Buscar

Atividade Histopatologia II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Câncer intestinal – epidemiologia, causas, locais, morfologia, macro, microscopia (TNM) e consequências *
O câncer de intestino abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e ânus. Também é conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal.
É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso.
Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação não saudável (ou seja, pobre em frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras). O consumo de carnes processadas (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru e salame) e a ingestão excessiva de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana) também aumentam o risco para este tipo de câncer.
Outros fatores relacionados à maior chance de desenvolvimento da doença são história familiar de câncer de intestino, história pessoal de câncer de intestino, ovário, útero ou mama, além de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas.
Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC). Pacientes com essas doenças devem ter acompanhamento individualizado.
A exposição ocupacional à radiação ionizante, como aos raios X e gama, pode aumentar o risco para câncer de cólon. Assim, profissionais do ramo da radiologia (industrial e médica) devem estar mais atentos.
Os sintomas mais frequentemente associados ao câncer do intestino são:
· sangue nas fezes;
· alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados);
· dor ou desconforto abdominal;
· fraqueza e anemia;
· perda de peso sem causa aparente.
· alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas)
· massa (tumoração) abdominal
Esses sinais e sintomas também estão presentes em problemas como hemorroidas, verminose, úlcera gástrica e outros, e devem ser investigados para seu diagnóstico correto e tratamento especifico.
Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias.
MACROSCOPIA
Vegetante – Cólon Direito
Infiltrativo e Estenosante – Cólon Esquerdo
MICROSCOPIA
Adenocarcinoma – 95 %
Bem diferenciado
Moderadamente diferenciado
Pouco diferenciado
Indiferenciado
Doenças da vesícula biliar - descrevam sobre as doenças inflamatórias mais comuns e do câncer (Etiologia, epidemiologia, morfologia, macro, microscopia e consequências). *
Os sinais e sintomas do câncer de vesícula biliar geralmente só se manifestam quando a doença já está em estágio avançado, mas em alguns casos podem aparecer em um estágio mais precoce, quando o tratamento pode ser mais eficaz. Alguns dos sintomas mais comuns do câncer de vesícula biliar são:
Dor abdominal. Grande parte das pessoas com câncer de vesícula biliar apresenta dor abdominal quando diagnosticadas. Na maioria das vezes essa dor está localizada na parte superior direita do abdome.
Náuseas e vômitos. Muitas pessoas referem a náuseas e vômitos no momento do diagnóstico. 
Icterícia. A icterícia é uma condição que dá uma cor amarelada à pele e à parte branca dos olhos. Isso pode acontecer quando o tumor bloqueia o ducto biliar e a bile do fígado não pode ser drenada para o intestino. A bilirrubina, substância química presente na bile pode se acumular no sangue e se depositar em diferentes partes do corpo, dando um tom amarelado à região. Alguns pacientes com câncer de vesícula biliar apresentam icterícia quando diagnosticados.
Nódulos no abdômen. Se o tumor bloquear o ducto biliar, a vesícula biliar pode inchar se tornando maior que o normal. O câncer de vesícula biliar também pode se disseminar para partes próximas do fígado. O que pode ser sentida pelo médico durante o exame físico como nódulos no lado direito do abdome. Eles também podem ser diagnosticados por exames de imagem, como o ultrassom.
Outros sintomas
Outros sintomas menos comuns incluem:
Perda de apetite.
Perda de peso.
Inchaço abdominal.
Febre.
Prurido intenso
Fezes claras.
Urina escura
Todos esses sinais e sintomas também podem ser causados por outras patologias diferentes do câncer de vesícula biliar. Portanto, caso apresente qualquer sintoma consulte seu médico imediatamente para que a causa possa ser diagnosticada e tratada, se necessário.
Fatores de risco: cálculo biliar, vesícula em porcelana, mulher, obesidade, idoso, cistos no colédoco, anomalias no ducto biliar, pólipos na vesícula, colangite esclerosante primário, tifoide, história familiar. Micro: carcinoma in situ, adenocarcinoma, carcinoma papilífero, adenocarcinoma tipo intestinal, carcinoma mucinoso, carcinoma de células claras, carcinoma em anel de sinete, carcinoma adenoescamoso. Macro: aspecto peduncular, protrusão de base ou parede espessada, superfície pode ser nodular ou irregular O câncer de vesícula biliar, na maioria dos casos, é diagnosticado em estágios avançados e leva prognostico muito reservado. A incidência do câncer de vesícula biliar aumenta com a idade e em ambos os sexos, e atinge o ápice na sétima década, com uma relação masculino/feminino de 1:2 a 1:3.
Câncer gástrico – epidemiologia, causas, locais, morfologia, macro, microscopia (TNM) e consequências. *
O câncer de estômago também é chamado de câncer gástrico. O tipo adenocarcinoma é responsável por cerca de 95% dos casos de tumor do estômago. 
Outros tipos de tumores, como linfomas e sarcomas, também podem ocorrer no estômago. Os linfomas são diagnosticados em cerca de 3% dos casos. Sarcomas são tumores raros, iniciados nos tecidos que dão origem a músculos, ossos e cartilagens. Um tipo que pode afetar o estômago é o tumor estromal gastrointestinal, mais conhecido como GIST. 
O adenocarcinoma de estômago atinge, em sua maioria, homens por volta dos 60-70 anos. Cerca de 65% dos pacientes têm mais de 50 anos. 
No Brasil, o câncer de estômago é o terceiro tipo mais frequente entre homens e o quinto entre as mulheres.
O que aumenta o risco?
Excesso de peso e obesidade
Consumo de álcool
Consumo excessivo de sal, alimentos salgados ou conservados no sal
Tabagismo
Ingestão de água proveniente de poços com alta concentração de nitrato
Doenças pré-existentes, como anemia perniciosa, lesões pré-cancerosas (como gastrite atrófica e metaplasia intestinal) e infecções pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori)
Combinação de tabagismo com bebidas alcoólicas ou com cirurgia anterior do estômago
Exposição ocupacional à radiação ionizante, como raios X e gama, em indústrias ou em instituições médicas
Exposição de trabalhadores rurais a uma série de compostos químicos, em especial agrotóxicos
Exposição ocupacional, na produção da borracha, a vários compostos químicos, muitos classificados como reconhecidamente cancerígenos, como benzeno, óleos minerais, produtos de alcatrão de hulha, compostos de zinco e uma série de pigmentos
Ter parentes de primeiro grau com câncer de estômago
O câncer de estomago ou câncer gástrico, pode-se apresentar na forma de três tipos histológicos: adenocarcinoa (cerca de 95% dos casos), linfoma e leiomiossarcoma. Mundialmente, apresenta-se como a quarta neoplasia maligna mais comum, sendo a segunda causa de morte por câncer.
Os adenocarcinomas gástricos são classificados de acordo com sua localização no estomago, morfologia macroscópica e histologia. A classificação de Lauren separa cânceres gástricos em tipo intestinal e tipo difuso. Os cânceres de tipo intestinal tendem a ser volumosos, com bordas elevadas, exofíticoe mais próximo do corpo. Já os cânceres de tipo difuso exibem um padrão de crescimento infiltrativo e são compostos por células desconexas com vacúolos grandes de mucina que ampliam o citoplasma e empurram o núcleo para a periferia, criando uma morfologia de célula de anel em sinete.
Doenças do pâncreas e do fígado – descrevam sobre Pancreatites e hepatites e também do câncer (Etiologia, epidemiologia, morfologia, macro, microscopia e consequências). *
PÂNCREAS
> ANOMALIAS CONGÊNITAS:
• Agenesia (rara e incompatível com vida)
• Divisum - dividido por trave fibrosa, ductos ou outras alterações que o torne dividido.
• Anular - ao invés de girar e passar por traz do intestino, ele fica na frente, e pode gerar estenose.
