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Amputaçao da falange

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AMPUTAÇÃO DE FALANGE
- Técnica aplicável nos grandes ruminantes, pequenos ruminantes e suínos
- São animais biungulados (casco com duas unhas)
- Amputa um dos dígitos (não amputa a unha), terá o apoio só em um dos dígitos
- Isso implica em que o único dígito que vai ficar terá que suportar todo o peso do animal
- Essa técnica é o último recurso para tratamentos de casco, animais que tem problemas de podologia, quando já se tentou de tudo e não conseguiu, ai a última alternativa é a amputação
- A qualidade de vida vai ficar comprometida, principalmente se for um animal muito pesado
- As vezes o animal é um reprodutor, ai quer manter esse animal para estocar sêmen, mas reduz muito o trabalho dele por causa do apoio em um único dígito, se for membro posterior então, um animal que faz monta, vai ficar mais difícil
- É um tratamento pra remover uma causa que não teve tratamento que resolvesse, mas dependendo do tipo de animal que está trabalhando, será um paliativo
- Também faz amputação de falange em cão e gato, a técnica é bem parecida, mas a ênfase maior é em grandes animais
- INDICAÇÕES: Inflamação grave não responsiva (já tratou, já medicou, já fez tudo que podia e não responde)
- Osteomielite (quando já tem uma infecção óssea instalada, o tratamento é bastante prolongado, geralmente quando faz a amputação se guia por um exame radiográfico, quando faz amputação de osteomielite tem que fazer como se estivesse tratando um tumor, tem que tirar com margem, não pode ir no limite onde tem infecção e amputar ali, porque pode está deixando bactérias lá, então sempre tem que tirar uma parte de tecido sadio junto com essa parte comprometida para conseguir garantir uma cicatrização também, a não ser que tenha uma fratura que não esteja contaminada, ai pode tirar no limite, mas geralmente quando tem destruição da falange, contaminação, tem que tirar com margem, até pela anatomia da região que fica bem difícil de visualizar)
- Abcesso
- Tenossinovite ou artrite infecciosa
- Fraturas falangeanas graves
- Luxação das articulações falangeanas
- CONTRAINDICAÇÕES: Infecção na articulação do boleto (porque o boleto é o limite, não pode tirar o boleto, pode tirar até a metade da falange proximal, mais do que isso não pode tirar, se a infecção tiver mais acima do que isso (mais proximal), não é a amputação que vai resolver)
- Envolvimento de ambos os dedos de um mesmo membro (ai não vai amputar o dígito, vai amputar a pata do animal toda, extremidade distal do membro)
- Em touros e vacas pesados (vai comprometer a mobilidade dos animais, mas se é um animal que vai ficar confinado numa baia, que não vai caminhar muito, dependendo de qual é a função, qual é o trabalho do animal, tem que se pensar se compensa ou não fazer a amputação do dígito)
- ANATOMIA: Tem a articulação do boleto, falange proximal (1 falange), falange média (2 falange) e falange distal (3 falange)
- O limite da amputação é até a metade da falange proximal, não pode invadir a articulação do boleto, é uma região onde tem inserção de tendões, ligamentos, músculos, 
- O tanto que vai amputar vai depender onde tá o foco, o problema, se o problema for na falange distal e conseguir tirar até a metade da falange média, ótimo, não precisa invadir a falange proximal
- Pode serrar (serra) a falange ao meio ou desarticular (tesoura e bisturi), se não tiver serra pode desarticular, se na desarticulação garantir que está removendo todo o problema 
- Quando faz a incisão ao redor da transição do tecido do casco com a pele, já está na metade da 2 falange
- PRÉ OPERATÓRIO: Animal em decúbito lateral com ou sem sedação
- Conter o animal, amarrado, se for pequeno ruminante consegue colocar em uma mesa, 
- Tricotomia ampla da região 
- Limpeza local (interdigital): escova, água e sabão, lavar bem 
- Anestesia local: faz o garrote (que fica no máximo 20 minutos, porque se ficar muito tempo pode sofrer isquemia), e faz anestesia intravenosa do membro (anestesia de bier)
- Antissepsia prévia e definitiva: iodo, álcool iodado
- Colocação dos panos de campo: isola com pano de campo para começar a cirurgia
- TÉCNICA CIRÚRGICA: Faz uma incisão na pele na faixa coronária (entre o tecido córneo e pele), não pode ficar tecido coronário porque se não vai crescer e não pode perder pele, porque dificulta a sutura, 
- Incisão vertical na face cranial e caudal do dedo, para poder rebater a pele e expor o osso
- Divulsionar a pele e expor o osso
- Limite da amputação: terço médio da falange proximal
- Depois de exposto o osso, serrar com a serra gigli (serra de fio) (ou pode usar serra de fita com arco)
- Pode ser realizada a desarticulação seguida de curetagem da cartilagem articular
- Movimentos cuidadosos com a serra ou desarticulação (com o bisturi abre a cápsula articular, vai movimentando o dedo, com o bisturi e a tesoura vai rompendo os ligamentos, os tendões)
- Destruir a cartilagem articular (com bisturi) (a cartilagem articular produz líquido sinovial, quando amputar a cartilagem não vai saber que não tem mais a articulação, ela vai continuar produzindo líquido sinovial, e ele não tem mais função porque não tem mais a articulação, se continuar produzindo vai acumular líquido nesse espaço e organismo vai fazer uma fístula (não vai fechar enquanto não parar o líquido) para drenar esse líquido sinovial, tem que destruir a cartilagem para que não produza mais líquido sinovial, em qualquer caso de amputação 
- Retirar o tecido adiposo interdigital excedente, atrapalha na hora da sutura
- Joga solução fisiológica e lava tudo
- Retirar todo o tecido necrótico, tudo que tiver alterado
- Ligar vasos (identificar veias e artérias)
- Sutura da pele ou cicatrização por segunda intenção, tem alguns casos que a pela tá toda destruída junto, então não tem nem como rebater a pele, se tiver toda com tecido de granulação, comprometida, tem que tirar
- Suturas interrompidas (para não correr o risco de abrir tudo de uma vez), ponto em u, ponto em x, ponto separado, pode colocar um dreno (no máximo 72 horas)
- Curativos até a completa cicatrização (se não tiver a pele, colocar medicação, pomadas, cicatrizantes, vai enfaixar e fazendo curativo todo dia, até cicatrização por segunda intensão, até fechar sozinha)
- PÓS OPERATÓRIO: Troca dos curativos a cada 2 ou 3 dias
- Manter o animal em local limpo e seco (animal não pisar nas fezes)
- Pode fazer curativo com faixa 
- Fácil acesso a alimentação

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