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👂 OT��� E�T���� Oti�� ��te��� �gu�� A otite externa aguda é a infecção do conduto auditivo externo (Streptococcus, Staphylococcus, Pseudomonas, Proteus), que se apresenta com otalgia moderada a grave, além de sinais flogísticos, descamação e secreção à otoscopia, geralmente causado por exposição à umidade ou trauma. O tratamento dos casos leves é feito com antibióticos e corticoides tópicos; o tratamento dos casos graves é feito com antibióticos e corticoides tópicos e antibióticos orais (cefalexina, cefadroxil, ciprofloxacino). Oti�� ��te��� n���os���� A otite externa necrosante é a infecção do conduto auditivo externo (Pseudomonas) com invasão de estruturas adjacentes, que se apresenta com otite externa aguda refratária ao tratamento clínico, que evolui com prurido, hipoacusia com sensação de plenitude auricular e otorreia, queda do estado geral, febre e cefaleia, além de sinais flogísticos, secreção, ulcerações e granulações à otoscopia. Os principais fatores de risco para a evolução da doença são diabetes descompensada (90%), idosos e imunossuprimidos. O acometimento do masseter causa dor à movimentação da ATM e restrição à abertura oral. A invasão do osso temporal pode causar paralisia facial periférica e abscessos intracranianos ou intratemporais. O diagnóstico é complementado por cintilografia com tecnécio-99m ou gálio-67, TC e RNM do mastoide e cultura da secreção do ouvido e do sangue. O tratamento é feito com ATB parenteral (ciprofloxacino, anti-Pseudomonas), mas os casos refratários exigem o debridamento cirúrgico das áreas necróticas. Oti�� ��te��� c���un��r��� A otite externa circunscrita é a infecção de um folículo pilossebáceo (furúnculo) do conduto auditivo externo (Staphylococcus), que se apresenta com otalgia intensa, além de sinais flogísticos ao redor do folículo à otoscopia. O tratamento é feito com ATB orais com cobertura G + (cefalexina), analgésicos e anti-inflamatórios. Oto����se A otomicose é a infecção do conduto auditivo externo por fungos (Candida, Aspergillus), que se apresenta com sintomas desde o prurido leve até sintomas intensos, além de filamentos fúngicos de coloração variável à otoscopia. O tratamento é feito com antifúngicos tópicos e limpeza local por aspiração. Oto����to�� O otohematoma é uma coleção serosa e hemorrágica entre o pericôndrio e a derme do pavilhão auricular externo, que se apresenta com um abaulamento de coloração púrpura, geralmente causado por trauma. O tratamento é a drenagem e o curativo compressivo por 48 horas, além de ATB orais (cefalexina), pelo risco de pericondrite. Per����d�i�� A pericondrite é a infecção do pericôndrio (Streptococcus, Staphylococcus, Pseudomonas), que se apresenta com sinais flogísticos, geralmente causado por trauma. O tratamento é feito com ATB (ciprofloxacino) e corticoides orais (prednisona, dexametasona), além de drenagem e curativo compressivo de abscessos. Mir����te ���h��a A miringite bolhosa é a infecção da membrana timpânica, que se apresenta com otalgia intensa após IVAS e hipoacusia com plenitude auricular, além de sinais flogísticos e bolha com conteúdo seroso à otoscopia. O tratamento é feito com ATB (claritromicina, eritromicina) e corticoides orais (prednisona, dexametasona) e tópicos. Rol�� �� ce���� A rolha de cerume não é uma otite, mas um acúmulo de cerume e de debris celulares no conduto auditivo externo que formam uma rolha e causa hipoacusia com sensação de plenitude auricular. O tratamento é a remoção do cerume com lavagem com água morna ou com curetas especiais e evitar o uso de hastes de algodão e umidade. Filipy Rocha 👂 OT��� �ÉDI� Oti�� �édi� ��u�� A OMA é a infecção aguda da orelha média (Staphylococcus, E. coli, Klebsiella e Enterobacter até 6 semanas ou S. pneumoniae, H. influenzae e M. catarrhalis após 6 semanas, HRSV, adenovírus, influenza A ou B) decorrente de IVAS ou alergia, com um pico de incidência entre 6 e 24 meses e outro entre 4 e 7 anos, mais prevalente entre os meses de inverno. Os principais fatores de risco são OMA ou IVAS de repetição, hábito de mamar deitado, aleitamento materno por menos de 3 meses, tabagismo passivo, DRGE e atopia. O quadro apresenta otalgia, otorreia, sensação de plenitude auricular, toxemia e febre, além de hiperemia e diminuição da transparência da MT na OMA virais associada a abaulamento nas OMA bacterianas. O tratamento é feito com analgésicos e ATB oral em caso de sinais de severidade (temperatura > 39º, otalgia moderada a intensa por > 48h, otorreia, toxemia, MT abaulada à otoscopia). O paciente deve ser reavaliado em 48 a 72 horas após o início do tratamento para avaliar a necessidade de ampliação do espectro ATB. ● Primeira escolha: amoxicilina (em caso de falha após 48 horas, aumentar a dose) e claritromicina ou clindamicina para alérgicos. ● Segunda escolha: amoxicilina + clavulanato ou axetilcefuroxima em caso de falha após 48 horas para H. influenzae ou