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Sistema cardiovascular - Anatomia, histologia e sistema elétrico

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APG 02 – Coração 
- Compreender a anatomia do coração 
- Reconhecer a histologia cardíaca 
 * destaque para os filamentos contráteis 
- Descrever as funções de cada estrutura do coração 
- Explicar como ocorre os movimentos involuntários 
do coração (sistema elétrico) 
 * geração e condução do impulso elétrico 
 * tipos de potencial cardíacos 
 * destacar propriedades cardíacas 
 
Localização do coração 
 O coração tem um tamanho aproximado de uma mão 
fechada, tendo cerca de 250g em uma mulher adulta e 
300g em um homem. 
 O coração repousa sobre o diafragma, próximo da 
linha mediana da cavidade torácica. 
É uma linha vertical imaginária que divide o corpo em 
lados esquerdo e direito, não simétricos. 
 O coração encontra-se no mediastino, região 
anatômica que se estende do esterno à coluna 
vertebral, da primeira costela ao diafragma, e entre os 
pulmões, composto por órgãos. 
 Aproximadamente dois terços da massa do coração 
encontram-se à esquerda da linha mediana do corpo. 
 
Pericárdio: membrana de três camadas que 
envolve, protege e lubrifica o coração. 
• Possibilita a liberdade de movimentos para que 
ocorra a contração rápida. 
• Mantém o coração na posição correta, no 
mediastino. 
• Dividido entre: 
FIBROSO: mais superficial, resistente e inelástico. 
Assemelha-se a uma bolsa que repousa sobre o 
diafragma, fixo a ele. Fornece proteção e âncora ao 
coração. 
SEROSO: mais profundo, mais fino e forma uma dupla 
camada em torno do coração. Sendo a parietal mais 
externa e a visceral mais interna, chamada também de 
epicárdio. 
Entre essas camadas existe a cavidade do pericárdio, 
região onde se encontra o líquido pericárdio, que serve 
para reduzir o atrito, conforme o coração se move. 
 
Camadas da parede do coração 
 Constituída por três camadas: 
EPICÁRDIO: mais externa, camada de músculo que 
recobre as superfícies externas do coração. É fundida 
ao miocárdio, internamente, e está em contato com a 
camada serosa do pericárdio. 
MIOCÁRDIO: camada média, responsável pela ação de 
bombeamento do coração e é composto por tecido 
estriado muscular cardíaco (este tecido possui 
contração involuntária, vigorosa e rítmica). Além disso, 
compõe cerca de 95% da parede do coração. 
Como ocorre esse bombeamento? 
Por meio das fibras musculares cardíacas que 
circundam o coração, produzindo as fortes ações de 
bombeamento. 
 
ENDOCÁRDIO: mais interno, camada fina que fornece 
revestimento liso para as câmaras do coração e 
abrange as valvas cardíacas. Reveste o interior do 
miocárdio para minimizar o atrito da superfície 
conforme o sangue passa através do coração. 
 
Câmaras do coração 
 Composto por quatro câmaras, sendo que as duas 
câmaras de recepção superiores são os átrios. E as 
duas câmaras de bombeamento inferiores os 
ventrículos. 
 O par de átrios RECEBE sangue pelas veias (trazem o 
sangue de volta para o coração), que retornam o 
sangue ao coração. 
 O par de ventrículos EJETAM o sangue do coração para 
artérias (levam o sangue para fora do coração). 
 
Na face anterior de cada átrio existe uma AURÍCULA 
que aumenta a capacidade do átrio, de modo que ele 
possa conter maior volume de sangue. São as aurículas 
direita e esquerda. 
Na superfície do coração há também vários SULCOS. 
Cada sulco serve para marcar a fronteira externa entre 
duas câmaras, impedindo que o sangue passe de uma 
para a outra, é uma “parede” que delimita cada 
câmara. 
• Sulco coronário: indica a divisão entre o átrio e os 
ventrículos 
• Interventricular anterior: fronteira entre os 
ventrículos direito e esquerdo, na face 
esternocostal 
• Interventricular posterior: fronteira entre os 
ventrículos direito e esquerdo, na face posterior 
 