• Ectópico: nascer em outros locais
PROF. FIORITA 
- estômago e duodeno
- jejuno; íleo
- divertículo de meckel
> ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS:
• Pancreatite: pode ter manifestações clínicas que variam desde autolimitada e leve até processo destrutivo de forma aguda com perigo de vida
> PANCREATITE AGUDA:
> PANCREATITE CRÔNICA: presença de destruição IRREVERSÍVEL de parênquima pancreático
exócrino
✤PANCREATITE GUDA: necrose e hemorragia
> Órgão pode voltar ao normal – REVERSÍVEL -, se a causa da inflamação for retirada.
> Relativamente comum, sendo a incidência anual nos países industrializados de 10-
20/100.000 pessoas.
> Cerca de 80% casos são atribuíveis a doenças do trato biliar ou alcoolismo.
> Proporção de homem pra mulher:
- 1:3 – doenças das vias biliares (** inverso da vesícula, é mais frequente por doenças das vias biliares em mulheres, diferente dos tumores que por vias biliares é mais comum em homens)
- 6:1 - alcoolismo
> Outras causas: obstrução sistema de ductos pancreáticos; Medicações; Infecções; Distúrbios metabólicos; Lesões isquêmicas por choque, trombose vascular, embolia pulmonar e vasculite; Trauma; Alterações herdadas nos genes que codificam enzimas pancreáticas e seus inibidores.
** Suco pancreático contém enzimas proteolíticas – e onde houver tecido adiposo, proteínas e carboidratos haverá quebra.
> MORFOLOGIA:
- Varia de inflamação e edema trivial a necrose extensa e hemorragia
- A tripsina, é uma enzima que, dentro dos ácinos pancreáticos é inativa, e só é ativada fora, ou seja, no intestino delgado.
Mas, esse processo inflamatório – pancreatite - a ativa dentro do pâncreas, e com isso, ela ativa outras, Lipases e Elastases, – que levam a:
➠ Processos inflamatórios
➠ Edemas (extravasamento microvascular)
➠ Destruição de vasos – hemorragia – e destruição proteolítica de parênquima pancreático - Pela Elastase
➠ Necrose gordurosa (Lipase)
- Nas formas mais LEVES: as alterações histológicas, são: edema intersticial e áreas focais de necrose de gordura no pâncreas e substâncias peripancreáticas (características de chama de vela).
- Necrose de gordura resulta da destruição enzimática de células de gordura; os ácidos graxos liberados combinam com cálcio e formam sais insolúveis que precipitam no local.
- Nas formas mais GRAVES: = Pancreatite necrosante aguda;
~ Necrose tecido pancreático afeta ácinos e ductos e as ilhotas de Langerhans;
~ Danos vasculares - hemorragia para parênquima pancreático
~ MACROSCOPIA: pâncreas com hemorragia rubro-negro intercaladas com focos de necrose gordurosa (amarelo esbranquiçado)
~ Necrose gordurosa pode ocorrer na gordura extra-pancreática > omento, mesentério intestinal, subcutâneo.
~ Maioria dos casos, peritônio possui líquido seroso, ligeriramente, turvo com glóbulos de gordura derivados do tecido adiposo enzimaticamente digerido
** Na forma mais grave, pancreatite hemorrágica, necrose extensa do parênquima é acompanhada por hemorragia difusa.
> PATOGENIA:
➠ Autodigestão do parênquima pancreático por enzimas pancreáticas ativadas inapropriadamente - ativação da tripsina é um evento ativador crítico que vai levar a ativação das outras enzimas.
➠ 3 vias podem incitar ativação enzimática:
➼ Obstruções ductos - Colelitíase; Obstrução da ampola; Alcoolismo crônico;
Concreções ductais
** edema intersticial - fluxo sanguíneo deficiente - isquemia - Lesão de células acinares
➼ Lesão das células acinares - Álcool; Drogas; Trauma; Isquemia; Vírus
** Liberação intracelular de pro-enzimas e hidrolases lisossomais - Ativação de enzimas intra ou extracelular - Lesão de células acinares
➼ Transporte intracelular defeituoso de pro enzimas nas células acinares – Lesão metabólica; Álcool; Obstrução ductal
** Liberação de pro-enzimas no comportimento dos lissosomos – Ativação intracelular de enzimas que levam à destruição do parênquima - Lesão de células acinares
> ASPECTOS CLÍNICOS:
➠ Dor abdominal em faixa
➠ Laboratório: aumento de amilase e lipase
➠ 80% é moderada e auto limitante
➠ 20% desenvolvem quadro severo da doença
** A pancreatite aguda plenamente desenvolvida constitui uma emergência médica de 1ª magnitude - Devido ao risco das enzimas caírem na cavidade e destruírem vasos gerando hemorragia;
> CONSEQUÊNCIAS:
ADRIANE SOUZA DO NASCIMENTO - T39
➠ Pode evoluir para Pseudocistos pancreáticos: sequela comum, comum, em particular da alcoólica.
➠ Área liquefeitas do tecido pancreáico necrosado ficam cercados por tecido fibroso e formam espaços císticos sem revestimento epitelial interno
➠ Cerca de 75% de todos os cistos pancreáticos são pseudocistos (Sem revestimento epitelial)
➠ Geralmente, solitários
➠ Variam de 2-30cm de diâmetro
➠ Formam cercando áreas de esteatonecrose hemorrágica e são tipicamente compostos por debris necrosados cercados por paredes fibrosas de tecido de granulação sem revestimento epitelial interno
✤ PANCREATITE CRÔNICA:
> Inflamação de longa data, onde tem FIBROSE (e não necrose e hemorragia como na aguda) com destruição da parte exócrina, e nos estágios finais, o parênquima endócrino também se perde.
> Pode resultar de episódios de pancreatite aguda recorrente, mas a principal distinção entre elas é a perda definitiva da função na última.
> Prevalência 0,04-5%.
> Causa mais comum é pelo alcoolismo crônico - Homens de meia-idade.
> MORFOLOGIA
➠ Fibrose do parênquima, com redução do nº e tamanho de ácinos; com dilatação variável dos ductos pancreáticos - vai ficando mais rígido, e perde tonalidade rosa avermelhada e passa a ser mais acinzentado.
** Pode apresentar calcificação distrófica
➠ Preservação relativa das ilhotas de Langerhans; Perda de ácinos é característica constante, geralmente, com um infiltrado inflamatório crônico em torno lóbulos e ductos restantes.
➠ As ilhotas de Langerhans restantes podem se tornam incorporadas e fundidas no tecido esclerosado e parecem alargadas, eventualmente, desaparecem.
➠ Epitélio ductal pode ser atrofiado, hiperplasiado ou exibir metaplasia escamosa e podem ocorrer concreções ductais.
➠ MACROSCOPIA: glândula é grosseira às vezes com ductos extremamente dilatados e concreções calcificadas visíveis.
> CLÍNICA
➠ Surtos repetidos de icterícia transitória
➠ Indigestão
➠ Dores abdominais e dorsal persistentes ou recorrentes
➠ Podem surgir silenciosamente até causa insuficiência exócrina, quando apresenta sintomatologia, má absorção crônica ou DM; Em alguns pacientes a dor crônica severa pode dominar o quadro.
➠ Os pseudocistos pancreáticos se desenvolvem em cerca de 10% pacientes.
➠ As pessoas que possuem Pancreatite Hereditária tem 40% de chances de desenvolver CA pancreático.
** processos inflamatórios crônicos podem levar a CA!
> NEOPLASIAS:
• CÍSTICAS:
> Cistoadenomas serosos (epitélio com citoplasma mais eosinofílico)
** MICROSCOPIA: vários cistos com epitélio bem delicado, núcleos acompanham camada basal enfileirados.
> Neoplasias císticas mucinosas – epitélio mais claro - (benignas, Bordeline, Malignas);
** Cistoadenoma mucinoso – epitélio alto com citoplasma mais claro; núcleos acompanhando enfileirados; MICROSCOPIA: cistos com material gelatinoso/mucinoso
> Neoplasias mucinosas papilares intraductais – melhor prognóstico
** não há invasão, ainda está dentro do ducto; MICROSCOPIA: há células mioepiteliais, e sua presença diz que não é invasor.
