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Profa. Esp. Mallu Mendes CUIDADOS PALIATIVOS E LUTO • São os cuidados de saúde ativos e integrais prestados à pessoa com doença grave, progressiva e que ameaça a continuidade de sua vida. Definição Objetivo • Promover a qualidade de vida do paciente e de seus familiares através da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce de situações possíveis de serem tratadas, da avaliação cuidadosa e minuciosa e do tratamento da dor e de outros sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais. Princípios Gerais 1. Fornecer alívio para dor e outros sintomas estressantes como astenia, anorexia, dispneia e outras emergências oncológicas. 2. Reafirmar vida e a morte como processos naturais. 3. Integrar os aspectos psicológicos, sociais e espirituais ao aspecto clínico de cuidado do paciente. 4. Não apressar ou adiar a morte. Princípios Gerais 5. Oferecer um sistema de apoio para ajudar a família a lidar com a doença do paciente, em seu próprio ambiente. 6. Oferecer um sistema de suporte para ajudar os pacientes a viverem o mais ativamente possível até sua morte. 7. Usar uma abordagem interdisciplinar para acessar necessidades clínicas e psicossociais dos pacientes e suas famílias, incluindo aconselhamento e suporte ao luto. Equipe Multidisciplinar • A abordagem ao paciente e à família é feita por equipe multiprofissional composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos, fonoaudiólogos e farmacêuticos, em atividades diretamente ligadas às necessidades biopsicossociais. • Entretanto, administrativos, motoristas, capelães, voluntários e cuidadores também acompanham e apoiam os membros da família e da equipe em prol do bem-estar do paciente. Quando iniciar? • Podem vir associados ao tratamento com objetivo de cura da doença a fim de auxiliar no manejo dos sintomas de difícil controle e melhorar as condições clínicas do paciente. A transição do cuidado com objetivo de cura para o cuidado com intenção paliativa é um processo contínuo, e sua dinâmica difere para cada paciente. • À medida que a doença avança, mesmo em vigência do tratamento com intenção curativa, a abordagem paliativa deve ser ampliada visando também cuidar dos aspectos psicológicos, sociais e espirituais. • Na fase terminal, em que o paciente tem pouco tempo de vida, o tratamento paliativo se torna prioritário para garantir qualidade de vida, conforto e dignidade. Onde realizar o cuidados paliativos? • Para os pacientes com melhor capacidade funcional e de deslocamento até o hospital são disponibilizadas as consultas no Ambulatório, o que é ideal para a manutenção de sua autonomia e mobilidade. • Aos que já apresentam uma capacidade funcional comprometida e que por isso são impedidos de comparecer ao hospital, é ofertada a Assistência Domiciliar. • Em situações agudas, o paciente tem à sua disposição o serviço de Emergência (SAMU) para atendimento presencial e orientações por telefone. • Nos casos em que são necessários o monitoramento dos sintomas, com a intervenção imediata dos profissionais e os cuidados ao fim de vida, o paciente segue para Internação Hospitalar. FISIOTERAPIA • A Fisioterapia Paliativa tem como objetivo principal a melhora da qualidade de vida dos pacientes sem possibilidades curativas, reduzindo os sintomas e promovendo sua independência funcional. É preciso deixar claro os objetivos da fisioterapia tanto para a equipe quanto para os pacientes e familiares, facilitando assim a aceitação e a efetividade do atendimento. FISIOTERAPIA • As principais intervenções fisioterapêuticas para os pacientes sem possibilidade de cura são os métodos analgésicos, as intervenções nos sintomas psico-físicos como depressão, fadiga e estresse, a atuação nas complicações osteomioarticulares e linfáticas e as técnicas para melhora da função pulmonar. FISIOTERAPIA Identifiquem através do artigo abaixo, quais as intervenções são abordadas pelo fisioterapeuta em pacientes oncológicos no processo de cuidados paliativos: O PAPEL DA FISIOTERAPIA NOS CUIDADOS PALIATIVOS A PACIENTES COM CÂNCER FASES DO LUTO • No âmbito da saúde, há um crescente desenvolvimento de estudos, pesquisas e instrumentos que auxiliam o profissional a promover o aperfeiçoamento de suas habilidades e capacitação no atendimento ao paciente fora de possibilidades terapêuticas. • Elizabeth Kübler-Ross foi a pioneira em descrever as atitudes e reações emocionais suscitadas pela aproximação da morte em pacientes terminais. Seus trabalhos descrevem a identificação dos cinco estágios que um paciente pode vivenciar durante sua terminalidade, que são: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Negação • Seria uma defesa psíquica que faz com que o indivíduo acaba negando o problema, tenta encontrar algum jeito de não entrar em contato com a realidade. É comum a pessoa também não querer falar sobre o assunto. • Pode ser uma defesa temporária ou, em alguns, casos pode sustentar-se até o fim. O paciente desconfia de troca de exames ou competência da equipe de saúde. Geralmente o pensamento que traduz essa defesa é: "não, eu não". Raiva • Nessa fase o indivíduo se revolta com o mundo, se sente injustiçada e não se conforma por estar passando por isso. • É a fase na qual surgem sentimentos de ira, revolta, e ressentimento: "porquê eu?". Torna-se mais difícil lidar com o paciente, pois a raiva se propaga em todas as direções, projetando-se no ambiente, muitas vezes, sem "razão plausível". Barganha • Essa é fase que o indivíduo começa a negociar, começando com si mesmo, acaba querendo dizer que será uma pessoa melhor se sair daquela situação, faz promessas a Deus por um prolongamento da vida ou alguns dias sem dor ou males físicos. . É como o discurso “Vou ser uma pessoa melhor, serei mais gentil e simpático com as pessoas, irei ter uma vida saudável.” Depressão • As dificuldades do tratamento e hospitalização prolongados aumentam a tristeza que, aliada a outros sentimentos, ocasionam a depressão. • Já nessa fase a pessoa se retira para seu mundo interno, se isolando, melancólica e se sentindo impotente diante da situação. Aceitação • É o estágio em que o indivíduo não tem desespero e consegue enxergar a realidade como realmente é, ficando pronto pra enfrentar a perda ou a morte. • Aquela em que o paciente passa a aceitar a sua situação e seu destino. É o período em que a família pode precisar de ajuda, compreensão e apoio, à medida que o paciente encontra uma certa paz e o círculo de interesse diminui. No entanto, há pacientes que mantém o conflito com a morte, sem atingir esse estágio. REFERÊNCIAS INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Tratamento Oncológico: Cuidados Paliativos, 2021. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tratamento/cuidados-paliativos BAIOCCHI, Jaqueline Munaretto Timm. Atuação da fisioterapia em cuidados paliativos. ONCOFISIO. Disponível em: https://www.oncofisio.com.br/atuacao-da-fisioterapia-em- cuidados-paliativos SUSAKI TT, Silva MJP, Possari JF. Identificação das fases do processo de morrer pelos profissionais de Enfermagem. Acta Paulista de Enfermagem 2006; 19(2):144-9. https://doi.org/10.1590/S0103-21002006000200004 MUITO OBRIGADA! Contato: mallu_mendes@hotmail.com