistintas para pessoas com deficiência intelectual e motora. IV - As modalidades de Esgrima em cadeira de rodas e Hipismo apresentam categorias distintas para pessoas com deficiência intelectual, visual e motora. As afirmações I, II, III e IV são, respectivamente: a. F; F; F; V. b. V; F; V; F. c. F; F; V; F. d. V; V; F; F. e. F; V; F; F. 4) Além das inúmeras modalidades e classes distintas que o esporte paralímpico apresenta, também pudemos observar uma singularidade quando comparado ao esporte olímpico, sendo ela a possibilidade de competir em equipes estritamente femininas, masculinas e mistas. Sobre essa temática, avalie as afirmações a seguir como V para verdadeiras e F para falsas: I - O tiro esportivo é praticado exclusivamente por paratletas do gênero feminino. II - As modalidades de Remo e Vela apresentam categorias distintas para os gêneros feminino, masculino e mista. III - O Futebol de 5 e de 7 são praticados exclusivamente por paratletas do gênero masculino. IV - As modalidades de Hipismo e Halterofilismo apresentam categorias distintas para os gêneros feminino e masculino. As afirmações I, II,III e IV são, respectivamente: a. F; V; V; V. b. F; F; F; V. c. V; F; V; F. d. F; F; V; F. e. V; V; V; V. 5) As Paralimpíadas Escolares são jogos voltados a alunos com deficiência física, visual e intelectual. Por meio das atividades desportivas, crianças e jovens constroem seus valores, seus conceitos, socializam-se e, principalmente, vivem as realidades. Diante dessa perspectiva, destaque os objetivos e benefícios da aplicação de jogos escolares paralímpicos. FIM DAS ATIVIDADES DE ESTUDO. INÍCIO DA LEITURA COMPLEMENTAR PARALIMPÍADAS ESCOLARES As Paralimpíadas Escolares são jogos voltados a alunos com deficiência, física, visual e intelectual. Por meia deles, almeja-se difundir e reforçar a construção de valores da cidadania e os ideais do movimento Paralímpico. Na qual estão direcionados para construção de um mundo melhor e mais pacífico, livre de qualquer tipo de discriminação, entendimento da diversidade humana e dentro do espírito de compreensão mútua, fraternidade, solidariedade, cultura da paz e fair- play. Por meio das atividades desportivas, crianças e jovens constroem seus valores, seus conceitos, socializam-se e, principalmente, vivem as realidades. As Paralimpíadas Escolares têm por objetivo estimular a participação dos estudantes com deficiência em atividades esportivas de todas as escolas do território nacional, promovendo ampla mobilização em torno do esporte. Oferecer um ambiente para o desenvolvimento dos destaques esportivos Paralímpicos. Aplicar a prática esportiva como fator de integração e intercâmbio sociocultural e desportivo entre estudantes. Oportunizar o conhecimento do esporte Paralímpico de modo a oferecer mais oportunidade de acesso à prática inclusiva escolar em todo o território nacional. Contribuir para o desenvolvimento integral do aluno como ser social, autônomo, democrático e participante, estimulando o pleno exercício da cidadania através do esporte. Podem participar das Paralimpíadas Escolares os alunos do gênero masculino e feminino, com deficiência física, visual e intelectual, com idade mínima de 12 anos e máxima de 17 anos e que estejam regularmente matriculados e frequentando escolas do Ensino Fundamental, Médio ou Especial da Rede Pública ou Particular do Estado em que estejam representando, com reconhecimento do Ministério da Educação. Dentro dos Jogos Paralimpíadas Escolares deverão ser respeitadas as determinadas faixas etárias por modalidade: 12 a 17 anos – Atletismo, Bocha, Judô, Natação e Tênis de Mesa. 14 a 17 anos – Futebol de 5, Futebol de 7, Goalball, Tênis em Cadeira de Rodas e Voleibol Sentado. Nas modalidades coletivas, o critério de seleção para formar equipe que representará a sua Unidade Federativa caberá ao gestor estadual. Nas modalidades individuais, estarão aptos para participar da Etapa Nacional das Paralimpíadas, os alunos que participaram da Etapa Estadual ou Distrital (seletivas), devidamente convocados e inscritos na Etapa Nacional pelo Comitê Organizador Estadual, na modalidade em que tenha participado e submetido à classificação funcional ou oftalmológica nas seletivas estaduais, com exceção do disposto no Artigo 28, parágrafo primeiro. Fonte: adaptada de Comitê Paralímpico Brasileiro (2017, on-line)8. FIM DA LEITURA COMPLEMENTAR. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – LIVRO Título: Para-Heróis Autor: Joana de Assis Editora: Belas-letras Sinopse: a repórter e escritora Joana de Assis conta as histórias de dez pessoas especiais com um sonho em comum: tornarem-se campeões paralímpicos. Alguns já nasceram com uma deficiência, outros a encontraram mais tarde, mas todos eles descobriram que, mesmo em um corpo limitado, o que faz a diferença na vida de um herói é o coração. FIM DO MATERIAL COMPLEMENTAR – LIVRO. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – LIVRO Título: Me dá um abraço Autor: Nick Vujicic Editora: Ding Sinopse: Me dá um abraço conta a incrível história de Nick Vujicic, palestrante motivacional internacionalmente reconhecido. Ele nasceu sem os braços e pernas devido à rara síndrome denominada tetra-amelia, que ocorre por falha na formação embrionária. Me dá um abraço fala sobre a importância do amor como meio para vencer as diferenças. Em oito capítulos ricamente ilustrados, Nick narra alguns acontecimentos que mais marcaram sua vida, sempre ressaltando a importância do amor e dos gestos daqueles que influenciaram positivamente sua trajetória. FIM DO MATERIAL COMPLEMENTAR – LIVRO. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – FILME Título: Coragem de viver Ano: 2011 Sinopse: a adolescente Bethany Hamilton tem um talento natural para o surf e transforma sua vida após perder seu braço devido a um ataque de tubarão. Encorajada pelo amor de seus pais e recusando desistir, Bethany volta ao mundo das competições quando se recupera do acidente, mas dúvidas sobre seu futuro a perturbam. FIM DO MATERIAL COMPLEMENTAR – FILME. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – FILME Título: Paratodos Ano: 2016 Sinopse: “Paratodos” foi pensado para mobilizar. Traz material de apoio para educadores ampliarem reflexões sobre a inclusão da pessoa com deficiência. O objetivo da iniciativa é ampliar a visibilidade das Paralimpíadas, dos atletas com deficiência e estimular o debate sobre inclusão, esporte e acessibilidade entre os estudantes. FIM DO MATERIAL COMPLEMENTAR – FILME. INÍCIO DO MATERIAL COMPLEMENTAR – WEB Neste vídeo, você poderá acompanhar uma breve explicação sobre a origem das Paralimpíadas. Acesse o conteúdo disponível em: Web: <https://www.youtube.com/watch?v=qOspTQKYzj4>. Neste vídeo, você poderá acompanhar uma entrevista sobre a origem dos jogos Paralímpicos e inserção de deficientes no ensino superior. Acesse o conteúdo disponível em: Web: <https://www.youtube.com/watch?v=fv4NLnhjPhg>. Neste vídeo, você poderá acompanhar uma entrevista sobre os benefícios do esporte para o deficiente. Acesse o conteúdo em: Web: <https://www.youtube.com/watch?v=_OiuPjOjqFw>. FIM DO MATERIAL COMPLEMENTAR – WEB. INÍCIO DAS REFERÊNCIAS BRAZUNA, M.; CASTRO, E. A trajetória do atleta portador de deficiência física no esporte adaptado de rendimento: Uma revisão da literatura. Motriz, v. 7, n. 2, p. 115-123, jul./dez. 2001. Disponível: em: <http://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/07n2/Brazuna.pdf>. Acesso em: 24 maio 2018. GORGATTI, M. G.; COSTA, R. F. Atividade Física Adaptada: qualidade de vida para pessoas com necessidades especiais. 2. ed. Barueri: Manole, 2008. MONTEIRO, M. S. História dos movimentos dos surdos e o reconhecimento da Libras no Brasil. ETD – Educação Temática Digital, Campinas, v. 7, n. 2, p. 292- 302, jun. 2006.SARMENTO, F. Os surdos no desporto. In: COELHO, O.; KLEIN, M. (coords.). Cartografias da surdez: comunidades, línguas, práticas e pedagogia. Porto: Livpsic, 2013. FIM DAS REFERÊNCIAS. INÍCIO DAS REFERÊNCIAS ON-LINE 1Em: <https://www.deficienteciente.com.br/origem-dos-jogos-paraolimpicos.html>. Acesso em: 24 maio 2018. 