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Gabarito_História_Módulo17_6ano

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Leia com atenção o fragmento do artigo para compreender a influência das culturas africanas 
na língua portuguesa. 
A sociedade brasileira é marcada pela diversidade cultural e linguística em função do seu processo de 
formação. A cultura europeia se sobrepôs às demais culturas disseminando uma linguagem que relegou 
ao segundo plano as línguas das culturas indígenas e africanas. [...]
Com a chegada dos negros no Brasil, durante o período colonial, deu-se início, nessas terras, uma confluência 
de línguas e linguagens em virtude das diferenças linguísticas existentes entre as tribos africanas, os colonizado-
res portugueses e as múltiplas línguas indígenas já existentes por aqui. A presença das línguas e culturas de matri-
zes africanas no processo de construção da sociedade brasileira, desde o período colonial, marcou de forma defi-
nitiva a língua portuguesa. Dentre os inúmeros grupos linguísticos africanos aqui chegados, os iorubas foram os 
que mais influenciaram do ponto de vista terminológico a língua do colonizador português. Embora tais termos 
apareçam no cotidiano, nem sempre os mesmos são identificados como legado dos povos de origem africana.
ROCHA, José Geraldo da; PUGGIAN, Cleonice. Influências terminológicas da cultura ioruba na língua portuguesa. 
In: Anais do XV Congresso Nacional De Linguística e Filologia da Unigrario, Cadernos do CNLF, v. XV, n. 5, t. 1. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2011. p. 627.
Disponível em: <www.filologia.org.br/xv_cnlf/tomo_1/54.pdf>. Acesso em: 16 nov. 2017.
Com base na leitura do texto e nos conhecimentos sobre as culturas africanas que você adquiriu 
neste módulo, procure elementos das culturas ioruba e banto que estejam presentes na nossa 
sociedade. Você poderá buscar palavras, expressões, manifestações religiosas ou qualquer aspecto 
cultural. Após sua pesquisa, discuta os resultados com o professor e os colegas. Você vai se surpreender 
com a forte influência das culturas africanas na formação cultural brasileira.
ATIVIDADE PRÁTICA
Neste módulo, conhecemos um pouco dos povos berberes, iorubas e bantos. Estudamos algumas 
de suas características e suas tradições. Tais fatos são importantes para a compreensão da diversidade 
e da pluralidade do continente africano e suas relações com o Brasil. 
PARA CONCLUIR
1 Caracterize os berberes do ponto de vista econômico.
Os berberes são povos em sua maioria nômades, com alguns casos 
de seminomadismo. Possuem amplo conhecimento das rotas 
comerciais no deserto, destacando-se na atividade comercial. 
2 Qual era a importância do comércio para os berberes?
Em uma região desértica, o comércio garantia a sobrevivência do 
povo. Além disso, seus deslocamentos proporcionavam o contato 
com povos de etnias e Estados distintos ao longo do tempo.
PRATICANDO O APRENDIZADO
3 De que forma o reino do Congo alcançou seu auge no 
período anterior ao século XV?
O reino do Congo alcançou a prosperidade dominando áreas que se 
estendiam até da atual Angola. A cobrança de tributos sobre os povos 
dominados e a escravização foram fundamentais para garantir essa 
prosperidade.
4 Aponte dois países da África atual com presença signi-
ficativa de povos bantos.
Angola, África do Sul, Camarões, etc.
5 Cite duas palavras em português de origem ioruba.
Axé, acarajé, abará, angu, etc.
6 De que outras maneiras, além da língua, podemos es-
tabelecer vínculos da cultura ioruba com a brasileira?
Pode-se apontar a religiosidade e a culinária.
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Leia o texto a seguir para responder às questões 1, 2 e 3.
[...] o Brasil recebeu muitos homens e mulheres que foram 
capturados em diversos lugares da África e escravizados. Eles 
eram bantos, iorubas, jejês, minas, malês, entre outros. 
Todos esses povos tinham sociedades bem organizadas, 
culturas ricas, tradições bonitas. No entanto, muitos não ti-
nham escrita. Por isso, a história de seus povos, os segredos 
da sua religião, os modos de fazer as coisas eram contados 
pelos mais velhos para os mais novos. 
Os africanos que vieram para o Brasil lembravam-se de mui-
tas dessas histórias. Então eles contaram para os filhos como o 
seu povo tinha surgido: falaram de seus deuses, de seus misté-
rios, de sua sabedoria. Voltaram a cultuar seus orixás, inquices, 
voduns. E as velhas lendas continuaram a ser narradas. [...]
LODY, Raul. Seis pequenos contos africanos sobre a criação do mundo e do homem. 2. ed. 
Rio de Janeiro: Pallas, 2011. p. 5.
1 Explique a que se refere o segundo parágrafo.
O trecho se refere à tradição oral desses povos africanos. Ou seja, a 
religião e as práticas culturais desses povos eram passadas de uma 
geração para a outra de maneira oral, com poucos registros escritos. 
