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Ane��� I�fe����sa Equ���: Causada por um Lentivírus, semelhante ao Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV). Etiologia: Vírus da família Retroviridae, gênero Lentivirus ----> envelopado---> Estrutura única de tripla camada. ➔ Chama-se de Lentivirus em referência ao longo período de incubação e prolongado curso insidioso. ➔ Retrovírus ---> Inativados por solventes lipídicos, detergentes e pelo aquecimento à 36ºC por 30 min ---> mais resistentes à radiação UV e X, devido ao seu genoma diplóide. Epidemiologia: Doença de distribuição mundial, exceto na Antártida. ➔ Prevalência em equídeos adultos pode atingir 70% em áreas endêmicas ---> moderada a alta em áreas com populações numerosas em que há a permanência de insetos vetores. ➔ Transmitida mecanicamente por insetos hematófagos ---> Tabanus e Stomoxys. ➔ Vírus sobrevive por pouco tempo no vetor ---> caso a alimentação do mesmo seja interrompida pode ser transmitido na próxima vez que o vetor se alimentar. ➔ Transmissão ocorre mais frequentemente no verão ---> locais que favorecem a permanência do mosquito. ➔ A transmissão também pode ocorrer a partir de agulhas, transfusão sanguínea e material cirúrgico contaminado. Patogenia: Vírus se replica nos macrófagos, monócitos e células de Kupffer ---> acomete fígado, baço, linfonodos, pulmões e rins ---> surgem lesões nos tecidos em decorrência dos processos imunomediados ---> Grande carga viral no sangue dos animais durante o pico febril inicial e vai decaindo ao longo das crises febris subsequentes ---> Os animais tornam-se persistentemente infectados após a inserção do pró-vírus no genoma das células hospedeiras ---> Vírus são liberados na corrente sanguínea a partir do brotamento por meio da membrana da célula infectada, pode ser absorvido pelos eritrócitos ---> Quando IgM ou IgG reagem a esse complexo, ativa o Sistema Complemento ---> hemólise intra e extravascular ---> severa anemia. ➔ Início da infecção ---> Medula óssea altamente responsiva ---> ao passar do tempo: exaustão ---> Inibição da eritropoiese compensatória se dá por mecanismos responsáveis pelas anemias de inflamação crônica ---> hemólise, eritrofagocitose aumentada e eritropoiese diminuída são responsáveis pela anemia em equinos persistentemente infectados. ➔ Glomerulonefrite ---> em decorrência dos imunocomplexos depositados nos glomérulos renais. ➔ Linfadenopatia e infiltração dos macrófagos e linfócitos no fígado e outros órgãos podem ser identificados. Sinais Clínicos: A maioria dos animais apresenta sinais clínicos moderados. Alguns sintomas são mais atribuídos à resposta imune do hospedeiro do que à lesão viral direta. ➔ Animais infectados podem apresentar febre, depressão e petéquias nas membranas mucosas e conjuntivas. ➔ Epistaxe severa e edema ventral ---> seguidos de morte em alguns casos. ➔ Muitos animais recuperam-se da fase aguda ---> permanecem clinicamente normais ---> outros apresentam episódios recorrentes de febre com duração de dias a semanas ---> reações febris estão associadas ao surgimento de novas linhagens antigênicas do vírus do animal infectado ---> mutações. ➔ Diminuição da severidade do quadro clínico ---> capacidade do sistema imune de controlar a replicação viral. ➔ Muitos animais soropositivos não mostram sinais clínicos da doença ---> Portadores com forte memória imunológica específica para os antígenos do vírus ---> portadores assintomáticos ---> permanecem como reservatório do vírus ---> fonte de propagação da doença. Diagnóstico: IDGA ---> Animal que reagir positivo é considerado portador de AIE ---> Doença de notificação obrigatória ELISA ---> Altamente específica ---> baixa probabilidade de falso positivo e falso negativo (menores que na IDGA) Prevenção e Controle: Baseados principalmente em testes sorológicos de rotina e remoção dos animais reagentes da criação. ➔ Restrição do deslocamento de animais, teste dos indivíduos a serem introduzidos no plantel, controle dos vetores e não compartilhamento de fômites. ➔ Trânsito de animais ---> permitido apenas com apresentação do GTA ---> Emissão do GTA ---> apenas animais sorologicamente negativos (pelo IDGA) para AIE. ➔ Sacrifício dos animais positivos ---> não há cura ou tratamento. ➔ Animal positivo na propriedade ---> interdição ---> testagem em todos os animais ---> eliminação dos positivos ---> liberação da propriedade apenas após a realização de dois exames com resultados negativos consecutivos, nos intervalos de 30 e 60 dias. Lín�u� A��l: Língua azul ---> nome dado para descrever a língua cianótica dos ovinos acometidos. ➔ Não é uma doença contagiosa ---> transmitida por um vetor do gênero Culicoides ---> se alimenta do sangue do hospedeiro. ➔ Causa perdas no rebanho, aumento da mortalidade e gera impacto socioeconômicas em relação ao comércio internacional. ➔ O vírus da língua azul infecta ruminantes domésticos e selvagens ---> ovinos são os mais afetados ---> raça do animal linhagem do vírus influenciam na manifestação dos sinais agudos da doença ---> hiperemia, apatia, edema de face e pescoço, inflamação e erosão da mucosa bucal, cianose lingual (que dá nome a doença) coronite, miosite e pneumonia. ➔ Vírus pertencente ao gênero Orbivírus ---> RNA fita dupla, ausência de envelope. ➔ Epidemiologia: 24 sorotipos ao redor do mundo ---> No Brasil dois: 4 e 12. ➔ Mais comum em países de clima tropical, subtropical e regiões temperadas ---> climas favoráveis ao desenvolvimento do vetor. Transmissão: “mosquito-pólvora” ---> vírus se aloja nas glândulas salivares ---> se alimenta de um animal sadio ---> vírus se replica nos nódulos linfáticos e se dissemina para outros órgãos por meio da circulação sistêmica ---> vírus se associa à superfície das hemácias e plaquetas ---> presença do vírus no sangue mesmo que hajam anticorpos neutralizantes ---> pode estar presente no sêmen de bovinos e ovinos ---> prejudica a qualidade. ➔ Mosquito tem preferência pelos bovinos ---> não desenvolvem a infecção, mas são os maiores reservatórios do vírus ---> viremia apresenta-se mais prolongada ---> relacionado a um maior tempo de sobrevida das hemácias na espécie. ➔ Fator de virulência ---> partículas virais tanto na superfície da hemácia quanto formando núcleos em envagiações da membrana eritrocitária ---> protege o VLA da ação dos anticorpos circulantes. Sinais Clínicos: Dependem da espécie animal e do sorotipo viral. ➔ PI ---> 2 a 10 dias. ➔ Principais sinais em ovinos ---> congestão, edema e hemorragia, febre (41ºC), descarga nasal e salivação, hiperemia das mucosas oral e nasal, erosões e ulcerações orais, edema pulmonar (associado a morte dos animais) ---> Cianose é o sinal associado à presença da língua azul. Diagnóstico: Feito a partir de uma coleta de sangue total e na avaliação de alguns órgãos de animais mortos recentemente. ➔ Isolamento do agente pela inoculação em ovo de galinha embrionado ---> cultura de células de inseto e de mamíferos. ➔ Identificação pode ser feita por métodos imunológicos (ELISA, Imunofluorescência) e PCR ---> determinação do sorotipo de confirmação do diagnóstico. Controle e Tratamento: Sacrifício de animais infectados é questionável ---> algumas regiões tem alta taxa de animais subclínicos e o inseto é muito importante na disseminação da doença. ➔ Não criar bovinos junto com ovinos ---> bovinos são o maior reservatório e o mosquito tem preferência por eles. ➔ Vacinas ---> úteis para reduzir os sinais clínicos e a disseminação viral ---> não estão disponíveis no Brasil. Pap����at����: Doença causada por um vírus da familia Papillomaviridae ---> papilomavírus. Vírus bem simples ---> há vários tipos ---> não envelopado, mas resistente no ambiente ---> geralmente espécie-específicos ---> ancestral comum. ➔ Acometem animais