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universidade norte do paraná - unopar
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
pedagogia
 (
elizângela souza de oliveira
) (
jogos e brincadeiras na educação infantil
. 
)
Cidade
2020
Cidade
2020
Cidade
Itabira
2021
 (
Elizângela Souza de oliveira
)
 (
jogos e brincadeiras na educação infantil
)
 (
Projeto
 Educativo
 apresentado à 
Universidade Norte do Paraná - UNOPAR
 como requisito parcial à conclusão do Curso de 
Pedagogia
. 
Docente supervisor: Prof. 
Elaine 
Vieira Pinheiro
 
)
 (
Itabira 
2021
)
INTRODUÇÃO 
O presente trabalho tem por objetivo compreender a importância dos jogos e brincadeiras como processo de ensino-aprendizagem na vida de uma criança no âmbito escolar. 
As atividades realizadas de forma lúdica alargam conhecimentos e capacita a criança a interagir no mundo de modo criativo e transformador. De tal forma é possível notar que a criança tenha estímulos e oportunidades que alimentem o seu impulso natural á curiosidade, fazendo que essa criança aprenda de forma prazerosa. A criança se desenvolve melhorando as suas habilidades sociais, intelectuais e motoras. Entendendo-se que é fundamental que a criança seja o próprio agente de seu desenvolvimento cognitivo. 
Jogos e brincadeiras são fundamentais no planejamento das atividades para a educação infantil, adquirindo e transmitindo conhecimento. Para que o professor possa aperfeiçoar a sua prática é necessário que descubra e trabalhe o lúdico na história do educando, resgatando momentos lúdicos vividos por ele em sua trajetória de vida. É nítida a importância à prática metodológica do professor em relação dos jogos e brincadeiras, onde se entende claramente que através de jogos lúdicos a um ganho na aprendizagem da criança, onde através da brincadeira a mesma agrega conhecimento. 
Vale ressaltar que as atividades voltadas para a ludicidade devem ser apresentadas através de uma concepção critica e compreensiva da importância dessa metodologia de ensino, distante de uma concepção ingênua de passa tempo e diversão superficial. Ciente da importância do brincar na formação integral da criança e suas contribuições para a construção do conhecimento nesta fase. 
E por fim o trabalho teve como principais referenciais teóricos: RCNEI (1998), PIAGET (1998), ÁRIES (1978), VYGOTSKY (2002), WINNICOTT (1995), FARIA (2001)
OBJETIVOS
Objetivo geral
Refletir sobre a importância dos jogos e brincadeiras na prática pedagógica. 
Objetivos específicos
· Entender e quebrar os preconceitos de que criança nesta faixa etária não aprende significativamente e de que a educação infantil teria que separar com rigidez a hora de brincar da hora de aprender. 
· Mostrar os benefícios da ludicidade dentro da sala de aula.
· Evidenciar o papel do professor como mediador, capaz de tornar suas aulas mais dinâmicas através da metodologia de jogos e brincadeiras. 
PROBLEMATIZAÇÃO
O lúdico deve ser visto como uma abordagem metodológica que propicia na criança o processo de construção de conhecimentos, através do que lhe é real e julgando os demais elementos a sua volta. Os argumentos desenvolvidos neste projeto se pautam no processo de ensino e aprendizagem da educação infantil, considerando as diferentes possibilidades e as múltiplas implicaturas que o brincar traz à educação infantil. 
De acordo com a realidade do contexto social e histórico, o lúdico é algo significativo para a criança testar suas capacidades de construir seus conhecimentos, e já o faz naturalmente. 
Deste ponto de vista, através dos jogos e brincadeiras, é possível se adaptar aos conteúdo da educação formal no sentido de partir do próprio universo infantil, para depois abarcar o conhecimento sistematizado. 
