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Página 1 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Página 2 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO SOBRE ESTE CONTEÚDO Todos os direitos reservados a MIB - Massachusetts Institute of Business. Material teórico didático para subsídio no processo de ensino e aprendizagem. Coordenação: João Alfredo Lopes Nyegray. Professora: Me. Karine Herani Lopes. Direção por: Marcus Vinícius Franquine Tatagiba. Página 3 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4 ANÁLISE GERAL SOBRE O PAÍS E O MERCADO ................................................. 4 Economia e Comércio .................................................................................................... 10 Principais destinos das exportações ............................................................................. 17 Principais produtos importados pelos Estados Unidos ................................................ 20 Origem das exportações e importações norte americana .......................................... 21 Sistema Geral de Preferência - SGP ........................................................................... 22 ASPECTOS RELEVANTES PARA A NEGOCIAÇÃO COM OS EUA .................... 24 Negociando com os EUA ................................................................................................ 24 Etiqueta nas negociações com os EUA ....................................................................... 27 Perfil do consumidor norte americano .......................................................................... 29 O passo a passo para abrir um negócio nos Estados Unidos .................................. 32 COMO LOCALIZAR PRODUTOS E SELECIONAR FORNECEDORES ............ 34 Tipos de operações internacionais ............................................................................... 34 Como fazer negócios com os Estados Unidos ........................................................... 35 Estatísticas do Comércio Brasil x EUA - Categorias ................................................ 36 MEDIDAS PARA GARANTIA DA EFICIÊNCIA E SEGURANÇA ........................... 45 Exemplos de restrições à entrada de produtos brasileiros nos EUA ....................... 47 Controle de Sanidade ................................................................................................... 47 Produtos submetidos a Regulamentos Técnicos ........................................................ 48 Considerações Importantes sobre a Logística ............................................................ 49 Tipos de transporte ........................................................................................................ 49 Canais de Distribuição .................................................................................................... 52 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 55 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 57 Página 4 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO INTRODUÇÃO O Brasil e os Estados Unidos são bons parceiros comerciais de longa data e essa relação comercial vem se tornando cada vez mais estreita e intensa. As exportações americanas para o Brasil ainda são maiores que as importações de nossos produtos, certamente essa não é a configuração de negócios ideal para o Brasil, mas esses números demonstram que há muita oportunidade para os produtos brasileiros no mercado americano e que ainda há muito espaço para desenvolvimento de negócios nesse eixo. Para otimizar essa relação comercial de forma benéfica para as empresas brasileiras há que se difundir a mentalidade da internacionalização mais fortemente entre as empresas nacionais. Os governos veem constantemente criando incentivos e programas de facilitação da expansão comercial. Entretanto, para se aproveitar essa oportunidade que há no mercado americano é essencial que se conheça detalhadamente aquele mercado, suas especificidades e tendências, assim como os produtos brasileiros podem adentrar em um mercado tão competitivo como o americano, como difundir os produtos entre os consumidores, é preciso para tanto desenvolver inteligência de mercado, com pesquisa profunda e acurada do mercado e planejamento abrangente. No auxílio do desenvolvimento dessas etapas temos algumas ferramentas disponíveis, bastante conhecimento e expertise de órgãos e instituições de incentivo ao comércio entre os dois países. Ao longo desse módulo analisaremos muitas dessas fontes de inteligência de mercado, assim como analisaremos o mercado americano em seus aspectos mais relevantes para aqueles que estão iniciando um processo de internacionalização para aquele país como para aqueles que já atuam naquele mercado, mas buscam atualização. O objetivo é uma análise prática do panorama comercial e ambiente negocial do mercado americano. ANÁLISE GERAL SOBRE O PAÍS E O MERCADO Quando se busca fazer negócios em âmbito internacional muitos fatores influenciam na tomada de decisão, no desenvolvimento do planejamento estratégico e na implementação do projeto. As variantes a serem consideradas são de diferentes naturezas e impactam os negócios de formas distintas. Diferentemente dos negócios em âmbito interno, o desenvolvimento de negócios internacionais demandam detalhada pesquisa de mercado para fundamentar o planejamento, que nesses casos deve ser abrangente, examinando aspectos diversos da região definida como alvo para o negócio, assim como para definir quais são essas regiões alvo. Quanto mais profunda for a pesquisa e mais informações acerca da região forem coletadas maiores serão as chances de sucesso. Página 5 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Em relação aos negócios com o mercado americano não é diferente, apesar da maioria de nós ter uma ilusória opinião de que por conta do envolvimento social via cinema, televisão e música com aquele país conhecemos bem os costumes e praxes do mercado americano; o desenvolvimento de negócios com mercado americano exige muita pesquisa e análise acurada de dados. Para o desenvolvimento de negócios com o mercado americano é preciso compreender as praxes comerciais prevalecentes, assim como aspectos externos ao negócio específico ou ao mundo dos negócios para que se compreendam os meandros desse mercado. Dessa forma, é preciso ter um panorama geral do país, conhecendo e analisando aspectos socioculturais, econômicos, políticos, legais, tecnológicos e comportamento do consumidor. Há negócios que tratam de produtos ou serviços muito específicos e que por isso exigem ainda a análise de outros aspectos relacionados. Entretanto, independentemente do tipo de negócio a ser desenvolvido o estudo desses aspectos é imperativo para que se desenvolva um planejamento acurado e seja viável sua implementação com sucesso. Muitas são as fontes onde se pode obter os dados necessários acerca de cada um desses aspectos; há agências especializadas em coletar, catalogar e comercializar esses dados já devidamente organizados, mas claro isso demanda que a empresa detenha recursos financeiros para isso. Não há obstáculos ou grandes dificuldades em a própria empresa coletar, selecionar e analisar os dados relevantes para o desenvolvimento do projeto. Nesse caso, é preciso ficar atento para a qualidade dos dados coletados, se são forem de fonte fidedignas, confiáveis porque a partir deles se fará todo o planejamento e serão embasadas as tomadas de decisão. Em relação ao mercado americano muitas são as fontes de dados confiáveis disponíveis, como por exemplo: Doing Business: Disponibiliza dados acerca da economia e ambiente empresarial https:/ /www.doingbusiness.org/ (anexo 1 Snapchat). Global Trade Tracker: Disponibiliza informações acerca de comércio exterior. https:// w w w . g l o ba l t r a d e t r a c k e r . c o m / s t a r t / i n d e x . p h p / f r e e - trial?gclid=CjwKCAjwjqT5BRAPEiwAJlBuBUikqDeRzKEcJMSMDByTE3J1G1HoKZZJj- AAhkYPGTMXgXkjgdbncGhoCWxoQAvD_BwE United States Census Bureau: Disponibiliza todas as informações sobre comércio exterior dos Estados Unidos, individualizando o resultado por produto e região. https:// www.census.gov/foreign-trade/data/index.html APEX-Brasil: Traz informações acerca de como exportar, promoções comerciais e estudo de mercado. https://portal.apexbrasil.com.br/ Página 6 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Dados por si só não dizem nada, é preciso que se extraia a inteligência por traz desses dados e isso demanda tempo e método, para a realização dessa análise existem uma série de ferramentas de gestão que auxiliam e possibilitam uma conclusão mais precisa da realidade. Ferramentas como 5 Forças de Porter que analisa as forças do mercado, a competitividade do mercado; análise PESTEL e SWOT são muito utilizadas por sua versatilidade e simplicidade. Outras tantas existem e estão à disposição, cada produto ou serviço a ser negociado pode demandar mais ou menos conhecimento de um setor ou do outro e uma informação pode ter mais relevância para o negócio específico que outra. Um Snapchat do mercado americano: Os Estados Unidos