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AI - Inovação Estratégica - FGV

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Atividade individual
	
	Matriz de análise
	Disciplina: Inovação Estratégica
	Módulos: 1, 2, 3 e 4
	Aluno: 
	Turma: 
	Tarefa: “Disserte sobre os diversos motivos que podem levar uma ideia empreendedora ao fracasso e como os conceitos e as ferramentas vistos no decorrer do estudo da disciplina podem ajudar a mudar essa realidade”
	Introdução
	 O sucesso, ou fracasso, de uma nova empresa é influenciado por inúmeros fatores. Em um mundo Data Driven1 que vivemos, podemos contar uma enorme massa de dados para ajudar a entender este cenário, porém a quantidade de informações pode também gerar ainda mais dúvidas e esconder fatores humanos que os números nem sempre refletem.
 São muitas as histórias de sucesso de pessoas que, em condições de muita adversidade, conseguiram superar as dificuldades com uma ideia genial da qual mudaram suas vidas. Porém, existe um perigo velado nessas histórias por, quase sempre que divulgadas, não acompanharem os dados de tantas outras pessoas na mesma situação que não tiveram a mesma sorte, e que na verdade representam a imensa maioria dos casos reais. Portanto, isso é um sinal de alerta para a busca de inspirações na tomada de decisão para abertura de um novo negócio.
 
	Motivos que podem levar uma ideia empreendedora ao fracasso
	 Segundo o Sebrae2, as principais causas para a mortalidade das empresas nos primeiros anos se dividem em três principais pilares: planejamento, capacitação e gestão. Avaliando somente estas três vertentes não poderíamos explicar o fracasso individual de um negócio, porém nos ajuda em um cenário macro encontrar as razões pelas quais tantos negócios não prosperam.
 Considerando o planejamento, o novo empresário muitas vezes decide por a abertura de um negócio como saída de uma situação desfavorável (desemprego, por exemplo). Isso compromete de imediato um potencial fluxo de caixa, parte vital da sobrevivência de qualquer empresa, especialmente as novas, uma vez que precisam de tempo para se tornarem autossuficientes. Além disso, uma situação comum é recorrer ao crédito bancário, que por si só gera um grande passivo com juros nem sempre bem negociados caso não haja garantias como bens e imóveis.
 A capacitação também reflete diretamente nas causas que levam uma jovem empresa ao fracasso. O Sebrae observou que, enquanto 71% dos empresários que prosperaram seus negócios possuíam experiência prévia na área, o número cai para 64% nos casos de empresas que faliram. É importante pontuar também que nem sempre o motivo que leva o empresário a abrir seu negócio é uma visão de oportunidade. No cenário de empresas que faliram em 2016, 23% das empresas foram abertas por pressão dos clientes ou fornecedores, geralmente cobrando a formalização da relação de negócios.
 Finalmente, sobre a gestão, apesar de apresentar problemas mais latentes aos negócios no médio prazo, é a grande vilã inclusive de empresas já estabelecidas. Por melhor intecionado e preparado que esteja, o empresário pode desencadear um efeito dominó de problemas com erros de gestão. Um número apurado de forma errada por muito tempo, falta de investimento em treinamentos e pessoas, pouco ou nenhum controle por software são alguns exemplos de como um negócio pode acabar em pouco tempo caso não seja bem gerido.
Figura 1 – Principais causas de mortalidade das empresas. Sebrae2
 Relativizando os fatores pessoais que levam as novas empresas ao fracasso, também devemos considerar que o Brasil é um dos piores lugares do mundo para fazer negócio. Segundo uma pesquisa do Banco Mundial4, uma empresa brasileira gasta, em média, 1.958 horas para cuidar de sua situação tributária. É o primeiro lugar em um ranking que considera 190 países5. O segundo lugar, que é a Bolívia, está próximo de 1.000 horas, quase a metade. Além disso, coletivamente, as empresas brasileiras gastam R$60 bilhões de reais para ficarem em dia com seus impostos. Dinheiro este que poderia ser revertido para investimentos e ampliação dos negócios das empresas, convertendo em mais renda e menor taxa de desemprego.
