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Oftalmologia Pequenos Animais

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· Ângulo aberto (simples): bilateral, progressão lenta, hereditário ou congênito;
· Ângulo fechado (congestivo agudo): elevação repentina da PIO por bloqueio do ângulo de drenagem.
2. De acordo com a origem:
· Primário: sem causa, provavelmente hereditário ou congênito.
· Secundário: catarata, luxação de cristalino, diabete, endocrinologia.
3. De acordo com a evolução: 
· Agudo: midríase, blefaroespasmo, esclerite, ceratite, edema de córnea.
· Crônico: buftalmia, atrofia de retina.
· Produção do humor aquoso: por secreção ativa (80%, secretado pelo epitélio não-pigmentado do corpo ciliar, por processo metabólico ativo dependente de enzimas) ou secreção passiva (20%, por ultrafiltração e difusão, dependente da pressão sanguínea, oncótica e PIO). 
· Diagnostico de glaucoma: tonometria (Mede a PIO – pode ser manual, pressionando os dois dedões sobre o olho do animal, obtendo uma estimativa, porém, pouco preciso; ou por meio do Tonopen, um aparelho que mede a pressão por meio da aplanação); oftalmoscopia, podendo ser visível: 
· Atrofia de retina:
 
· Luxação de cristalino:
· Depressão do disco óptico:
 
Quando ocorre o aumento da PIO, comprime o nervo óptico, e ocorre escavação, podendo levar a perda da visão. 
· Sinais clínicos agudo:
1. Dor: blefaroespasmo, protrusão da 3ª pálpebra, epifora;
2. Conjuntiva: hiperemia, discreto edema (quemose);
3. Vasos da esclera congestos;
4. Córnea: opacificação progressiva, insensibilidade;
5. Íris: midríase não responsiva, sinéquia;
6. Fundo: depressão do disco óptico, redução da vascularização da retina, perda de visão;
7. Tonometria aumentada. 
· Sinais clínicos crônico: 
1. Buftalmia: olho exageradamente grande, aumenta muito a PIO, perde retina. Realizar enucleação;
2. Dor ausente;
3. Vasos da esclera muito aumentados e congestos; 
4. Córnea: límpida, opaca, linhas de ‘’fratura’’;
5. Íris: midríase, degeneração de íris e corpo ciliar;
6. Lente: catarata, luxação;
7. Fundo: atrofia de retina e nervo óptico;
8. Tonometria elevada. 
· Tratamento glaucoma: 
1. Hipotensores oculares tópicos: 
· Dorzolamida: inibe a anidrase carbônica, diminuindo a produção do humor aquoso e consequentemente a PIO. 1 gota, 2-3x/dia.
· Dorzolamida + Timolol: contraindicado em cardiopatas e animais com problemas respiratórios. 1 gota, 2-3x/dia.
· Latanoprosta: em gatos induz miose porém, não reduz a PIO; em equinos e cães reduz a PIO. Não utilizar em glaucoma secundário a uveite!!!
2. Hipotensores oculares sistêmicos: 
· Manitol: diurético. USO EMERGENCIAL EM GLAUCOMA AGUDO. Animais desidratados fazer fluido antes. 1-2g/kg/IV lento, durante 15-30 minutos. Se necessário repetir 4 horas depois. Contraindicado em ICC e edema pulmonar.
· Glicerina: diurético oral. Usado para manutenção após tratamento emergencial. 1-2ml/kg/vo/TID/3-5dias. 
· EMERGENCIA GLAUCOMA!!!!! Protocolos: 
1. Manitol IV (1-2g/kg/15-30 minutos) + 1 gota de Dorzolamida colírio e Still colírio a cada 10-15min + Banamine IV (1,1mg/kg) ou Meloxicam (1mg/kg). 
2. Sem uveite associado: manitol IV durante 15-30 minutos + 1 gota de latanoprosta + 1 gota de still + banamine ou meloxicam IV.
Estabilizado o quadro para casa: glicerina VO por 3-5 dias + 1 ou 2 hipotensores tópicos (Dorzolamida ou dorzolamida + timolol 1 gota, 2-3x/dia, podendo associar ou não ao latanoprosta 1 gota, 1x/ a noite) + 1 colírio anti-inflamatório não esteroide (Still). 
· Buftalmia: 
 