- ÁTRIO DIREITO: recebe sangue de três veias: 
* Veia cava superior: que recebe sangue da parte 
superior do corpo, cabeça, braços e parte superior do 
tórax 
* Veia cava inferior: que drena para o coração o sangue 
proveniente da parte inferior do corpo, pernas, quadril 
e abdômen 
* Seio coronário: responsável por depositar no átrio 
direito o sangue sem oxigênio da circulação coronária 
O sangue passa do átrio direito para o ventrículo direito 
através da valva atrioventricular direita, que é 
composta por três válvulas, chamada de valva 
tricúspide. 
 
-VENTRÍCULO DIREITO: forma a maior parte da face 
esternocostal do coração. Recebe sangue do átrio 
direito, através da válvula tricúspide, bombeando o 
sangue, através da valva do tronco pulmonar para a 
grande artéria chamada de tronco pulmonar, levando 
o sangue até os pulmões. 
 
- ÁTRIO ESQUERDO: forma a maior parte da base do 
coração. Recebe o sangue dos pulmões, após a 
oxigenação. O sangue chega ao átrio através de quatro 
veias pulmonares, duas direitas e duas esquerdas. Após 
chegar ao átrio o sangue passa ao ventrículo esquerdo, 
através da valva atrioventricular esquerda (bicúspide 
ou mitral. 
 
- VENTRÍCULO ESQUERDO: forma o ápice do coração. 
recebe o sangue do átrio esquerdo, através da valva 
intraventricular esquerda, e em seguida bombeia o 
sangue já oxigenada para todo o corpo, passando antes 
pela valva aórtica que direciona para a artéria aorta. 
 
 
 
Esqueleto fibroso do coração 
Formado pelo tecido conjuntivo contido na parede do 
coração. 
• Forma a base estrutural das valvas cardíacas 
• Evita o estiramento excessivo das valvas 
• Atua como isolante elétrico entre os átrios e 
ventrículos 
 
 
Valvas cardíacas 
Quando cada uma das câmaras do coração se contrai, 
empurra um volume de sangue a um ventrículo ou para 
fora do coração a uma artéria. As valvas se abrem e 
fecham em resposta às mudanças de pressão conforme 
o coração se contrai e relaxa. Cada uma das quatro 
valvas ajuda a assegurar o fluxo unidirecional de 
sangue através da abertura ao possibilitar que o 
sangue passe e, em seguida, se fechando para impedir 
o seu refluxo. 
• ATRIOVENTRICULARES: separam os átrios 
(aurículas) esquerdo e direito de seus respectivos 
ventrículos. 
• SEMILUNARES: controlam a liberação do sangue 
designado para os pulmões e para a aorta, 
deixando o coração. 
 
Artérias coronárias: irrigam todas as partes do 
coração, levando oxigênio e nutrientes através do 
sangue. 
 Essa irrigação é realizada pela CORONÁRIA ESQUERDA 
e DIREITA, que são os primeiros ramos da maior artéria 
do corpo, a AORTA, que começa logo após a saída do 
ventrículo esquerdo, sendo a distribuição realizada por 
ramos cada vez menores, semelhantes aos troncos de 
uma árvore. 
 
Veias coronárias: são os vasos sanguíneos que 
levam o sangue do músculo cardíaco (miocárdio) de 
volta às cavidades do coração (em direção ao átrio 
direito). As veias coronárias recolhem o sangue 
transportado e distribuído pelo miocárdio pelas 
artérias coronárias. 
A maior parte do sangue venoso do miocárdio drena 
para um grande seio vascular no sulco coronário na 
face posterior do coração, chamado seio coronário. 
 