M. catarrhalis resistentes; ● Terceira escolha: ceftriaxona IM por 3 dias consecutivos em caso de falha após 48 horas ou vômitos persistentes. A OMA recorrente é causada pelos mesmos agentes etiológicos e apresenta como fatores de risco adicionais hipertrofia adenoideana, imuno- deficiência, deficiência de IgA e malformações craniofaciais. A conduta é o tratamento da doença de base e a miringotomia com alocação de tubo de ventilação. A OMS (otite média secretora) é caracterizada por persistência de líquido no interior do ouvido médio e geralmente está associada à OMA de repetição, com hipoacusia, retração da MT à otoscopia e curva B à timpanometria. Oti�� �édi� ��ôni�� A OMC é a infecção crônica da orelha média associada à perfuração da MT. Os principais fatores de risco são disfunção tubária, desnutrição, imunossupressão, hiperplasia adenoideana e malformações craniofaciais. O quadro apresenta crises de otorreia após molhar o ouvido, hipoacusia condutiva e zumbido. A OMC simples é caracterizada por perfuração timpânica sem alterações da mucosa da orelha média, com crises pouco frequentes. O tratamento é a proteção auricular contra água e ATB tópico (ciprofloxacino) ou oral (amoxicilina + clavulanato), mas a timpanoplastia pode ser necessária. A OMC supurativa é caracterizada por perfuração timpânica com alterações da mucosa da orelha média, além de mastoidite à TC. A OMC colesteatomatosa é caracterizada por perfuração timpânica e colesteatoma, além de conteúdo de partes moles com efeito de massa à TC. O tratamento é a timpanoplastia e a mastoidectomia. Com���c�ções �� ��it� �édi� A OMA supurada ocorre na OMA bacteriana, quando há formação rápida de grande quantidade de secreção purulenta na orelha média, com perfuração da MT e extravasamento de secreção purulenta ou purossanguinolenta para o conduto auditivo externo. A mastoidite aguda ocorre na OMA supurativa quando a secreção do ouvido médio penetra o antro mastoide e se dissemina para as células mastoides, causando erosão do trabeculado ósseo da mastoide e abaulamento retroauricular, que evolui com mastoidite coalescente e abscesso organizado subperiosteal retroauricular. O acometimento do nervo VII causa paralisia facial periférica. O acometimento do ouvido interno causa labirintite, com hipoacusia, vertigem e zumbido. A avaliação inclui a TC mastoide e a audiometria e o tratamento envolve ATB intravenosa, miringotomia para drenagem de secreções do ouvido médio e mastoidectomia. A disseminação da infecção para o sistema nervoso central pode causar meningite, com febre, queda do estado geral, cefaleia com fotofobia e fonofobia e vômitos em jatos, abscessos intracranianos e trombose do seio sigmoide. O tratamento é semelhante, mas pode exigir a neurocirurgia para drenagem do abscesso. 👂 DO��ÇAS �� �U��D� �ÉDI� Dis���ção t��ári� A disfunção tubária é a incapacidade da tuba auditiva em se abrir e equalizar a pressão da orelha média com a da cavidade nasal causada por IVAS, alergias, malformações craniofaciais e OMA de repetição. O quadro apresenta hipoacusia com plenitude auricular e zumbido,MT retraída à otoscopia e curva C à timpanometria. A conduta é o tratamento da doença de base quando presente, além de realizar movimentos repetitivos de deglutição, que ativam os músculos tubários e auxiliam na abertura da tuba auditiva. Oto��l����e A otosclerose é a reabsorção e a síntese do labirinto ósseo, com fixação do estribo na janela oval, que causa rigidez da cadeia ossicular e não transmissão das vibrações sonoras. O quadro apresenta perda auditiva condutiva progressiva e vertigem principalmente em mulheres jovens, que evoluem com perda auditiva mista, com piora após a gestação. O tratamento clínico é feito com Aparelhos de Amplificação Sonora Individual (AASI) e bifosfonatos e o tratamento cirúrgico é a substituição do estribo por prótese. Tra��� �o �s�� �em����l O trauma do conduto auditivo externo é causado por uso de hastes de algodão ou corpos estranhos e apresenta otalgia e otorragia. O tratamento é a proteção contra umidade e o uso de ATB tópico se houver sinais de infecção. A perfuração timpânica traumática é causada por corpo estranho ou aumento súbito de pressão no conduto auditivo externo e apresenta otalgia, otorragia e hipoacusia. O tratamento é a proteção auricular e a observação, pois 85 a 95% dos casos cicatrizam espontaneamente. A desarticulação da cadeia ossicular é causada por traumas penetrantes ou fechados e apresenta hipoacusia condutiva ou mista súbita, além de curva Ad à timpanometria. O tratamento é a proteção auricular e a reconstrução da cadeia ossicular com próteses. O trauma do osso temporal pode ser longitudinal, com desarticulação da cadeia ossicular, ou transverso, com acometimento do nervo facial e da cápsula ótica (hipoacusia, vertigem), diagnosticado por TC. O tratamento depende das estruturas acometidas. 