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INTRODUÇÃO À CARDIOLOGIA EM CÃES E GATOS UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA CLÍNICA DE PEQUENOS ANIMAIS CONCEITOS HEMODINÂMICOS Pré – carga (pressão de enchimento ventricular): corresponde aos fatores que determinam o comprimento inicial da fibra cardíaca antes da contração, ou seja, o retorno venoso, o enchimento ventricular, o volume diastólico final. CONCEITOS HEMODINÂMICOS Pós – carga (resistência ao esvaziamento ventricular): corresponde aos fatores que se opõem ao encurtamento ventricular, ou seja, a pressão arterial (pressão da aorta durante a sístole, o obstáculo valvular da aorta e da pulmonar). CONCEITOS HEMODINÂMICOS • Inotropismo: capacidade que a fibra cardíaca possui em responder a um estímulo contraindo-se ativamente. Representa a força de contração cardíaca e é o fator que altera o desempenho do coração. Assim tem-se: quando o desempenho for maior que o previsto, o inotropismo é positivo; quando menor, é negativo. • Débito: corresponde ao volume de sangue injetado pelo ventrículo esquerdo na aorta, por minuto (diminuição do débito cardíaco → ↓ perfusão de O2 no organismo). Qdo há alteração da pré-carga, da pós-carga e do inotropismo, que são os três fatores em que se baseia a terapêutica vasodilatadora. HIPERTENSÃO • Pulmonar: elevação da pressão sanguínea nas artérias que levam o sangue do lado direito do coração para os pulmões . • Arterial: elevação persistente da pressão arterial sistólica, da pressão arterial diastólica ou de ambas, em relação aos valores normais. Doenças associadas: - Doença renal - Hiperadrenocorticismo - Hipertireoidismo - Anemia crônica (gatos) - Dieta com alto teor de sal - Diabetes melito - Hepatopatia - Obesidade - Feocromocitoma/paraganglioma adrenal (tumor da medula e gândula suprarenal que produz catecolaminas, o que induz à hipertensão) Doença Cardíaca X Insuficiência Cardíaca • Doença Cardíaca: alterações morfofisiológicas (estruturais) do coração, que podem levar ou não à insuficiência cardíaca. • Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC): diminuição da função cardíaca, deixando de atender às necessidades metabólicas do corpo. Desta forma, consequente acúmulo de sangue no sistema venoso, aumentando a pressão venosa, causando congestão venosa e extravasamento de líquido. – ICC esquerda: afeta pulmões levando ao edema pulmonar. – ICC direita: afeta cavidade abdominal levando à ascite Extravasamento de líquido Instala-se em resposta a: • Transudação secundária à insuficiência cardíaca congestiva, hipoalbuminemia, toxemia ou outras doenças que provoquem aumento da permeabilidade vascular. • Exsudação causada por pericardites infecciosas ou não infecciosas (uremia), levando a efusão pericárdica. • Hemorragia associada a neoplasias, traumatismo externo. • Síndrome clínica complexa, progressiva e irreversível que pode resultar de qualquer distúrbio funcional ou estrutural do coração em que altere sua capacidade de enchimento e/ou ejeção. Caracterizada clinicamente por dispnéia, fadiga, edema e redução da sobrevida. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA FISIOPATOLOGIA DA ICC • Sobrecarga de volume – Insuficiência valvar • Mitral • Aórtica – ↑DC • Sobrecarga de pressão – Hipertensão arterial, – Estenose aórtica • Alteração na contratilidade – Sistólica – Diastólica • Alteração na modelagem (gerado por sobrecargas, infecções...) • Extravasamento de líquidos (doenças sistêmicas ou outros órgãos) ALTERAÇÕES Na Função Sistólica (insuf. para ejetar sangue) • Lesão ou disfunção isquêmica • Sobrecarga crônica de pressão * (estenose subaortica, dirof, estenose pulmonar direita, hipertensão arterial direita) • Sobrecarga crônica de volume* (ins. Valvular, defeitos de spto, estados de alto débito cardíaco) • Cardiomiopatia dilatada * • Miocardite Na Função Diastólica (enchimento ventricular inadequado) • Hipertrofia miocárdica patológica – Primária Cardiomiopatia hipertrófica – Secundária Hipertensão arterial (congestão pulmonar) • Fibrose isquêmica (doença pericárdica) INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AGUDA • Hemorragia severa • Traumatismo cerebral grave • Choque elétrico de alta voltagem • Enfarte do miocárdio • Hipertensão CAUSAS DE ICC • Endocardiose • Endocardite bacteriana • Efusão pericárdica • Estenose da válvula aórtica • Persistência do ducto arterioso • Cardiomiopatia dilatada • Dirofilariose • etc ETIOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO DA ICC • É variada. Mas as causas mais comuns de insuficiência cardíaca crônica, em cães, são regurgitação de mitral associada a uma doença valvular crônica e a miocardiopatia dilatada. A regurgitação de mitral, mais frequente em cães de raças 2 www.veterinariandocs.com.br pequenas, totaliza cerca de 80% das doenças cardíacas e a miocardiopatia dilatada, mais frequente em raças grandes, corresponde a 5 %. • Classificação: – Classe I - assintomático, pode haver sopro, dilatação cardíaca ausente a discreta. – Classe II – IC suave a moderada, intolerância ao exercício, tosse, dispnéia, ascite – Classe III - IC avançada, dispinéia ascentuada, ascite grave, edema pulmonar, derrame pleural SINAIS CLÍNICOS ICCE, ICCD, ICCG • ICCE - Tosse (edema pulmonar e congestão); Paroxística Hemoptise - Intolerância a exercícios - Dispnéia - Taquipnéia - Cianose - Ortopnéia - Estertores pulmonares - Arritmias cardíacas - Efusão pleural em gatos • ICCD - Pode ser secundária à ICCE - Distensão da jugular - Hepatomegalia - Esplenomegalia (menos frequente) - Ascite (edema subcutâneo) - Hidrotórax - Hidropericárdio - Efusão pleural resultando em: * Dispnéia * Ortopnéia * Cianose - Arritmias cardíacas - Efusão pleural em cães • ICCG Congestão SINAIS CLÍNICOS I.C coração direito: Aumento do abdômen Distensão das veias Retenção de líquido (abdômen / tórax / Pericárdio / Pele) I.C coração esquerdo: Dificuldade de respirar, pouco fôlego, dificuldade de posição para dormir. I.C bilateral: Fraqueza Intolerância ao exercício Dificuldade de respirar com o aumento da atividade. Perda de peso é comum em cães que não retêm líquidos. CARDIOMEGALIA (Termo utilizado para designar o aumento do tamanho do coração) •Cardiomiopatia Hipertrófica •Cardiomiopatia Dilatada HIPERTROFIA CONCÊNTRICA EM CÃES • Incomum em cães • Causas desconhecidas (doença renal hipertensiva, genética??) • Aumenta rigidez dos ventrículos • Disfunção diastólica • Simetria • Isquemia Miocárdica Exarcebam arritmias, pioram relaxamento e preechimento ventricular. Sinais Clínicos Jovens e meia-idade, e raças grandes • Fraqueza • Síncope • Morte súbita • Arritmias • Sopro sistólico da obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo • Insuficiência mitral pode ser detectada à auscultação HIPERTROFIA CONCÊNTRICA EM GATOS – Espessamento da Parede dos Ventrículos – Prevalência (alta em Maine Coon , Persa, Ragdoll) Primária Idiopática Secundária (mecanismo compensatório) • Hipertireoidismo - altera a função cardiovascular através efeitos diretos sobre o miocárdio, agindo o hormônio tireoidano sobre o coração e circulação. Podendo resultar