domésticos, silvestres, de produção, laboratório, etc. ➔ Em humanos ---> HPV. ➔ Papilomavírus bovino tipo I e II ---> podem infectar equinos ---> causam a doença sarcóide equina. ➔ Causam lesões proliferativas na pele e nas mucosas dos animais. ➔ Morbidade e mortalidadebaixas ---> quando ocorre algum surto ---> morbidade se eleva ---> vírus infectocontagioso. Transmissão: principalmente por contato direto entre os animais ---> vírus penetra por lesões na pele ---> pode ser transmitido por vetores mecânicos ---> parasitos ---> transmissão por equipamentos compartilhados. Patogenia: Vírus entra por pequenas lesões ---> infectam células basais do epitélio ---> constante replicação ---> vírus se aproveita disso para se multiplicar ---> introduz o genoma nas células ---> fragmentos do DNA viral são agregados ao próprio genoma de células ---> genes oncogênicos ---> estimulam uma proliferação exagerada dessas células epiteliais ---> hiperqueratose ---> lesões características na superfície da mucosa dos animais ---> vírus maduros encontram-se nos queratinócitos na camada de descamação da pele que elimina o vírus ---> um dos poucos vírus que precisa da morte celular para se disseminar. Sinais Clínicos: Irão depender do sistema imunológico do animal e das características patogênicas da cepa infectante. ➔ Formação dos papilomas ---> hiperqueratinizados ---> tipo 1 e 2 em bovinos ---> lesões na região da cabeça e pescoço. ➔ Papiloma bovino tipos 5 e 8 ---> lesões nos tetos dos animais. ➔ Hematúria Enzoótica Bovina ---> animais criados em pastagens pobres e com prevalência de samambaias ---> hemorragia a partir de tumores epiteliais da parede da vesícula urinária ---> imunossupressão após a ingestão de samambaia ---> ativação do papiloma bovino tipo 2 ---> junta com os carcinógenos da samambaia ---> indução da progressão das lesões neoplásicas ---> animal com a urina repleta de sangue ---> vasos sanguíneos dos tumores na vesícula se rompem e o sangue é eliminado na urina. ➔ Cães ---> papilomatose oral canina ---> papilomavírus tipo 1 ---> lesões discretas que vão evoluindo ---> doença autolimitante ---> podem regredir em alguns meses. ➔ Felinos ---> lesões em formato de placas ---> placa virais ---> superfície com características verrucosas ---> raramente acontece sarcóide felino ---> geralmente no focinho. ➔ Equinos---> papiloma vírus bovino 1 e 2 ---> sarcóide equino ---> placas com hiperqueratose ---> geralmente na região de pescoço, cabeça, abdominal, membros. ➔ Hospedeiro-específicos de equinos ---> tipos 1, 2 e 3 ---> Tipo 1: formação dos papilomas na boca, focinho, membros ---> Tipo 2: genitais ---> tipo 3: região auricular. ➔ Doença autolimitante ---> sistema imunológico vai eliminando o vírus e as lesões vão regredindo com o tempo. Diagnóstico: clínico ---> muito característico. ➔ Histopatológico. ➔ Imunofluorescência direta. ➔ PCR ---> extremamente preciso. Tratamento: Deve ser muito bem avaliado ---> doença geralmente autolimitante ---> SI elimina o vírus e acontece a regressão ---> tempo varia. Infecção persistente ou lesões comprometendo funções vitais ---> extirpação cirúrgica dos papilomas. ➔ Cauterização química ---> Sulfato de prata, ácido sulfúrico. ➔ Autohemoterapia ---> estímulo imunológico no local das lesões. ➔ Papilomax ---> uso tópico. ➔ Verrudol ---> subcutânea. ➔ Imunoestimulantes também são recomendados ---> avaliar custos do tratamento. Prevenção e Tratamento ---> autovacinas ---> rebanhos com alta incidência e vírus circulante ---> feitas a partir das próprias lesões picotadas ---> animais infectados: aumentar o estímulo imunológico ---> também pode ser feita de forma preventiva. ➔ Não há vacina comercial ---> prevenção é baseada na quarentena de animais, isolamento, tratamento dos acometidos e controle de carrapatos e moscas ---> vírus resiste no ambiente: limpeza.
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