👂 DO��ÇAS �� �U��D� I���R�� Dis�úr�i�� �ud����os A presbiacusia é a degeneração do ouvido interno que acomete indivíduos a partir da sexta década de vida. O quadro apresenta perda auditiva progressiva e bilateral e a audiometria apresenta disacusia neurossensorial, descendente e simétrica. O tratamento é feito com Aparelhos de Amplificação Sonora Individual (AASI). A perda auditiva induzida por ruído (PAIR) acomete principalmente homens expostos a ruídos no ambiente de trabalho. O quadro apresenta perda auditiva progressiva e bilateral e a audiometria apresenta disacusia neurossensorial e simétrica, que acometendo as frequências agudas e evolui com o acometimento de frequências mais graves. O trauma acústico é a exposição a ruído intenso de forma súbita. O quadro apresenta perda auditiva súbita, zumbido, otalgia e pode apresentar perfuração da MT e hemorragia da orelha média à otoscopia. A audiometria apresenta disacusia neurossensorial ou mista unilateral ou bilateral. O tratamento é feito com AASI. A ototoxicidade é a lesão do ouvido interno por fármacos como aminoglicosídeos (gentamicina, amicacina, estreptomicina, canamicina), diuréticos (furosemida), anti-inflamatórios e antineoplásicos (cisplatina, carboplatina). O quadro apresenta zumbido e a audiometria apresenta disacusia neurossensorial unilateral ou bilateral e simétrica. A surdez súbita não possui etiologia conhecida, mas as teorias apontam para origem infecciosa, autoimune ou microvascular. O quadro apresenta perda auditiva súbita, plenitude auricular e zumbidos e a audiometria apresenta disacusia neurossensorial unilateral. O tratamento é feito com corticoides. 👂 TU����S �O ��S� �E�P���� E DO ÂN�U�� P���OC����EL�� O schwannoma é um tumor benigno das células de Schwann do VII par, o meningioma é um tumor benigno da dura-máter ou aracnoide e o tumor glômico é um tumor benigno de quimiorreceptores no canalículo timpânico. O quadro apresenta hipoacusia e zumbido, além de vertigem no schwannoma e paralisia facial no tumor glômico. O diagnóstico é confirmado por TC ou RNM e o tratamento é a cirurgia ou embolização e radioterapia no caso dos tumores glômicos. Os schwannomas < 1 cm devem ser observados. Filipy Rocha 👂 SU���Z ���AN��� A surdez infantil bilateral permanente é definida como perda auditiva bilateral caracterizada por limiares auditivos superiores a 40 dB no melhor ouvido, considerando as frequências de 500, 1000, 2000 e 4000 Hz. O quadro apresenta retardo no desenvolvimento da fala, dificuldade de aprendizado e concentração, ausência de resposta a comandos verbais e desenvolvimento de hábitos e sinais que facilitem a comunicação com os pais e familiares. As crianças devem ser triadas para surdez até o primeiro mês de vida. Hipoacusia neurossensorial genética Congênitas ● Displasia: Michel; Mondini; Scheibe. ● Surdez neurossensorial genética congênita não associada a malformações; ● Surdez neurossensorial genética congênita associada a malformações: dismorfias cranianas (Crouzon) e das extremidades (Wildervanck); anomalias de pigmentação (Waardenburg); oftalmológicas (Usher-Hallgren) e cardíacas (Jervell, Lange-Nielsen). ● Patologia tireóidea: Pendred; ● Aberração cromossômica: trissomia e monossomia; ● Síndrome do aqueduto vestibular alargado; ● Fístula perilinfática congênita. Pós-natais ● Surdez neurossensorial genética pós-natal não associada a malformações; ● Surdez neurossensorial genética pós-natal associada a malformações: doenças metabólicas (MPS); malformações oftalmológicas (Cockayne); doenças renais (Alport, Fanconi); malformações esqueléticas (Klippel-Feil); doenças neurológicas (neurofibromatose). Hipoacusia neurossensorial não genética Pré-natais ● Fármacos ototóxicos durante a gravidez: aminoglicosídeos; diuréticos; talidomida; álcool; ● Infecções congênitas: sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes (STORCH); ● Outras: hemorragias do 1º trimestre; deficiências vitamínicas; hormonioterapia; irradiação pélvica. Perinatais ● Icterícia neonatal grave; ● Baixo peso, menos de 1.500 g, e prematuridade; ● Asfixia perinatal; ● Traumatismo do parto. Pós-natais ● Infecções: labirintite; meningite; parotidite; sarampo; ● Traumatismos cranianos; ● Traumatismos sonoros; ● Fármacos ototóxicos; ● Neoplasias: neurinoma de acústico, leucemias; ● Doenças metabólicas: hipotireoidismo, diabetes; ● Doenças autoimunes; ● Surdez súbita idiopática. Tri���� acús�i�� n�o����l u����r�a� O primeiro passo da TANU é a avaliação das emissões acústicas evocadas, com registros de energia sonora gerada por células da cóclea em resposta a sons emitidos no conduto auditivo externo do recém nascido. Se o paciente passar, não é reavaliado; se não passar, é reavaliado em 30 a 60 dias e, se não passar, realiza o BERA. O segundo passo da TANU é a avaliação do potencial evocado auditivo do tronco encefálico (BERA), que avalia a integridade neural das vias auditivas até o tronco cerebral. Se o paciente passar, deve ser monitorizado; se não passar, é reavaliado em 30 dias e, se não