Histologia do músculo cardíaco 
Composta por fibras musculares cardíacas. Suas 
extremidades se ligam às fibras vizinhas por discos 
intercalares. Os discos contêm desmossomos (faz com 
que uma célula fique aderida a outra) e junções 
comunicantes (permitem que todo o miocárdio dos 
átrios ou dos ventrículos se contraia como uma única 
unidade, coordenada). Assim, possibilitam que os 
potenciais de ação musculares sejam conduzidos de 
uma fibra muscular para as fibras vizinhas. 
Cerca de 25% do espaço do citosol das células do 
músculo cardíaco é composto por mitocôndrias. 
Fibras autorrítmicas | O sistema de 
condução 
A atividade elétrica inerente e rítmica é o motivo das 
contrações cardíacas ao longo da vida. A fonte desta 
atividade elétrica é uma rede de fibras musculares 
cardíacas especializadas chamadas fibras 
autorrítmicas, porque são autoexcitáveis. As fibras 
autorrítmicas produzem repetidamente potenciais de 
ação que desencadeiam contrações cardíacas. Elas 
continuam estimulando o coração a contrair, mesmo 
após terem sido removidas do corpo – como por 
exemplo quandoo coração é retirado para ser 
transplantado para outra pessoa. 
As fibras musculares cardíacas se conectam às fibras 
vizinhas pelos discos intercalares.
 
Funções das fibras musculares cardíacas: 
• Agem como marca-passo, definindo o ritmo da 
excitação elétrica que provoca a contração do 
coração. 
O marca-passo natural do coração é o nódulo sinusal 
(nódulo SA). Através dele, inicia-se o impulso elétrico. 
O ritmo do nódulo SA torna-se o ritmo de todo o 
coração. 
• Formam o sistema de condução do coração, uma 
rede de fibras musculares cardíacas especializadas 
que oferecem uma via para que cada ciclo de 
excitação cardíaca se propague pelo coração. O 
sistema de condução garante que as câmaras do 
coração sejam estimuladas de modo a se contrair 
coordenadamente, o que torna o coração uma 
bomba eficaz. 
 PROPAGAÇÃO DOS POTENCIAIS DE AÇÃO 
CARDÍACOS: 
1. A excitação cardíaca começa no nó sinoatrial (SA), na 
junção da veia cava superior para o átrio direito. As 
células do nó SA não têm potencial de repouso estável. 
Em vez disso, elas se despolarizam repetida e 
espontaneamente até um limiar. A despolarização 
espontânea é um potencial marca-passo. Quando o 
potencial marca-passo alcança o limiar, ele dispara um 
potencial de ação. Cada potencial de ação do nó SA se 
propaga ao longo de ambos os átrios via junções 
comunicantes nos discos intercalares das fibras 
musculares atriais. Após o potencial de ação, os dois 
átrios se contraem ao mesmo tempo. 
2. Ao ser conduzido ao longo das fibras musculares 
atriais, o potencial de ação alcança o nó 
atrioventricular (AV), localizado no septo interatrial, 
imediatamente anterior à abertura do seio coronário. 
No nó AV, o potencial de ação se desacelera, como 
resultado de várias diferenças na estrutura celular do 
nó AV. Este atraso fornece tempo para os átrios 
drenarem seu sangue para os ventrículos. 
 
3. A partir do nó AV, o potencial de ação entra no 
fascículo atrioventricular (AV) (feixe de His). Este 
fascículo é o único local em que os potenciais de ação 
podem ser conduzidos dos átrios para os ventrículos. 
 
4. Depois da propagação pelo fascículo AV, o potencial 
de ação entra nos ramos direito e esquerdo. Os ramos 
se estendem ao longo do septo interventricular em 
direção ao ápice do coração. 
 
5. Por fim, os ramos subendocárdicos calibrosos (fibras 
de Purkinje) conduzem rapidamente o potencial de 
ação, começando no ápice do coração e subindo em 
direção ao restante do miocárdio ventricular. Em 
seguida, os ventrículos se contraem, deslocando o 
sangue para cima em direção às válvulas semilunares. 
 