são um país de dimensões continentais, com um enorme território, formado por 50 estados em forma de Federação, Distrito de Columbia e territórios incorporados. Um dos principais desafios em fazer negócios com os Estados Unidos está justamente no fato desses estados federados deterem liberdade econômica e legislativa, dessa forma há uma grande diversidade de legislações internas que variam essencialmente umas das outras e de estado para estado. Portanto, tanto a diversidade de legislações como a dimensão do país devem ser analisados e considerados no momento do planejamento dos negócios, posto que esses aspectos podem influenciar fortemente tanto em questões tributárias como em questões de logística e distribuição. Reúne a 3ª maior população do mundo, depois da China e da Índia, com pouco mais de 328 milhões de Página 7 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO habitantes em 2019, segundo o Departamento de Censo dos Estados Unidos da América. É formado por diferentes etnias, o que influencia muito no consumo e hábitos de região para região. Ainda que altamente impactada pelos efeitos econômicos negativos da pandemia de coronavírus, tendo o PIB sido atingido e recuando em 32% (até Agosto de 2020) em relação a 2019, totalizando U$$ 19,41 trilhões, a queda acentuada se deve ao impacto da pandemia sobre os gastos das famílias e empresas; a economia americana é extremamente forte e medidas do Federal Reserve, o Banco Central Americano, no sentido de reduzir taxas de juros a quase zero e injetar dinheiro na economia, devem ajudar a recuperação e o retorno ao consumo com o fim da pandemia e flexibilização das medidas de isolamento social. O Federal Reserve prevê volta de crescimento já para 2021 de cerca de 5%. O setor de serviços é muito forte e tem papel de destaque na economia americana. A economia americana é bastante sólida e teve crescimento do PIB de 2,3% em 2019 (Fonte: https://tradingeconomics.com/united-states/indicators). O ano de 2020 é um ano de perda para todos, mas ainda assim os EUA se manterá como a maior economia do mundo e segundo as previsões do FMI feitas em 14 de Abril de 2020, já tem perspectiva de crescimento significativo de 4,7% para 2021. O país vem enfrentando instabilidades em diferentes frentes, que devem todas obrigatoriamente ser consideradas em qualquer plano de negócios, isto porque seguramente essas instabilidades mesmo que de naturezas diversas refletirão no ambiente negocial e econômico. Como é o caso da reforma tributária realizada pelo Governo Trump que reduziram alíquota de imposto corporativo de 35% para 21%, o que refletiu no aumento do crescimento da dívida pública, o que também preocupa, uma vez que em 2019 alcançou a margem de - 6,3% e a tendência é se agravar em 2020; a desigualdade e infraestrutura desatualizada que podem afetar o potencial de crescimento do PIB. Outro ponto de extrema relevância é a disputa estabelecida entre os Estados Unidos e a China que impacta o setor manufatureiro refletindo fortemente não somente sobre a economia dos países envolvidos, mas sobre todos os investidores e instabilizam a economia mundial. Esses aspectos são de natureza econômica, mas é importante lembrar que os aspectos culturais e sociais também interferem no âmbito negocial de forma determinante, sendo assim os confrontos sociais em prol da defesa da igualdade racial também impõe um nível maior de instabilidade no cenário geral. A pandemia de coronavírus impactou todos os cenários desenhados e previstos para 2020 e ainda não se tem como afirmar com um nível mínimo de certeza como os cenários se desenrolarão completamente e como a recuperação será traçada o que se pode fazer agora é afirmar como alguns setores e índices estão variando e impactando o quadro geral. Página 8 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Essa é a tônica sempre que se faz negócios com outros países, manter os dados e informações sempre atualizados e sempre buscar novas informações que possam auxiliar na atuação efetiva nos negócios. Indicadores de crescimento 2017 2018 2019 (e) 2020 (e) 2021 (e) PIB (bilhões de USD) 19.519,40e 20.580,25 21.439,45 22.321,76 23.180,28 PIB (crescimento anual em %, preço constante) 2,4 2,9 2,3 -8,0 4,5 PIB per capita (USD) 60.000e 62.869 65.112 67.427 69.644 Saldo do Balanço de Pagamentos (em % do PIB) -4,8 -6,0 -6,3 -6,3 -6,2 Dívida Pública (em % do PIB) 106,0 104,3 106,2 108,0 110,0 Índice de inflação (%) 2,1 2,4 1,8 2,3 2,4 Taxa de desemprego (% da população economicamente ativa) 4,4 3,9e 3,7 3,5 3,5 Balanço das transações correntes (bilhões de USD) -439,65e -490,98 -539,45 -569,11 -569,58 Balanço das transações correntes (em % do PIB) -2,3 -2,4 -2,5 -2,6 -2,5 Fonte: IMF – World Economic Outlook Database, Últimos dados disponíveis. Nota 1: (e) Dados estimados. Nota 2: Os seguintes indicadores foram atualizados pelo FMI em Abril de 2020: PIB (Preços Constantes, Variação Anual %), Taxa de Inflação (%), Taxa de Desemprego (% da População Ativa) e Conta Corrente (em % do PIB); o restante dos indicadores foram atualizados pela última vez em Outubro de 2019. Note 3: The indicator GDP (Constant Prices, Annual % Change) was updated by the IMF in June 2020. Página 9 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Os Estados Unidos é um país altamente industrializado com altos níveis de produtividade com uso de tecnologias avançadas, o que o torna altamente competitivo. Maior PIB per capita entre os países desenvolvidos de 65.666 dólares em 2019 (Fonte: Sentier Research), o consumo tem grande impacto na economia. Cerca de 43,1% da população dos EUA tem curso superior o que o torna o 5º país com maior índice de formados, o que forma uma força de trabalho altamente qualificada e produtiva. O Brasil ocupa 36º lugar no ranking de pesquisa recente da população com curso superior (Fonte: 24/7Wallst). A título de referência abaixo temos uma comparação de alguns aspectos econômicos entre Brasil e Estados Unidos: Estados Unidos Brasil População 327.4 milhões 208.5 milhões PIB per capita U$$ 62.869 U$$ 8.959 Risco País A3 C Avaliação Ambiente Negocial A1 A4 Pontos fortes Mercado de trabalho flexível; Dólar tem papel predominante na economia global; Mercado altamente atrativo; Referência em pesquisa e inovação; Grande Mercado; Tributação favorável para as empresas. Abundância de recurso mineral e produção agrícola; Grande população; Setor industrial diversificado; Fortes reservas cambiais. Pontos fracos Baixa participação no Mercado de trabalho; Elevada dívida pessoal /família; Cenário político polarizado. Cenário fiscal sensível; Gargalos de infraestrutura; Baixo nível de investimento; Mercado relativamente fechado ao comércio exterior, somente 13% do PIB avém de exportações. Fonte: https://www.coface.com/cofaweb/comparer/268-697 Página 10 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO É um mercado de trabalho e de negócios altamente competitivo (#1 no ranking de competitividade IMD) e isso se deve as boas e novas práticas empresariais que são constantemente inseridas, além da inovação científica e tecnológica. O panorama empresarial é composto por empresas bem administradas, voltadas para resultado e um ambiente que promove a livre concorrência e competitividade. Em um mercado tão competitivo é importante que se saiba o quão receptivo o mercado é para novos negócios, dados como o índice de facilidade de fazer negócios dá o panorama completo de como é atuar no país. Ocupa a 8º posição na facilidade de fazer negócios (Fonte: https://www.doingbusiness.org/en/rankings). Ranking facilidade de fazer negócios Fonte: http://www.doingbusiness.org/rankings ECONOMIA E COMÉRCIO A economia norte-americana funciona totalmente dentro dos parâmetros capitalista e liberal com menos interferência estatal possível, marcado pelo liberalismo e auto regulação dos mercados. Menos interferência do governo no mercado, reflete em mais liberdade para o empresariado, o que pode aumentar ou minimizar os riscos de atuação nesse mercado, dependendo do momento e do setor específico. Ambiente Empresarial e político americano é pró-negócio, isto é, promove e incentiva a atividade empreendedora. A abertura de empresa é relativamente fácil, abrir um negócio nos EUA leva cerca de 4 dias, isso ocorre devido a desburocratização do processo. As leis trabalhistas americanas são bem flexíveis. O mercado consumidor tem um papel de destaque na economia americana, sendo o 3º mercado consumidor do mundo e com alto poder aquisitivo, é atrativo para quase todos os empresários, produtos e serviços ao redor do mundo. Página 11 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Ademais de um grande comprador os Estados Unidos também é um grande produtor de uma grande quantidade de gêneros agropecuários, produtos industrializados e tecnologia. Grande parte da indústria norte-americana concentra-se nas regiões sudeste e nordeste, embora também haja grande produção de manufaturados no estado da Califórnia. Visão Geral Taxa de desemprego 11.1% Junho 2020 Taxa de inflação 0.6% Junho 2020 Taxa de Juros 0,25% Junho 2020 Balança Comercial U$$ -54,601 Maio de 