• CARCINOMA PANCREÁTICO:
> Doençagenética que surge como consequência de mutações hereditárias e adquiridas em genes associados ao CA.
> Geralmente, devido ao acúmulo progressivo de alterações genéticas no epitélio pancreático.
> Lesões antecedentes são chamadas de “neoplasias intraepiteliais pancreáticas” = PanINs
> Alterações moleculares mais comuns na carcinogênese pancreática, afetam: K-RAS, p16, SMAD4 e p53.
> Principalmente em idosos (80% entre 60-80a)
> Mais comum em negros
> Mais forte influência ambiental = Tabagismo – duplica risco
> Pancreatite crônica e DM são associadas a risco maior de CA pâncreas
> PATOGÊNESE:
- Fases iniciais: ocorre encurtamento dos telômeros e mutações do oncogene K-RAS
- Fases intermediária: ocorre inativação do gene supressor de tumor p16
- Fases finais: inativação de genes supressores de tumor p53, SMAD4 e BRCA2
> CARCINOGÊNESE:
> MORFOLOGIA:
- MACROSCOPIA: massas branco-acinzentado, mal delimitado, duro e espiculadas.
- Maioria dos carcinomas ductais são Adenocarcinomas: altamente invasivos; Acentuada desmoplasia (grandes fibroses)
** Adenocarcinoma é o mais comum e são glândulas infiltrativas em tecidos conjuntivos ou adjacentes, massas endurecidas, pode ser associada a hemorragia.
> CLÍNICA:
- Geralmente, silenciosos até sua extensão atingir outras estruturas
- 1º sintoma é geralmente dor, mas, nessa altura, esses CA já não possuem cura.
- Maioria dos carcinomas da cabeça do pâncreas obstrui ducto biliar comum distal com distensão acentuada da árvore biliar - icterícia
- Em contraste, carcinomas do corpo e cauda não interferem com via biliar, e ficam silenciosos por bastante tempo.
- Perda peso, anorexia, mal-estar generalizado e fraqueza são manifestações da doença avançada.
FÍGADO
✤CIRROSE HEPÁTICA
• Processo inflamatório crônico, na última edição viu-se que pode ser reversível; A principal causa é alcoolismo, mas pode ser viral também.
** pessoas que retiram álcool por 1 ano e imunomoduladores, o fígado é capaz de se regenerar.
• Nódulos parenquimatosos (pseudonódulos – novas figuras geométricas construídas) criados por regeneração dos hepatócitos mortos, e são circundados por septos de tecido conjuntivo fibroso e são colocados em ponte, na forma de faixas delicadas ou cicatrizes grosseiras que substituem múltiplos lóbulos adjacentes.
> Hepatócitos ficam em posição raiada (lembram raio de sol), são células estáveis, onde alguns se dividem por mitose (os mortos são substituídos por células vizinhas) e por não mitose (os mortos são substituídos por septos fibrosos construídos de forma anômala - se não retira causa, eles formam pseudolóbulos)
> Fibrose em ponte: ocorre principalmente entre veia centro lobular e espaço porta, ou, espaço porta – espaço porta
> Circulação sanguínea: no sentido espaço porta - veia centro lobular
Circulação biliar: hepatócito - ducto biliar
** processo crônico que forma traves, demostra que as duas circulações estão comprometidas - isquemia, e produtos (albumina, bile, etc) não conseguem ser produzida.
> Leva ruptura arquitetura fígado
• A lesão parenquimatosa e a fibrose são difusas por todo fígado
• Nodularidade é pré-requisito para diagnóstico
• Fibrose pode ser reversível
• Arquitetura vascular é reorganizada (interconexões anormais) – proliferação vascular
> CLASSIFICAÇÃO
• MORFOLÓGICA
> Micronodular: geralmente < 3mm
> Macronodular: > 3mm
> Mista
• ETIOLÓGICO
> Alcoólica (Laennec) - leva a Esteatose hepática (fígado gorduroso – reversível se retirada causa); Pode levar inflamação aguda (Hepatite) e evoluir para crônica (Cirrose), e até mesmo a necrose.
** Não há certeza de qual dose pode levar a cirrose, depende da pré-disposição e do uso prolongado.
** Corpúsculos de Mallory são degenerações proteicas que ocorrem por exposição intensa.
** Pode evoluir de esteatose devido a exposição intensa para uma Necrose (lesão irreversível), mas para voltar ao normal é um pouco mais difícil, e pode ser que na abstinência volte.
Pós necrótica
Biliar (primária e secundária)
Hemocromatose
Associada doença de Wilson
Sífilis
Esquistossomose
Associada à deficiência de Alfa-1-Antitripsina
CLÍNICA
• Degeneração Hidrópica - Degeneração Lipídica – Esteatose - Degeneração Proteica
• Devido aos pseudonodulos que impedem a circulação sanguínea, há Hiperemia Passiva (acúmulo sangue no espaço porta - hipertensão portal)
• Hipertensão porta: processo de congestão
 Ascite - aumento da pressão hidrostática
 Esplenomegalia – veia retrógada comprometida/congesta pela hiperemia passiva
 Varizes esofageanas – veias retrógadas congestadas
 Circulação colateral – veias superficiais da parede abdominal formam ao redor da cicatriz umbilical a Cabeça de Medusa
• Insuficiência hepática: fígado perdendo suas funções de produção de proteína, que diminui pressão oncótica, e piora ascite, pois acaba levando aumento da pressão hidrostática
 Eliminação de proteínas de fase aguda
 Coma hepático – BI se acumula nos núcleos da base podendo levar ao coma
 Icterícia – BI, não é conjugada no fígado e acumula.
 Alterações de coagulação – fatores de coagulação localizados no fígado
 Alterações hormonais
ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS:
• HEPATITES:
TÓXICAS: Hepatotoxidade direta (medicação, pesticidas, e outros) e Hipersensibilidade
DOENÇAS AUTOIMUNES: Lúpus
INFECCIOSOS: Tuberculose, malária, salmoneloses, virais, etc
SÍNDROMES CLINICOPATOLÓGICAS:
• ESTADO PORTADOR: sem doença clinicamente evidente, ou, com hepatite crônica
• INFECÇÃO ASSINTOMÁTICA: apenas evidências sorológicas, sem quadro clínico aparente
• HEPATITE AGUDA: anictérica ou ictérica – acúmulo ou não de BI
• HEPATITE CRÔNICA: sem ou com progressão para cirrose
• HEPATITE FULMINANTE: necrose submaçica ou maciça
✤ VÍRUS DA HEPATITE A:
• Transmitido oral-fecal
• Epidêmica
• Maioria RNA enterovírus
• Mais benigna
• Viremia transitória
• Cura na maioria das vezes e não cronifica
• Há hepatite fulminante
✤VÍRUS DA HEPATITE B:
• Transmitido parenteral e contato íntimo
• Vírus DNA
• Maioria cura, e pouco cronifica - poucos evoluem para cirrose e carcinoma hepatocelular (mais comum de ocorrer é na b)
• Vírus intacto = Dane
Possui envoltório (Antígeno de superfície HBsAg)
** representa que ainda está na superfície, ou seja, infecção aguda
Núcleo (Antígeno de núcleo HBcAg; e Antígeno e-replicante HBeAg); DNA viral; DNA polimerase
** o HBcAg representa já uma cronificação;
** HBeAg representa que já está em replicação no sangue
• EVOLUÇÕES:
• FASE PROLIFERATIVA
DNA do HBV na forma epissômica (inativa no citoplasma)
Vírions completos e antígenos presentes
Expressão superfície celular HBsAg e HBcAg virais em associação com moléculas da classe I do complexo principal de histocompatidbilidade - ativação dos linfócitos TCD+ citotóxicos
Destruição dos hepatócitos pelo próprio sistema imune - fase de resposta imune mais eficaz.