REFERENCIAL TEÓRICO
Apresentar uma definição sobre o lúdico, jogos e brincadeiras, principalmente no que se refere à educação infantil, não tem sido uma tarefa fácil, tendo em vista que várias são as enfoque sobre o tema. Para Winnicott (1995 apud PINTO; TAVARES, 2010, P.230), “O lúdico é considerado prazeroso, devido a sua capacidade de absorver o indivíduo de forma intensa e total, criando um clima de entusiasmo”. 
De acordo com alguns teóricos estudiosos da ludicidade e da linguagem como Piaget, Vygotsky entre outros, em seus estudos constataram que a melhor idade para se iniciar o aprendizado de uma língua estrangeira é entre os 6 a 11 anos, exatamente o momento em que a criança está nos primeiros anos do ensino fundamental, ou seja, quando a mesma está ativamente em processo de alfabetização, desenvolvendo a linguagem e consequentemente está aberta ao aprendizado de novos sons da fala e às novas línguas.
Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem. (ANDRADE, Carlos Drummond de)
Brincar na infância é mais que diversão, é estratégia de aprendizagem. Essa ideia é um eixo importante da educação infantil e tem incentivado os profissionais da área de pedagogia a inserirem a prática lúdica no ambiente escolar.
Através dos jogos e brincadeiras e um planejamento envolvendo momentos de prazer para a criança. É a etapa que mais necessita de um olhar mais cuidadoso e amoroso, devido ser um período de grande desenvolvimento da personalidade infantil. As brincadeiras livres e os jogos que as crianças desenvolvem, manifestam como elas estão aprendendo a realidade com a qual convivem. Não se pode isolar o brincar ou jogar da criança, a ludicidade está sendo estudada como um processo essencial no desenvolvimento humano. 
De fato, de acordo com Vygotsky (apud OLIVEIRA, 2002, p. 132),
"O brincar faz parte do aprendizado, é tão importante, e essencial para o desenvolvimento humano e se dá, sobretudo, pela interação social. No brincar a criança está sempre acima de sua idade média, acima de seu comportamento diário. Assim, na brincadeira de faz-de-conta, as crianças manifestam certas habilidades que não seriam esperadas para sua idade. Nesse sentido, a aprendizagem cria a zona de desenvolvimento proximal, ou seja, a aprendizagem desperta vários processos internos de desenvolvimento. Deste ponto de vista, aprendizagem não é desenvolvimento; entretanto o aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de acontecer."
Atualmente os jogos e brincadeiras estão sendo usadas por toda sociedade, porém, antes do século XV essas atividades não eram utilizadas como método de ensino aprendizagem, uma vez que as crianças eram valorizadas, a sociedade, em especifico escolar, as tratavam como um adulto em miniatura. Sobre isso ÁRIES (1978) enfoca que no século XVII a era medieval não trabalhava a infância como atualmente, pelo fato que não existia lugar para a criança naquele período. As crianças não tinham sua própria identidade e tudo que faziam eram viver a vida de adulto, não existiam jogos e brincadeiras como método de ensino. As atividades lúdicas, segundo o catolicismo da época, eram consideradas atividades ociosas e geradoras de desvios. 
Percebe-se hoje que ao utilizar-se da ludicidade, que são atividades com jogos e brincadeiras, automaticamente de estratégias para aprender e ensinar de forma mágica e saudável. 
A partir das atividades de jogos e brincadeiras a criança aprende a obedecer as regras que poderá levar para sua vida adulta, contribuindo assim para que o educando desenvolva saberes, a aprender brincando, interagindo sempre com seu meio social de maneira muito mais prazerosa. 