2020 Confiança nos negócios 54.2 pontos Julho 2020 Confiança do consumidor 72.5 pontos Julho 2020 Fonte: https://tradingeconomics.com/united-states/indicators Moeda Os Estados Unidos adotam o regime de câmbio flutuante, não havendo restrições ou controles cambiais. O dólar norte-americano continua sendo a principal moeda conversível no mercado internacional, por essa razão também a moeda mais usada em operações de comércio exterior. Os EUA não praticam taxas de câmbio diferenciadas. Produção Agropecuária Os Estados Unidos têm uma considerável produção agrícola sendo os principais produtos agropecuários produzidos: grãos (especialmente trigo e milho), algodão, frutas, vegetais, leite, carne de porco e de gado. Os EUA estão entre os maiores produtores agropecuários do mundo e são o maior produtor mundial de grãos e de carne bovina. A boa qualidade do solo, principalmente no Meio Oeste, a disponibilidade de novas tecnologias de produção e o alto grau de mecanização são alguns dos fatores que contribuem para a elevada produtividade do setor. Contudo, a agricultura não tem grande participação no PIB Página 12 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO americano, essa atividade não representa nem 1% do PIB e emprega cerca de 1,4% da população ativa, segundo dados do Banco Mundial. A participação do setor industrial é mais significativa representando 18,2% do PIB e empregando cerca de 19,2% da população ativa. O setor agrícola, automobilístico e farmacêutico tem uma grande repercussão na economia, mas sem dúvidas é o setor de serviços, o mais forte e desenvolvido, responsável por ¾ do PIB americano e emprega cerca de 79% da população ativa que tem maior impacto. Divisão da atividade econômica por setor Agricultura Indústria Serviços Emprego por setor (em % do emprego total) 1,4 19,2 79,4 Valor agregado (em % do PIB) 0,9 18,2 77,0 Valor agregado (crescimento anual em %) -5,5 1,8 1,7 Fonte: World Bank, Últimos dados disponíveis. Devido ao arredondamento a soma das percentagens pode ser superior/inferior a 100%. Indústria por área A indústria madeireira dos Estados Unidos é formada por aproximadamente 8.500 empresas e tem receita anual de cerca de US$ 8 bilhões. A indústria é altamente fragmentada. Os principais estados produtores de madeira são: Oregon, Alabama, Georgia, Washington, Carolina do Norte e Mississippi. A região sul do país apresenta forte desenvolvimento no setor agropecuário e mineração. A mineração é uma indústria importante nos Estados Unidos, sendo o 3º maior produtor mundial, destaca-se petróleo e gás natural no Texas e Alasca e carvão mineral nos estados do Wyoming, Kentucky e Virgínia Ocidental. O centro financeiro do país concentra-se principalmente em Wall Street (Nova Iorque) e Chicago. A produção de softwares e produtos de informática e eletrônica é responsável por grande parte das inovações e a maioria das empresas desse setor encontram-se instaladas na região do Vale do Silício, na cidade de San José e São Francisco na Califórnia. Os principais produtos industrializados produzidos são: automóveis, máquinas, aviões, computadores, equipamentos eletrônicos, navios, produtos químicos, têxteis, alimentos processados, equipamentos de telecomunicações. Página 13 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Principais produtos exportados: agrícolas (trigo, milho, frutas); suprimentos industriais (produtos químicos); manufaturados (motores de veículos, computadores, equipamentos de telecomunicações, transistores). O turismo é de extrema importância para a economia do país, sendo o 3º país mais visitado por turistas estrangeiros. Os Estados Unidos tem acordos de livre comércio com mais de 20 países. É membro do USMCA (Acordo que substituiu o NAFTA, assinado em 2018 com Canadá e México), OMC, OCDE, G20, G8. Os Estados Unidos mantém intensa participação no meio negocial e diplomático. Faz parte das mais importantes organizações, seja como membro ou observador, são algumas delas: ANZUS, APEC, AsDB, Austrália Group, BIS, CCC, CE (observador), CERN (observador), CP, EAPC, EBRD, ECE, ECLAC, ESCAP, FAO, G-5, G-8, G10, Banco Mundial, IAEA, Banco Interamericano de Desenvolvimento, ICAO, ICC, ICFTU, ICRM, IDA, IEA, IFAD, IFC, IFRCS, IHA, ILO, FMI, IMO, Inmarsat, Intelsat, Interpol, IOC, IOM, ISO, ITU, MINURSO, MIPONUH, NAM (convidado), OTAN, NEA, NSG, OEA, OCDE, OPCW, OSCE, PCA, SPC, ONU, UNCTAD, UNHCR, UNIDO, UNIKOM, UNMIBH, UNMIK, UNOMIG, UNRWA, UNTAET, UNTSO, UNU, UPU, WCL, OMS, WIPO, WMO, OMC, ZC (Fonte: https://ustr.gov). Desafios Os Estados Unidos têm um complexo Sistema Federal, Estadual e Municipal de tributação, o que demanda profundo conhecimento e planejamento. As leis podem variar de Estado para Estado da União. Os hábitos de consumo podem variar drasticamente de uma região para outra, influenciados pela diversidade de etnias, cultura e até mesmo de clima. Comércio Exterior O ano de 2020 será um ano marcado pela excepcionalidade, todos os resultados desse ano refletirão inevitavelmente os efeitos da pandemia sobre a economia e consequentemente no comércio internacional e nos negócios de forma geral. O mercado e a economia americana seguem o mesmo ritmo global; as exportações americanas caíram mais que as importações no primeiro semestre de 2020, o que fez acirrar acentuadamente o déficit comercial americano. Importante, ressaltar que déficit comercial não é novidade quando setrata dos Estados Unidos, porque tradicionalmente apresentam déficit no comércio de bens e superávit em serviços, setor como já dissemos anteriormente extremamente forte e que tem grande Página 14 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO reflexo na produção de riqueza do país. A pandemia desacelerou o setor de serviços, pelos mais variados motivos, como por exemplo, fechamento das fronteiras e impossibilidade de turismo, o que contribuiu para a queda da exportação de serviços. Os primeiros meses de 2020 foram os que indicaram o pior resultado, mas já em Julho de 2020 sinaliza uma recuperação como podemos ver no gráfico abaixo. Fonte: https://www.ceicdata.com/pt/indicator/united-states/trade- balance#:~:text=Os%20dados%20de%20Balan%C3%A7a %20comercial,USD%20bn%20em%202020%2D05. Em relação ao comércio com o Brasil a balança americana registrou superávit no primeiro semestre de 2020; o que representa que o Brasil está comprando mais daquele país do que vendendo para ele, como pode ser observado nos dados e gráficos abaixo: Página 15 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Fonte: http://comexstat.mdic.gov.br/pt/comex-vis Ainda que a balança esteja desequilibrada e o Brasil esteja comprando mais do mercado americano que vendendo para ele, os Estados Unidos são um parceiro comercial estratégico e importante para o Brasil. Em 2019 os Estados Unidos foram o 2º principal parceiro comercial do Brasil. Nos últimos anos o Brasil e os Estados Unidos vem aproximando ainda mais os laços comerciais, chegou-se inclusive a se aventar a possibilidade de criação de um zona de livre comércio, entretanto, como esse tipo de acordo é bem complexo, demanda muito tempo de negociação de todos os detalhes envolvidos, envolve muitos setores e níveis políticos para se concretizarem, há por parte de empresários de ambos os países uma certa pressão para que se firme um acordo de remoção de barreiras tarifárias que possa ter efeito mais rapidamente. Mesmo durante a pandemia as negociações para aproximação comercial se mantiveram e o tema foi tratado mais uma vez na 16ª edição do Diálogo Comercial Brasil - Estados Unidos, realizada em Julho de 2020, na qual os países definiram Página 16 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO prioridades na área de comércio e investimento, em pauta estão medidas de facilitação de comércio e boas práticas regulatórias. Para mais informações sobre o assunto acesse os sites da Amcham do Brasil e do MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços): https://www.amcham.com.br/noticias/competitividade/5-fatos-para-entender-a- negociacao-do-acordo-brasil-eua-seu-impacto-economico-e-a-influencia-da-amcham https://www.youtube.com/watch?v=tqkia4u1DdI&feature=emb_logo http://www.mdic.gov.br/index.php/component/content/article/61-noticias/3491-em- washington-brasil-e-eua-discutem-ampliacao-de-comercio-e-investimentos-bilaterais Nos gráficos abaixo podemos ver quais são os produtos que o Brasil vendeu para os Estados Unidos e quais são os produtos que o Brasil comprou dos Estados Unidos no ano de 2019 conforme os dados do MDIC. Fonte: http://comexstat.mdic.gov.br/pt/comex-vis Página 17 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO PRINCIPAIS DESTINOS DAS EXPORTAÇÕES Voltando os olhos para o fluxo de comércio exterior dos Estados Unidos observa-se que se trata de um importante player do mercado global, reforçando sua importância no mercado de serviços especialmente como podemos ver no gráfico a evolução do volume total de exportações de produtos e serviços dos Estados Unidos nos últimos 10 anos: Fonte: https://www.statista.com/search/?q=usa+foreign+trade&Search=&qKat=search Fonte: