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Doenças da Boca e Esôfago

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AMANDA SEIDLER STEIGLEDER 
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Doenças da Boca 
Quando o indivíduo pode ter problemas na boca e esôfago? 
 Cirurgias 
 Problemas nos dentes (extrações, cáries) 
 Candidíase orofaringeana 
 Trauma de mandíbula (comum em motoqueiros) 
 Língua inflamada = glossite (pode ser anemia ou deficiência de Zn por incapacidade de reposição celular! A 
reposição de papilas acontece a cada 10 dias) 
 
O que produz dor na área da boca (ex: em casos de candidíase orofaríngea/trauma de mandíbula/cárie 
dentária/glossite…)? 
 Alimentos ácidos (Uva, maracujá) 
 Alimentos duros e secos 
 
 
 
 
 
 
 
O que servir? 
 Frutas: banana prata, mamão, manga 
 Alimentos pastosos: frutas amassadas, purês, alimentos liquidificados em forma de cremes 
 Sempre optar pela dieta mais a abrangente que ele puder porque isso proporciona maior variedade na 
alimentação 
 Prescrição de saliva artificial para pacientes com dificuldade de digestão e alivia 
 Alívio da dor com alimentos gelados = reduz a sensibilidade 
 Retirada de amígdalas = alimentos exclusivamente gelados 
 
 
 
 
 
 
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Doenças do Esôfago 
Quando você deglute você precisa da coordenação do músculo da faringe, do esôfago, do EEI 
 
Você mastiga, empurra a língua contra o palato duro → faz um escorregador para o bolo de comida e por gravidade 
esse alimento desce = início do movimento peristáltico para o esôfago 
 
Relaxamento do EESuperior e depois relaxamento do EEI para escorregamento do bolo alimentar 
 
Evitar refluxo = não deitar depois de comer. O mais indicado é o paciente ficar sentado 
 
Em cama hospitalar o grau de inclinação é controlado 
 
Movimento peristáltico controlado = fechamento da laringe (glote e epiglote) 
 
 
DRGE - Doença do Refluxo Gastroesofágico 
 
Esfíncter fechadinho x Esfíncter permitindo a passagem de suco gástrico = REFLUXO 
 
 Situação de alto volume alimentar = pressão sobre o EEI 
 O esôfago tem um epitélio pavimentoso estratificado que não se adapta ao HCl 
 Camada de muco intacta do paciente = integridade e não corre risco 
 Quando ocorre o refluxo o ácido promove sensação de queimação = PIROSE (no epigástrio que é logo abaixo do 
esterno) 
 Odinofagia = dor ao deglutir = já está formando uma lesão 
 Pode chegar a um processo inflamatório tão intenso que pode sangrar 
 Sangramento oculto nas fezes (sangue escuro = melena) ou vômito com sangue (hematêmese) 
 Sangue vivo nas fezes = intestino. 
 Fezes escuras = sangue que passou pelo estômago porque foi digerido, hidrolisado. 
 Causa mais comum de sangue intestinal = hemorróidas (pode dar anemia) 
 Causa de pirose na gestação = compressão do nenê no EEI 
 Uso de anti-inflamatórios não esteróides tipo ibuprofeno, aspirina (para afinar o sangue = inibidor da agregação 
plaquetária) são perigosos para o TGI 
 
Por que o refluxo gastroesofágico promove gastrite? Porque o HCl foi agindo sobre a parede do esôfago produzindo 
uma inflamação 
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Por que o paciente com esôfago de Barret não pode usar leite de magnésia como remédio? Porque pode evoluir para 
algo maligno - metaplasia 
 
Momento quadro com explicação 
 
 Exemplo: sapato novo bate no mesmo local = calo = a pele vem mais resistente 
 No esôfago acontece a mesma coisa → tecido conjuntivo pavimentoso estratificado não é adaptado ao ácido 
e com injúria frequente do HCl ocorre uma mudança tecidual (metaplasia) = NEOPLASIA (desenvolvimento de 
um tecido novo) 
 