• FASE INTEGRATIVA
DNA incorporado ao genoma do hospedeiro nos hepatócitos não foram destruídos pela resposta imune na 1ª fase, ou seja, àquelas células que não se dividem por mitose, pois são mais especializadas, então incorporam nela.
Cessa replicação viral e há aparecimento de anticorpos antivirais
Cessa infecciosidade e lesão hepática remite
Persiste risco de CA hepatocelular (mais comum casos pelo HBV, mas a chance de se ter
cronificação é pelo HCV)
• SOROLOGIA
Na maioria dos casos, aparecimento anti-HBs garante recuperação total  DNA viral desaparece do núcleo do hepatócito
Quanto maior quantidade Anti-HBs, menor quantidade de DNA
10% de casos ausência de anti-HBs
Hepatite crônica ativa
Genoma viral pode persistir no núcleo, mas não ser integrado ao DNA do hospedeiro – principalmente na fase de replicação.
DNA não replicativo integrado: Desaparecimento do HBeAg do sangue; Portadores assintomáticos; Fragmentos do genoma do HBV estão integrados ao DNA do hospedeiro, mas DNA epissomal está ausente.
✤ VÍRUS DA HEPATITE C:
• Vírus RNA
• Maioria dos casos cronificam
• 50% pacientes com CA fígado tem positivo para HCV (vírus hepatite c)
• Transmissão hematogênica (transfusão) e sexual (rara)
✤ VÍRUS DA HEPATITE D:
• Vírus RNA
• Necessita do vírusB para desenvolver (Co-infecção)  essa associação agrava o quadro
• Transmissão parenteral e contato íntimo
• CO-INFECÇÃO
• SUPERINFECÇÃO:
✤ VÍRUS DA HEPATITE E:
• Vírus RNA
• Mais benigno
• Não cronificam, mas em mulheres grávidas pode levar 20% óbitos
• Transmissão fecal-oral, enterovírus.
✤VÍRUS DA HEPATITE G:
• Vírus RNA
• Clone há hep. C, mas menos grave
• Transmissão parenteral
✤VÍRUS DA HEPATITE F:
• Vírus DNA
• Transmissão fecal-oral
• Existe (?) – ainda está sendo estudado!
MORFOLOGIA DA HEPATITE AGUDA E CRÔNICA:
• HEPATITE AGUDA:
Degeneração em balão – hidrópica
Desorganização das colunas de hepatócitos – as colunas/raiadas fica distorcida
Morte celular: lise e apoptose
Hipertrofia e hiperplasia das células de Kupffer (macrófagos do fígado)
Células inflamatórias em paços portais
Colestase inconstante – acúmulo de bile nos hepatócitos
Esteatose incomum (*exceto Hepatite C - HCV)
** coluna de hepatócitos torta e desorganizada (laranja mais escuro)
** em amarelo – esteatose - acúmulo de gordura
** Necrose periportal – leucócitos invadindo locais que tinham hepatócitos
• HEPATITE CRÔNICA:
Extremamente leves a grave
Inflamação em espaços portais
Agregados linfoides em Hepatite C (HCV)
Necrose de interface – leucócitos começam substituir/destruir hepatócitos que estavam no espaço porta
Fibrose periportal substituindo onde houve necrose em ponte é lobular: porta-porta e porta-veia centro lobular
Pode evoluir para cirrose
Células em vidro fosco na Hepatite B (HBV)
NEOPLASIAS E DISTÚRBIOS TUMORAIS:
• BENIGNOS
Hemangiomas cavernoso
Hiperplasia nodulares
Adenomas
• MALIGNOS
Primários - tendem a ser mais infiltrativos
Secundários ou metastáticos – mais comum de ocorrer tumores secundários no fígado.
Hepatoblastoma – compromete células hepáticas
Angiossarcomas
Carcinoma primário do fígado – Hepatocarcinoma
- EPIDEMIOLOGIA e PATOGENIA: Sexo masculino; Infecção HBV; Aflotoxinas (alimentos contaminados, como amendoim); Cirrose (HCV, alcoólica, hemocromatose);
** Colangiocarcinoma – Thorotrast (Dióxido de Tório radioativo – contraste para angiografia cerebral até 1928, na Alemanha)
** Oisthorchis viverrini – Clonorchis sinensis – linguado chinês, peixe cru
• MORFOLOGIA – 1h06
Macroscopia: Massa unifocal; Nódulos multifocais; Difusamente infiltrativo
Microscopia: Hepatocarcinoma e Colangiocarcinoma - células epiteliais – tipos de adenocarcinoma
• TUMORES METASTÁTICOS
Mama; Pulmão e Cólon - fígado é frequente tem tumores secundários, ou seja, local de passagem de neoplasias, metástases
Múltiplos implantes nodulares
Patologia do SNC - descreva sobre as alterações congênitas, inflamatórias e neoplasias (Etiologia, epidemiologia, morfologia, macro, microscopia e consequências). *
O cérebro e a medula espinhal formam o Sistema Nervoso Central (SNC). Os tumores do SNC devem-se ao crescimento de células anormais nos tecidos dessas localizações. O câncer do SNC representa de 1,4 a 1,8% de todos tumores malignos no mundo. Cerca de 88% dos tumores de SNC são no cérebro.
Dentre as principais malformações congênitas do sistema nervoso encontrou-se a hidrocefalia congênita (32,5%), anencefalia e malformações similares (25,9%), outras malformações congênitas do cérebro (17,2%), e a microcefalia (6,4%). A sobrevida dessas crianças no primeiro ano de vida foi 10,2%. Existem fortes evidências na literatura que a inflamação no SNC está envolvida na patogênese de doenças neurodegenerativas agudas e crônicas, incluindo doenças de Parkinson, Alzheimer, esclerose lateral amiotrófica, trauma do cérebro e medula espinhal e acidente vascular encefálico. O cérebro e a medula espinhal formam o Sistema Nervoso Central (SNC). Os tumores do SNC devem-se ao crescimento de células anormais nos tecidos dessas localizações. O câncer do SNC representa de 1,4 a 1,8% de todos tumores malignos no mundo. Cerca de 88% dos tumores de SNC são no cérebro.
As causas de tumores do SNC ainda são alvo de muitos estudos. Entende-se atualmente que essa doença é multifatorial, ou seja, ela é causada pelo somatório de várias alterações genéticas. Algumas dessas alterações são adquiridas durante a vida, por predisposição ou por exposição. Outras são hereditárias e estão presentes em algumas síndromes familiares associadas com tumores do SNC, como a neurofibromatose.
Os fatores que conhecidamente aumentam o risco são:
Exposição a radiação ionizante - por exemplo, profissionais que lidam com raios-X, pessoas que se submetem à radioterapia ou a exames excessivos com radiação (tomografia).
Deficiência do sistema imunológico - seja ela causada pelo vírus HIV ou pelo uso de medicamentos ou drogas que suprimem o sistema imunológico.
Muitos outros possíveis fatores de risco para o desenvolvimento desses tumores já foram estudados, mas até hoje não se confirmou sua relação com a doença. Entre eles: traumatismos na região da cabeça, várias substâncias químicas (entre elas alguns derivados do petróleo), consumo de aspartame (tipo de adoçante artificial).
Alguns estudos tentaram relacionar a exposição excessiva ao celular (radiofrequência) e transformadores/cabos de alta tensão (ondas eletromagnéticas) com um possível aumento de risco de tumores do SNC, mas até agora nada ficou estabelecido.