2Em: <http://wellingtonlucena.blogspot.com.br/2012/08/historia-dos-jogos- paralimpicos.html>. Acesso em: 24 maio 2018. 3Em: <http://www.cpb.org.br/modalidades-visualizacao/- /asset_publisher/4O6JOgZOhDhG/content/id/22633>. Acesso em: 24 maio 2018. 4Em: <http://www.cpb.org.br/modalidades-visualizacao/- /asset_publisher/4O6JOgZOhDhG/content/id/22670>. Acesso em: 24 maio 2018. 5Em: <http://www.cpb.org.br/modalidades/bocha>. Acesso em: 24 maio 2018. 6Em: <http://www.cpb.org.br/modalidades/ciclismo>. Acesso em: 24 maio 2018. 7Em: <http://www.cpb.org.br/modalidades-visualizacao/- /asset_publisher/4O6JOgZOhDhG/content/id/22711>. Acesso em: 24 maio 2018. 8Em: <http://www.cpb.org.br/modalidades/futebol-de-5>. Acesso em: 24 maio 2018. 9Em: <http://www.cpb.org.br/modalidades/futebol-de-7>. Acesso em: 24 maio 2018. 10Em: <http://www.cpb.org.br/modalidades/judo>. Acesso em: 24 maio 2018. 11Em:<http://www.cpb.org.br/modalidadesvisualizacao//asset_publisher/4O6JOgZ OhDhG/content/id/22765>. Acesso em: 24 maio 2018. 12Em: <http://www.cpb.org.br/modalidades-visualizacao/- /asset_publisher/4O6JOgZOhDhG/content/id/22783>. Acesso em: 24 maio 2018. 13Em: <http://www.cpb.org.br/modalidades-visualizacao/- /asset_publisher/4O6JOgZOhDhG/content/id/22819>. Acesso em: 24 maio 2018. 14Em: <http://www.cpb.org.br/modalidades-visualizacao/- /asset_publisher/4O6JOgZOhDhG/content/id/22846>. Acesso em: 24 maio 2018. 15Em: <http://www.cpb.org.br/web/guest/medalhistas>. Acesso em: 24 maio 2018. 16Em: <http://cbds.org.br>. Acesso em: 24 maio 2018. 17Em: <http://www.cpb.org.br/documents/20181/53765/Regulamento+Paralimpiadas+Es colares+2017+-+OFICIAL.pdf/e8e14c6a-0b15-41b6-8bae-c93a457cd3be>. Acesso em: 24 maio 2018. FIM DAS REFERÊNCIAS ON-LINE. INÍCIO DO GABARITO 1) D. 2) B. 3) D. 4) A. 5) Por meio das atividades desportivas, crianças e jovens constroem seus valores, seus conceitos, socializam-se e, principalmente, vivem as realidades. As Paralimpíadas Escolares têm por objetivo estimular a participação dos estudantes com deficiência em atividades esportivas de todas as escolas do território nacional, promovendo ampla mobilização em torno do esporte. FIM DO GABARITO. FIM DA UNIDADE V. INÍCIO DA CONCLUSÃO GERAL Chegamos ao final de mais uma etapa da sua jornada, espero que você possa ter compreendido o papel relevante que a Educação Física ocupa na inclusão de alunos com deficiência. Meu desejo é que as reflexões propostas neste material tenham contribuído para seu enriquecimento pessoal e profissional e instigado a continuar suas leituras sobre essa temática. Além disso, vimos a importância do comprometimento e dedicação do professor para a ação docente, assim como a relevância de como este deverá se portar para acolher o aluno da melhor forma possível em suas aulas. O melhor lugar para promover a inclusão de crianças e jovens com deficiência é na escola, pois a partir do exemplo dos professores de Educação Física e de todo o corpo docente é que as demais crianças passarão a entender que conviver com a deficiência é algo normal, e proporcionar-lhes a sensação de ser parte integrante da escola é fundamental. Como você pode perceber, o planejamento das aulas de educação física deverá levar sempre em consideração qual o tipo de deficiência que seu aluno apresenta, assim como suas potencialidades e limitações para que suas aulas proporcione uma educação física de qualidade, que atenda às singularidades dos alunos. Caro(a) aluno(a), as diversas atividades apresentadas neste material poderão ser aplicadas em suas aulas, no entanto, o assunto não se esgota. Anseio que você seja persistente em suas aulas e que a cada dificuldade profissional encontrada tenha possibilidade de reinventar e retomar os seus estudos, a fim de possibilitar a participação de alunos com deficiência nas aulas de Educação Física diariamente. Afinal de contas, estamos trabalhando com alunos que anseiam ser tratados como qualquer outro que não apresenta deficiência. Isso é o mais importante no seu papel como professor(a) e é um direito do aluno. Persista! Abraços, Professora Mestre Naline FIM DA CONCLUSÃO GERAL.