em hipertensão sistêmica que então estimula a hipertrofia. • Hipersomatotropismo (acromegalia) - resultado dos efeitos tróficos do hormônio de crescimeno sobre o coração, ocorrendo IC . • Doença miorcárdica infiltrativa (linfoma). Sinais Clínicos Gatos de meia-idade Assintómáticos Sinais dependem da gravidade Sinais agudos de tromboembolismo Respiratórios: taquipnéia, respiração ofegante, dispnéia e raramente tosse síncope oumorte súbita na ausência de outros sinais Estresse (anestesia, cirurgia, administração de flúidos) pode precipitar I.C. em um gato compensado. Observa-se estertores fortes, sopro ou ritmo de galope (assintomáticos). Pulsos femurais fortes Cianose Edema pulmonar grave CARDIOMIOPATIA DILATADA • Doença crônica, progressiva • Primária – Idiopática • Secundária – Deficiências nutricionais, neoplasias, infecções, anormalidades metabólicas (def. L-carnitina), plantas toxicas, doxorrubicina • Caracterizada como distúrbio do músculo ventricular ocasionado por insuficiência sistólica do miocárdio • Aumento de tamanho e volume cardíaco sobrecarregado de sangue CARDIOMIOPATIA DILATADA • Doença crônica e progressiva • ↓DC • ↓Contratilidade miocárdica CARDIOMIOPATIA DILATADA Achados • Dilatação de câmaras cardíacas • Miocárdio débil • Músculos papilares atrofiados, • Aumento de peso cardíaco • Trombos atriais esquerdo e arteriais sistêmicos. • Fibrose endocardíaca focal, degeneração e necrose de células musculares CARDIOMIOPATIA DILATADA • Era um dos diagnósticos mais comuns em gatos e a maioria estava associada à deficiência de taurina. • Há gatos com CMD que apresentam níveis normais de taurina no sangue e no plasma, como a CMD pós- miocardite. • Siamês, Abissínio e Burmese. SINAIS CLÍNICOS • Murmúrios de regurgitação mitral ou da tricúspide, encontram-se típicamente presentes, • Ritmo de galope como resultado de dilatação ventricular e redução da complacência ventricular, • Hipotermia, • Depressão severa, • Fraqueza, palidez e aumento TPC. • Áreas hiper-reflectivas normais de degeneração de retina (deficiência de Taurina). CARDIOMIOPATIA DILATADA • Nos cães, é mais comum nos cães grandes e gigantes: – Scottish deerhound, – Doberman – Boxer – São Bernardo, – Pastor Inglês (mais afetado) • Cães idosos • Cães machos CARDIOMIOPATIA DILATADA ↓contratilidade Disfunção ventricular sistólica ↓DC Vasoconstrição Retenção de H2O Sobrecarga cardíaca Dilatação cardíaca ENDOCARDIOSE • Mais comum em cães • Processo degenerativo • Cães de pequeno porte e idosos • ↓Dilatação atrial • ↓Contratilidade ventricular • Fibrose mitral ENDOCARDIOSE Processo degenerativo Fibrose Retorno sanguíneo Dilatação cardíaca Diminuição da contratilidade EFUSÃO PERICÁRDICA • Limitação de espaço • ↑Pressão • Prejuízo na diástole • ICCD EFUSÃO PERICÁRDICA Líquido no pericárdio ↓Perfusão coronariana ↓Contratilidade Perda de função sistólica e diastólica ICCD DIROFILARIOSE “Verme do coração” • Formação de enovelados • Estenose de vasos pulmonares • ICCD • Hipertrofia ventricular DIROFILARIOSE Enovelado de vermes Endarterite Perda da elasticidade artéria pulmonar Aumento de pressão e trabalho do ventrículo Hipertrofia e dilatação ICC DIAGNÓSTICO • Eletrocardiograma • Ecocardiograma • Radiografia torácica Dilatação cardíaca esquerda - cão Gato-contorno cardíaco e elíptico mais alongados Ergometria Objetivos no tratamento da ICC • melhora do débito cardíaco, • redução da sobrecarga cardíaca, • controle do edema e das efusões • normalização das arritmias concomitantes. • Objetivos: reduzir a pré-carga (diminuição da retenção de