Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
OVOS – ESTRUTURA E FORMAÇÃO O ovo é formado pela casca (1), que se divide em duas camadas: mamilar e esponjosa. Essa casca serve como uma proteção para o conteúdo do ovo e a espessura depende do tamanho do ovo, quanto maior o conteúdo interno, a casca acaba sendo mais fina pois a quantidade de cálcio é o mesmo para todos. A cor é uma questão genética, é da ave, a alimentação não influencia. Membranas das cascas (2), protege a penetração de microrganismo no ovo: a interna fica em contato com o albume fluído e externa fica próxima a casca. A câmara de ar (3) ela se forma após expulsão do ovo pela contração do conteúdo se o ovo for mais velho maior a câmara de ar. A clara externa (4) é a parte mais fina da clara e se localiza próxima a casca e a clara interna (5) é mais densa e se encontra ao redor da gema, é rica em proteína e riboflavina e serve como um indicador de qualidade do ovo: A medida da altura e a firmeza do albúmen, característica de um ovo recém-posto. Calazas (6) são as estruturas torcidas e densas que mantem a gema centralizada dentro do ovo e serve com um indicador de qualidade do ovo também, um exemplo se tiver mais “aquoso” o meio e a gema não ficar centralizada. Disco germinativo ou blastoderma (7) é a vesícula germinativa, ou seja, o óvulo, o ponto onde se insere o núcleo do espermatozoide. Por fim, a gema ou vitelo (8) compõe 28% do ovo e a cor da gema depende do tipo de alimento (quanto mais xantofilas, mais amarela), e compõe a metade da proteína, vitaminas e minerais do ovo. FORMAÇÃO DO OVO As aves de postura geralmente entram em produção em torno de 19 semanas, e a produção aumenta todos os dias, até atingir o pico que é de em torno de 28/30 semanas, mas pode-se se dizer que na fase de produção o período pré-pico é de 21 a 32 semanas e o pós-pico de 33 a 68 semanas. A formação do ovo é um processo lento, dura em média 24 horas e pode se dividir em duas fases. A primeira com 4 horas, onde corresponde na formação dos componentes internos do ovo e a segunda fase que pode levar até 20 horas e corresponde a deposição de cálcio para a formação da casca. Oviduto é um termo usado para descrever a genitália tubular da ave e pode ser divido em cinco regiões funcionais sendo elas: Infundíbulo, magno, istmo, útero e vagina. 1. A Gema (ovulo) é liberada a partir do ovário após a ruptura do folículo e entra no oviduto, sendo impulsionado para baixo em contrações peristálticas, e essa descida para a parte inferior do oviduto é caracterizada por uma adição e proteínas ou albumina. 2. O ovulo vai para o infundíbulo (o ovo permanece de 15 até 20 minutos), onde recebe a membrana vitelínica e calaza. A membrana vitelina reveste a gema para proteção e a calaza são como os albumens só que espessos, encontrados nas extremidades do ovo na forma espiral, com a função de centralizar a gema. 3. Após o infundíbulo a produção do ovo continua no magno (o ovo permanece de 2 a 3 horas), essa região é responsável pela produção e secreção dos componentes do albúmen. Uma quantidade relativa de cálcio é secretada no magno também. 4. O istmo (passagem de 90 minutos) é a porção mais curta do oviduto e é responsável pela produção das membranas da casca ao redor do ovo em desenvolvimento. À medida que o “ovo” passa pelo istmo fibras são enroladas e passam a constituir uma membrana, ou seja, a forma do ovo é produzida pelas membranas e não pela casca. 5. No útero (glândula da casca, e o ovo permanece por até 20 horas) é responsável pela deposição da casca do ovo, sendo ela uma estrutura única, e a função de proteger o conteúdo interno do ovo. O cálcio ele é presente na casca em forma de carbonato de cálcio e contém proteínas como o colágeno nas membranas da casca. O ovo recebe uma camada protetora chamada cutícula que protege os poros distribuídos ao longo da casca. A membrana da casca é depositada internamente entre a casca e o albúmen e quando o ovo é oviposto ocorre a formação da câmera de ar entre as membranas e um dos polos do ovo. O processo de calcificação tem início no istmo, onde as projeções da membrana mais externam da casca são formadas. No útero, o crescimento dos cristais de cálcio continua. A glândula da casca também é responsável pela pigmentação e formação da cutícula da casca. 