As causas ambientais e ocupacionais relacionadas ao maior risco de tumores do SNC são:
Radiação (raios-x e gama): aumento do risco para gliomas como consequência do tratamento de radioterapia para tumores primários
Exposição a arsênico, chumbo, mercúrio, óleo mineral e HPA
Trabalhar na indústria petroquímica (combustíveis), nas indústrias da borracha, plástico, gráfica, papel, têxtil e de agrotóxicos; refinaria, usina nuclear, produção e reparo de veículos a motor, na prestação de serviços elétricos e de telefonia e na agricultura (devido ao contato com agrotóxicos, solventes, diesel, poeiras, dentre outros)
Campos magnéticos de muita baixa frequência (<3 mG) parecem estar ligados a glioblastomas em homens, mas não nas mulheres
Estudos apontam fortes evidências da relação do excesso de gordura corporal com o aumento do risco para o desenvolvimento de meningioma.
Dor de cabeça com alarmes - Não é qualquer dor de cabeça comum que levanta a suspeita de tumores do SNC, apenas quando ela apresenta algum alarme. Esses alarmes são: surgimento de uma dor de cabeça nova (para quem nunca sente esse tipo de dor), mudança do tipo de dor de cabeça, piora da intensidade (quando ela fica mais forte com o passar do tempo), aumento da frequência (quando a dor aparece mais vezes), ou quando a dor é fixa (toda vez ela aparece no mesmo lugar).
Epilepsia ou outras crises convulsivas - principalmente quando o paciente apresenta a crise pela primeira vez, ou não tinha recebido o diagnóstico de epilepsia antes.
Perda de funções neurológicas - que são chamados de déficits focais - quando há perda de força ou do tato nos membros; de visão ou de audição; alterações da fala ou da capacidade intelectual (compreensão, raciocínio, escrita, cálculo, reconhecimento de pessoas); ou de comportamento (apatia, agitação ou agressividade) em relação ao padrão normal da pessoa. O surgimento de uma ou mais dessas alterações deve ser sempre relatada ao médico.
Patologia das glândulas Adrenal e tireoide - descreva sobre as doenças inflamatórias mais comuns e do câncer (Etiologia, epidemiologia, morfologia, macro, microscopia e consequências). *
• Aspecto de gravata em borboleta localizada na região anterior cervical abaixo da cartilagem tireoide. Possui 2 lobos, um a direita e outro esquerda, unidos por região central, ístimo.
Nos ápices dos lobos há 4 glândulas, as paratireoides.
• A porção anterior é constituída por tecido epitelial e a posterior é tecido nervoso.
• Folículo tireoidiano é constituído pelas células principais ou foliculares – produção hormônios tireoidianos - e pela célula C ou parafoliculares (no tecido conjuntivo frouxo) – produzem Calcitonina
• O hipotálamo possui TRH que controla a produção de TSH pela Hipófise Anterior (adenohipófise), esse hormônio é tireoestimulante, e eleatua na Tireoide para produção de T3 e T4 por meio da Tireoglobulina (atua metabolização glicose na célula  insulina coloca glicose pra dentro, enquanto que a tireoide metaboliza)
• A Tireoglobulina (base para formação de T3 e T4 – quando necessita desses hormônios ela é captada pelos tirócitos e digerida nos lisossomos; assim há liberação dos hormônios) é glicoproteína produzida para armazenar T3 e T4 dentro do folículo, e a célula C secreta Calcitonina (tira cálcio do sangue para entrar no osso, ou seja, hipocalcemiante –, sendo um efeito inverso das paratreoides – PTH que pega o cálcio do osso e coloca no sangue), que não é hormônio tireoidiano, embora seja produzida pela tireoide.
** Tireoide é uma Glândula Endócrina Vesicular: a parte endócrina representa o produto que vai para dentro de vasos sanguíneos que ficam ao redor dos folículos; A parte vesicular representa as vesículas que são esses folículos, onde são armazenados os T3 e T4.
** HiperPTH causa Osteomalasea (perda de cálcio do osso pro sangue), e possível osteoporose
> ESTADO HIPERFUNCIONANTE:
** hormônios tireoidianos funcionam de maneira exagerada e o metabolismo basal fica acelerado, e fazem com que a glicose seja metabolizada na célula
• Agitação, nervosismo; Taquicardia
• Músculos fracos e atróficos, osteoporose - consome proteínas
• Aumento apetite, perda peso
• Exoftalmia - diminui rima palpebral, com isso, os olhos são projetados por enfraquecimento da musculatura da pálpebra
• Pele fina e quente, onicolise (quebra unha)
• Oligomenorreia, ginecomastia
• CAUSAS Tireotoxicose:
** Tireoidites; Struma ovarii (Teratoma com fragmentos de tireoide, ou seja, produtor de hormônio); Ingestão Tiroxina exógena - causas que acabam levando há aumento hormonal extra tireoide.
> ESTADO HIPOFUNCIONANTE: comum em mulheres > 40ª.
• CAUSAS:
> Tireoidite de Hashimoto
> Ablação cirúrgica
> Após terapêutica com iodo radioativo
> Radioterapia nos tumores cervicais
> Deficiência de iodo
> Drogas: Propiltiouracil; Lítio; outros
> Hipopituituarismo (doenças hipófise) ou doença hipotalâmica
• MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
> Se for congênito = cretinismo
> Quando em crianças mais velhas e adultos = Mixedema - apatia generalizada e lentidão mental; Intolerância ao frio e muitas vezes obesidade; Constipação e Hipercolesterolemia.
✤ BÓCIO - resultado da deficiência da produção hormônio tireoidiano, que causa feedback e isso aumenta a secreção de TSH pela hipófise, resultando em hiperplasia tireoide - A hiperplasia corrige a deficiência e mantem estado eutireoideo a expensas do aumento da glândula.
 ** Pode causar constrições locais, como laringe – causar dispneia -, esôfago, e etc.
> BÓCIO NÃO TÓXICOS (EUTIROIDES):
• Classificação: multinodulares, nódulo único, nódulo recorrente ou difuso.
• Aumento da glândula sem aumento do produto
• CAUSAS:
- FISIOLÓGICAS: puberdade, gravidez, menopausa
- ENDÊMICAS: dieta pobre iodo
- DEFICIÊNCIA SECUNDÁRIA DE IODO: nabo, couve, soja – interfere com síntese de tiroxina;
Drogas (Lítio, antitireoidianas, etc) – competem com iodo fazendo que aja aumento da glândula.
- GENÉTICAS: autossômica recessiva – incapacidade concentrar iodo na glândula.
> BÓCIO TÓXICOS (Doença de Graves):
• Causa mais comum de hipertireoidismo endógeno
• Incidência maior sexo feminino e na 3-4ª década de vida.
• Características: Tireotoxicose (aumento hormônios); Oftalmopatia infiltrativa (exoftalmia);
Dermopatia infiltrativa (processo inflamatório que leva secreção de suor quente)
• PATOGENIA: autoimune por ativação de células epiteliais da tireoide por auto anticorpos para o receptor de TSH que imitam TSH, ou seja, há produção de auto anticorpos que agem como TSH.
• MORFOLOGIA:
- Tiroide com hipertrofia e hiperplasia (aumento produção células) difusa dos folículos e infiltrados linfoides;
- Deposição de glicosaminoglicanos e infiltrados linfoides caracterizam a oftalmopatia e dermatopatia infiltrativa e mixedema pré-tibial.
• MACROSCOPIA:
- Aumento de 2-3X de tamanho, simetricamente;
- Cápsula lisa
- Superfície de corte é avermelhada e carnosa de consistência firme
- Não exibe brilho normal da glândula porque possui pouco coloide – hormônio que fica armazenado nas vesículas tireoidianas.
• MICROSCOPIA:
- Folículos com tamanhos variados, geralmente, pequenos e revestidos por epitélio colunar alto, com núcleo grande e vesiculoso;
- Epitélio exibe invaginações papilares intraluminares.
- Estroma ricamente vascularizado e infiltrado por linfócitos que pode formar acúmulos, formando nódulos linfoides.