passar, realiza avaliação otorrinolaringológica. Os pacientes com fatores de risco para surdez infantil devem ser avaliados com o BERA. O tratamento da surdez neurossensorial é a reabilitação com AASI e fonoaudiologia, associada ou não ao implante coclear. O tratamento da surdez condutiva e a correção de malformações depende da doença de base. Fatores de risco para surdez infantil ● Preocupação dos pais com relação ao desenvolvimento de linguagem. ● História familiar de surdez infantil. ● Permanência na UTI por mais de cinco dias. ● Permanência na UTI independente do tempo: VM; drogas ototóxicas; APGAR neonatal 0 a 4 em 1 minuto ou 0 a 6 em 5 minutos; STORCH; malformações anatômicas de cabeça e pescoço; baixo peso (< 1.500 g), hiperbilirrubinemia. ● Síndrome genética (Waardenburg, Alport, Pendred). ● Uso materno de drogas ou ototóxicos. ● Distúrbios neurodegenerativos (ataxia de Friedreich, síndrome de Charcot-Marie-Tooth). ● Infecções bacterianas ou virais pós-natais (CMV, Herpes, Sarampo, Varicela, Meningite). ● Trauma cranioencefálico no parto. ● Quimioterapia. 👂 VE���B��O��T�A� ��R��ÉRI��� Hid���s�a ����li��áti�� A doença de Ménière é o acúmulo de endolinfa no labirintomembranoso idiopático ou causado por diabetes mellitus, distúrbios de tireoide e dislipidemia, doenças autoimunes e infecções. O quadro apresenta crises de vertigem de 10 a 60 minutos com ou sem fator desencadeante evidente, associadas a hipoacusia, plenitude auricular e zumbido unilateral ou bilateral e associados ou não a cefaleia, mal-estar, náuseas e vômitos. O diagnóstico pode ser confirmado por eletrococleografia, que apresenta relação Potencial de Somação-Potencial de Ação aumentada em (62%) e eletronistagmografia-otoneurológico, que apresenta hipo, hiper ou arreflexia (85%). O tratamento envolve drogas sedativas labirínticas (betaistina, dimenidrinato) e diuréticos (HCT) e tratamento cirúrgico (descompressão do saco endolinfático, neurectomia do VIII). Ver����m �o��c�o��� p��o�ís�i�� b��i�n� A VPPB é um distúrbio labiríntico relacionado a migração das otocônias do vestíbulo em direção aos canais semicirculares. O quadro apresenta crises de vertigem por segundos desencadeadas por movimentos rotacionais da cabeça. O diagnóstico é confirmado pela manobra de Dix-Hallpike e o tratamento é feito com sedativos labirínticos (dimenidrinato, meclizina, beta-histina) e manobras de reposicionamento Epley e Semont. Ne�r��i�� v���ib���� A neuronite vestibular é a inflamação aguda do ramo vestibular do VIII, de etiologia idiopática. O quadro apresenta vertigem súbita e intensa, com sintomas neurovegetativos que duram dias. O diagnóstico é clínico, mas a RNM pode apresentar hipersinal do VIII e o Video Head Impulse Test (VHIT) pode apresentar hipofunção do labirinto. O tratamento é feito com sedativos labirínticos (dimenidrinato, meclizina) e corticoides. 👃 RI���S��U��T� A���� A rinossinusite é a infecção da mucosa nasal e dos seios paranasais viral ou bacteriana (S. pneumoniae, H. influenzae, M. catarrhalis) até 12 semanas. Os principais fatores de risco são exposição a umidade, a poluição ou a produtos químicos, alterações anatômicas, como obstrução do óstio de drenagem por edema da mucosa, pólipos, tumores e desvio septal, lesão (toxinas, mediadores inflamatórios, tabagismo) ou discinesia ciliar primária e doenças crônicas (diabetes, fibrose cística, asma, doenças cardiovasculares). O diagnóstico é confirmado pela presença de pelo menos 2 sintomas, sendo um deles o (1) ou o (2): (1) congestão nasal; (2) rinorreia anterior ou posterior; dor, pressão facial, cefaleia; (4) distúrbio do olfato; (5) tosse (apenas em crianças). O diagnóstico de RSBA é mais provável na presença de pelo menos 3 sintomas: (1) pus na cavidade nasal com predomínio unilateral; (2) dor local com predomínio unilateral; (3) febre acima de 38 °C; (4) piora dos sintomas após o período inicial de doença; (5) elevação da VHS e da PCR. O tratamento da RSVA envolve corticoides tópicos e lavagem nasal com solução fisiológica. O tratamento da RSBA envolve a ATB por 10 a 14 dias. As complicações orbitárias envolvem flegmão palpebral, celulite e abscesso orbitário, o diagnóstico é confirmado pela TC e o tratamento é depende da classificação Chandler. O tratamento das complicações intracranianas (abscesso parenquimatoso, epidural e subdural, meningite) é a abordagem craniana. O tratamento da osteomielite é a abordagem cirúrgica. ● Sem tratamento prévio ou alergias medicamentosas: amoxicilina, amoxicilina + clavulanato, claritromicina ou axetilcefuroxima; ● Alergia a βlactâmicos: amoxicilina + clavulanato ou axetilcefuroxima em caso de falha após 48 horas para H. influenzae ou M. catarrhalis resistentes; ● Sem resposta após 72 horas: ceftriaxona IM por 3 dias consecutivos em caso de falha após 48 horas ou vômitos persistentes. Classificação de Chandler I Celuliteperiorbitária Amoxicilina/clavulanato, corticoide VO II Celuliteorbitária Penicilina