6. A vagina (1 minuto) é o órgão responsável pela passagem do ovo formado para a cloaca durante a postura e a oviposição ocorre entre 24 e 26 horas após a ovulação. EXPULSÃO DO OVO Os músculos lisos do útero se contraem e os músculos que separam o útero da vagina relaxam, as penas perianais da região abdominal relaxam também, os músculos esqueléticos abdominais se contraem, a respiração aumenta e a crista fica tugida, e o ovo é expulso. O tempo de postura e uma nova ovulação é de 30 a 75 minutos. ANORMALIDADES – DISTURBIOS PATOLOGICOS OU FISIOLÓGICOS Ovos de duas gemas -> Ocorre quando tem duas ovulações em um curto espaço de tempo, ou seja, elas caem junto no oviduto e são englobadas no mesmo ovo, a partir daí ocorre um desenvolvimento simultâneo de duas gemas. Com isso a casca do ovo, sai superfina, por conta do tamanho do conteúdo do ovo e isso pode ocorrer por conta de susto no ambiente. Ovos sem gema -> É uma excitação anormal das glândulas albuminíferas, pode ser fragmentos de gema, algum corpo estranho ou pode achar que a gema já caiu e começa a trabalhar a formação do albúmen. Ovo incluso -> É um ovo completamente formado incluído no outro e em vez dele sair ele retorna ao magno por movimentos antiperistálticos, sendo muito raro, mas existe. Ovo de casca mole -> Ovo posto prematuramente, ou seja, o ovo sai antes da hora. Isso pode ocorrer por susto e a galinha fazer a postura antes do momento adequado Ovo de casca fina -> Pode ser por diversos fatores, como: Deficiência de cálcio, vitamina, magnésio, idade das aves, bronquite infecciosa, Newcastle, e isso é um problema econômico sério. Câmara de ar solta -> Conforme o ovo for ficando mais velho, tem a câmera de ar solta. Grumos de sangue na gema -> Na hora que cai no folículo ovariano saiu a gema, ocorre meio que uma hemorragia, pois rompe o folículo, e isso pode acontecer na parte superior do oviduto, é uma condição hereditária. MANEJO DE MATRIZES E INCUBAÇÃO Podemos dividir em matrizes leves e matrizes pesadas, sendo as leves voltadas para ovos comerciais, seria as galinhas poedeiras (Hy-line; Hy-Sex; Lohman; Shaver e Isa). As matrizes pesadas são as com ovos férteis voltados para frangos de corte (Ross; Cobb; Hubbard; Hybro, Avian Farms; Abor Acres). A Fase de cria dura em cerca de 1 a 28 dias; Desenvolvimento da carcaça, sistema cardiovascular e imunológico, empenamento, apetite, empenamento e obter lote com peso ideal e uniforme. No desenvolvimento da carcaça oferecer alimentação a vontade. Após o recebimento das aves uma amostra (1 a 2%) das aves é separada para coleta de sangue para teste de Salmonella e Mycoplasma. Fazer exames, (hidratação - canelas, cicatrização umbilical, anomalias, cauterização da espora, corte do dedo interno e porcentagem de pintainhos mortos) e as aves mortas na primeira semana a causa provavelmente pode ser Salmonella. Até a terceira semana deixar alimento a vontade, após isso fazer um controle alimentar. A ração deve ser distribuída várias vezes ao dia, com o objetivo de estimular o consumo. A água deve ser à vontade, bebedouros limpos com solução desinfetante 1 vez ao dia. A luz é usada como ferramenta para maximizar a ingestão de alimentos, as recomendações são 23 horas de luz nos 2 primeiros dias com redução até os 10 – 14 dias em que permanecerão na penumbra ou escuro, e nessa fase quanto maior a intensidade de luz melhor. No primeiro dia de vida pesar uma amostra (10%) para verificar o peso médio e uniformidade do lote, e depois fazer semanalmente de uma amostra do lote (5%) para acompanhar o peso médio e a uniformidade. Com 7 dias todas as aves devemser pesadas individualmente e devem ser selecionadas de acordo com sua categoria (leve, médio e pesado). DEBICAGEM é feita entre 5 e 7 dias preferencialmente, quando o tecido córneo do bico não endureceu. Manejo importante que requer profissionais treinados devido às consequentes perdas econômicas decorrentes do manejo incorreto. Deve demorar o suficiente para cauterizar com eficiência o bico, auxiliando no processo de cicatrização e rápido o suficiente para não prejudicar a visão da ave Fase de recria vai de 4 a 21 semanas (Cobb e Hybro) ou 24 semanas (Ross). Até 12 semanas a ave deve terminar o desenvolvimento corporal iniciado na cria, porque a partir de 12 semanas inicia-se o desenvolvimento do aparelho reprodutivo e a ave começa a