· Glaucoma:
· Cristalino:
· Catarata: opacidade do cristalino. 
· Classificação: pode ser congênita ou adquirida; capsulares, zonulares (localização); embrionária, juvenil ou senil (idade); provenientes de distúrbios endócrinos (diabetes – parece vidro quebrado); traumática, medicamentos (corticoide); e quanto ao desenvolvimento: incipiente (pouca perda de visão), imatura (lente fica nublada, com dificuldade de visão), madura (lente completamente opaca, pode ter inflamação – ADMINISTRAR STILL), hipermadura (lente diminui de tamanho). 
· Catarata diabetogenica: aumento da glicemia, leva ao catabolismo excessivo de glicose, o sorbitol aumenta a entrada de água, se for para a lente (catarata), se for para a câmara anterior (glaucoma). 
· Tratamento: cirúrgico (facoemulsificação); o uso de clarvisol para traumáticas ou iniciais é duvidoso. 
· Esclerose: é o envelhecimento do cristalino, fica opaco, mas não atrapalha a visão, então não é recomendado cirurgia. 
· Incipiente: acomete 15%, não há indicação de cirurgia. 
· Catarata imatura: é a fase recomendada para realizar cirurgia. 
· Catarata madura: opacidade total da lente, causa cegueira, ainda é recomendado realizar cirurgia e obter bons resultados. 
· Hipermatura: opacidade total da lente com ou sem reabsorção, com várias complicações associadas que precisam ser tratadas. Dependendo do caso a cirurgia ainda é viável. 
 
· Luxação e subluxação de cristalino: a subluxação é o estágio precoce da luxação e se caracteriza por ruptura ou degeneração parcial da zônula que sustenta o cristalino. 
· Causas: traumatismo, algumas raças são mais predispostas (poodle, basset, beagle, collie, pastor alemão), catarata, glaucoma, uveite, tumor. 
· Tipos de luxação: anterior (câmara anterior): olho avermelhado e muito doloroso, edema de córnea, hifema, glaucoma. EMERGENCIA!!!
posterior (câmara posterior): aparência de meia lua, indolor na maioria dos casos. 
 1. anterior; 2. Posterior.
· Tratamento para luxação anterior ou subluxação: extração intracapsular ou facoemulsificação associada ou não com vitreoctomia e implante de lente intraocular. Em casos que não há possibilidade de cirurgia, pode-se tentar empurrar a lente para a câmara posterior ou vítrea: 
1. Manitol IV em 30-60 min de infusão;
2. Flunixin meglumine ou Dexametasona IV;
3. Colírio anestésico tópico 1 gota, após 5 minutos instilar outra goto no olho afetado;
4. Propofol para sedar e relaxar os músculos; 
5. Manobra de reclinação (colocar a cabeça para trás, e com pressão forte empurrar o olho com o objetivo de tracionar a lente para trás);
6. Pilocarpina 1 gota a cada 15 min + still colírio;
7. Manter o animal com colírios mióticos e para controle de glaucoma.
· Tratamento para luxação posterior: se não estiver afetando o olho não realizar nenhum tratamento; caso afete o olho realizar cirurgia extracapsular. 
· Humor vítreo:
· Hialose: degeneração. Ocorre mais em animais velhos, geralmente unilateral. Não há tratamento.
· Hialite: inflamação do humor vítreo, geralmente secundário a uveíte e retinite. O tratamento é igual ao da uveíte. 
· Retina e coroide: 
· Atrofia ou degeneração: pode ser hereditário (raças collie, Cocker, poodle), glaucoma, coriorretinite e neurite crônica. 
· Sinais: cegueira noturna, pupila dilatada.
· Oftalmoscopia: disco óptico discoide, enegrecido, com poucos vasos. O animal não enxerga. 
· Tratamento: inicialmente pode-se tentar vitamina A, porém, geralmente é sem sucesso. 
· Distrofia de retina
 
· Atrofia de retina: 
 coloboma + atrofia.
· Hemorragia de retina: causado por trauma craniano, hipertensão sistêmica e ocular (glaucoma), erliquiose, leishmaniose. 
· Tratamento: retirar a causa primária; corticoide tópico e sistêmico. 
· Prognostico: reservado a bom. 
 
· Descolamento de retina: origem traumática, hemorragia de retina, neoplasias, hipertensão (glaucoma), filariose, secundária a doença inflamatória (uveíte e coriorretinite), erliquiose, leishmaniose. Onde ocorre o deslocamento fica opaco, forma um coágulo, pode ser parcial ou total. 
· Tratamento: somente quando for doença inflamatória: antibiótico e corticoide tópico e sistêmico por 7-14 dias, manitol IV ou glicerina VO, repouso absoluto. 
· Prognostico: desfavorável a ruim. 
 
· Coriorretinite/uveíte posterior/retinite: é a inflamação da coroide e da retina.
· Sinais clínicos: midríase, visão dificultada, esbarra em objetos, assustado.
· Oftalmoscopia: imagem distorcida, vasos congestos, fundo avermelhado, sente dor no movimento ocular. 
· Tratamento: antibiótico e corticoide tópico e sistêmico por 7-14
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