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08-09 - Cuidados Paliativos e Luto

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Profa. Esp. Mallu Mendes
CUIDADOS PALIATIVOS E LUTO
• São os cuidados de saúde ativos e integrais prestados à pessoa com doença
grave, progressiva e que ameaça a continuidade de sua vida.
Definição
Objetivo
• Promover a qualidade de vida do paciente e de seus familiares através da
prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce de situações possíveis
de serem tratadas, da avaliação cuidadosa e minuciosa e do tratamento da dor e
de outros sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais.
Princípios Gerais
1. Fornecer alívio para dor e outros sintomas estressantes como astenia, anorexia,
dispneia e outras emergências oncológicas.
2. Reafirmar vida e a morte como processos naturais.
3. Integrar os aspectos psicológicos, sociais e espirituais ao aspecto clínico de
cuidado do paciente.
4. Não apressar ou adiar a morte.
Princípios Gerais
5. Oferecer um sistema de apoio para ajudar a família a lidar com a doença do
paciente, em seu próprio ambiente.
6. Oferecer um sistema de suporte para ajudar os pacientes a viverem o mais
ativamente possível até sua morte.
7. Usar uma abordagem interdisciplinar para acessar necessidades clínicas e
psicossociais dos pacientes e suas famílias, incluindo aconselhamento e suporte
ao luto.
Equipe Multidisciplinar
• A abordagem ao paciente e à família é feita por equipe multiprofissional
composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes
sociais, psicólogos, fonoaudiólogos e farmacêuticos, em atividades diretamente
ligadas às necessidades biopsicossociais.
• Entretanto, administrativos, motoristas, capelães, voluntários e cuidadores
também acompanham e apoiam os membros da família e da equipe em prol do
bem-estar do paciente.
Quando iniciar?
• Podem vir associados ao tratamento com objetivo de cura da doença a fim de
auxiliar no manejo dos sintomas de difícil controle e melhorar as condições
clínicas do paciente. A transição do cuidado com objetivo de cura para o cuidado
com intenção paliativa é um processo contínuo, e sua dinâmica difere para cada
paciente.
• À medida que a doença avança, mesmo em vigência do tratamento com intenção
curativa, a abordagem paliativa deve ser ampliada visando também cuidar dos
aspectos psicológicos, sociais e espirituais.
• Na fase terminal, em que o paciente tem pouco tempo de vida, o tratamento
paliativo se torna prioritário para garantir qualidade de vida, conforto e
dignidade.
Onde realizar o cuidados paliativos?
• Para os pacientes com melhor capacidade funcional e de deslocamento até o
hospital são disponibilizadas as consultas no Ambulatório, o que é ideal para a
manutenção de sua autonomia e mobilidade.
• Aos que já apresentam uma capacidade funcional comprometida e que por isso
são impedidos de comparecer ao hospital, é ofertada a Assistência Domiciliar.
• Em situações agudas, o paciente tem à sua disposição o serviço de Emergência
(SAMU) para atendimento presencial e orientações por telefone.
• Nos casos em que são necessários o monitoramento dos sintomas, com a
intervenção imediata dos profissionais e os cuidados ao fim de vida, o paciente
segue para Internação Hospitalar.
FISIOTERAPIA
• A Fisioterapia Paliativa tem como objetivo principal a melhora da qualidade de
vida dos pacientes sem possibilidades curativas, reduzindo os sintomas e
promovendo sua independência funcional. É preciso deixar claro os objetivos da
fisioterapia tanto para a equipe quanto para os pacientes e familiares, facilitando
assim a aceitação e a efetividade do atendimento.
FISIOTERAPIA
• As principais intervenções fisioterapêuticas para os pacientes sem possibilidade
de cura são os métodos analgésicos, as intervenções nos sintomas psico-físicos
como depressão, fadiga e estresse, a atuação nas complicações
osteomioarticulares e linfáticas e as técnicas para melhora da função pulmonar.
FISIOTERAPIA
Identifiquem através do artigo abaixo, quais as intervenções são 
abordadas pelo fisioterapeuta em pacientes oncológicos no processo 
de cuidados paliativos:
O PAPEL DA FISIOTERAPIA NOS CUIDADOS PALIATIVOS A PACIENTES COM CÂNCER
FASES DO LUTO
• No âmbito da saúde, há um crescente desenvolvimento de estudos, pesquisas e
instrumentos que auxiliam o profissional a promover o aperfeiçoamento de suas
habilidades e capacitação no atendimento ao paciente fora de possibilidades
terapêuticas.
• Elizabeth Kübler-Ross foi a pioneira em descrever as atitudes e reações
emocionais suscitadas pela aproximação da morte em pacientes terminais. Seus
trabalhos descrevem a identificação dos cinco estágios que um paciente pode
vivenciar durante sua terminalidade, que são: negação, raiva, barganha,
depressão e aceitação.
Negação
• Seria uma defesa psíquica que faz com que o indivíduo acaba negando o
problema, tenta encontrar algum jeito de não entrar em contato com a realidade.
É comum a pessoa também não querer falar sobre o assunto.
• Pode ser uma defesa temporária ou, em alguns, casos pode sustentar-se até o
fim. O paciente desconfia de troca de exames ou competência da equipe de
saúde. Geralmente o pensamento que traduz essa defesa é: "não, eu não".
Raiva
• Nessa fase o indivíduo se revolta com o mundo, se sente injustiçada e não se
conforma por estar passando por isso.
• É a fase na qual surgem sentimentos de ira, revolta, e ressentimento: "porquê
eu?". Torna-se mais difícil lidar com o paciente, pois a raiva se propaga em todas
as direções, projetando-se no ambiente, muitas vezes, sem "razão plausível".
Barganha
• Essa é fase que o indivíduo começa a negociar, começando com si mesmo, acaba
querendo dizer que será uma pessoa melhor se sair daquela situação, faz
promessas a Deus por um prolongamento da vida ou alguns dias sem dor ou
males físicos. . É como o discurso “Vou ser uma pessoa melhor, serei mais gentil e
simpático com as pessoas, irei ter uma vida saudável.”
Depressão
• As dificuldades do tratamento e hospitalização prolongados aumentam a tristeza
que, aliada a outros sentimentos, ocasionam a depressão.
• Já nessa fase a pessoa se retira para seu mundo interno, se isolando, melancólica
e se sentindo impotente diante da situação.
Aceitação
• É o estágio em que o indivíduo não tem desespero e consegue enxergar a
realidade como realmente é, ficando pronto pra enfrentar a perda ou a morte.
• Aquela em que o paciente passa a aceitar a sua situação e seu destino. É o
período em que a família pode precisar de ajuda, compreensão e apoio, à medida
que o paciente encontra uma certa paz e o círculo de interesse diminui. No
entanto, há pacientes que mantém o conflito com a morte, sem atingir esse
estágio.
REFERÊNCIAS
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Tratamento Oncológico: Cuidados Paliativos, 2021.
Disponível em: https://www.inca.gov.br/tratamento/cuidados-paliativos
BAIOCCHI, Jaqueline Munaretto Timm. Atuação da fisioterapia em cuidados paliativos.
ONCOFISIO. Disponível em: https://www.oncofisio.com.br/atuacao-da-fisioterapia-em-
cuidados-paliativos
SUSAKI TT, Silva MJP, Possari JF. Identificação das fases do processo de morrer pelos
profissionais de Enfermagem. Acta Paulista de Enfermagem 2006; 19(2):144-9.
https://doi.org/10.1590/S0103-21002006000200004
MUITO OBRIGADA!
Contato: mallu_mendes@hotmail.com