https://www.statista.com/search/?q=usa+foreign+trade&Search=&qKat=search No gráfico abaixo podemos examinar o volume de exportações americanas destinadas ao Brasil e como foi crescendo paulatinamente ao longo dos anos. E no gráfico seguinte como as importações oriundas do Brasil se comportaram. Página 18 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Fonte: https://www.statista.com/search/?q=usa+foreign+trade&Search=&qKat=search Fonte: https://www.statista.com/search/?q=usa+foreign+trade&Search=&qKat=search Mesmo mantendo uma relação comercial ativa e próspera o Brasil ainda ocupa uma posição tímida entre os principais parceiros americanos sendo o 9º principal parceiro o que pode indicar que ainda há muito espaço para o desenvolvimento do comércio exterior entre Página 19 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO esses dois países. E sob o ponto de vista do Brasil significa oportunidade de desenvolvimento de exportações e expansão de mercado para as empresas e os produtos brasileiros. Fonte: https://www.statista.com/search/?q=usa+foreign+trade&Search=&qKat=search Página 20 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO PRINCIPAIS PRODUTOS IMPORTADOS PELOS ESTADOS UNIDOS Fonte: https://www.statista.com/statistics/259138/volume-of-us-imports-of-trade- goods-in-by-product-industry-class/ Página 21 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Fonte: https://www.statista.com/statistics ORIGEM DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES NORTE AMERICANA Fonte: https://oec.world/en/profile/country/usa#imports Página 22 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Principais produtos exportados pelo Brasil com destino aos Estados Unidos PRODUTO EXPORTADO VALOR FOB 1 Óleos brutos de Petróleo US$ 2,79 Bilhões 2 Produtos semimanufaturados de ferro ou aço US$ 2,57 Bilhões 3 Aviões US$ 1,81 Bilhões 4 Demais produtos manufaturados US$ 1,47 Bilhões Fonte: https://www.fazcomex.com.br/blog/exportacoes-do-brasil-para-estados-unidos/ Iniciar um processo de expansão de mercado requer investimento de tempo e de recursos financeiros em pesquisa de mercado, planejamento e na elaboração da expansão ademais na maioria das vezes requer ajuste do próprio produto a ser exportado. E quando se fala em exportar para um mercado tão competitivo como o americano o planejamento ganha ainda mais relevância, o mesmo vale no caso das importações oriundas desse mercado. Em comércio internacional o planejamento deve ser sempre o mais abrangente possível, analisando os diferentes aspectos que podem ter influência sobre aquele negócio específico. É importante, ainda, montar uma estratégia consistente devendo conter: Planejamento financeiro; Análise profunda de mercado; Identificação de risco, custo e oportunidade; Plano de ação; Formas de diferenciação do produto. SISTEMA GERAL DE PREFERÊNCIA - SGP O denominado Sistema Geral de Preferência (SGP) dos Estados Unidos é um sistema que concede isenção tarifária a 3.500 produtos de origem de países em desenvolvimento. Para o Brasil são 3.278 linhas tarifárias com tarifa zero para acesso ao mercado americano. Página 23 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Guia do SGP O “Guia do SGP EUA”, criado pelo Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR), foi concebido para agregar em um único lugar todas as preferências tarifárias entre o Brasil e os EUA. A Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) concebeu o SGP como maneira de diminuir as assimetrias entre países desenvolvidos e em desenvolvimento e tem como objetivo incluir em seu rol de concessões acesso privilegiado de mercadorias dos países economicamente menos prósperos, sem necessidade de reciprocidade, porque reconhece que um mercado internacional dinâmico e saudável depende da superação de deficiências históricas e estruturais como a deterioração dos termos de troca e instabilidades cambiais. Além dos Estados Unidos 27 Estados Membros da União Europeia, Japão, Turquia, Canadá, Noruega, Nova Zelândia e Austrália mantêm SGP com o Brasil. Apesar de haver variações caso a caso, as características gerais do SGP têm validade por tempo restrito, não há necessidadede o país beneficiário dar o mesmo tratamento tarifário ao país concedente, isto é, independe de reciprocidade, e cada outorgante possui sua própria lista de produtos elegíveis e os níveis de redução da tarifa alfandegária. O Guia do SGP EUA beneficia os empresários brasileiros com tarifa zero em 3.278 casos como, por exemplo, carnes, móveis, grãos, autopeças, frutas, verduras, nozes, ferramentas, químicos, tubos, couros, minérios e máquinas. O Guia do SGP detalha as regras de funcionamento do programa e orienta o exportador brasileiro a melhor aproveitar os benefícios disponíveis. Os produtos com isenção de 100% da tarifa são itens agrícolas (carne, frutas, verduras, nozes, mandioca, grãos, marisco) e da indústria (produtos como ferramentas, tubos, couro, produtos químicos, artigos de madeira, autopeças e máquinas). São produtos harmonizados no sistema americano na classe HTS8 e não na NCM. Para ver os produtos elegíveis para tarifa zero checar a lista do governo no link: http:// www.itamaraty.gov.br/images/ed_ecocom/ItensElegiveisBrasi lSGPEUArevisa- dosetembro2016quimicosrevistos.pdf Caso de Sucesso de Exportação: Forno de Minas Em 2009, a Forno de Minas, pioneira e líder na comercialização de produtos alimentícios no mercado interno enviou o primeiro container para os Estados Unidos. Mirando no nicho do “Mercado da Saudade”, isto é, daqueles brasileiros expatriados que vivem nos Estados Página 24 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Unidos que saudosos dos sabores brasileiros, consumiriam o produto, possibilitando à marca entrada no mercado com um consumidor “já garantido” que ajudaria a difundir o produto no mercado interno daquele país. Dados divulgados pela Apex mostram que o setor movimentou 50 milhões de dólares em 2016, crescendo 10% em 2017. A indústria está presente em mais de 2.500 pontos de vendas nos Estados Unidos. Em 2016, somente os brasileiros consumiram mais de 1,2 milhões de sacos de pão de queijo Forno de Minas nos Estados Unidos. Em 2017, a companhia já registrou crescimento de 12% em volume de vendas no país, em relação ao ano anterior. A escolha da forma de entrada no mercado pode ser decisiva para o sucesso da expansão e todos esses aspectos devem obrigatoriamente ser considerados na fase de planejamento para que a tomada de decisão seja feita de forma que mais possibilite ao produto alcançar o mercado da expansão de forma sustentável. Para verificar outros casos de sucesso acesse os links abaixo: CASO DE SUCESSO: TAPIOCA TIPO EXPORTAÇÃO É MAIS UMA DEMONSTRAÇÃO QUE GANHAR DINHEIRO NO EXTERIOR É POSSÍVEL PARA EMPRESAS PEQUENAS. Link: https://www.abracomex.org/caso-de-sucesso-tapioca- tipo-exportacao-e-mais-uma-demonstracao-que-ganhar-dinheiro-no-exterior-e-possivel- para-empresas-pequenas CASE DE SUCESSO: EXPORTAÇÕES DE DOCE DE LEITE ATINGEM US$ 106 MILHÕES. Link: https://www.abracomex.org/case-de-sucesso-exportacoes-de-doce-de- leite-atingem-us-106-milhoes ASPECTOS RELEVANTES PARA A NEGOCIAÇÃO COM OS EUA NEGOCIANDO COM OS EUA Importante conhecer bem a burocracia, a legislação e as diferenças culturais ao se negociar com os EUA. Página 25 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO - Particularidades do Ambiente Negocial Americano É uma sociedade empresarial aberta, transparente e que valoriza o espírito empreendedor. O ambiente profissional americano é bastante pautado no profissionalismo (planejamento/implementação), dessa maneira é formal, o tratamento interpessoal deve ser formal e reuniões marcadas com a devida antecedência. O excesso de improviso é entendido como falta de profissionalismo. As negociações são pautadas no modelo win-win, isto é, quando toda as partes negociantes alcançam algum benefício com a negociação, dessa forma se baseia a negociação em comportamento honesto e transparente. A negociação segue uma linguagem direta e assertiva, o ambiente profissional é marcado pela comunicação assertiva, não se confunda com falta de educação ou grosseira é simplesmente direta, os rodeios são entendidos como falta de conhecimento do conteúdo e falta de domínio do assunto. É fundamental manter o foco na negociação, assuntos fora do contexto são considerados desnecessários. A empatia deve ser desenvolvida e mantida em toda a negociação, para estabelecimento de um bom canal de comunicação. A pontualidade e o cumprimento de prazos na entrega de propostas; resposta a uma questão; entrega de mercadoria ou envio de e-mail é questão que deve ser gerida com seriedade. O atraso é entendido como desmazelo e desinteresse. Não há espaço para “pechincha”, pois eles entendem que se houver um desconto de valor significativo, o preço não estava corretamente alinhado ao mercado. O americano não tem o hábito de pedir muitos descontos em uma negociação, principalmente no início do relacionamento comercial. No Brasil há diversas formas de pagamento para clientes ou fornecedores, nos Estados Unidos dificilmente há parcelamentos. No Brasil, a lei não obriga