 ** Áreas esbranquiçadas = pouco coloides;
> TIREOIDITE HASHIMOTO
• Principal causa de hipotireoidismo; é autoimune caracterizada pela destruição progressiva do parênquima da tireoide, a ponto dele chegar a não produzir mais T3 e T4
• Mecanismos que contribuem para doença:
- Citotoxicidade mediada por células T CD8+;
- Citocinas (IFN-y)
- Anticorpos antitireoidianos (Anti-TPO: indica que com tempo desenvolverá hipo, pois irá destruir células foliculares, e os hormônios irão reduzir – já pode diagnosticar, pois com tempo irá desenvolver a doença, ou seja, é progressivo - VR até 5)
• MORFOLOGIA:
> MACROSCOPIA:
- Início (aumento difuso, borrachoso, grosseiramente nodular)
- Estágios mais adiantados (glândula menor, finalmente atrófica)
> MICROSCOPIA:
- Destruição folículos tiroidianos, associado a infiltrado de linfócitos na glândula
- Grandes folículos linfoides estão presentes com centros germinativos exuberantes;
- Presença de Metaplasia Oncocítica (Células de Hürthle), associada à fibrose [célula epitelial é cúbica, mas quando a célula que sofre processo inflamatório muda e se torna de Hürthle com citoplasma mais eosinofílico cheio de reticulo endoplasmático rugoso com produção de proteínas, ou seja, células apócrinas decapitadas, e ocorrem pela inflamação crônica foliculares, ou seja, célula normal que está em ambiente hostil, inflamação] .
** inflamação crônica pode levar mutação celular e NEOPLASIAS  Carcinoma Papilíferos é o mais comum, e mais tranquilo, com prognóstico bom, principalmente quanto mnor idade do paciente.
• Maior parte progride para hipotireoidismo
• Reposição hormonal necessária nos estágios avançados
• Cerca 5% desenvolvem Neoplasias malignas: Carcinoma Papilífero e Linfoma Maligno de células B.
> TIREOIDITE SUBAGUDA GRANULOMATODA (de Quervain)
• Doença auto-limitada, provavelmente, secundária a infecção viral
• Caracterizada por dor e presença de inflamação granulomatosa na tireoide ; Há tratamento e cura
> TIREOIDITE LINDOCÍTICA SUBAGUDA)
• Muitas vezes ocorre após gravides (pós-parto)
• Normalmente indolor; Caracterizada por inflamação linfocítica na tireoide
> NEOPLASIAS
• Maioria apresentam nódulos solitários, em geral, são mais susceptíveis de serem neoplásicos que os múltiplos.
• Em JOVENS são mais susceptíveis de serem neoplásicos que os encontrados em pacientes mais
VELHOS.
• Em HOMENS são mais susceptíveis de serem neoplásicos que os encontrados em MULHERES (mais processos inflamatórios)
• História de tratamento com radiação na cabeça e pescoço está associada a aumento da incidência de malignidade tireoidiana.
• Apenas 1% são neoplásicos
• Nódulos funcionais captam iodo radioativo em estudos de imagem (quentes) são mais susceptíveis a serem benignos.
• BENIGNOS (cistos, hiperplasias, adenoma) são diferentes de Adenoma NB.
• MALIGNOS:
> 1 CARCINOMA PAPILAR – melhor prognóstico – sobrevida 5 anos de 90%
- Mais comum; Afeta mulheres entre 15-40ª
- Geralmente dissemina por via linfática para linfonodos cervicais.
- MACROSCOPIA: lesões pequenas ou massas volumosas com aspectos infiltrativo local; raramente como nódulos circunscritos de tecido róseo brancacento; pode ocorrer degeneração cística com projeções papilares aderidas a parede.
- MICROSCOPIA: arranjo papilar celular; presença de núcleos claros (vidro fosco); presença de inclusões intranucleares causada por invaginações
> 2 CARCINOMA FOLICULAR
- 5-15% dos carcinomas
- Importante ver infiltração cápsula - punção não é boa nesse caso para ver cápsula
- Afeta mais mulheres, sendomais comum > 40a
- Dissemina por via sanguínea, pode gerar metástases para ossos e pulmões; Pode disseminar via linfática, mas é menos comum.
- MACROSCOPIA: nódulo circunscrito, indistinguível de adenoma ou como massa infiltrativa.
- MICROSCOPIA: folículos com tamanhos variados, revestidos por células epiteliais com graus diferentes de diferenciação; presença de invasão vascular, ou, infiltração capsular;
** núcleos com cromatina mais grosseira e salpicada.
- Sobrevida de 5 anos em 65%.
> 3 CARCINOMA ANAPLÁSICO – pior prognóstico
- Raro: 5%, ocorrem, principalmente, > 50a
- MACROSCOPIA: massa infiltrativa de cor branco acinzentado e firme, com áreas de hemorragia e necrose.
- MICROSCOPIA: células fusiformes, ou, gigantes, mostrando pleomorfismo e figuras de mitose.
- Extremamente malignos e crescem rapidamente e disseminam em grande extensão.
Assim, a morte ocorre dentro de um ano devido infiltração cervical.
> 4 CARCINOMA MEDULAR
- Pouco comum, originado das células C
- 90% lesões esporádicas e 10% familiares e fazem parte das Neoplasias Endócrinas Múltiplas (MEN II)
- MICROSCOPIA: células pequenas, fusiformes ou poligonais, dispostas em ninhos, cordões ou lençóis e o estroma contem amiloide.
- Calcitonina pode ser demonstrada nas células tumorais por imunohistoquímica
- Pode ter invasão local, disseminação linfática e sanguínea; Sobrevida 50%
** rosado = substância amiloide
> Outros tumores: Metastáticos (Rim, Mama, Ovário e Gastrointestinal); Linfoma (Células B);
Sarcoma (Angiossarcoma); Teratoma
• BENIGNOS:
> ADENOMA FOLICULAR
- Mais comum
- Ocorre em torno de 30% de todos casos de nódulos solitários
- Pode acometer qualquer idade; Incidência maior sexo feminino
- MACROSCOPIA:
~ Solitário, firme vermelho acinzentado, em torno de 5cm diâmetro
~ Hemorragia, fibrose, calcificação e degeneração cística pode estar presente
- MICROSCOPIA:
~ Folículos tamanhos variados ou agrupamentos sólidos de células epiteliais – células foliculares diferentes do tecido adjacentes.
~ Circundados por cápsula fibrosa completa, que comprime parênquima circunjacente;
~ Ausência de invasão da cápsula e vascular são critérios utilizados para diferenciar Adenoma de Carcinoma Folicular - Aspiração por agulha fina não diferencia (no carcinoma papilífero sim), pois não consegue ver invasão da cápsula, assim, somente a biópsia diferencia.
- Clinicamente, eutireoideos, raramente adenoma causa hipertireoidismo.
- Punção por agulha fina (PAF), geralmente, mostra esfregaço celular – citologia. Dizendo apenas se é neoplasia folicular
• PATOGENIA:
- Múltiplos caminhos genéticos envolvidos
- Algumas anomalias: PAX8-PPARy1 fusão (Carcinoma Folicular); Rearranjos cromossômicos envolvendo oncogene RET (CA papilares)
- Mutações RET (Carcinomas medulares)
Doenças inflamatórias intestinais – descrevam sobre Retocolite ulcerativa, Doença de Crohn e Doença diverticular (etiologia, riscos, morfologia, macro e microscopia). *
Epidemiologia: A RU e a DC compartilham a maioria das características epidemiológicas. Estas doenças são relativamente comuns em países industrializados e pouco frequentes nos países cujas condições sanitárias são precárias. Na América do Norte e na Europa, a incidência aproximada de cada condição é de 5 casos em cada 100.000 indivíduos, com prevalência combinada de aproximadamente 100 casos em cada 100.000 indivíduos. Estima-se que até 1,4 milhão de indivíduos vivendo nos Estados Unidos e 2,2 milhões de indivíduos vivendo na Europa sofrem destas doenças. Ambas as condições podem afetar indivíduos de qualquer idade, mas a manifestação inicial costuma ocorrer na 2ª ou 3ª década da vida. Picos de incidência secundários, bem menores, ocorrem na 6ª e 7ª décadas da vida. Homens e mulheres são igualmente afetados. Parece haver um gradiente “norte-sul”, com taxas de incidência maiores nas regiões climáticas do Norte (observando-se uma reversão no hemisfério sul). Aquilo que era tido como risco aumentado de doença em certas etnias está mais provavelmente relacionado ao estilo de vida e a fatores ambientais, conforme documentado em grupos antes considerados de baixo risco (p. ex., africanos, asiáticos), ao emigrarem para os países industrializados ou adotarem uma dieta e cultura ocidentais.