	Como evitar a mortalidade das empresas nos primeiros anos
	 Mesmo com dados desanimadores sobre a sobrevivência de empresas nos primeiros anos (somente 25% das empresas sobrevivem mais de 10 anos3), a taxa de empreendedorismo cresce todos os anos e “a cada 5 minutos um negócio é criado no Brasil”6. A eterna busca por a liberdade financeira e a disseminação massiva de conteúdos educacionais sobre empreendedorismo podem explicar em parte o porquê de o brasileiro buscar mais este caminho a cada ano.
 O sucesso de uma nova empresa, assim como o fracasso, é relacionado sempre as nuances de vários fatores. Um bom planejamento, capacitação e gestão do negócio não é sinônimo, necessariamente, de sucesso.
 Existem fatores subjetivos que os dados nunca mostrarão, como a visão de negócio. A capacidade de enxergar novas oportunidades em mercado que já existem, ou ainda mais longe, encontrar problemas que as pessoas sequer notem que existam, é, talvez, o maior peso para a prosperidade de uma nova empresa. Hoje são incontáveis as pessoas que tentam, majoritariamente nas redes sociais, vender a “fórmula do sucesso”, como se existissem passos ou uma receita para um negócio dar certo. Portanto é necessário, primeiramente, para o empreendedor que quer se capacitar, separar os conteúdos que são verdadeiramente educacionais e de pessoas sérias, daqueles que prometem o caminho mais curto e frequentemente não entregam essa resposta.
 Partindo então do princípio de que há uma oportunidade clara, e que o empreendedor já cobriu os pontos apontados acima como principais motivos da falência de uma nova empresa, existem muitas formas de evitar que o negócio fracasse.
 Uma importante forma de entender a área de atuação que a empresa será estabelecida é a Pesquisa de Mercado. Este artifício permite, através de amostragem e perguntas formadas para geração de estatísticas, uma tomada de decisão mais racional e Data Driven1 sobre o local, potenciais clientes, adversidades, concorrência, deficiências a serem cobertas, entre outros.
 Outra ferramenta moderna importante para a prosperidade da empresa é o Marketing Digital. Com a Pesquisa de Mercado em mãos o empreendedor, independente da sua área de atuação, terá importantes dados sobre seu público-alvo que devem ser usados para segmentação de ações de Marketing focadas neste perfil de cliente. Os números do mundo digital são muitos expressivos7: a cada minuto 3,8 milhões de buscas são realizadas no Google e 4,5 milhões de vídeos são vistos no Youtube. Isso gera uma oportunidade única de alcançar um número muito grande de pessoas com menos recursos que um Marketing tradicional, como o da TV e ainda poder escolher que tipo de público terá acesso ao conteúdo da sua empresa. No Brasil, 70% das pessoas7 tem acesso a internet, e ainda é um dos países com a maior taza de engajamento nas redes sociais do mundo. Estes dados corroboram uma evolução muito grande nas possibilidades de sobrevivência das empresas, uma vez que a divulgação, há não mais que 10 anos, dependia quase sempre da divulgação orgânica entre os clientes satisfeitos com um negócio.
Figura 2 – Usuários de inernet no Brasil (em milhões de pessoas)7
 Outro fator não menos importante é o investimento em pessoas. Escolher bons sócios-fundadores ou a contratação dos primeiros profissionais engajados e alinhados com a visão de negócio da empresa podem ser cruciais para o desempenho e sobrevivência dela. O novo ROI (sigla para Retorno Sobre Investimento) é calculado com base no Retorno Sobre os Indivíduos8. Existem diversas pesquisas que apontam o quanto investimento em melhores profissionais, capacitação, educação contícua, Gestão de Pessoas, bonificações, planos de compartilhamento de lucros, entre outros, potencializam muito o crescimento das empresas. O impacto de treinamento em desenvolvimento em um vendedor, por exemplo, pode ampliar em até 20% sua performance no primeiroano8. Além disso, esse investimento pode ampliar também a curva de engajamento deste profissional, o mantendo interessado em novos desafios por mais tempo na mesma empresa. Se considerarmos um time de vendedores engajados, este investimento pode escalar consideravelmente as receitas da empresa para médio e longo prazo. Um programa de on boarding (boas-vindas) um pouco otimizado, pode trazer resultados de até 30% na aceleração de produtividade daquele profissional. Por fim, são inúmeros os dados disponíveis sobre a importância de investir em pessoas.