o lojista a aceitar troca de produto; muitas marcas oferecem essa comodidade como conveniência ao consumidor. Nos Estados Unidos, o consumidor tem 30 dias para devolver qualquer produto adquirido, sem ter que dar explicações sobre o motivo da devolução. Há maior preocupação em por que o consumidor não quis ficar com o produto. Assimilar as diferenças de cultura negocial como aspectos a serem respeitados, não como obstáculos a negociação. É importante conhecer e compreender as diferenças entre o mercado brasileiro e americano para saber trabalhar de forma produtiva com as diferenças, sem julgamentos ou críticas e sim com inteligência cultural. O ambiente empresarial americano preza e valoriza o aprimoramento constante, dessa forma também é valorizado o esforço em melhorar sempre, mas deve ficar claro que não só Página 26 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO admira; o mercado americano exige isso de parceiros, clientes, fornecedores e funcionários: a necessidade de melhora progressiva. A sociedade norte-americana é muito sensível em relação aos aspectos legais. As leis comerciais americanas são muito rígidas e abrangentes. Eles sempre precisam estar perfeitamente protegidos do ponto de vista legal, em qualquer relação comercial. Os negociadores americanos são muito detalhistas e requerem que tudo esteja devidamente especificado no contrato e no momento do fechamento do negócio. Os empresários americanos são “result driven”, isto é, direcionados por resultados e a apresentação de resultados e estratégias a curto prazo podem a princípio facilitar a negociação, mas eles são também muito atentos a continuidade, assim vão questionar a possibilidade de se estabelecer uma relação comercial mais constante e longa. Como valorizam muito o resultado, é importante além de vender ideias, vender objetivos e meios de se alcançar resultados prometidos/esperados. Mas esses resultados prometidos devem ser absolutamente verdadeiros, sustentados com dados e previsões críveis e precisas, perder a credibilidade junto a um parceiro comercial, normalmente significa perder o canal de negócios. A sociedade americana tem um intenso culto ao sucesso empresarial e seus personagens. Tornando histórias de sucesso inspiradoras para que outras pessoas se inspirem como, por exemplo, Warren Buffet, Bill Gates, Steve Jobs. A cultura organizacional nos Estados Unidos é confortável com a incerteza. Essa tranquilidade com a incerteza significa flexibilidade e adaptação rápida diante das mudanças, o que é algo muito valorizado no país. A cultura empresarial americana valoriza muito o planejamento e como estão muito atentos ao resultado são criteriosos quanto ao planejamento e a execução do negócio. Analisam a perspectiva de resultados tanto a longo como a curto prazo com base no planejamento e nos dados apresentados durante a execução. A pesquisa de mercado, do segmento, perfil do cliente, o conhecimento das regras e praxes comerciais têm um papel decisivo para o bom andamento tanto danegociação quanto do cumprimento do contrato. Vale ressaltar que conhecer o cliente, entender seu ambiente empresarial e respeitar as diferenças sejam culturais ou mesmo climáticas (Os Estados Unidos é um país com grande extensão territorial, havendo grandes contrastes culturais, climáticos, tributários e legais que variam de uma região para outra como já falamos) são essenciais para o desenvolvimento de uma negociação e para o estabelecimento de uma relação comercial de sucesso. Página 27 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Como o profissionalismo é muito valorizado nas relações de negócio, é importante apresentar-se nos Estados Unidos bem preparado, ou seja, levar material promocional e boa quantidade de cartões de visita de boa qualidade gráfica e escrito em bom inglês; lista de preços em dólar; informações detalhadas sobre sua empresa, preferivelmente em forma de brochura. Caso não fale inglês ou não se sinta muito confortável para comunicar-se em inglês, é recomendável a contratação de intérprete com experiência em Comércio Exterior. Dependendo da cultura da empresa com a qual se está negociando as opiniões dos funcionários são muito valorizadas e espera-se que sejam dadas e ouvidas. Muitas vezes há um fórum aberto para o debate. A tomada de decisão geralmente cabe ao cargo hierárquico superior. Portanto, se você estiver em reunião com um chefe norte-americano, não se surpreenda se ele tomar uma decisão sem consultar ao resto da equipe de trabalho, mas esse comportamento não é bem visto sob o âmbito de gestão mais moderna. ETIQUETA NAS NEGOCIAÇÕES COM OS EUA Os Estados Unidos é um país culturalmente diversificado, com pessoas das mais diversas origens étnicas, assim sendo, a forma de tratamento varia muito, o estereótipo americano propagado nos filmes nem sempre condiz com a verdade. Podem parecer bastante informais no trato, mas o ambiente empresarial é bastante formal e versátil, a comunicação tanto pessoal quanto virtual deve respeitar certos padrões de formalidade. A troca de abraços, típica dos latinos, deve ser evitada. As apresentações são feitas de acordo com a posição hierárquica, independente da idade ou sexo. A pontualidade é uma questão que deve ser levada a sério. O atraso tolerável no Brasil não se enquadra no pensamento dos americanos onde “tempo é dinheiro”. O atraso é entendido como falta de profissionalismo. Se estiver atrasado ligue o quanto antes para avisar que teve um imprevisto e que chegará mais tarde. Os norte-americanos aproveitam o horário do breakfast (entre 8 e 9 horas) para o fechamento de negócios como também o final do expediente, após as 5 horas da tarde. Vestir-se adequadamente demonstra mais profissionalismo e intimidade com o mundo empresarial. Encontros e reuniões devem ser marcados com relativa antecedência. Em reuniões é importante desenvolver empatia e abrir um canal de comunicação para a negociação, nesse caso, há espaço para assuntos informais a fim de “quebrar o gelo”. Como os Estados Unidos é um país apaixonado por esportes tanto quanto o Brasil esse pode ser um tema interessante para abrir um canal de comunicação. Não se esqueça que esse assunto deve ser tratado de forma muito breve, como uma isca para início da conversa, logo em seguida deve-se Página 28 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO tratar objetivamente de assuntos relacionados ao negócio. Em reuniões não se alongue em assuntos pessoais. Buscar conectar-se com profissional via redes sociais profissionais é bem visto, entretanto buscar desde o começo “follow” via Facebook e Instagram é considerado invasivo, a não ser que já se tenha conhecimento suficiente para isso ou que esteja diretamente relacionado à empresa e ao negócio. O norte-americano é uma pessoa sociável e que dá muita importância ao seu relacionamento social, mas fora da esfera profissional. Portanto, não é errado tentar conversar sobre assuntos mais pessoais, como família, hobbies, crença religiosa, convicções políticas, etc., desde que o faça fora do ambiente profissional. Convidar o seu interlocutor para almoçar e falar desses assuntos é perfeitamente aceito, para não dizer recomendado. As fórmulas de cortesia na comunicação são bem generalizadas assim se um americano perguntar ”Como você está?”, simplesmente responda ”Estou bem, obrigado. E você?” mesmo que isso não seja verdade. Essa é uma importante saudação que faz parte da etiqueta profissional. Contrato de compra e venda é o instrumento de concretização das negociações e o contrato de compra e venda internacional é o veículo do comércio exterior e guarda aspectos muito específicos que devem ser analisados para que o negócio se concretize, alguns elementos são vitais para um contrato válido conforme a legislação e outros aspectos de relevância devem estar bem definidos para que o cumprimento ocorra corretamente e conforme o negociado e acordado entre as partes. Elementos essenciais do contrato entre vendedor e comprador Língua do contrato. Descrição do produto/negócio. Termos e tempo de entrega. Preço e Incoterms. Condições de pagamento e juros se for o caso. Embalagem e etiquetas. Garantias. Certificações requeridas. Inspeções. Reposição. Outros termos e documentos. Página 29 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Cláusulas de arbitragem e de foro de eleição. Cláusula de rescisão. Não se esqueça de que tudo que é relativo ao negócio deve estar detalhado no contrato. PERFIL DO CONSUMIDOR NORTE AMERICANO Vale lembrar que ao negociar com os EUA não se deve focar tanto nos estereótipos que o cinema e a mídia criaram do consumidor americano. A recente recessão econômica resultante da crise financeira de 2008 teve profundo impacto no comportamento do consumidor norte-americano, tornando-o mais exigente e comedido em suas decisões de compra. E a pandemia de 2020 deve acirrar ainda mais essa mudança de comportamento. Com as diversas ferramentas disponíveis o consumidor tende a pesquisar e comparar preços com maior frequência, aumentando a competividade pela atenção do consumidor. Nos dias de hoje o consumidor busca informações