Na+ e H2O), reduzir a pós-carga (diminuição da vasoconstrição), reduzir o tônus simpático e melhora da contratilidade. Tratamento Geral das Cardiopatias Controle da tosse (CMD) • Glicocorticóides: devido ao envolvimento da broncomalácia (causa primária) com o aumento atrial esquerdo (fator desencadeador) levando a compressão dos brônquios. – Prednisona: 0,5 a 1 mg/kg VO : SID • Antitussígeno – Codeína: 1 a 2 mg/kg TID : VO Butorfanol: 0,05 a 0,1 • Broncodilatadores – Teofilina: 9 mg/kg TID – Aminofilina: 11 mg/kg TID Tratamento Geral das Cardiopatias 1. β-Bloqueador (bloq. Β adrenérgico (noradrenalina)) – antiarrítmico, anti-hipertensivo 2. Bloqueador de canal de cálcio – antiarrítmico (relaxamento da muscularura - reduzem a frequência cardíaca e desaceleram a condução aurículo-ventricular), reduz consumo de oxigênio, dilatação de coronárias – taquiarritmias 3. Oxigênio – hipóxia 4. Diurético – edemas 5. Aminofilina – broncodilatar 6. Drenagem Pleural – efusão pleural 7. Tratar causa básica 8. Dieta hipossódica Tratamento Geral das Cardiopatias Depende do grau de comprometimento funcional no animal, assim, observando se ele é assintomático, se possui ICC (direita, esquerda ou bilaterial), se possui arritmia, trombose, Insuficiência renal ... Terapia Inicial: • Diuréticos Furosemida, Espironolactona, hidroclorotiazida • Inotrópico Digoxina (caso não possa usar, utilizar β-Bloqueadores ou bloqueadores de canal de cálcio) • Inibidores de ECA Enalapril, captopril, benazepril • Broncodilatador Aminofilina, formoterol, salmeterol, Fenoterol, terbutalina, salbutamol. • Outros Fármacos Morfina, noradrenalina, ansiolítico... Terapia Crônica: • Diuréticos • Inotrópicos • Inibidores da ECA • Dieta • Outra Terapia Para Estudar e Consultar Tratamento ICC • Redução da pré-carga (diminuição da retenção de Na+ e H2O): – Diminuição da concentração de sal na dieta (caseira ou comercial) – Diuréticos – Furosemida: 2 a 4mg/kg BID/TID – EV, IM, SC ou VO • Pode aumentar dose para 6 a 8mg/kg (deve-se então suplementar o K+ ) • Taxa de infusão contínua: 1 a 3mg/kg/h • Deve-se encontrar a menor dose efetiva (reavaliação semanal) – Tiazídicos: 2 a 4mg/kg BID – EV, IM, SC ou VO • Age no túbulo contorcido distal • Uso associado à furosemida – Espironolactona: 2 a 4mg/kg SID • Diurético poupador de potássio • Para edema pulmonar é refratário Tratamento ICC • Redução da Pós-Carga – Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA): usar sempre Causam diminuição da angiotensina II, levando a uma diminuição da pré e pós-carga (vasodilatação) e também causa diminuição da aldosterona, levando a diminuição da retenção de sódio e consequentemente água. Promovem aumento do débito cardíaco e melhoram fluxo coronariano. • Enalapril: 0,5mg/kg SID/BID - VO • Benazepril: 0,25 a 0,5mg/kg SID - VO • Captopril: 0,5 a 2mg/kg BID/TID – VO – Bloqueadores de canais de cálcio: utilizar em associação à IECAs e não utilizar isoladamente. A amlodipina deve ser utilizada quando a hipertensão arterial não for responsiva aos IECAs. • Amlodipina: 0,1 mg/kd SID/VO Tratamento ICC • Redução da Pós-Carga Venodilatadores: utilizados no edema pulmonar agudo e ICC de grau avançado (emergência). – Deve-se fazer o uso de venodilatadores em associação à diuréticos (furosemida) e terapia com oxigênio • Nitroglicerina: 5mg/10 a 15kg SID • Nitroprussiato: 3μg/kg/min (altamente hipotensivo); β-Bloqueadores: o bloqueio não seletivo de receptores β está geralmente associado a redução da frequência cardíaca e contratilidade, retardo da condução elétrica, redução