cristalina/cloranfenicol ou ceftriaxona/clindamicina, corticoide IV III Abscessosubperiosteal Abordagem cirúrgica, penicilina cristalina/cloranfenicol ou ceftriaxona/ clindamicina, corticoide IVIV orbitário V Tromboflebite do seio cavernoso Abordagem craniana, fibrinolíticos, penicilina cristalina/cloranfenicol ou ceftriaxona/clindamicina, corticoide IV Filipy Rocha 👃 RI���S��U��T� ��ÔNI�� A rinossinusite é a infecção da mucosa nasal e dos seios paranasais viral ou bacteriana por mais de 12 semanas e pode ser classificada em com ou sem polipose nasal (PN. Os principais fatores de risco são exposição a poluentes, tabagismo, alterações anatômicas, como desvio septal, concha média bolhosa, desvio do processo uncinado, célula de Haller, infecção odontogênica, discinesia ciliar primária, fibrose cística associada à PN e síndrome de Widal (intolerância ao AAS + asma + polipose nasal). O diagnóstico envolve a TC dos seios da face e a endoscopia nasal, que avalia alterações que causam obstrução crônica dos óstios dos seios paranasais. O tratamento envolve corticoides tópicos, lavagem nasal com solução fisiológica e ATB (Amoxicilina + clavulanato, axetilcefuroxima, levofloxacino ou gatifloxacino) por 14 a 21 dias. O tratamento dos casos refratários é a abordagem cirúrgica com a ampliação dos óstios dos seios paranasais, a rinossinusite crônica com pólipos nasossinusais refratária envolve a polipectomia. A PN é definida pela presença de pólipos eosinofílicos na cavidade nasal, principalmente na região do meato médio. O pólipo antrocoanal é um pólipo benigno, solitário e unilateral da mucosa do seio maxilar que se desenvolve através do óstio em direção às coanas e causa obstrução nasal. O tratamento é a excisão cirúrgica. A mucocele é uma lesão cística causada pela retenção de secreção mucosa devido a obstrução da drenagem do seio paranasal. O tratamento é a abordagem cirúrgica visando restabelecer a drenagem sinusal. A rinossinusite fúngica alérgica (RSFA) é a inflamação da mucosa nasal e dos seios paranasais devido a um processo alérgico desencadeado por fungos (Aspergillus, Bipolaris). O quadro apresenta rinossinusite crônica, rinorreia purulenta e mucina alérgica (crostas de coloração marrom) e pode estar associado a atopia, PN e deformidade facial progressiva sem invasão fúngica. O diagnóstico envolve a identificação da mucina alérgica, níveis séricos de IgE elevados e TC. O tratamento envolve abordagem cirúrgica e corticoides sistêmicos. A bola fúngica é o acúmulo não invasivo e progressivo de hifas fúngicas e muco em um seio paranasal, sem envolvimento da mucosa. O diagnóstico é confirmado pela TC e o tratamento é a abordagem cirúrgica. A mucormicose é a infecção dos seios paranasais por fungos (Aspergillus, Mucor) em imunodeprimidos. O quadro apresenta febre, úlcera nasal, edema periorbital ou facial, redução da acuidade, oftalmoplegia e cefaleia. O diagnóstico é confirmado pela TC e o tratamento é o desbridamento cirúrgico e a anfotericina B. 👃 RI���� ALÉR�I�� A rinite alérgica é a inflamação da mucosa nasal devido a um processo alérgico desencadeado por mudanças de temperatura, baixa umidade, produtos químicos, poluentes e alérgenos, que causa edema, hipertrofia da mucosa e obstrução nasal. O quadro apresenta congestão nasal, rinorreia aquosa, prurido, espirros e eosinofilia. A rinite é classificada de acordo com a duração em intermitente (menos de 4 dias por semana por até 4 semanas) ou persistente (mais de 4 dias por semana por mais de 4 semanas) e, de acordo com a gravidade, em leve (o sono e as atividades cotidianas não são comprometidas), moderada e grave. Intermitente Higiene ambiental e lavagem nasalcom solução fisiológica. Persistente leve Adicionar corticoides tópicos Persistente moderada Adicionar corticoides tópicos, antihistamínicos (loratadina, desloratadina) e antileucotrienos (montelucaste) Persistente grave Adicionar imunoterapia subcutânea 👃 DE���� SE���L O desvio de septo é causado por um descompasso do crescimento na na região da fusão condro-óssea durante o crescimento nasofacial, com desvio do septo para uma das fossas, que pode causar obstrução nasal. A avaliação é realizada através da TC ou nasofibroscopia e o tratamento é a cirurgia.👃 EP����XE A epistaxe pode ser anterior (90%) (plexo de Kiesselbach) ou posterior (artéria esfenopalatina) causada por HAS, coagulopatias, anticoagulantes, antiagregantes e trauma. O tratamento envolve cauterização química ou elétrica, tamponamento compressivo por 48 h ou ligadura videoendoscópica da artéria esfenopalatina ou das artérias etmoidais. 👃 TU����S �A ��C��A ��S�� E DO� ���OS ����NA���� O papiloma nasal é um tumor benigno único ou múltiplo com potencial de destruição óssea, o nasoangiofibroma é um tumor vascular benigno com potencial de destruição local, o CEC é um tumor maligno raro nesta topografia. O diagnóstico é confirmado por TC e biópsia e o tratamento é a excisão, precedida por embolização no NAFJ. 