2 A existência de povos sem tradições registradas por 
escrito fez que os europeus olhassem para a África de 
maneira específica. De que modo os europeus olhavam 
o continente africano?
Os europeus olhavam a África de maneira etnocêntrica, considerando 
que os povos sem registros escritos eram inferiores.
3 O autor diz que “eles contaram para os filhos como o 
seu povo tinha surgido: falaram de seus deuses, de seus 
mistérios, de sua sabedoria”. Apresente uma influência 
dos povos iorubas na cultura brasileira que justifique o 
trecho.
A criação do candomblé é fruto da miscigenação das práticas iorubas 
com a realidade dos demais povos encontrados no Brasil.
APLICANDO O CONHECIMENTO
 Leia o texto a seguir para responder às questões 4 e 5.
Segundo a mitologia ioruba, no início dos tempos havia 
dois mundos: Orum, espaço sagrado dos orixás, e Aiyê, que 
seria dos homens, feito apenas de caos e água. Por ordem de 
Olorum, o deus supremo, o orixá Oduduá veio à Terra trazen-
do uma cabaça com ingredientes especiais, entre eles a terra 
escura que jogaria sobre o oceano para garantir morada e sus-
tento aos homens.
ARAÚJO, Tarso. A criação do mundo. SuperInteressante. jul. 2008. Disponível em: 
<https://super.abril.com.br/historia/a-criacao-do-mundo/>. Acesso em: 15 nov. 2017.
4 De que forma a mitologia ioruba dialoga com as mitolo-
gias que você estudou em módulos anteriores (como a 
dos indígenas do atual território brasileiro)?
Existe uma explicação para a criação do mundo e das coisas 
existentes nele. Nesse caso, é a ordem de Olorum (ou Olodumaré) 
que dá origem a um universo possível para os homens.
5 Retire do texto acima um trecho que exemplifique a 
ideia de que os orixás interferem na vida dos homens.
“Por ordem de Olorum, o deus supremo, o orixá Oduduá veio à Terra 
trazendo uma cabaça com ingredientes especiais, entre eles a terra 
escura que jogaria sobre o oceano para garantir morada e sustento 
aos homens.”
6 Leia a seguir o fragmento de uma notícia.
“Ainda não temos, no Rio de Janeiro, um local onde pos-
samos discutir e avaliar nossas necessidades. Estamos restri-
tas aos axés, como se esses fossem feudos”, disse a yalorixá 
Rosângela D’Yewa, sacerdotisa do candomblé durante a ho-
menagem, na Câmara. Além de comandar uma casa de can-
domblé, com projetos voltados a crianças, ela é embaixadora 
cultural de Oyo no Brasil. [...]
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Ao receber a medalha, a yalorixá também defendeu que 
a Casa da Nigéria ajude na educação, já que as escolas ainda 
não aplicam a lei federal que obriga o ensino da história e 
das culturas afro-brasileiras e africanas. “Podemos ser refe-
rência.”
A princesa nigeriana do reino de Oyo, Arewa Folashade, 
que tem se dedicado à promoção da cultura ioruba na diás-
pora (dispersão de um povo em consequência de preconceito 
ou perseguição política, religiosa ou étnica) é uma das apoia-
doras da ideia. Ela veio ao Rio participar da homenagem à ya-
lorixá brasileira – embaixadora da cultura do Império de Oyo 
no Brasil. No século 19, saíram da região de Oyo, no sudeste 
da Nigéria e do Benim,boa parte dos africanos escravizados 
no Brasil, principalmente para a Bahia.
VIEIRA, Isabel. Yalorixá recebe condecoração no Rio e defende valorização da cultura ioruba. 
EBC. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2016-11/
yalorixa-recebe-condecoracao-no-rio-e-defende-valorizacao-da>. Acesso em: 15 nov. 2017.
 A sacerdotisa citada no texto aponta que a língua ioru-
ba e as tradições desse povo estão restritas aos espa-
ços religiosos e que a história dos povos e das culturas 
africanas e afro-brasileiras não é ensinada nas escolas. 
A que se deve isso?
O preconceito é um elemento que impede a difusão desses 
estudos. Ainda hoje, trata-se o estudo de conteúdos relacionados à 
história do continente africano como algo menor ou demoníaco, com 
o reforço de estereótipos e forte racismo.
1 Leia a letra da canção a seguir.
Yaô
Aqui có no terreiro
Pelú adié
Faz inveja pra gente
Que não tem mulher
No jacutá de preto velho
Há uma festa de yaô
Ôi tem nêga de Ogum
De Oxalá, de Iemanjá
Mucama de Oxossi é caçador
Ora viva Nanã
Nanã Buruku
Yô Yôo
Yô Yôoo
No terreiro de preto velho iaiá
Vamos saravá (a quem meu pai?)