acerca do produto através de opiniões de outros consumidores (reviews) e por meio de recomendações nas mídias sociais. A origem do produto e informações sobre seu ciclo de produção e da empresa em si se tornaram informações essenciais para boa parte dos consumidores; como são produzidas as matérias primas, mão de obra utilizada, condições de trabalho, certificações de organizações e outras fontes sobre produtos ou serviços, bem como sobre as empresas que os fornecem; afinal vivemos na sociedade da informação. A ligação do produto vendido nos EUA com uma causa social é muitas vezes fator determinante da decisão de compra. A internet afetou drasticamente o comportamento do consumidor norte-americano e o e- commerce representa uma fatia muito representativa dos negócios seja B2B (business-to- business), B2C (business-to-consumer) ou C2C (consumer-to-consumer). Nos gráficos abaixo se pode ver o crescimento do volume de negócios do varejo realizados por e-commerce ao longo dos anos e também a previsão de tendência de crescimento ainda maior até 2024. Página 30 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Fonte: https://www.statista.com/statistics Através dos dados atualizados observa-se que o comportamento do consumidor mudou durante a pandemia de 2020, trazendo para o consumo de e-commerce consumidores que antes nunca haviam consumido por esse meio, o que pode representar uma mudança permanente para o mercado. Fonte: https://www.statista.com/statistics Página 31 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Consumidores Millenials Conceito sociológico que se refere às pessoas nascidas em meados da década de 1980 até início dos anos 2000. Esse grupo representa 83.1 milhões de pessoas nos Estados Unidos (1/4 da população) (Fonte: U.S. Census Bureau). Representam um nicho de consumo que gasta cerca de U$$ 600 bilhões/ano, e ainda têm grandeinfluência sobre a decisão de compra das gerações mais velhas. São lançadores de tendências do mercado e buscam sempre inovações e novidades, assim como buscam produtos customizados e querem co-criar com a marca, querem ser ouvidos e incluídos no processo de criação do produto trazido ao mercado. Cerca de 75% esperam Responsabilidade Social das empresas que consumem. (https:/ /www.forbes.com/sites/danschawbel/2015/01/20/10-new-findings-about-the-millennial- consumer/#33cc80ed6c8f) e 33% acham mais confiáveis às recomendações de blogs do que da mídia tradicional (TV, revistas e livros). Muitas empresas têm dificuldade de engajar com essa geração através de métodos tradicionais de comunicação, marketing e propaganda, pois se mostram ineficientes para chamar a atenção deles. Esse tipo de consumidor busca engajar com as marcas através de mídia social, 62% tendem a consumir marcas que engajam com eles via mídia social. Usam múltiplos aparelhos, mas cada vez mais “resolvem tudo” através de seus smartphones e aplicativos, inclusive o que consomem. Fonte: https://www.emarketer.com/content/how-digital-are-millennials-in-their-shopping Página 32 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO O PASSO A PASSO PARA ABRIR UM NEGÓCIO NOS ESTADOS UNIDOS Fonte: Elaboração da autora Procure Ajuda Especializada Há diversas iniciativas federais, estaduais e municipais de apoio a quem quer abrir um negócio no país. O SelectUSA (https://www.selectusa.gov/welcome) por exemplo, é o maior programa nesse sentido. Feito por iniciativa governamental é um agregador de consultorias e contatos de mercado de diversas regiões e setores americanos tanto públicos quanto privados. O Hub55 é um outro programa de apoio a abertura de negócios (http:// paseliconsulting.com/hub55/). A Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) também é um organismo de grande ajuda nesse sentido (https:/ /portal.apexbrasil.com.br/). Tenha a Ideia de Negócio O primeiro cuidado que o futuro empreendedor deve ter é justamente identificar uma ideia de negócio e ter uma estratégia clara de como será sua entrada no mercado. Isso envolve entender claramente quais são suas vantagens competitivas em relação aos negócios já estabelecidos nos Estados Unidos. Muitos recorrem às franquias, por já serem negócios testados. O investimento de uma unidade franqueada fica entre 150 e 250 mil dólares (entre 450 mil e 750 mil reais), variando entre os formatos quiosque e loja, e o prazo de retorno é de 24 meses. Página 33 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Faça um Plano de Negócios abrangente É preciso mostrar que a empresa possui a capacidade estrutural e financeira de arcar com uma operação internacional. A sugestão é que se inicie pelo planejamento tributário, pois dará condições de entender qual o custo de se fazer negócios lá. O sistema de impostos dos Estados Unidos pode, por exemplo, alterar a margem de lucratividade que se possui com um negócio no Brasil. Entenda as especificidades do mercado, as exigências legais e os regulamentos técnicos. O mercado americano tem especificidades muito próprias relativas às leis, a organização do Estado, aos padrões de qualidade e sanitários. Para alcançar o sucesso é essencial ao empreender que ele tenha total conhecimento de todas as leis e regulamentos que se referem ao produto que está buscando vender naquele mercado. Entenda as Especificações de Visto Os vistos mais importantes para empreendedores são os de categoria B, que servem para visitas de negócio e de lazer, e os de categoria L, para transferência de executivos com conhecimento especializado. O principal visto das empresas que expandem é o L1, que é o de transferência de empresário - é preciso que ele esteja na empresa brasileira há mais de um ano. Lance- se ao Mercado! Caso você ainda não tenha feito seu produto viável na etapa do plano de negócio, contate seu público-alvo e faça uma pesquisa prévia de aceitação do produto ou serviço. Fale com parceiros comerciais e lance o MVP (Minimum Viable Product ou Produto Minimamente Viável). Ele funciona como uma espécie de plataforma de observação e coleta de dados dos clientes, a fim de construir situações práticas de negócio que permitam aprender, de forma rápida, o preço a ser praticado, os diferenciais buscados pelo público e as funcionalidades a serem desenvolvidas, tudo com o objetivo de oferecer ao mercado uma solução inovadora. Caso a aceitação seja novamente positiva, é hora de investir na implantação do empreendimento nos Estados Unidos (o que pode incluir aportes vultosos). Fonte: https://exame.com/pme/quer-empreender-nos-eua-veja-os-passos-e-historias-de- sucesso/ Página 34 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO COMO LOCALIZAR PRODUTOS E SELECIONAR FORNECEDORES TIPOS DE OPERAÇÕES INTERNACIONAIS Podemos citar algumas operações internacionais de expansão de mercado: Importação: Ingresso seguido de internalização de mercadoria estrangeira no território aduaneiro. Exportação: Compreende a saída temporária ou definitiva em território nacional de bens ou serviços originários ou procedentes do país, a título oneroso ou gratuito. Podem ser diretas ou por meio de Trading Company ou Comercial Exportadora (indireta) ou através de expansão/internacionalização (direta). Franchising: Não existe transferência de produtos, mas de know-how. O licenciamento prevê o estabelecimento de um contrato entre duas empresas, pelo qual uma delas, sendo a detentora de determinado know-how, compromete-se a transferi-lo à outra, mediante uma retribuição acordada. Joint-Venture: Refere-se à associação entre duas (geralmente) ou mais empresas, com o objetivo de se realizar um negócio em comum, no qual cada uma, isoladamente, não teria o mesmo sucesso. Pode ser estabelecida por tempo determinado ou por tempo indeterminado, com objetivo comum entre as partes e vantagens recíprocas. Investimento Direto - IDE: É a forma de internacionalização pela qual uma empresa decide “entrar” em determinado mercado por sua conta e risco. A perspectiva de obtenção de lucros maiores supera os riscos inerentes. Uma empresa que opta por abrir uma filial poderá fazê-lo adquirindo uma empresa local, ou ainda, construindo suas próprias instalações. Subcontratação: Consiste na encomenda por parte de uma empresa de produtos ou partes de produtos - ou meras operações sobre os mesmos - a uma outra empresa subcontratada com base em especificações pré-estabelecidas. Página 35 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO O Brasil é um parceiro histórico dos EUA e sempre foram aliados na configuração da geopolítica mundial. As relações econômicas, comerciais e empresariais sempre evoluíram independentes de questões de conjuntura política. De acordo com dados do Banco Central, os Estados Unidos continuam a ser o país com maior volume de Investimento Externo Direto (IED) no Brasil. Mais de 7 mil empresas brasileiras exportam produtos e serviços para os EUA (Fonte: Secretaria de Comércio Exterior - SECEX). Os EUA são o principal destino de exportação de produtos brasileiros manufaturados e semimanufaturados, os quais compõem cerca de 75% da pauta exportadora brasileira para os EUA. COMO FAZER NEGÓCIOS COM OS ESTADOS UNIDOS Consultando