 
Cuidados → Dietoterapia 
 Evitar refluxo 
 Esvaziamento gástrico precisa ser rápido porque quanto mais cheio o estômago mais pressão no EEI = mais 
refluxo 
 Consistência: branda (pastosa APENAS se o paciente estiver com problema também na boca) 
 Volume: reduzido = menos de 300ml/g (se a refeição for muito volumosa pode causar piorar o refluxo) 
 Frequência: aumentada (mais do que 7) 
 Celulose: abrandada cocção e subdivisão 
 Temperatura: muito quente = diminuição da velocidade de esvaziamento gástrico e muito frio dificulta a digestão. 
Deve ser de morno a frio 
 Características químicas da dieta: 
 Hiperproteica = 1g/kg de peso para reposição tecidual 
 Lipídio = retarda o esvaziamento gástrico e por isso eu coloco menos de 25% do VET 
 Chás de ervas leves e não muito concentrados 
 Como tempero: temperos naturais (salsinha, cebolinha, orégano, páprica, manjericão, alecrim, tomilho) 
 Água e água de coco 
 
Quando formos fazer a orientação nós não podemos começar com a parte negativa e falando o que ele NÃO pode 
fazer! 
 
Pra que eu preciso de lipídio? Não pode ser <15% pelos AGEs 
 Se o paciente está com perda sanguínea: Ferro, B12 e B9 (trio do sangue) 
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 Temperatura: muito quente = diminuição da velocidade de esvaziamento gástrico e muito frio dificulta a 
digestão. Deve ser de morno a frio 
 Características químicas da dieta: 
Hiperproteica = 1g/kg de peso para reposição tecidual 
Hipolipídica = retarda o esvaziamento gástrico e por isso eu coloco menos de 25% do VET 
 
Quais são os elementos que podem romper mucosa gástrica? (Fatores de risco para úlcera) 
 Estresse 
 Medicação (aspirina) 
 Alimentação inadequada 
 H. Pilory (tem uma substância na sua composição que o deixa grudado na mucosa e ela vai destruindo): 
tratamento com antibiótico. No laudo da biópsia está escrito "Teste de Urease Positivo" quando se tem H. 
Pilory 
 Efeito do antibiótico = disbiose 
 Chás quentes e muito concentrados (chimarrão, mate, preto, verde) 
 Excesso de café 
 O álcool produz "ITE" (inflamação) em todo o TGI quando em excesso 
 Fumo e cigarro (diminuição da pressão de todos os esfíncteres) 
 Pimenta chilli e mostarda 
 
Acalásia 
 
Tripanossoma Cruzi → picada do mosquito barbeiro 
 
Afeta o SNC e o peristaltismo deixa de acontecer (coração, esôfago, intestino grosso) 
 
Megaesôfago chagásico = vem da doença de Chagas 
 
O indivíduo come e não tem movimento peristáltico então não tem como o alimento descer 
 
Sem inervação do esôfago = sem movimento peristáltico = acúmulo de alimentos = vômito 
 
Como o médico corrige isso? 
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Procedimento cirúrgico para abertura permanente do EII = partir para uma dietoterapia para DRGE 
 
Dieta líquida completa 
Densidade calórica baixa, proteína baixa… = desnutrição 
 
O que fazer para aumentar o valor 
nutricional? → Suplementação 
 
Calculando dieta para paciente com Acalásia 
Características físicas 
 Consistência: dieta líquida completa 
 Volume reduzido 
 Fracionamento de 8 refeições 
 Celulose: cozida e subdividida 
 Temperatura: morna 
 
GET: Harris Benedict 
Ou kcal/kg 
 
Leite! Rico em Ca 
Tem o poder de induzir liberação de gastrina que estimula liberação de suco gástrico 
 
Leite é alcalino → neutraliza a acidez → leite, leite, leite = muito Ca = muita gastrina = muita secreção gástrica = 
maior acidez 
 
Café puro = reduz pressão do EEI e é secretagogo (estimula secreção de suco gástrico) 
 
Gordura vegetal hidrogenada → baixa velocidade de esvaziamento gástrico 
 
Hérnia Hiatal 
 
 
Em situações de muito refluxo: 
 Faz protocolo de DRGE 
 Uso de antiácidos 
 Evitar roupas apertadas e deitar após o comer