👄 LA���G��E Epi���t��e ���da A epiglotite aguda é a infecção da supraglote por H. influenzae entre 2 e 4 anos ou agente indefinido entre 18 e 40 anos. O quadro apresenta odinofagia, disfonia, taquidispneia, estridor, febre alta e radiografia lateral cervical com espessamento de tecidos moles (sinal do polegar), além de hiperextensão cervical e projeção torácica anterior, que pode evoluir com obstrução das vias aéreas por edema e produção de secreção espessa. A estabilização envolve manutenção da via aérea (oxigênio, adrenalina inalatória, IOT) e corticoterapia e o tratamento é a ATB com ceftriaxona IV ou amoxicilina + clavulanato VO. Lar����t�a���íte ����a A laringotraqueíte aguda (crupe) é a infecção das vias aéreas por parainfluenza 1 e 2, influenza tipo A ou M. pneumoniae que acomete crianças entre 1 e 3 anos. O quadro apresenta disfonia, tosse não produtiva em latido com piora à noite, febre, estridor e radiografia cervical com estreitamento subglótico (sinal da torre de igreja), que se resolve em até 48 horas. O tratamento é a umidificação das vias aéreas, hidratação (facilitar expectoração), repouso vocal e manutenção das vias aéreas (adrenalina e corticóides inalatórios). Tra���íte ���t��i��� A traqueíte bacteriana é a infecção por S. aureus, S. pneumoniae, H. influenzae, S. pyogenes ou M. catarrhalis como uma complicação da crupe. O quadro apresenta disfonia, tosse produtiva com secreção espessa, febre alta, estridor, sinais de obstrução das vias aéreas, SDRA e choque séptico, além de broncoscopia da traqueia com ulceração, formação de pseudomembrana, exsudato mucopurulento e descamação da mucosa. O tratamento envolve aspiração das secreções, antibioticoterapia e intubação ou traqueostomia. Coq���u�h� A coqueluche é a infecção das vias aéreas por B. pertussis em crianças < 6 meses e adultos. O quadro apresenta 3 estágios: (1) catarral (7 a 10 dias), com sintomas inespecíficos de infecção das vias aéreas (coriza, febre baixa, prostração); (2) paroxismo (1 a 6 semanas), com quadro paroxístico de tosse prolongada seguido por inspiração forçada e prolongada com as pregas vocais aduzidas, gerando um ruído em guincho; e (3) convalescência (7 a 10 dias). O tratamento é a ATB com eritromicina, claritromicina ou azitromicina. Lar����te ��ôni�� A tuberculose causa disfonia, tosse e dor de garganta, que evoluem com disfagia e odinofagia, além de cordite unilateral, histopatologia compatível e cultura positiva. A sífilis causa disfonia, tosse e sensação de incômodo faríngeo, além de lesões nodulares ou ulceradas difusas e identificação das espiroquetas à microscopia com campo escuro. A leishmaniose causa disfonia, tosse, disfagia e dispneia com úlcera de entrada ativa ou cicatricial, além de lesões ulcerogranulomatosas e reação de Montenegro e sorologia positivas. Refl�x� �a��n���arín�e� O refluxo laringofaríngeo pode estar associado à DRGE. O quadro apresenta disfonia, tosse seca, pigarro e sensação de globus faríngeo ou de secreção presa na hipofaringe intensificado por abuso vocal ou tabagismo, além de edema e hiperemia das estruturas supraglóticas e glóticas, principalmente na região posterior, à endoscopia laríngea. O tratamento é feito com medidas comportamentais e dietéticas e inibidores da bomba de prótons (omeprazol, pantoprazol, esomeprazol) por 60 a 90 dias. 👄 LA���G��A�ÁCI� A laringomalácia é uma malformação da laringe caracterizada por amolecimento das cartilagens devido à imaturidade das estruturas e de seus tecidos de sustentação. O quadro apresenta colapso das estruturas supraglóticas durante a inspiração que causa estridor com início entre 4 a 6 semanas de vida e agravamento nos primeiros meses, além de epiglote em ômega, pregas ariepiglóticas curtas e mucosa supraglótica redundante à endoscopia laríngea. A resolução do quadro ocorre gradualmente entre 18 e 24 meses. 👄 ES����SE ���ÍN�E� A estenose laríngea congênita é a redução da luz laríngea evidenciada através da endoscopia laríngea, que pode apresentar: (1) estenose subglótica (luz traqueal com diâmetro < 4 mm), associada à dispneia; (2) atresia, associada à dispneia e a fístula traqueoesofágica; e (3) webs laríngeos, associados a dispneia e disfonia devido à falha na recanalização completa da laringe. O tratamento envolve cirurgia para reconstrução. A estenose laríngea adquirida pode ser causada por intubação ou pós-operatório laríngeo. Filipy Rocha 👄 LA���G��E�� A laringocele é uma herniação do sáculo laríngeo preenchido por ar que ocorrem em homens entre 40 e 60 anos devido ao aumento da pressão transglótica, podendo ser classificada em: (1) interna: limitada lateralmente pela cartilagem tireóidea e medialmente pela parede mucosa da laringe, causando disfonia, sensação de corpo estranho, dor de garganta e tosse; (2) externa: o saco herniário se estende através da membrana tireóidea, causando um abaulamento cervical; e (3) mista. O tratamento é a cirurgia. 