os sites dos agentes de promoção. Analisando os relatórios oficias do perfil do mercado. Visitando o país. Participando de feiras. Associações especializadas do setor. Fontes oficias de cada indústria. Empresas especializadas em pesquisa de mercado. Consulados, Embaixadas, Associações Comerciais, Câmaras de Comércio. Através dos Agentes de Promoção se pode conhecer: Página 36 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO ESTATÍSTICAS DO COMÉRCIO BRASIL X EUA - CATEGORIAS Fonte: http://comexstat.mdic.gov.br/pt/comex-vis Exportação, importação e saldo com países parceiros. Fonte: http://comexstat.mdic.gov.br/pt/comex-vis Página 37 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Fonte: http://www.vitrinedoexportador.gov.br/bens/Fonte: http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/pnce/843-vitrine-exp Página 38 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Fonte: http://www.aprendendoaexportar.gov.br/index.php/promovendo-os-produtos/vitrine-do-exportador Mapa Estratégico de Mercados e Oportunidades Comerciais para as Exportações Brasileiras O Mapa Estratégico de Mercados e Oportunidades Comerciais para as exportações brasileiras se destina a apoiar as empresas brasileiras na diversificação de destinos e de produtos exportados. Para a elaboração do mapa foi utilizada metodologia desenvolvida pela Gerência de Estratégia de Mercado da Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), aliada às prioridades apontadas por parte do setor privado brasileiro. Destacam-se países considerados estratégicos para a atuação comercial brasileira que foram destino de aproximadamente 80% das exportações brasileiras para o mundo. Posteriormente identificam-se setores e formas de atuação em cada um desses mercados. Para um exame mais detalhado do mapa acesse o link: https://portal.apexbrasil.com.br/ mapa-de-oportunidades/ Página 39 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Oportunidades de Exportação aos EUA Fonte: https://portal.apexbrasil.com.br/mapa-de-oportunidades/ Essa ferramenta é de fácil utilização e pode fornecer informações precisas para embasar o planejamento estratégico e a tomada de decisão de expansão comercial para os Estados Unidos, como pode ser visto no gráfico abaixo, ali podem ser acessadas informações acerca de cada produto e setor, quais os mercados internos nos Estados Unidos tem maior interesse por aquele produto específico. No primeiro caso abaixo usamos como exemplo amido de milho e no segundo café torrado como exemplo Fonte: https://paineisdeinteligencia.apexbrasil.com.br/mapa-de-oportunidades-eua.html Página 40 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Fonte: https://paineisdeinteligencia.apexbrasil.com.br/mapa-de-oportunidades-eua.html Fonte de Dados do Comércio Brasil e EUA Fonte: http://fita.org/ Página 41 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Fonte: https://www.amcham.com.br/brasil-eua Fonte: https://www.globaltrade.net/international-trade-import-exports/m/c/Brazil.html Página 42 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Fonte: https://www.trade.gov/ Fonte: http://www.investexportbrasil.gov.br Página 43 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Fonte: https://www.export.gov/welcome Medidas para garantia de eficiência e segurança e considerações sobre a logística A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. https://portal.apexbrasil.com.br/ SECOMs - Setores de Promoção Comercial Os Setores de Promoção Comercial estão localizados em 104 embaixadas e consulados ao redor do mundo, fornecem assistência a empresas estrangeiras que desejam investir no Brasil ou importar produtos e serviços brasileiros. Os SECOMs também reúnem e divulgam para o empresariado nacional, informações sobre negócios e oportunidades de investimentos em sua região de atuação. Agentes Privados da Promoção Comercial Página 44 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Sindicatos Fonte: http://www.fiesp.com.br/sindicatos/ Associações de Classe Página 45 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Confederações http://www.portaldaindustria.com.br/cni/ http://www.fiesp.com.br/ http://www.portaldaindustria.com.br/cni/institucional/federacoes/ MEDIDAS PARA GARANTIA DA EFICIÊNCIA E SEGURANÇA O que deve ser observado em uma negociação: Página 46 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Classificação da Mercadoria Fonte: https://www.cbp.gov/trade/rulings Alíquotas norte-americanas Fonte: https://www.usitc.gov/2015_htsa_basic_edition.htm Página 47 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Medidas de Segurança EXEMPLOS DE RESTRIÇÕES À ENTRADA DE PRODUTOS BRASILEIROS NOS EUA Açúcar: quota-tarifária. Algodão: quota-tarifária e distorções causadas por subsídios nos EUA. Cachaça: rotulagem. Camarão: direitos antidumping elevados. Carne bovina “in natura” - questões sanitárias; quota-tarifária. Carne de frango “in natura” ou processada - questões sanitárias. Carne suína: questões sanitárias. Etanol: subsídios. Frutas e Hortaliças: questões fitossanitárias. Lácteos: quotas-tarifárias. Milho: subsídios. Produtos siderúrgicos: direitos antidumping e medidas compensatórias. Soja: escalada tarifária relativa ao óleo de soja. Sucos de frutas: antidumping, questões fitossanitárias e tarifas elevadas. Tabaco: quota-tarifária. CONTROLE DE SANIDADE O Sistema de Análise de Riscos e Pontos Críticos de Controle (Hazard Analysis and Critical Control Point System - HACCPS) é o principal instrumento de controle de sanidade dos produtos consumidos nos EUA em cinco áreas: alimentos enlatados de baixa acidez, Página 48 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO pescados processados, sucos de frutas (sob a égide da FDA - “Food and Drug Administration”), carnes e frango (sob a competência do Departamento de Agricultura). Órgãos Controladores: Food and Drug Administration (FDA) - https://www.fda.gov/ Departamento de Agricultura - https://www.usda.gov/ Departamento de Energia - https://www.energy.gov/ PRODUTOS SUBMETIDOS A REGULAMENTOS TÉCNICOS Queijo, leite e produtos lácteos. Frutas, legumes e castanhas. Insetos. Gado e outros animais, carne e seus derivados. Plantas e produtos derivados, sementes. Aves e subprodutos. Armas, munições, explosivos e apetrechos bélicos. Materiais radioativos e reatores nucleares. Utensílios domésticos. Equipamentos comerciais e industriais. Brinquedos e artigos infantis. Tintas contendo chumbo. Tecidos inflamáveis. Material artístico. Produtos emissores de radiação, aparelhos radiofônicos. Alimentos, cosméticos. Drogas biológicas. Materiais orgânicos e vetores. Ouro e prata. Drogas narcóticas e derivativas. Meios monetários. Pesticidas, substâncias tóxicas e perigosas. Bebidas alcoólicas e artigos de confeitaria que contenham álcool. Página 49 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A LOGÍSTICA Sempre importante ter em consideração que os Estados Unidos é um país de grande dimensão territorial e por isso a definição do transporte de distribuição tem bastante relevância para o abastecimento e canais de venda. TIPOS DE TRANSPORTE Rodovias. Ferrovias. Hidrovias. Aeroportos. Portos. Rodovias A malha rodoviária dos Estados Unidos é a maior do mundo, com 6,5 milhões de km de estradas. O Sistema Nacional de Rodovias é composto de cerca de 260 km de rodovias. Os EUA também contam com 75.639 km de rodovias interestaduais e 6.097.805 km de outras estradas de rodagem. De modo geral, as rodovias norte-americanas são de boa qualidade e são mantidas regularmente. No entanto, prevê-se que até 2020, 90% das rodovias interestaduais do país estarão operando em capacidade máxima. Página 50 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Ferrovias A malha ferroviária norte-americana possui 228 mil km de extensão, espalhada por todos os estados, exceto o Havaí. O estado com a maior extensão ferroviária é o Texas, que possui 16.848 km de trilhos. Os outros principais estados são: Illinois, Califórnia, Ohio, Pennsylvania, Kansas, Georgia, Minnesota, Indiana e Missouri. Grande parte das ferrovias é de propriedade do setor privado. O país conta com cerca de 560 empresas de transporte ferroviário. Hidrovias Existem mais de 41 mil km de rotas navegáveis nos Estados Unidos. Os portos fluviais dos EUA escoam um volume de mais de 2,5 bilhões de toneladas anuais de mercadorias domésticas e importadas. Entre as mais importantes hidrovias enumeram-se o Rio Mississippi e o complexo dos“Grandes Lagos”, formado por sete hidrovias distintas. Segundo o U.S. Army Corps of Engineers (USACE), 41 estados são servidos por hidrovias. As principais hidrovias internas para o transporte de cargas, de acordo com o USACE, são o Rio Mississippi e o Rio Ohio. Página 51 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Aeroportos Os Estados Unidos possuem o maior sistema aeroportuário do mundo. Os maiores aeroportos comerciais, dispõem de facilidades necessárias ao rápido e eficiente processamento de passageiros e ao manuseio e armazenagem de cargas. A frota nacional é de aproximadamente 7.800 aeronaves para o transporte de passageiros e cargas. Os EUA dispõem