É brincando que a criança constrói sua identidade, conquista sua autonomia, aprende a enfrentar medos e descobre suas limitações, expressa seus sentimentos e melhora seu convívio com os demais, aprende entender e agir no mundo em que vive com situações do brincar relacionadas ao seu cotidiano, compreende e aprende a respeitar regras, limites e os papéis decada um na vida real; há a possibilidade de imaginar, criar, agir e interagir, auxiliando no entendimento da realidade.(MODESTO e RUBIO, 2014, p. 03)
Brincar é uma atividade que facilita o desenvolvimento físico, cognitivo, psicológico, que estimula o desenvolvimento intelectual, interfere na busca pelo conhecimento, e ainda possibilita as aprendizagens. O lúdico pode ser considerado como uma tática de desenvolvimento da atenção, fator necessário para a aprendizagem, além de estimular o respeito, a confiança bem como uma relação de aproximação no grupo. Segundo Vygotsky (1984 apud DALLABONA: MENDES, 2010, p.06): 
Atribui relevante papel ao ato de brincar na constituição do pensamento infantil. É brincando, jogando, que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos. 
Percebe-se que a criança constrói e reconstrói sua compreensão de mundo no ato do brincar; elas amadurecem algumas capacidades de socialização, por meio da interação, da utilização e experimentação de regras e papéis sociais presentes nas brincadeiras. Brincando, as crianças (re)elaboram suas vivências cotidianas em situações imaginárias ou virtuais. É com as atividades lúdicas, que as crianças conseguem reproduzir muitas situações vividas por elas em seu cotidiano, as quais, pela imaginação e pelo faz-de-conta, são reelaboradas. Esta reprodução do cotidiano acontece por meio da combinação entre experiências vividas e a possibilidades de novas interpretações e representações do real, de acordo com aquilo que para elas representem suas afeições, necessidades, desejos e paixões. 
Segundo os referenciais Curriculares Nacionais de Educação Infantil, o professor poderá utilizar-se de jogos e brincadeiras em atividades de leituras e escrita, em matemática, artes, natureza e sociedade, música e movimento desde que haja intencionalidade. 
“o jogo pode se tornar uma estratégia didática quando as situações são planejadas e orientadas pelo adulto visando a uma finalidade de aprendizagem, isto é, proporcionar á criança algum tipo de conhecimento, alguma relação ou atitude. Para que isso ocorra é necessário haver uma intencionalidade educativa, o que implica planejamento e previsão de etapas pelo professor, para alcançar objetivos predeterminados e extrair do jogo atividades que lhe são decorrentes” 
RCNEI, 1998, V.3, p.211.)
É indiscutível que existe a necessidade da observação e do registro do profissional que atua com crianças de educação infantil, sobre as brincadeiras realizadas, pois, por meio desta prática é possível acompanhar como a criança se desenvolve, quais são os seus interesses e suas indagações e, a partir dessas constatações é possível elaborar atividades diversificadas que atendam as necessidades de todos, pensando no desenvolvimento da criança. 
Segundo Piaget, existem três tipos de conhecimentos, e vão se formando gradativamente. Sendo: O conhecimento físico, lógico matemático e social. 
O Conhecimento físico e social tem sua fonte fora indivíduo, o conhecimento lógico-matemático tem sua fonte no próprio pensamento do individuo. 
“Na concepção piagetiana, os jogos consistem numa simples assimilação funcional, num exercício das ações individuais já aprendidas. Geram, ainda, sentimento de prazer, tanto pela ação lúdica em si, quanto pelo domínio destas ações.” 
FARIA (2001, P.93)
Em seu livro FARIA exemplifica as três formas básicas de atividade lúdica que caracterizam a evolução do jogo segundo Piaget. 
Jogos de Exercício – Caracterizam a etapa que vai do nascimento até o aparecimento da linguagem, apesar de reaparecerem durante toda a infância. O jogo surge primeiro, sob a forma de exercícios simples cuja finalidade é o próprio prazer do funcionamento. Se caracterizam pela repetição de gestos e de movimentos simples e têm valor exploratório. 