depositar gordura. Como as aves possuem elevado potencial para ganho de peso, é realizado um controle da quantidade de alimento, onde a ave recebe apenas o necessário para seu desenvolvimento e mantença. Portanto esse controle visa garantir que todas as aves possam se alimentar com a mesma quantidade de ração, mantendo assim a uniformidade (O cálculo da quantidade de ração a ser oferecida é feito multiplicando-se a necessidade diária da ave por 7 (dias da semana) e dividindo-se pelos dias em que as aves vão receber o alimento). Um fator importante é no espaço no comedouro permitir que todas as aves se alimentem ao mesmo tempo, porém sem ter que se locomover para isso, ter uniformidade. Restrição hídrica, buscando manter boa qualidade da cama associado a uma possível melhora na absorção de alimentos (redução do trânsito intestinal, favorecendo a absorção de nutrientes). As aves necessitam de água a vontade por um período contínuo correspondente à metade da duração do período com luz e devem estar disponíveis 15 minutos antes do fornecimento de ração. É indicado que as aves recebam o dobro da quantidade de ração em volume de água, fazer uso de hidrômetros. Deixar os animais mais sensíveis a luz na fase de produção através da criação de um ambiente o mais escuro possível na fase de recria. Até 0,4 lux, galpão totalmente fechado. Semanalmente uma amostragem (5%) de aves deve ser pesada para acompanhar o peso médio e a uniformidade e estipular a quantidade de ração a ser fornecida. As 8 e 12 semanas 100% do lote é pesado e selecionado de acordo com sua categoria de peso. As 17 semanas é feita uma seleção baseada na condição corporal, através da avaliação da musculatura peitoral. Esse método de seleção é chamado “flashing” e conta com 5-7 níveis de classificação. As 17 semanas é ideal que as fêmeas estejam com classificação entre 3 e 4, assim possuem uma reserva de gordura corporal sem prejudicar a produção de ovos. Os machos também são avaliados através do “flashing”, mas contam também com uma avaliação de cristas e barbelas (maturidade sexual) e do tamanho corporal. O “flashing” é um método de seleção subjetivo, portanto deve ser feito por pessoas treinadas para não prejudicar a uniformidade do lote. As aves são apanhadas pelas asas e colocadas em caixas de transporte na quantidade de 7 fêmeas/caixa ou 5 machos/caixa. Caixas cobertas com tela. As aves da linhagem Cobb são transferidas com 21 semanas e da linhagem Ross com 24 semanas. A linhagem Ross é transferida mais tardiamente porque quando entra em produção às 21 semanas produzem ovos pequenos que eclodem em pintainhos pequenos desinteressantes economicamente. Antes da transferência pode ser feita uma seleção individual separando-se os machos não selecionados que são denominados “spiking” (machos reserva). Os machos “spiking” quando atingem 28 semanas são colocados em lotes mais velhos, substituindo gradativamente os machos velhos. Peso próximo ao do lote velho. Fase de produção vai de 21 semanas a 68 semanas Fatores que afetam a fertilidade: Machos impotentes Fêmeas pouco receptivas Proporção incorreta entre machos e fêmeas Atraso na maturidade sexual Alta densidade Reprodutores muito pesados Problemas de iluminação Micotoxinas Altas temperaturas Pode-se utilizar galpões convencionais ou “slats”, que é um galpão totalmente automatizado onde utiliza-se um piso ripado de madeira ou plástico, podendo ocupar 2/3 ou 1/3 do galpão. Vantagens: Diminui problemas de cama, melhora a qualidade dos ovos, facilita coleta de ovos, melhora a qualidade sanitária. Desvantagem do “slat”: Alto custo, dificulta a retirada das excretas, problemas de desinfecção (madeira), necessidade de reposição de machos novos (“spiking”), maior agressividade do macho (fêmea pode recusar). Densidade: Convencional: 3,5 a 5,5 aves/m². “Slats”: 4,75 a 6 aves/m². Comedouros: Fêmeas: 15 cm/ ave. Machos: 12 comedouros tubulares/100 machos. Bebedouros: 2,5 cm/ave; 1 nipple/ 6 a 10 aves; 1 tipo copo/ 15 a 20 aves. Ninho: 1 boca de ninho/4 fêmeas. Ninho: 30 cm largura x 35 cm profundidade x 25 cm altura. Proporção: 1:10 - As fêmeas são avaliadas quanto a maturidade sexual (crista e abertura pélvica), reserva de gordura (reserva abdominal na ponta da quilha e na asa) e uniformidade. Os machos são avaliados quanto a maturidade sexual (crista) e