de mais de 19,3 mil aeroportos (5.145 públicos, 13.863 privados e 286 militares). Página 52 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Portos O sistema portuário norte-americano consiste em 361 portos comerciais por onde passam 9,5 bilhões de toneladas métricas de mercadorias (inclusive Comércio Exterior) por ano. A frota mercante norte-americana consiste em 214 navios com capacidade acima de 1.000 toneladas brutas. Atualmente, os EUA possuem mais de 150 portos públicos de calado profundo. Estima-se que cerca de 80% dos terminais em portos públicos nos EUA sejam operados por empresas estrangeiras. O grau de controle privado das instalações portuárias é mais acentuado nos portos do interior do que nos portos localizados nas duas costas e na região dos Grandes Lagos. O movimento de contêineres predomina nos principais portos das Costas do Atlântico e do Pacífico; o de cargas líquidas e a granel nos principais portos do Golfo do México. Os principais portos em movimento de carga são: Los Angeles, Nova York, Long Beach, Houston, Oakland, Norfolk, Savannah (Georgia), Seattle, Charleston, Baltimore, Tacoma e Nova Orleans. CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO Nos Estados Unidos, os canais de distribuição estão organizados basicamente em função do tipo de produto a ser exportado, seu estágio de elaboração e a natureza da demanda no mercado interno. Durante as últimas três décadas, as principais tendências observadas no sistema de distribuição norte-americano foram à consolidação dos setores atacadista e varejista; a verticalização da rede de distribuição; a ascensão do comércio eletrônico - no varejo e nas transações entre fabricantes e atacadistas/distribuidores (business-to-business); comércio através de sítios de leilão na Internet (a exemplo do “e-Bay”, “e-marketplaces”); private label; vendas por catálogos eletrônicos operados por terceiros; sítios próprios de atacadistas e Página 53 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO distribuidores e a utilização de programas de gestão de redes de fornecedores (supply chain management), principalmente por empresas de grande porte. Predomina no país o regime de livre concorrência, com mínima intervenção do estado nas atividades industriais, comerciais e de serviços. As autoridades públicas atuam basicamente como reguladoras da atividade econômica. Como regra geral, a escolha do canal adequado de comercialização está condicionada a um conjunto de fatores, entre os quais: Categoria do produto (bens duráveis, não duráveis). Nos EUA, os canais de distribuição estão capacitados a atender as necessidades de comercialização das diversas categorias de produtos. Grau de diferenciação do produto (melhor qualidade, menor grau de diferenciação). É o que vai determinar as características de sua colocação junto ao consumidor. Consumidor final do produto. A estratégia para distribuição de um produto deverá ser definida tendo em vista o consumidor que se pretende atingir. Conhecimento do mercado. Numa fase inicial, é aconselhável a utilização da estrutura de distribuição existente. Apenas depois de familiarizado com os diversos elementos componentes do canal de distribuição e com seu modo de operação o exportador poderá vir a controlar uma ou mais fases do processo, o que implicará para ele uma maior parcela do preço final do seu produto. As opções existentes dentro da estrutura de comercialização para o produto. Mesmo a estrutura de comercialização existente para determinado produto pode apresentar mais de uma opção (por exemplo, vender para atacadista ou para uma cadeia de lojas de departamentos). Ao exportador cabe a seleção do canal mais apropriado, em virtude do que pretende alcançar no mercado norte-americano, devendo levar em consideração a maior ou menor facilidade de atingir o consumidor final, bem como o efeito das margens de comercialização ao longo do canal sobre o preço final do produto. Página 54 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO Principais Canais Atacadistas: Distribuidor/atacadista nacional. Distribuidor/atacadista regional. Importadores. Compradores industriais. Logística terceirizada (“third-party logistics” ou 3PL). Principais Canais Varejistas: Cadeias de varejistas. Loja de departamentos. Hipermercados, supermercados, mercearias, lojas de conveniências, etc. Lojas especializadas. Lojas de variedades / Lojas de descontos. Catálogos. Vendas Diretas As principais estratégias utilizadas nesse canal consistem na venda porta a porta (72%) e festas promocionais organizadas por revendedores independentes (22%). Canais de Distribuição: Estratégias Numa primeira fase, o exportador brasileiro poderá sentir a necessidade de utilizar um agente ou representante para estabelecer o contrato inicial de seu produto com o sistema de distribuição existente. A escolha aqui deverá ser em relação à concessão de exclusividade ou não ao representante. Geralmente, para produtos que atendem ao mercado industrial original, o contrato com representantes americanos é exclusivo. No caso de produtos de reposição e ao consumidor a exclusividade é usualmente por regiões. Na medida em que for acumulando experiência e informações sobre o mercado, poderá estabelecer um contato mais direto com os componentes do sistema de distribuição e até integrar-se nele. Fonte: Divisão de Inteligência Comercial - Ministério das Relações Exteriores. Página 55 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO NO HORIZONTE Adesão do Brasil a OCDE, com apoio dos Estados Unidos, depois de anos bloqueando a entrada. Acordo para eliminar a bitributação entre os 2 países que vem sendo negociado há anos. CONCLUSÃO No tópico “Análise Geral sobre o país e o mercado” verificou-se as razões para fazer negócios com os EUA, falamos um pouco da economia e do comércio, foi possível observar quais são os principais destinos das exportações e as principais origens das importações, assim como os principais grupos de produtos exportados e importados e os principais indicadores socioeconômicos dos Estados Unidos. Os Estados Unidos ainda são o mais atraente mercado consumidor do mundo. No item “Aspectos Relevantes para a Negociação com os EUA” aprendemos a negociar com os EUA, estudando os aspectos relevantes, tais como: a etiqueta nas negociações e praxes comerciais dos EUA, o perfil do consumidor norte-americano e o passo a passo para abrir um negócio nos Estados Unidos. É muito importante conhecer bem a burocracia, a legislação e as diferenças culturais ao se negociar com esse mercado. No tópico “Como localizar produtos e selecionar fornecedores” vimos os tipos de operações internacionais, aprendemos como fazer negócios com os Estados Unidos e ainda como se estabelece as relações comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos. Além de saber um pouco mais sobre onde coletar dados confiáveis para o embasamento da tomada de decisão, como consultar as estatísticas do Comércio Brasil x EUA, as empresas brasileiras exportadoras, as oportunidades de exportação aos EUA e a fonte de dados do comércio Brasil e EUA. Cabe destacar que as relações econômicas, comerciais e empresariais entre Brasil e Estados Unidos sempre evoluíram independente de questões de conjuntura política. No item “Medidas para garantia da eficiência e segurança” vimos o que deve ser observado em uma negociação,as medidas de segurança, exemplos de restrições à entrada de produtos brasileiros nos EUA, controle de sanidade, produtos submetidos a regulamentos técnicos, considerações importantes sobre a Logística, tipos de transporte e canais de distribuição. Para que se possa de fato desenvolver negócios lucrativos entre esses dois países é preciso adquirir conhecimento mais profundo e específico acerca das diferenças e Página 56 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO semelhanças que esses dois mercados apresentam, extrair a inteligência dos dados de forma que possam basear o planejamento estratégico e a tomada de decisão de forma precisa e possa realmente converter em um volume de negócios sustentáveis. Página 57 GESTÃO DOS NEGÓCIOS COM O MERCADO AMERICANO REFERÊNCIAS DAVIDSON, James West. Uma Breve História Dos Estados Unidos. Porto Alegre/RS: Editora L&PM, 2016. GALVÃO, Virgílio. Estados Unidos na prática: como funciona a maior potência mundial. São Paulo: Editora Contexto, 2019. KUGELMEIER, Werner. A etiqueta nos negócios internacionais: um jogo de diversidade multicultural. Publicado em 03 de fevereiro de 2010. Disponível em: <https:// administradores.com.br/artigos/a-etiqueta-nos-negocios-internacionais-um-jogo-de- diversidade-multicultural>. KUZNICK, Peter; STONE, Oliver. A História não contada dos Estados Unidos. São Paulo: Faro Editorial, 2015. VELASCO, Sebastião. Estados e Mercados: Os Estados Unidos e o sistema multilateral de comércio. São Paulo: Editora UNESP, 2017. ZUINI, Priscila. 5 dicas para levar seu negócio para os Estados Unidos. Publicado em 04 de junho de 2013. Disponível em: <https://exame.com/pme/5-dicas-para-levar-seu- negocio-para-os-estados-unidos/>. 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