Etiologia: A causa das DII ainda precisa ser estabelecida. É provável que as DII apresentem múltiplas causas, envolvendo uma interação entre suscetibilidade geneticamente mediada, fatores ambientais e função imunológica aberrante. Estes distúrbios provavelmente constituem uma série de síndromes apresentando aspectos sobrepostos. Nenhum fator dietético foi identificado até agora, apesar das associações epidemiológicas com as dietas ocidentais. A extrapolação a partir de modelos de experimentação animal de DII sugere que a flora comensal (em vez da flora patogênica) é capaz de iniciar uma inflamação em indivíduos geneticamente suscetíveis, contudo nenhum agente infeccioso específico foi identificado como causativo de RU ou DC. Existem vários indícios significativos da etiologia das DII. O primeiro deles consiste no crescente reconhecimento de uma série de genes associados à EI, com pelo menos 30 genes relacionados às DII identificados até o momento. Tanto a RU como a DC são mais comuns em famílias que possuem um membro afetado. Uma vez identificado um probando, o risco de ocorrência da doença em um 2º membro da família é de aproximadamente 20% (ou de 40%, se o probando for uma criança). O risco é distribuído entre todas as famílias, com um risco individual estimado em 3 a 5% disseminado entre parentes de 1º, 2º e 3º graus. Se ambos os pais apresentarem DII, o risco de desenvolvimento da doença na prole do casal é de quase 50%. Existe uma concordância quanto ao tipo de doença (e subtipo, no caso da DC) junto às famílias, embora a RU ou a DC possam ser observadas. O risco de doença é maior entre gêmeos idênticos, com uma concordância de 20% para RU e de 60% para DC. Este grau de risco sugere a existência de uma causa poligênica, com maior penetrância na DC. A DC está associada à variação envolvendo 2 genes, NOD2 e ATG116L1, que afeta o processamento intracelular de componentes bacterianos. Em contraste, tanto a RU como a DC estão associadas à ocorrência de variações no gene codificador de uma subunidade do receptor da interleucina-23 (IL-23), entre outros loci envolvidos na sinalização celular e na inflamação. O 2º grupo de indícios etiológicos está relacionado às exposições ambientais e, em particular, ao tabagismo. Estudos de caso-controle conduzidos ao redor do mundo demonstraram que os fumantes são menos propensos ao desenvolvimento de RU e mais propensos a desenvolverem DC. Em contraste, os ex-fumantes tendem mais a desenvolver RU. O tabagismo também influencia o curso das DII. Indivíduos ex-fumantes com RU são propensos a desenvolverem uma doença refratária e a necessitar de cirurgia, quando comparados aos pacientes que jamais foram fumantes. O tabagismo também protege contra o desenvolvimento de colangite esclerosante primária (CEP) e contra o desenvolvimento de bolsite após a realização de colectomia e anastomoses ileoanais em pacientes com RU. Ao contrário, indivíduos fumantes que sofrem de DC são mais propensos a desenvolverem uma doença refratária às terapias médicas e que recorre mais rapidamente após a ressecção cirúrgica. Estes efeitos podem ser revertidos com o abandono do tabagismo. Ainda não foi estabelecido se a nicotina atua como fator primário nas associações entre tabagismo e RU e DC. Os fatores adicionais associados às DII incluem a apendectomia em indivíduos jovens (que protege contra o desenvolvimento de RU) e, possivelmente, um estilo de vida mais higiênico.
Patogênese: Existem numerosos modelos de experimentação animal para as DII, mas nenhum reflete verdadeiramente as doenças humanas. Alguns modelos, como o da colite espontânea desenvolvida em micos cabeça-de-algodão (um macaco do Novo Mundo), mimetizam estreitamente a RU. Outros modelos mimetizam mais de perto a DC, incluindo o modelo com ratos transgênicos geneticamentemodificados para expressar moléculas de beta-2-microglobulina e HLA-B27 humana, o modelo com camundongos knockout apresentando deleções-alvo de IL-2, IL-10 e de cadeias do receptor da célula T, e o modelo com fator transformador do crescimento-beta e transferência de populações enriquecidas de linfócitos T auxiliares de tipo 1 (Th1) em hospedeiros com imunodeficiência combinada severa. Independentemente da espécie ou da condição imunológica, os animais criados em ambientes livres de germes não desenvolvem inflamação intestinal. A taxa significativamente maior de doenças autoimunes nos países industrializados vs. nos países em desenvolvimento sugere que os agentes infecciosos (bacterianos, virais e parasíticos) atuam como deflagradores antigênicos, sendo que a exposição a numerosos micro-organismos durante as primeiras fases da vida pode conferir proteção contra o desenvolvimento de autoimunidade em fases mais tardias. Esta é a conhecida hipótese da higiene. A perda da imunotolerância a agentes deflagradores antigênicos (bacterianos) específicos foi demonstrada em pacientes com DC. De maneira hipotética, os fatores ambientais interagem com uma resposta inata defeituosa geneticamente determinada, que inclui a participação de células dendríticas, células de Paneth, além da produção de defensinas e receptores Toll-like. Além disso, a identificação recente de variações genéticas no gene ATG116L1, envolvido na autofagia, sugere a possível existência de um comprometimento da depuração intracelular de componentes bacterianos em indivíduos com DC. Uma vez iniciada a inflamação intestinal, a diferença entre os pacientes com DII e os indivíduos não afetados reside no comprometimento da capacidade de inibir a inflamação mucosa. As células inflamatórias crônicas presentes na mucosa intestinal são normais. Estas células constituem o componente intestinal do trato linfoide associado a mucosa. O número de elementos linfoides presentes na mucosa é proporcional à exposição entérica às bactérias. Indivíduos que vivem sob condições sanitárias ambientais adequadas (como é típico nos países industrializados) apresentam menos inflamação crônica do que aqueles que vivem em países cujas condições sanitárias são precárias. Um exemplo extremo é o espru tropical, em que há uma extensiva inflamação mucosa associada ao desenvolvimento de atrofia e ulceração das vilosidades do intestino delgado. Nas DII, a maioria dos elementos (incluindo os macrófagos teciduais e células T mucosas) responde de forma exagerada ao ser deflagrada por um antígeno. As células T e macrófagos ativados são proeminentes no recrutamento de células inflamatórias inespecíficas – principalmente os neutrófilos, que atuam como mediadores finais do dano tecidual. As respostas de citocinas observadas na RU e na DC parecem ser diferentes, sendo que esta diferença pode contribuir para as diferenças fenotípicas associadas às doenças. Muitos estudos demonstraram a ocorrência de aumentos dos níveis de IL-1, IL-6 e fator de necrose tumoral-alfa (TNF-alfa) junto à mucosa de pacientes com RU e DC, embora esteja se tornando evidente que o equilíbrio entre as citocinas pode diferir nestas duas condições. A DC é marcada por um perfil de níveis maiores de citocinas Th1 (interferon-gama [IFN-gama], IL-2, IL-12 e TNF-alfa), enquanto a RU apresenta um equilíbrio mais consistentemente relacionado à produção de IL-17 e um perfil com proporções aumentadas de células B mucosas, plasmócitos e anticorpos. Na RU, foi identificada uma produção aumentada de anticorpos anticitoplasma de neutrófilo e anticorpos IgG reativos contra a proteína tropomiosina de 40 kDa, embora as consequências patogênicas destes anticorpos não tenham sido definidas. Contudo, os pacientes com DC apresentam uma probabilidade maior de desenvolver anticorpos contra uma levedura de cerveja comum (Saccharomyces cerevisiae), bem como anticorpos dirigidos contra a flagelina (CBir1), contra a membrana porosa externa de Escherichia coli (OmpC) e contra diversos epítopos de oligomanose. Uma via final de destruição tecidual é mediada pelo recrutamento e ativação de macrófagos e neutrófilos. A ativação da cascata do ácido araquidônico leva ao aumento dos níveis teciduais de produtos da ciclo-oxigenase (prostaglandinas e tromboxanos), produtos da lipoxigenase (principalmente o leucotrieno B4) e fator ativador de plaquetas. Estes compostos e outros mediadores inespecíficos (p. ex., óxido nítrico, proteases teciduais neutrofílicas, espécies reativas do oxigênio e receptores ativados pelo proliferador de peroxissoma [PPAR]) contribuem para a destruição tecidual e podem ser usados como alvo para terapias anti-inflamatórias específicas e inespecíficas.