uniformidade. A uniformidade é avaliada através da pesagem de 10% de machos e fêmeas. Arraçoamento: diário. Alimentação separada por sexo, sendo as técnicas de manejo baseadas nas diferenças de tamanho de machos e fêmeas. Comedouro dos machos é mais alto que o das fêmeas de forma que estas não alcancem. Comedouro das fêmeas com grades e de preferência arame horizontal. Fêmeas: recebem estímulos na quantidade de ração até 3 semanas após o pico de produção (35 semanas) após esse período inicia-se a retirada de ração de 1 a 2 g/ave/semana. Machos sempre recebem incrementos de ração seguindo as recomendações da linhagem (aproximadamente 2 g a cada 4 ou 5 semanas). Manejo hídrico: água a vontade durante o dia com fechamento dos registros a noite. Manejo da luz: Após transferência: Luz natural por uma semana, durante esse período é feita avaliação do lote para estabelecer o programa de luz e o arraçoamento: boa composição corporal e reserva de gordura. Tem que ter reserva de energia necessária para produção de ovos. NINHOS: Madeira ou metal, 4 aves/boca de ninho, o manejo reflete a qualidade do ovo, manejo de fechar os ninhos a noite para evitar que se contaminem com fezes e inibir o comportamento de choco nas aves (até 38 semanas). DESINFECÇÃO DOS NINHOS: Cama dos ninhos é desinfetada no depósito (paraformaldeído), troca total da cama de 10 em 10 semanas, reposição e desinfecção (paraformaldeído) quinzenal. CAMA: seca, macia e uniforme (reflete qualidade do ovo). Manejo: Uso de cal (400 g/m³) quando a cama esta úmida ou retirada com reposição. Não reaproveitar cama. MANEJO DOS OVOS: Devem ser coletados e desinfetados o mais rápido possível. Coletas freqüentes reduzem o tempo de exposição dos ovos à contaminação, evitam trincas e quebra dos ovos nos ninhos pelas fêmeas e inibem o comportamento de choco pelas aves. Recomenda-se que os ovos permaneçam a temperatura ambiente por 4 horas após a ovipostura, sendo refrigerados após esse período. Devem ser coletados e desinfetados o mais rápido possível. Coletas freqüentes reduzem o tempo de exposição dos ovos à contaminação, evitam trincas e quebra dos ovos nos ninhos pelas fêmeas e inibem o comportamento de choco pelas aves. Recomenda-se que os ovos permaneçam a temperatura ambiente por 4 horas após a ovipostura, sendo refrigerados após esse período. PERÍODO PRÉ-PICO (21 A 32 SEMANAS) As aves são adaptadas as condições da granja de produção: luminosidade, arraçoamento, distribuição de água, ninhos e acasalamento. Por volta de 24 semanas as fêmeas iniciam a postura (5%). Primeiras 4 semanas de postura: grande quantidade de ovos pequenos, grandes, duas gemas e disformes. Até o início da postura as aves devem atingir o peso ideal, para garantir máxima produção de ovos, porém quando superalimentadas desenvolvem umaestrutura de ovário anormal e ganham excesso de peso resultando na produção de ovos de baixa qualidade e eclodibilidade além de excesso de ovos de duas gemas, postura abdominal e prolapso. São usados pequenos, mas constantes incrementos na quantidade de ração fornecida para preparar as aves para a produção de ovos. Machos: controle de peso e retirada dos machos (sistema locomotor, coloração de canelas e cloaca e aspecto geral). PÓS-PICO (33 A 68 SEMANAS) Por volta de 32 semanas as aves atingem a maturidade sexual e cessam o crescimento corporal, então as aves continuam a ganhar peso apenas por depósito de gordura. 31 semanas: pico de produção de ovos. 34 semanas: pico de massa de ovos. 32 a 34 semanas = requerimento máximo de nutrientes para a produção de ovos. 35 semanas: inicia-se a redução na quantidade de ração (1 a 2 g/ave/semana). Totalizando 62 Kcal EM/ave do pico até o descarte das aves. Relação macho:fêmea = Início: 1:10 / Final: 1:7. DARK-HOUSE Até 0,4 lux, galpão totalmente fechado. Vantagens; Economia da ração, 1 a 2 % a mais de viabilidade, melhor uniformidade, melhor pico de produção, 3 a 5 pintos a mais por fêmea alojada, maior densidade na recria. Desvantagens; Dificuldade de observação de enfermidades, dificuldade na higienização do aviário, dependência de energia elétrica, alto custo de implantação. BROWN-HOUSE OU SIMBRITE Até 8 lux, uso de cortina dupla, sendo uma fora do galpão permeável ao ar, saindo do beiral e descendo em angulação de 40 graus até 20 a 30 cm do solo (entrada de ar).
Compartilhar