👄 DO��ÇAS ��� P���AS ����IS Lesões ����g�a� d�� �r��a� v���i� O nódulo vocal é uma lesão bilateral e simétrica entre o terço anterior e o terço médio das pregas vocais causado por fonotrauma crônico. O pólipo vocal é uma lesão polipoide unilateral do terço anterior das pregas vocais causado por fonotrauma. O edema de Reinke é um acúmulo de substância fundamental amorfa no espaço submucoso causado por tabagismo. O diagnóstico é suspeito através do quadro e disfonia e confirmado através da nasofibroscopia e o tratamento é a fonoterapia e a ressecção cirúrgica. O sulco vocal é uma depressão longitudinal ao longo da borda da prega vocal de origem idiopática. O cisto vocal é uma lesão submucosa de aspecto amarelado ou esbranquiçado, unilateral, no terço médio das pregas vocais causado por fonotrauma. As ectasias vasculares são dilatações vasculares encontradas sobre a superfície das pregas vocais causadas por outras lesões. O diagnóstico é suspeito através do quadro e disfonia e confirmado através da laringoestroboscopia e o tratamento é a fonoterapia e a ressecção cirúrgica. Os papilomas laríngeos são lesões vegetantes e recidivantes das pregas vocais causadas por papilomavírus humano tipos 6 e 11. O diagnóstico é suspeito pelo quadro de disfonia em adultos e dispneia em crianças e confirmado através de laringoscopia, que apresenta múltiplas lesões de aspecto exofítico e irregulares. O tratamento é a remoção cirúrgica das lesões com laser de CO2, instrumentos frios ou radiofrequência. A traqueostomia deve ser postergada ao máximo a fim de evitar a implantação de via aérea baixa. Par����i� d� ��eg�� ��ca�� A paralisia de pregas vocais pode ser: (1) unilateral em adução: quadro assintomático; (2) unilateral em abdução: disfonia, voz soprosa e cansaço ao falar; (3) bilateral em adução: dispneia devido à obstrução laríngea durante a inspiração; (4) bilateral em abdução: disfonia intensa e cansaço ao falar. As principais etiologias são lesão cirúrgica do laríngeo recorrente, compressão por tumores no trajeto do nervo ou aneurisma, neurológica (malformação de Arnold-Chiari) ou idiopática. O tratamento depende da doença de base. 👄 AP���A ��S���TI�� �� SO�� A Síndrome da Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono (SAHOS) é caracterizada pela obstrução parcial ou total do fluxo respiratório através da faringe durante o sono. A diminuiçãodo tônus muscular com colabamento da faringe durante a inspiração e a queda da saturação de O2 com hipoventilação durante o sono REM causam ativação do centro respiratório e microdespertar, que aumenta o tônus muscular e corrige a saturação de O2, causando quebra cíclica do sono e ausência de repouso adequado. O quadro apresenta roncos noturnos, com períodos de apneia por mais de 15 segundos ou hipopneia por 10 a 15 segundos, além de cefaleia matinal, sonolência diurna e dificuldade de concentração e atenção. Os principais fatores de risco são obesidade, envelhecimento, obstrução nasal, malformações (pescoço curto, retrognatismo, desproporção da língua em relação à cavidade bucal) e doenças do neurônio motor. As principais complicações são HAS, distúrbios da condução, arritmias, diabetes mellitus, ansiedade e depressão. A confirmação do diagnóstico e a avaliação da gravidade da doença são realizados através da polissonografia. Os principais parâmetros avaliados são a oximetria periférica e o Índice de Apneia e Hipopneia (IAH) por hora. O tratamento envolve: (1) medidas gerais: perda de peso, evitar ingestão de alimentos ou álcool antes de dormir, corticoide nasal para rinite, remoção de sedativos ou indutores de sono; (2) uso de próteses: aparelhos ortodônticos intraorais em caso de alterações craniofaciais-dentárias; CPAP nasal ou oronasal em casos resistentes; (3) cirurgia em caso de hiperplasia adenotonsilar, rinite resistente ao tratamento clínico e retroposição ou malformação faríngea ou palatal. A traqueostomia é indicada apenas em casos muito severos. 👄 FA���G��O�S����ES Far����to���l��e ��r�� As faringoamigdalites virais (75%) são causadas por rinovírus (20%), coronavírus (5%), adenovírus (5%), herpes simples (4%), influenza (2%), parainfluenza (2%), coxsackievirus, entre outros. O quadro apresenta febre baixa, dor de garganta, disfagia, mialgia, espirros e coriza hialina, além de eritema da mucosa faríngea e hiperemia e edema de tonsilas. A doença é autolimitada e o tratamento sintomático é feito com analgésicos, anti- inflamatórios, hidratação e repouso. Far����to���l��e ��c���i�n� As faringoamigdalites bacterianas são causadas principalmente por S. pyogenes (30%) em crianças e M. pneumoniae em adultos. O quadro apresenta febre > 38,5 °C e calafrios, dor de garganta, adenomegalia cervical, odinofagia, cefaleia e dor abdominal, além de edema e hiperemia das tonsilas com exsudato purulento ou pseudomembranoso. O tratamento é a ATB com penicilina G benzatina, amoxicilina (azitromicina para alérgicos) + clavulanato (suspeita de resistência) ou ceftriaxona intravenosa. As