Jogo Simbólico – Entre os dois e os seis anos a tendência lúdica predominante se manifesta sob a forma de jogo simbólico. Podendo ser de ficção ou de imitação. É um processo que consiste na assimilação a realidade. É também um meio de auto expressão, categoria que se destacam os jogos de faz de conta, de papéis e de representação (estas denominações variam de um autor para outro). 
Jogos de Regras – Remete a uma atividade mais socializada onde as regras têm uma aplicação efetiva e na qual as relações de cooperação entre os jogadores são fundamentais. Regras transmitidas: se impõem por pressão de sucessivas gerações, como por exemplo; jogo de bolinha de gude. Regras espontâneas; vêm da socialização dos jogos de regras de natureza contratual e momentânea. 
Kishimoto (2000, p.138) apu Piaget e Vygotsky que se referem a importância do jogo na educação infantil, como: 
“Promotor de aprendizagens, sejam elas de conteúdos sistematizados ou não pela escola. Mas, certamente esses conteúdos originam-se nas interações entre as crianças em situações de jogo e permitem sua compreensão a medida que novos conteúdos vão sendo incorporado ás estruturas anteriores, modificando-as.”
É nítido que o papel do professor é o de propiciar um clima de cooperação, respeito mútuo, propor as mais variadas atividades e observar como está se dando a evolução das crianças. 
Para Piaget a vivência e interação da criança com o meio não garantem que os conceitos sejam construídos. É necessário a reflexão sobre ação feita, o desenvolvimento é o processo de equilibração constante, através de estruturas variáveis, visando á adaptação do indivíduo ao mundo exterior, por meio da assimilação e acomodação. 
Segundo Vygotsky (apud Fontana, 1997) “a brincadeira tem um papel fundamental no desenvolvimento do pensamento da criança”. Podemos entender que o referido autor afirma isso porque são por meio da brincadeira que a criança desenvolve diversos aspectos do seu comportamento, os quais estão ligados diretamente com sua aprendizagem e ao seu desenvolvimento intelectual. “[...] ao substituir um objeto por outro, a criança opera com o significado das coisas e dá um passo importante em direção ao pensamento conceitual.” Quando a criança assume um papel na brincadeira, ela opera com o significado de sua ação e submete seu comportamento à determinadas regras. Isso conduz ao desenvolvimento da vontade, da capacidade de fazer escolhas conscientes, que estão intrinsecamente relacionadas à capacidade de atuar de acordo com o significado de ações ou de situações e de controlar o próprio comportamento por meio de regras.
O brincar é como zona de desenvolvimento proximal por excelência. A atividade lúdica é identificada como espaço privilegiado de emergência de novas formas de entendimento do real, e que, por sua vez, instaura espaços para o desenvolvimento em vários sentidos. Na atividade lúdica a criança “se torna” aquilo que ainda não é, “age” com objetos que substituem aqueles que ainda lhe são vetados, interage segundo padrões que mantém distante do que lhe é determinado, pelo lugar que na realidade ocupa em seu espaço social. Ultrapassa, portanto brincando, os limites dados concretamente para sua atividade. (VYGOTSKY apud ROCHA 2000, p.67).
Do ponto de vista educacional, a palavra jogo se afasta do significado de competição e se aproxima de sua origem etimológica latina, com o sentido de gracejo ou mais especificamente divertimento, brincadeiras, passatempo. Desta maneira, os jogos infantis podem até, excepcionalmente, incluir uma ou outra competição, mas, essencialmente, visam estimular o crescimento e aprendizagens que seriam melhor definidos se afirmássemos que representam relação interpessoal entre dois ou mais sujeitos realizada dentro de determinadas regras. (ANTUNES 2007, p. 09)
Ao inserir a atividade lúdica na sala de aula, o professor deve investigar onde estão os interesses de seus alunos, qual a realidade deles, qual objetivo que se pretende alcançar no aluno, enfim devem ser levadas em consideração as necessidades do grupo. E isso é possível quando além de observar atentamente seus alunos, existeespaço para ouvi-los, pois é importante que exista essa troca de experiências.
