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Intubação Orotraqueal É a colocação da cânula (tubo traqueal) na traqueia através da fenda glótica, sendo a única forma não cirúrgica de obter via aérea permeável e protegida. Serve ainda como uma forma de evitar que o conteúdo da orofaringe ou o regurgitado pelo esôfago ganhe as vias aéreas inferiores. Indicações Proteção da via aérea; Ventilação com pressão positiva; Hipóxia (pO2 <60); Coma (Glasgow <9 ou menor ou igual a 8); Choque; e Queimadura/inalação de fumaça. Material Necessário Laringoscópio É dividido em cabo e lâmina. As laminas podem ser: Retas (Miller): vão até a base da língua; Curvas (Macintosh): levantam a epiglote Tubo (cânula) Fio Guia Anatomia Orofaringe Estende-se da nasofaringe até a transição com o esôfago e a laringe. É formada por uma complexa estrutura muscular que compõe suas paredes, a língua e a face lingual da epiglote, o palato duro e a face bucal do palato mole, a abertura bucal e os dentes Laringe Situa-se entre os níveis cervicais de C4-C6 e é formada por músculos, ligamentos e cartilagens (tireoide, cricóide, aritenoides, comiculadas e epiglote). Apresenta duas funções primordiais: órgão fonador e selo de segurança para impedir que alimentos ou outros elementos presentes na orofaringe tenham acesso ao trato respiratório inferior (glote). Traqueia É formada por cerca de 18 anéis cartilaginosos em forma de “C”, posicionados de forma anterior, e uma parede posterior membranosa. Ao nível da T5, encontra-se a cartilagem carina, subdividindo a traqueia nos bronquios fonte direito e esquerdo. Classificação de Mallampati É uma classificação baseada na avaliação das estruturas da orofaringe (úvula, pilares amigdalianos, palato mole e palato duro). Classe I - palato mole, fauce, úvula e pilares amigdalianos visíveis; Classe II - palato mole, fauce e úvula visíveis; Classe III - palato mole e base da úvula visíveis; Classe IV - palato mole totalmente não visível. Os 7 P’s da Intubação Preparação: acesso venoso, equipamento e medicações; Pré-oxigenação: a 100% de 3 a 5 minutos; Pré-medicação: sedativo; Paralisia Induzida: bloqueio muscular; Posicionamento do paciente: decúbito dorsal, extensão da cervical e snffing; Posicionamento do tubo com confirmação: ausculta e raio x Pós Intubação Técnica de Intubação Posição do Paciente Deve-se posicionar o paciente deitado em decúbito dorsal em hipertensão cervical com a cabeça em posição do farejador (sniffing - uso de um apoio chamado coxim) para alinhas os eixos oral, fairíngeo e traqueal. Manejo Deve-se segurar o laringoscópio com a mão esquerda, inserindo-o pelo canto direito da boca e posicionando a língua para o canto esquerdo e colocar a ponta da lamina curva na valecula (entre a face da faringe e a epiglote) ou arrastar a glote caso a lamina seja reta. Depois de inserir o laringoscópio, deve-se força-lo em direção aos pés do paciente para afastar a glote e expor a traqueia. O tubo deve ser posicionado corretamente para ser inserido e o cuff deve ser insuflado. Por fim, deve-se auscultar os as bases e ápices dos dois pulmões e o estomago para checar se a intubação foi feita adequadamente. Quanto maior o tamanho do tubo, maior a ventilação, portanto deve-se escolher o tubo ideal para cada paciente. Em pacientes com o estômago cheio há risco de regurgitação, aspiração e pneumonite aspirativa. Em casos de pacientes com trauma cervical é proibido estender o pescoço Desintubação Na desintubação temos riscos de edema de glote, disfunção das cordas vocais, bloqueio neuromuscular e sedação residual e disfunção muscular. Complicações As complicações envolvem edema, intubação esofageana, regurgitação com broncoaspiração, sangramento e fratura nos dentes. Os fatores adversos estão relacionados à hipoxemia (baixo nivel de O2 no sangue) e suas consequências: parada cardíaca ou lesão cerebral irreversível. Ventilação por máscara facial Sempre que, em uma situação programada, planejamos uma intubação traqueal, é necessário prover todo material necessário a adequada ventilação e oxigenação do paciente. Também nos casos de intubação de urgência e emergência, pela presença de hipoxemia, a ventilação e oxigenação sob mascara se fazem necessárias, como forma de manter a viabilidade do paciente até que a via aérea definitiva (cirurgica ou naocirurgica) seja conquistada. Preditores de uma IOT difícil Intubação difícil prévia; Distância intercisivos <4cm (3 a 4 dedos na boca); Distancia tireomentoniana <6cm (do queixo à tireoide); Distancia esternomentoniana <12cm (do esterno ao queixo); Mallampati 3 ou 4; Protusão mandibular; Circunferência de pescoço grande (geralmente pessoas acima do peso); e Complacência do espaço submandibular pequena.
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