Doença Diverticular: Histologicamente observa-se, na doença diverticular, espessamento de ambas as camadas musculares da parede cólica. O espessamento da musculatura longitudinal deve-se ao depósito exagerado de elastina entre suas fibras musculares, fato característico da doença diverticular, pois normalmente a elastina só é observada na musculatura circular. O espessamento desta, por sua vez, deve-se ao seu fracionamento em resposta à hiperatividade muscular própria da doença diverticular, e à infiltração, entre os fascículos musculares fracionados, de tecido conjuntivo fino. Os divertículos podem ser causa de complicações. Em seu interior comumente penetram fezes, que podem lá permanecer, tornar-se desidratadas, formar fecalitos e causar inflamação por lesão da mucosa diverticular e tecidos circunvizinhos. A inflamação resultante pode acentuar a diminuição da luz cólica e provocar fenômenos obstrutivos. Pode também ser causa de peritonite local, formação de abscesso, se houver perfuração localizada, ou mesmo peritonite generalizada, se houver perfuração para a cavidade livre. É comum os órgãos adjacentes acolarem-se ao sítio de inflamação diverticular na tentativa de bloquear o processo. Sendo assim, não é infrequente a formação de fístulas entre o colo e tais estruturas. A fístula colovesical é a fístula mais comumente encontrada na doença diverticular. A faixa central mais escura representa o local da perfuração cólica no sítio de diverticulite. Para voltar ao texto, apague a janela que se abrir, clicando no botão com um X em seu canto superior direito. A doença diverticular pode ser causa de sangramento intestinal. Em geral, quando ocorre, o sangramento assume as características de hematoquezia (eliminação de fezes formadas com sangue na superfície). O diagnóstico diferencial com neoplasia do colo é mandatório. A propósito, não existe relação alguma provada entre doença diverticular e surgimento de neoplasia cólica. A primeira não predispõe à segunda. No entanto, ambas podem coexistir. Uma manifestação controversa da doença diverticular é o sangramento digestivo baixo, algumas vezes dramático, que pode causar choque hipovolêmico em minutos. É mais comumente observada em pacientes com doença diverticular difusa do colo e oligossintomáticos ou assintomáticos até então. Normalmente incide em indivíduos mais idosos. Há evidências na literatura de que tal tipo de sangramento que ocorre em pacientes com doença diverticular difusa, na realidade, não se origine de divertículos, mas de angiodisplasias cólicas ou de outras lesões intestinais com potencial hemorrágico, tais como úlceras cecais, tumores cólicos e do intestino delgado, malformações arteriovenosas do intestino delgado, etc. Mas, considerando que uma dada enterorragia pudesse ser causada pela doença diverticular, explica-se seu aparecimento pela formação de úlcera de decúbito no colo diverticular, sobre o local onde transita o vaso cólico que penetra na parede intestinal, ao lado do qual se formou o divertículo. Tal úlcera de decúbito é formada por fecalito aprisionado no interior do divertículo, que se avoluma à proporção que fezes líquidas penetram no interior do divertículo, desidratam-se e somam espessura ao fecalito.
Patologia renal e vias urinárias – Pielonefrites, Nefrolitíase e também docâncer (Etiologia, epidemiologia, morfologia, macro, microscopia e consequências). *
Pielonefrite é conhecida como infecção alta, é uma infecção do trato urinário que acomete o parênquima renal. É na maioria das vezes causado por bactérias gram negativa principalmente Escherichia coli. Essa infecção pode ocorrer por 3 vias - ascendente, descendente ou linfático. Fatores de risco- mulher, higienização inadequada, menopausa, litíase renal alterações prostáticas, uso de sonda vesical. Nefrolitíase são cálculo renais. Prevalência e de 2 a 3%. O risco de cálculos renais sintomáticos é de 13% em homens e 7% em mulheres. Etiologia - excesso de substancias como oxalato de cálcio promove supersaturação, alteração do PH urinário o que facilita a precipitação e formação dos cálculos. Tipos de cálculos: oxalato de cálcio, fosfato de cálcio, ácido úrico, estruvita e cistina. O quadro clínico é caracterizado por cólica renal, hematúria, polaciuria, urgência miccional. Câncer renal: Carcinoma de Células Renais Claras - é o mais comum, presente em cerca de 70% a 90% dos casos. Ele é originado no tubo responsável por filtrar as impurezas do sangue. Quando vistas sob um microscópio, as células têm uma aparência pálida ou clara. Carcinoma Papilar de Células Renais - representa entre 10% a 15% dos casos. Ele é pequeno, pouco palpável, mas pode bloquear a urina e vias urinárias, além de causar dor. Esses cânceres formam pequenas projeções similares às de um dedo, chamadas papilas Carcinoma Cromófobo de Células Renais - responsável por 4% a 5% dos casos, esse câncer não pode ser visto em exames sem cor e reage apenas a corantes azul escuro ou roxo. Ele tende a ser menos agressivo que os outros tipos. Ductos Coletores - é um tipo raro, porém agressivo, e representa apenas 1% dos casos. Ele se origina em uma das estruturas do rim, chamado tubo de Bellini. Sarcomatoides - também é raro e agressivo, representando 1% dos casos. As características são parecidas com as do carcinoma renal de células claras. Fatores de risco: Contato com materiais utilizados em indústrias, como o cádmio, asbestos, chumbo e hidrocarbonetos aromáticos; Hemodiálise; Obesidade; Histórico familiar; Hipertensão; Doença de Von Hippel-Lindau, que é genética e rara, caracterizada pela formação de tumores com muita vascularização em várias partes diferentes do corpo.
Doenças da vesícula biliar - descrevam sobre as doenças inflamatórias mais comuns e do câncer (Etiologia, epidemiologia, morfologia, macro, microscopia e consequências). *
Fatores de risco: cálculo biliar, vesícula em porcelana, mulher, obesidade, idoso, cistos no colédoco, anomalias no ducto biliar, pólipos na vesícula, colangite esclerosante primário, tifoide, história familiar. Micro: carcinoma in situ, adenocarcinoma, carcinoma papilífero, adenocarcinoma tipo intestinal, carcinoma mucinoso, carcinoma de células claras, carcinoma em anel de sinete, carcinoma adenoescamoso. Macro: aspecto peduncular, protrusão de base ou parede espessada, superfície pode ser nodular ou irregular O câncer de vesícula biliar, na maioria dos casos, é diagnosticado em estágios avançados e leva prognostico muito reservado. A incidência do câncer de vesícula biliar aumenta com a idade e em ambos os sexos, e atinge o ápice na sétima década, com uma relação masculino/feminino de 1:2 a 1:3.

Outros materiais