Xangô!
VIANA, G. Agô, Pixinguinha 100 anos. Som Livre, 1997.
DESENVOLVENDO HABILIDADES
Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das questões sinalizadas com asterisco.
 A canção “Yaô” é uma composição da década de 1930, 
de Pixinguinha e Gastão Viana. A letra é uma mistura 
de português com ioruba. Qual o significado do uso do 
ioruba nesse caso?
a) Destacar a influência da cultura ioruba na música 
brasileira.
b) Criticar as religiões afro-brasileiras e sua grande di-
versidade.
c) Justificar o preconceito contra a herança africana no 
Brasil.
d) Ressaltar as tradições autênticas e originalmente 
africanas.
2 Leia o texto:
Ao converter meia África, o islamismo contribuiu muito 
para estimular ainda mais a escravidão, pois praticou-a des-
de cedo: antes mesmo de Maomé, já no século VI, mercado-
res árabes frequentavam todos os portos da costa oriental 
da África, trocando cereais, carnes e peixes secos com tribos 
bantus por escravos. As populações negras não muçulmanas 
também consideravam a escravidão um fato absolutamente 
normal. 
COSTA, Ricardo da. A expansão árabe na África e os Impérios Negros de Gana, Male e Songai 
[séculos VII-XVI]. In: NISHIKAWA, Taise Ferreira da Conceição. História Medieval: História II. 
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. p. 34-53.
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 Com base no texto, é correto afirmar que havia:
a) pouco comércio entre árabes e bantos, não sendo 
algo relevante.
b) integração entre diferentes regiões da África, mas 
pouco significativa.
c) escravidão na África antes dos europeus, mas sem 
comércio de escravos.
d) escravidão tanto entre os povos islamizados quanto 
os não muçulmanos.
3 Apesar das conhecidas interferências provocadas pelos 
mais de 300 anos de contato, muitas vezes violento, 
com os povos europeus, até o início do século XIX, o 
continente africano tinha poucos territórios sob domí-
nio externo. 
 A respeito do tema, é correto afirmar que:
a) as rotas comerciais nos reinos e impérios africanos 
eram controladas por europeus.
b) os povos berberes atuavam no comércio realizando 
caravanas que cruzaram o deserto.
c) as riquezas, como tecidos, plantas medicinais e, es-
pecialmente, ouro, só circulavam por mar.
d) os bantos mantinham boas relações com os euro-
peus, o que levou a seu auge político e militar.
4 Leia a seguir o fragmento de texto de uma entrevista com 
Pierre Verger. Etnólogo francês, ele foi responsável por 
apresentar aspectos da cultura africana para o mundo.
Candomblé com sotaque francês
Entrevista de Pierre Verger por Maria José Quadros publica-
da no jornal O Globo 16/8/1992
Às vésperas de completar 90 anos, o etnólogo francês Pierre 
Verger, radicado na Bahia há quase meio século, se prepara para 
dar mais uma importante contribuição ao estudo da cultura 
afro-brasileira. Com a ajuda de uma especialista em botânica, ele 
prepara seu vigésimo livro, um trabalho inédito sobre as plantas 
medicinais usadas na costa do Benin, na África, e na Bahia, que 
deverá ser publicado também na Inglaterra e França. [...]
Verger correu mundo sem pressa, até “descobrir” a África, 
onde passou anos estudando a cultura ioruba na Nigéria e na 
costa de Daomé, hoje República do Benin. Sua intimidade com a 
cultura daqueles povos, de onde saiu a maioria dos escravos que 
vieram para a Bahia, fez com que adotasse o nome africano Fa-
tumbi, passando a se chamar Pierre Fatumbi Verger. Logo depois 
fez uma nova descoberta: a Bahia, de onde não mais saiu.
QUADROS, Maria José. Candomblé com sotaque francês. Disponível em: <www.pierreverger.
org/br/pierre-fatumbi-verger/textos-e-entrevistas-online/entrevistas-de-verger/candomble-
com-sotaque-frances.html>. Acesso em: 4 dez. 2017.
 De acordo com o texto acima: 
a) as relações culturais entre a África e o Brasil foram 
iniciadas pelo trabalho do etnólogo Pierre Verger, 
que trouxe para a América os conhecimentos sobre 
o candomblé.
b) algumas etnias africanas influenciaram muito a 
cultura brasileira; isso pode ser percebido nas se-
melhanças culturais entre a Bahia e outras regiões 
africanas.
c) as influências culturais exercidas pelas sociedades 
africanas no Brasil foram insignificantes, uma vez 
que os africanos eram vistos apenas como mão de 
obra escrava. 
d) o fato de Pierre Verger ter entrado em contato e se 
identificado com a cultura ioruba na África e, poste-
riormente, ter decidido viver na Bahia não tem ne-
nhuma relação com a influência da cultura africana 
no Brasil.
ANOTAÇÕES
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