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Exame Físico do Cotovelo, Punho e Mão 1) Exame Físico do Cotovelo: a) Inspeção: O examinador poderá obter informações valiosas por meio da inspeção do cotovelo. Sendo uma articulação subcutânea, as alterações esqueléticas, o aumento de volume, a atrofia muscular e as cicatrizes são facilmente observados. A inspeção deverá ser realizada com atenção às regiões lateral, anterior, posterior e medial. b) Palpação: Avaliação do Arco de Movimentos: Teste de Cozen e de Mill: O teste, conhecido como de Cozen, é realizado da seguinte maneira: com o cotovelo em 90° de flexão e o antebraço em pronação, pede-se ao paciente que faça extensão ativa do punho contra a resistência que será imposta pelo examinador. O teste será positivo quando o paciente referir dor no epicôndilo lateral (cotovelo de tenista). O teste de Mill é realizado com o cotovelo em 90° de flexão e o antebraço em pronação com a mão fechada, o punho em dorsiflexão (desvio radial) e o cotovelo em extensão. O examinador então forçará o punho em flexão e o paciente é orientado para resistir ao movimento. A presença de dor no epicôndilo lateral será sugestiva de epicondilite lateral. Obs: Teste de epicondilite medial: 2) Exame Físico do Punho e da Mão: O punho é o segmento anatômico intermediário entre o antebraço e a mão. Sua integridade é responsável pela boa função dos dedos. De acordo com Flatt, o punho é a articulação-chave para toda a função da mão e seus movimentos permitem que a mão seja colocada em grande variedade de posições. Devido a sua complexidade e versatilidade funcional, é necessário conhecimento detalhado de sua anatomia e cinesiologia para que se possa realizar exame físico adequado e interpretar corretamente os achados clínicos e radiográficos. O exame físico do punho deve ser realizado com o membro superior todo exposto, com o paciente sentado em frente do examinador e com os cotovelos apoiados sobre a mesa. A mão pode ser dividida em duas partes principais: o punho e os cinco dedos, que podem ser divididos em três grupos. Os dedos indicador e médio representam uma coluna central estável, os dedos anular e mínimo são mediais e móveis e o polegar é lateral e extremamente móvel. a) Inspeção: A inspeção fornece informações preciosas e não pode ser limitada à área da queixa do paciente, mas abranger todo o membro superior, especialmente o antebraço e a mão, e bilateralmente, como já mencionado. Nela devem ser observados: - Postura do membro. - Deformidades. - Aumentos de volume (edema, tumores e tumorações, sinovites). - Coloração da pele. - Presença de cicatrizes. - Hematomas. - Equimoses. - Flictenas. - Ferimentos (cortantes, contusos, abrasivos ou esfoliantes). A mão em repouso apresenta uma posição característica das articulações metacarpofalângicas e interfalângicas, com flexão progressivamente maior do indicador para o dedo mínimo. Um dedo que se mantém em extensão, na posição de repouso, pode-se pensar em lesão dos tendões flexores. Deve-se observar com atenção a presença de cicatrizes que, associadas a outras alterações, podem fazer diagnóstico de lesões em determinadas estruturas da mão. Além disso, deve-se buscar a presença de deformidades, retrações, abaulamentos e manchas. b) Palpação (Avaliação da Amplitude dos Movimentos): - Pronação e Supinação. - Flexão e Extensão. - Desvio ulnar e radial. Testes Musculares: a) Teste de Finkelstein: É usado para diagnosticar a tenossinovite do primeiro compartimento dorsal. Esse teste consiste em fazer um desvio ulnar do punho do paciente, mantendo o polegar aduzido e fletido. O teste é positivo quando o paciente refere dor na região do processo estiloide do rádio. b) Teste de Phalen: É usado para diagnosticar a síndrome do túnel do carpo. Consiste em manter o(s) punho(s) na flexão máxima durante 1 minuto. É positivo quando a sensação de formigamento ou dormência é relatada no território do nervo mediano, principalmente e com mais frequência no dedo médio. O teste de Phalen invertido é o mesmo, porém com os punhos em extensão máxima. c) Teste ou Sinal de Tinel: É a percussão suave nobre de um nervo. Para tal, deve-se percurtir o nervo de distal para proximal. No local correspondente à regeneração, o paciente tem a sensação de choque elétrico que se irradia pela área de distribuição cutânea do nervo. A progressão distal desse choque sugere bom prognóstico. d) Teste de Allen: Esse teste, realizado no punho, é usado para determinar a patência das artérias que suprem a mão. É feito comprimindo-se as artérias radial e ulnar no punho com ambas as mãos do examinador; em seguida, solicita-se ao paciente para abrir e fechar fortemente os dedos, seguidamente, de modo a retirar o sangue da mão que ficará pálida. Nesse momento, o paciente relaxa os dedos e o examinador libera uma das artérias e observa se houve reperfusão imediata da mão e, se assim for, está confirmada a patência da artéria liberada, em caso contrário, ou seja, ausência de reperfusão, o teste é positivo, indicando alteração do fluxo arterial testado. Em seguida, o teste é repetido e liberada a artéria que permaneceu comprimida. e) Teste para o Flexor Superficial e para o Flexor Profundo: Referências Bibliográficas: BARROS FILHO, Tarcísio EP et al. Exame físico em ortopedia. Sarvier, 2017.
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