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Cisão de ligações, reação de adição em alcenos e alcinos

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Cisão de ligações, reação de adição 
. em alcenos e alcinos
Na química orgânica, já que a variedade de 
funções existentes neste ramo é muito maior 
que na inorgânica, a quantidade de tipos de 
reação também é muito maior. Para nos 
ajudar a organizar esse universo de 
especificidades, dividiu-se as reações 
orgânicas em 4 TIPOS GERAIS, dos quais se 
desmembram todos os tipos mais 
específicos: 
• Reações de adição 
• Reações de substituição 
• Reações de eliminação 
• Reações de oxidação 
 
Cisão de ligações 
Em toda reação química, há um rearranjo de 
átomos para a formação de novos compostos 
a partir dos reagentes. Para que tal 
rearranjo ocorra, as ligações existentes 
entre eles nos compostos reagentes 
precisam ser rompidas, ao que damos o nome 
de cisão. Esta cisão pode ser de 2 formas 
possíveis: 
 
➔ Homolítica 
 
• Neste caso, a quebra ocorre no meio da 
ligação, sendo IGUAL para ambos os átomos 
(por isso o prefixo “homo”), já que cada 
grupo liberado fica com um dos elétrons do 
par anteriormente compartilhado; 
 
• Ocorrem com catalisadores que podem ser 
a LUZ (λ ou hƒ), CALOR (Δ), PERÓXIDO 
(H2O2) ou CATALISADORES DE 
SUPERFÍCIE (Pt, Ni, Pd). 
 
 
 
• Neste caso, a quebra não ocorre no meio da 
ligação, sendo DESIGUAL (por isso o prefixo 
“hetero”), já que um grupo liberado fica com 
os 2 elétrons do par anteriormente 
compartilhado e o outro grupo perde os 
elétrons daquela ligação; 
 
• Ocorrem com catalisadores que podem ser 
ÁCIDOS, BASES, SAIS, ÁGUA ou ÁCIDOS 
DE LEWIS (AlCl3, FeBr3, BF3). 
 
 
Sendo assim, as reações podem apresentar 3 
diferentes MECANISMOS DE REAÇÃO: 
 
Via radicais livres --> em que um radical 
livre ataca uma ligação covalente 
enfraquecida; 
 
Via reação nucleofílica --> em que uma 
espécie nucleófila é a primeira a atacar o 
composto orgânico; 
 
Via reação eletrofílica --> em que uma 
espécie eletrófila é a primeira a atacar o 
composto orgânico. 
 
Reações de Adição em alcenos e 
alcinos
 
Falando de uma forma genérica, as reações 
de adição ocorrem quando ADICIONAMOS 
um reagente (geralmente inorgânico) a um 
composto orgânico, formando um único 
produto. 
Para que isso ocorra, é necessário sempre 
haver uma LIGAÇÃO ENFRAQUECIDA NO 
REAGENTE ORGÂNICO, a qual se rompe, 
abrindo 2 valências livres. Ao mesmo tempo, 
o outro reagente adicionado ao orgânico 
também sofre uma cisão, e cada uma de suas 
partes se liga a uma valência livre do 
reagente orgânico. 
Veja o caso, em que a ligação fraca é uma 
LIGAÇÃO PI: 
 
 
 
 
!!!Importante!!! 
Quando o composto for ALCADIENO 
CONJUGADO (ou seja, em que 2 ligações 
duplas são intercaladas por 1 ligação simples) 
e participar de uma reação de adição 
incompleta (com 1 mol de reagente com 
fórmula genérica X2), ocorrerá a chamada 
REAÇÃO 1,4, através da qual o produto 
formado em maior proporção sempre terá 
uma ligação dupla no lugar da ligação simples 
que intercalava as duplas no alcadieno 
reagente. 
Veja: 
 
Agora veja outro caso geral, em que a ligação 
fraca é uma LIGAÇÃO TENSIONADA EM 
CADEIA FECHADA:
 
 
Hidrogenação catalítica 
• Ocorre com ADIÇÃO DE H2 ao alceno, 
alcino, cicloalcano ou benzeno; 
• Só ocorre sob TEMPERATURA E PRESSÃO 
ELEVADA; 
• Em alceno, o produto formado é um alcano;
 
 
 
 
• Em alcino, o produto formado pode ser um 
alceno (caso se adicione 1 mol de H2, o que 
configura uma hidrogenação PARCIAL) ou um 
alcano (caso se adicione 2 mols de H2, o que 
configura uma hidrogenação TOTAL); 
 
 
• Em cicloalcano, o produto formado é um 
alcano; 
 
 
 
. Em benzeno, assim como em alceno e alcino, 
cada mol de H_2 provoca a ruptura de 1 
ligação pi, podendo formar cicloalceno ou 
cicloalcano. 
 
 
➔ Halogenação 
• Ocorre com ADIÇÃO DE Cl2, Br2 ou I2 
(halogênios moleculares, genericamente: X2) 
ao alceno, alcino ou cicloalcano; 
• Não necessita de catalisador para alceno e 
alcino, mas utiliza ÁCIDOS DE LEWIS 
(FeCl3, AlCl3, etc) como catalisador para 
CICLOALCANO; 
• Em alceno, o produto formado é um di-
haleto saturado;
 
 
• Em alcino, o produto formado pode ser um 
di-haleto insaturado (caso se adicione 1 mol 
de X2, o que configura uma halogenação 
PARCIAL) ou um tetra-haleto saturado (caso 
se adicionem 2 mols de X2, o que configura 
uma halogenação TOTAL); 
 
 
 
• Em cicloalcano, o produto formado é um di-
haleto saturado; 
 
 
 
 
Hidro-halogenação 
• Ocorre com ADIÇÃO DE HCl ou HBr 
(genericamente: HX) ao alceno, alcino ou 
cicloalcano; 
• Não necessita de catalisador; 
 • Caso ocorra na AUSÊNCIA DE PERÓXIDO 
(peróxido de benzoíla, peróxido de 
hidrogênio, etc), utiliza-se a regra de 
MARKOVNIKOV; 
 
Markovnikov: 
Diz que quando a ligação dupla for 
assimétrica (isto é, o ligante de um lado da 
dupla é diferente do ligante do outro), o 
produto principal será aquele em que o H se 
adiciona ao CARBONO MAIS 
HIDROGENADO da dupla, enquanto o 
halogênio se liga ao menos hidrogenado. 
Como o produto secundário (em que o 
halogênio se liga ao carbono mais 
hidrogenado e o H se liga ao menos 
hidrogenado) é formado em quantidade muito 
menor, considera-se a formação apenas do 
produto principal. 
 
• Caso ocorra na PRESENÇA DE PERÓXIDO, 
utiliza-se a regra de ANTI-MARKOVNIKOV 
ou regra de KARASH-MAYO; 
 
 
 
 
➔ Hidratação 
• Ocorre com ADIÇÃO DE ÁGUA (para fins 
didáticos, vamos representá-la por HOH) ao 
alceno, alcino ou cicloalcano; 
• Só ocorre em MEIO ÁCIDO e sob 
AQUECIMENTO; 
• Em compostos assimétricos, vale a regra de 
MARKVNIKOV; 
 • Em alceno, há formação de álcool; 
 
 
 
• Em alcino, há formação de enol, que entra 
em equilíbrio dinâmico (tautomeria) com 
aldeído ou cetona; 
 
 
• Em cicloalcano, há formação de álcool. 
 
Obs.: Ciclopentano e ciclo-hexano não 
sofrem hidratação.

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