no consumo de oxigênio pelo miocárdio e aumento na resistência vascular periférica. Prevenção do aparecimento de sinais de ICC, CMD, CMH – Propranolol (não seletivo): 0,2 a 1mg/kg TID – Metoprolol (β1-seletivo): 0,2 a 1mg/kg TID – Atenolol (β1-seletivo): 0,25 a 1mg/kg BID – Carvedilol (α e β): 0,1 a 0,25mg/kg Tratamento ICC • Redução do Tônus Simpático: – Digitálicos: inotrópicos fracos, ressensibilizam os barorreceptores e diminuem o tônus simpático e aumentam o parassimpático (causando diminuição da frequência cardíaca). Utilizados como antiarrítmicos para arritmias supraventriculares, fibrilação atrial ou taquicardia supraventricular • Digoxina: Cães: 0,007 a 0,01 mg/kg BID – VO Gatos: 0,007 a 0,01 mg/kg a cada 48 hoars – VO Para estudar... • Alterações neuro-humorais A síndrome clínica deinsuficiência cardíaca congestiva (ICC) é uma manifestação de consequências circulatórias. Essas consequências resultam da ativação de vários sistemas neuro-humorais, que são importantes para a manutenção da função cardiovascular, mas quando ativados cronicamente contribuem para o surgimento dos sinais clínicos e da deterioração da função cardíaca. • As alterações neuro-humorais na ICC incluem o aumento do tônus nervoso simpático, a ativação do sistema reninaangiotensina-aldosterona (SRAA) e a liberação da vasopressina, hormônio antidiurético (ADH) Para estudar... • A atividade simpática aumentada é parcialmente responsável pela vasoconstrição e retenção de sódio, aumentando a pós- carga. • O coração insuficiente pode ser estimulado a contrair mais vigorosamente pelo aumento do tônus simpático e pela dilatação cardíaca (efeito Frank-Starling), mas essa resposta é ótima apenas se o miocárdio estiver saudável O aumento da concentração de noradrenalina diminui a regulação dos receptores adrenérgicos. Para estudar... • O débito cardíaco diminuído, durante a ICC, ativa o sistema reninaangiotensina, pela estimulação direta do β- adrenorreceptor e pela diminuição do fluxo renal no aparelho justaglomerular dos rins. A angiotensina II, ativada pela enzima conversora da angiotensina (ECA) é um potente vasoconstritor, estimula a liberação de aldosterona, do hormônio antidiurético (ADH), aumenta a atividade simpática, promove constrição na artéria renal eferente e estimula a sede. A ativação do SRAA resulta na retenção de sódio e água, o que ajuda a manter o volume e o fluxo sanguíneo, mas a estimulação crônica pode ocasionar edema . Para estudar... • Insuficiência Cardíaca Direita (ICC direita) Resulta do aumento das pressões de enchimento no ventrículo direito associado a insuficiência valvar, doença pericárdica, obstrução de saída do ventrículo direito, hipertensão pulmonar ou doença miocárdica. Esta sobrecarga no ventrículo direito é transmitida à circulação venosa sistêmica levando à congestão e hipertensão venosa sistêmica. Verifica-se então ascite, efusão pleural e distensão jugular. A caquexia cardíaca (perda de gordura corporal e massa muscular associada a doença cardíaca) é mais evidenciado na ICC direita do que na ICC esquerda. Para estudar... • Insuficiência Cardíaca Esquerda (ICC esquerda) Resulta do aumento da pressão de enchimento do lado esquerdo associado ao aumento de volume, pressão sistólica, ou de doença miocárdica. Essa sobrecarga é transmitida à circulação pulmonar evidenciando sinais de congestão venosa (mais cedo que no caso da ICC direita). Verifica-se edema pulmonar nestes casos e em felinos também há efusão pleural (diferentemente dos cães).
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