A aprendizagem torna-se significativa quando leva o aluno a uma compreensão do mundo que o cerca, como destaca Teles (1997) ao afirmar que “[...] brincando, a criança explora o mundo, constrói o seu saber, aprende a respeitar o outro, desenvolve o sentimento de grupo, ativa a imaginação a se autorrealiza”.
Com os jogos, a criança antecipa o seu desenvolvimento e expande a imaginação, adquire motivação, habilidades e atitudes necessárias à sua participação social. Há de se destacar, ainda, que os jogos propostos para estímulos das inteligências pessoais que, se conduzidas para uma oportunidade de reflexão sobre a forma de como as emoções relacionam-se com os atos das crianças, podem despertar um desejo de mudança dos mesmos.
Através do jogo, a criança tem a possibilidade de articular sua inteligência e
desenvolver seu potencial cognitivo e afetivo. Ao mesmo tempo, ela estará usando o organismo, ou seja, o corpo, a inteligência e o desejo de aprender. O ambiente e a educação têm uma dimensão expressiva no processo de ensino-aprendizagem porque a criança, longe de nascer uma tabula rasa, já vem equipada de um código pessoal. Deste modo, ambiente e educação fluem do mundo externo para a criança e da própria criança para o seu mundo.
Pode-se compreender o jogo como uma busca de prazer, mas com a condição de conceber que esta busca está subordinada à assimilação real do “Eu”. O prazer lúdico seria, portanto, a expressão afetiva dessa assimilação. (Antunes, 1996).
 	
MÉTODO
Brinquedoteca é o espaço da criança, reúne brinquedos, jogos, livros e móveis funcionais. Mais do que um simples espaço infantil, uma porta para o mundo de aventura e fantasia.
Espaços elaborados especialmente para as crianças, para levar a elas momentos de alegria e bem-estar. Mas pode ser também, muito mais que isso, ao desenvolvermos o projeto para uma brinquedoteca levamos em considerações pontos importantes como a segurança dos brinquedos e atrações que compõe o espaço. Atividades recreativas que estimulam o desenvolvimento das crianças através de mobílias e brinquedos interativos e lúdicos ao mesmo tempo.
Sendo um ambiente laboratorial, serve para estimular a criatividade e os saberes docentes. Ali, práticas pedagógicas são analisadas, experimentadas e criticadas. Novas possibilidades surgem e visam estimular o ato de brincar nas escolas e espaços educativos contemporâneos. Para Denise, vivemos um momento paradoxal no mundo contemporâneo.
A utilização da brinquedoteca é essencial porque colabora para o desenvolvimento do conhecimento e da aprendizagem das crianças, por isso, o professor tem de utilizar esse espaço com responsabilidade, este espaço não deve ser usado apenas para recreação e passa tempo sem nenhuma finalidade em si, é preciso que antes de tudo se faça um bom planejamento de todas as atividades que serão realizadas neste ambiente, o do contrário, do ponto de vista educacional, não terá utilidade
CRONOGRAMA
	Etapas do Projeto
	Período
	1. Planejamento
	Tema: Brincando e Aprendendo
Duração da Atividade: Aproximadamente 50 minutos.
Faixa Etária: 3 a 5 anos
Objetivos:
Jogos e brincadeiras como forma de aprendizado.
A socialização com os colegas e demais funcionários.
Através das brincadeiras e jogos trabalham-se as regras tanto das brincadeiras propostas como também regras do cotidiano.
Recursos Utilizados:
Música: Imitando os Animais (XUXA MENEGHEL)
Livro: Quem Quer Brincar Comigo (TINO FREITAS)
Partes impressas do corpo humano para montar.
Brinquedos como bonecas e bonecos, trazidos de casa.
Massinha para modelagem
	2. Execução
	Atividades
1° Previamente organizar a brinquedoteca com o que for necessário para se trabalhar a temática, aproveitando ao máximo o ambiente.