complicações não supurativas das faringites estreptocócicas são: (1) escarlatina, com rash cutâneo eritematoso e papular; (2) FR, com cardite e valvulite; (3) GNPE, com síndrome nefrítica após 2 semanas; e (4) síndrome do choque tóxico estreptocócico. As complicações supurativas são: (5) abscessos, que se iniciam no espaço peri- amigdaliano e se estendem para espaços cervicais profundos, com piora da dor e trismo. O tratamento envolve drenagem, ATB (amoxicilina + clavulanato, ceftriaxona ou clindamicina) e corticoides. Mon����le��� i�f����os� A mononucleose infecciosa é causada por EBV e a síndrome mono-like é causada por CMV e toxoplasmose aguda. O quadro apresenta febre, dor de garganta e adenomegalia cervical, podendo simular uma faringite estreptocócica, além de linfocitose com atipia petéquias em palato (40%), icterícia (15%), hepatomegalia (10%) e esplenomegalia (50%). O tratamento é sintomático com analgésicos e hidratação. O uso de antibióticos pode causar rash cutâneo. Far����to���l��e ��c��o��c�óti�� A angina de Plaut-Vincent é causada pelo bacilo Fusobacterium plaut-vincent em simbiose com a espiroqueta Spirochaeta dentium devido a má higiene bucal e mau estado dos dentes e das gengivas. O quadro apresenta odinofagia unilateral, disfagia intensa e queda do estado geral, além de ulceração da amígdala e formação de pseudo- membrana friável, que causa necrose e eliminação de exsudato de odor fétido. O tratamento envolve ATB com penicilina intravenosa ou metronidazol e gargarejos com antissépticos e sintomáticos. Her���g��a A síndrome mão-pé-boca é causada por coxsackievirus A, coxsackievirus B e enterovírus. O quadro apresenta eritema e lesões vesiculosas em palato mole, úvula e pilares amigdalianos, que evoluem com ulcerações esbranquiçadas com base eritematosa ao se romper, além de febre, cefaleia e micropoliadenopatia cervical, que regride em 5 a 10 dias. A ocorrência concomitante de lesões vesiculosas em palma da mão e planta do pé é comum em crianças. O tratamento é sintomático com analgésicos e hidratação. Hip���l��i� � �on����te �� ��pe��ção A tonsilectomia é indicada em tonsilites de repetição quando ocorre: 7 episódios em um ano; 5 episódios anuais em 2 anos; 3 episódios anuais em 3 anos; ou ≥ 2 abscessos periamigdalianos. Cada episódio apresenta pelo menos uma característica: febre ≥ 38,3 °C; linfadenomegalia cervical; exsudato amigdaliano; ou cultura de secreção faríngea positiva para estreptococo β-hemolítico do grupo A. A adenoamigdalectomia é indicada para a hiperplasia tonsilar quando ocorre: resistência ao tratamento clínico; obstrução do cavum > 70%; deformidade craniofacial; AOS moderada a grave; ou otite média secretora associada. Filipy Rocha 👄 MA���S ���VI���� CO��ÊNI��� Os cistos da primeira fenda branquial são de dois tipos: (I) cisto visível e palpável localizado perto do canal auditivo externo, inferiores e posteriores ao tragus; (II) abaulamento parotídeo localizado medialmente à parótida ou no ângulo da mandíbula. O diagnóstico é realizado através da TC e o tratamento é a observação ou a cirurgia. Os cistos da segunda fenda branquial são caracterizados por abaulamento com consistência fibroelástica e mobilidade lateral, mas pouca mobilidade vertical, relacionada ao músculo esternocleidomastoideo, que aparece entre 10 e 20 anos após quadro infeccioso oral. O diagnóstico é realizado através da TC e o tratamento é a cirurgia. Os cistos da terceira fenda branquial estão localizados posteriormente à carótida. Os cistos da quarta fenda branquial acompanham o trajeto do nervo laríngeo recorrente. Ambos os cistos são acometimentos muito raros. Os linfangiomas cervicais (higroma cístico) são tumores benignos do endotélio linfático e das ilhas de linfa e sangue. O quadro apresenta massa cervical assintomática de consistência amolecida e heterogênea. A transiluminação é patognomônica da doença, mas o diagnóstico é realizado através da TC e o tratamento é a observação ou a cirurgia. O cisto do ducto tireoglosso é causado pela persistência do ducto tireoglosso durante o desenvolvimento e é a massa cervical benigna mais comum. O quadro apresenta uma massa sólida em linha média que se eleva durante a protrusão da língua e durante a deglutição. O diagnóstico é realizado através da TC e o tratamento é a cirurgia. Os hemangiomas são os tumores benignos de vasos sanguíneos e são a massa de cabeça e pescoço mais comuns durante a infância, sendo detectados ao nascimento ou durante o primeiro mês de vida. O diagnóstico é realizado através de RNM ou da USG e o tratamento é a observação ou a cirurgia. Os cistos dermoides são uma cavidade de 1 a 4 cm formada por epitélio e preenchida por apêndices de pele (glândulas sebáceas, pelos) que ocorrem principalmente em cabeça e pescoço, quando se movem com o deslocamento da pele e são indolores. O diagnóstico é realizado através da TC e o tratamento é a cirurgia.
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