Figura 3 – Tempo (em meses) de “rampagem” de um novo colaborador com e sem on boarding8.
	Conclusão
	 Empreender em um país desafiador como o Brasil é, muitas vezes, a solução que muitos trabalhadores encontram para buscar a famigerada independência financeira. Uma terra de desafios é também uma terra de oportunidades, e por isso a cada ano o número de empreendedores só aumenta neste país.
 A sobrevivência de uma jovem empresa depende muito da capacidade do empreendedor em enxergar uma oportunidade latente no mercado, em áreas que já existam ou não. Geralmente estas oportunidades estão relacionadas à dores ainda não solucionadas por outras empresas e os empresários podem buscar nelas inspirações para que seu negócio prospere.
 O mundo cada vez mais digital é um habitat natural de novas ideias, e as ferramentas como o Marketing Digital podem ser decisivas para a alavancagem no início do negócio.
 Enfim, um bom planejamento e gestão são as fundações do negócio para o longo prazo, portanto os empreendores podem buscar sanar suas deficiências em outros sócios fundadores ou profissionais engajados, alinhados com a visão de negócio da empresa, a fim de equilibrar seus pontos fracos.
	Referências bibliográficas
	[1] Neoway. Data Driven: O que é, quais as vantagens e como as empresas aplicam. Disponível em: https://blog.neoway.com.br/data-driven/. Acesso em 12 de Setembro de 2021.
[2] Machine Global. Sebrae: as principais causas de mortalidade das empresas. Disponível em: https://machine.global/causa-de-mortalidade-das-empresas/. Acesso em 16 de Setembro de 2021.
[3] IBGE. Demografia das Empresas: em 2018, taxa de sobrevivência das empresas foi de 84,1%. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/29206-demografia-das-empresas-em-2018-taxa-de-sobrevivencia-das-empresas-foi-de-84-1. Acesso em 16 de Setembro de 2021.
[4] G1. Empresas gastam 1.958 horas e R$ 60 bilhões por ano para vencer burocracia tributária, apontam pesquisas. Disponível em https://g1.globo.com/economia/noticia/empresas-gastam-1958-horas-e-r-60-bilhoes-por-ano-para-vencer-burocracia-tributaria-apontam-pesquisas.ghtml. Acesso em 16 de Setembro de 2021.
[5] Correio Braziliense. Burocracia trava avanço de negócios no Brasil. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2021/06/4931539-burocracia-trava-avanco-de-negocios-no-brasil-diz-banco-mundial.html. Acesso em 16 de Setembro de 2021.
[6] CPT. Pequenas empresas – dicas para sobreviver os primeiros 10 anos de vida. Disponível em: https://www.cpt.com.br/cursos-gestaoempresarial/artigos/pequenas-empresas-dicas-para-sobreviver-aos-primeiros-dez-primeiros-anos-de-vida. Acesso em 16 de Setembro de 2021.
[7] Rock Content. 53 estatísticas de Marketing de Contéudo. Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/estatisticas-marketing-de-conteudo/. Acesso em 16 de Setembro de 2021.
[8] Resultados Digitais. Como entender o ROI em Gestão de Pessoas. Disponível em: https://resultadosdigitais.com.br/blog/roi-em-gestao-de-pessoas/. Acesso em 16 de Setembro de 2021.
	
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