2º Iniciar uma roda de conversa explicando o passo a passo e como faremos.
3º Organizar as crianças formando um círculo para cantar a música, imitando o som e o comando do corpo que a música traz.
4º Forrar o chão com um tecido e colocar todas as crianças sentadas para que possam ouvir a historinha. 
5º Distribuir a massinha de modelagem, instruindo as crianças para que elas modelem uma parte do corpo que foi citada história e/ou na música.
6º Observar os alunos durante a realização da atividade, na sua socialização e respeito com os colegas.
	3. Avaliação
	Acompanhar atentamente o envolvimento dos alunos no decorrer da atividade proposta, por meio de observação e anotação diária. 
RECURSOS
Música: Cabeça, Ombro, Joelho e Pé (XUXA MENEGHEL)
Livro: O corpo de Bóris 1ªED. (2012) - Spike Gerre
Massinha para modelagem
Bonecas e Bonecos 
AVALIAÇÃO
As Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil determinam que as escolas criem procedimentos para avaliar seus alunos. Mesmo que não envolva provas tradicionais, a avaliação na educação infantil é necessária para que os educadores acompanhem e trabalhe o desenvolvimento das turmas. 
Jogos, brincadeiras e diversas outras atividades podem ser úteis no momento de avaliar o comportamento e o desempenho das crianças, seja dentro ou fora da sala de aula. Para se ter sucesso nessa prática, deve-se observar a forma de abordagem, que deve priorizar processos lúdicos e divertidos para o público infantil. 
O processo de avaliação não deve ser focar na seleção, promoção ou classificação dos alunos, o que exclui a necessidade de se aplicar provas e outros métodos semelhantes. A avaliação ideal envolve uma observação criticas das atividades realizadas e emprega o registro dos trabalhos e dos seus respectivos resultados. É necessário considerar a individualidade das crianças e propor abordagens que permitam organizar informações referentes ao desenvolvimento dentro das rotinas e dos contextos vividos. 
Os relatórios descritivos permitem organizar informações referentes ao desenvolvimento do educando. Para resultados mais satisfatórios, é recomendável que a prática de anotar seja diária. Assim, é possível detalhar aspectos do comportamento, nível de envolvimento nas atividades e outros itens relevantes para otimizar a avaliação na educação infantil. 
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Loyola,1974
ANTUNES, C. Educação Infantil: prioridade imprescindível. Petrópolis: Vozes, 2004.
BITTENCOURT, Glaucimar Rodrigues; FERREIRA, Mariana Denise Moura. A importância do lúdico na alfabetização. Belém/PA, 2002.
BRASIL. Referencial Curricular Nacional para educação infantil. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental, v.1, v.2, v.3, Brasília: MEC/SEF, 1998.
CINEL, Nora Cecília Bocaccio; LOPES, Véra Neusa. Jogos e brincadeiras integra conhecimentos e diferentes áreas. Revista do Professor, Porto Alegre: CPOEC, out./dez. 2007.
FREIRE, J. B. O Jogo: entre o riso e o choro. Campinas: Autores Associados, 2002.
FRIEDMANN, A. Brincar crescer e aprender: o resgate do jogo infantil. São Paulo: Moderna, 1996
HOFMANN, Angela Ariadne et al. O lúdico na prática pedagógica. Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) – Curitiba, 2009. 219p.
PIAGET, Jean. A equilibração das estruturas cognitivas. Rio de Janeiro: Zahar, 1976.
PIAGET, Jean. A construção do real na criança. São Paulo: Ática, 1996
SANTOS, Carina Pereira dos. A importância do lúdico na educação infantil com crianças de 5 anos. Lins, 2009.
VENTURA, Marília Monteiro Santos. Jogar e brincar promovem o desenvolvimento do pensar na criança. Revista do Professor, Porto Alegre: CPOEC, jul./set., 2010

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