Resumo: o SISTEMA DE CONDUÇAO do CORAÇÃO gera 
e conduz o impulso elétrico primeiro nos átrios e 
depois nos ventrículos. 
Normalmente o impulso se inicia na junção da VEIA 
CAVA SUPERIOR para o ÁTRIO DIREITO, que é uma 
grande veia que traz o sangue da cabeça e dos braços 
para o coração na parte superior do átrio, num local 
chamado de NÓ SINUSAL. Após a geração do impulso 
ele segue pelo sistema de condução, equivalente a fios 
elétricos, pelos átrios direito e esquerdo. 
Em seguida o impulso passará para os ventrículos, mas 
antes passam por um outro nódulo, o NÓDULO ÁTRIO-
VENTRICULAR, onde sofre um atraso para em seguida 
passar para os ventrículos. 
 
O atraso na passagem do impulso dos átrios para os 
ventrículos é fisiológico, e permite que os átrios se 
contraiam antes, e através das válvulas 
atrioventriculares, encham de maior quantidade de 
sangue os ventrículos, tornando mais eficiente o 
batimento cardíaco, com maior quantidade de sangue 
saindo do coração a cada batida. 
Potencial de ação e contração das fibras 
contráteis 
O potencial de ação iniciado pelo nó SA propaga-se 
pelo sistema de condução e se espalha para excitar as 
fibras musculares atriais e ventriculares “atuantes”, 
chamadas de fibras contráteis. O sistema de condução 
garante que as câmaras do coração se contraiam de 
modo coordenado. Cada potencial de ação equivale a 
um batimento cardíaco. 
 
 
Potencial de ação nas células de CONDUÇÃO: 
 1. Inicia no repouso instável, cerca de -60mV e 
despolariza até o limiar, cerca de -40mV. Essa pequena 
despolarização se deve a uma ação chamada de canais 
engraçados, presente somente nas células de marca-
passo. Durante essa fase está entrando sódio (Na+) 
para dentro da célula. 
 
2. Depois de atingir o limiar, o potencial de ação atinge 
cerca de +10mV, sendo a fase de longa despolarização. 
Nesse momento está entrando cálcio (Ca2+) para 
dentro da célula. 
 
3. Ao atingir o pico da despolarização, os canais de 
potássio (K+) se abrem, deixando os íons de potássio 
saírem da célula. Isso faz com que o potencial de ação 
retorne para -60mV, fase chamada de repolarização. 
 
4. Todo o ciclo anterior se repete. 
 
 
 
 
 
 
 
Potencial de ação nas células MUSCULARES: 
1. Inicia no repouso estável, cerca de -90mV, 
despolariza de forma muito rápida, a partir da entrada 
de sódio (Na+), até cerca de +20mV. 
 
2. Após essa despolarização começa a ter saída de 
potássio (K+) da célula, repolarização. 
 
3. A fase anterior é imediatamente interrompida, pois 
começa a ter a entrada de cálcio (Ca2+) na célula, o que 
equilibra o potencial da ação, ficando “preso” em uma 
fase chamada de platô. 
Cálcio sendo liberado para que o músculo possa 
contrair 
 
4. Quando a saída de potássio (K+) se torna maior que 
a entrada de cálcio (Ca2+), o potencial de ação conclui 
a fase de repolarização, retornando aos -90mV. 
 
5. Todo o ciclo se repete. 
 
 
 
Principais diferenças entre os potenciais de ação 
CONDUÇÃO x MÚSCULO 
 
Repouso: Instável x estável 
Despolarização: cálcio x sódio 
Platô: não tem x cálcio 
 
 
 
 
Propriedades cardíacas 
Automatismo: propriedade que o coração possui de 
gerar seus próprios batimentos. 
 
Condutibilidade: capacidade de condução do potencial 
de ação. 
 
Excitabilidade: o coração não só responde a estímulos 
próprios como também a estímulos de origem não 
cardíaca. Os nervos, as alterações na concentração de 
gás carbônico no sangue, a temperatura, o pH, certos 
hormônios e as alterações nas concentrações de íons 
como sódio, potássio e cálcio, etc. 
 
Contratilidade: propriedade que tem o músculo 
cardíaco de se contrair em decorrência do seu 
automatismo ou decorrente de estímulos externos.

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