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Criptococose - Fungos e Micoses Veterinária

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Criptococose
Por Ketlyn Abreu
Torulose
 Micose sistêmica identificada pela primeira vez em 1894 e 1895 na Itália e Alemanha. A partir de 1900 diversos relatos dos animais e humanos infectados no SNC pelo agente. A partir de 1951 comprovou a associação do agente com ninho e excretas de pombos, nos animais domésticos provoca lesões cutâneas de difícil tratamento. 
 A criptococose é uma doença que nos últimos anos está sendo muito falada, mas ela é informada muita das vezes de forma equivocada. A criptococose está associada com um fungo que tem crescimento nas fezes das aves, as fezes é como se fosse um meio de cultura natural para o fungo. 
 Hoje nos centros urbanos o número de população de pombos é muito grande até pela falta de um controle sanitário por questões públicas. Embora essa doença seja uma doença respiratória ela pode evoluir para uma meningite fatal.
Etiologia
Fase sexuada (Saprófita)
Filobasidiella neoforman variedade neoformans
Filobasidiella neoforman variedade bacillispora
Fase assexuada (levedura patogênica)
Crytococcus neoformans variedade neoformans
Crytococcus neoformans variedade gattii (África e Europa)
 Na forma filamentosa que é a forma saprófita é chamada de Filobasidiella neoformans e o mesmo fungo quando muda para levedura é chamado de Crytococcus neoformans. No Brasil o fungo tem várias variantes genéticas e a variedade neoformans é aquela responsável pela doença. 
Principais formas de transmissão
 O fungo ele é saprofita (vida livre e vive na natureza), mas ele consegue crescer melhor em ambientes com fezes de morcegos e aves funcionando como um meio de cultura natural, todo lugar que tem esse tipo de fezes é onde ele cresce. Os pombos acabam ganhando a culpa da doença justamente pela questão de crescimento urbano.
 No pulmão o fungo vai passar pelo processo de transformação inalando o conídio e devido a temperatura do pulmão se forma em levedura, desenvolvendo uma pneumonia e caso a doença não seja controlada pode cair na corrente sanguínea e um dos locais que podem ir é para o cérebro acarretando uma meningite se tornando fatal. 
 Nos últimos 10 anos ocorreu um crescimento muito grande dessa doença no Brasil em humanos, em 2020 na nova reformulação das doenças de notificação a criptococose entrou como lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, agravos e eventos de Saúde Pública.
Fontes e vias de transmissão
Crytococcus neoformans variante neoformans
· Habitat de aves
· Ureia e creatinina
· Poeira doméstica (13% - RJ)
· Madeira em decomposição
· Via: inalação
· Via: cutânea
· Via nervo olfativo – animais
 A variedade gattii é um fungo encontrado em eucalipto crescendo em sua casca. A variedade que circula no Brasil é a Neoformans variante neoformans, as fezes das aves tem uma alta quantidade de ureia e creatinina que são substâncias que acabam servindo como estimulante para o fungo crescer, sendo assim o fungo pode crescer em qualquer lugar. 
 Quando as fezes vira poeira e resseca o fungo passa a ser muito resistente assim ficando na atmosfera facilitando a inalação e assim acabam se infectando. Estudos feitos pela Fiocruz a 10 anos atrás coletando poeiras domésticas em vários bairros foram vistos que conídios deste fungo são encontrados em 13% das amostras analisadas, principalmente nas praças públicas. 
 Quando o animal inala na cavidade nasal tem o nervo olfativo e as substâncias olfativas no ar acaba sentido o cheiro das coisas e esse nervo faz com que ele vai direto para o cérebro para informar o sistema nervoso central, em alguns animais o conídio não precisa ir para o pulmão ele vai para o nervo e consegue subir direto para o cérebro atingindo o SNC.
Epidemiologia
· Espécies acometidas
· Locais (praças)
· Grupos humanos – AIDS (8-12% Sudeste)
· Ambientes 
· Elevadas resistências natural
 Qualquer mamífero pode ser acometido pela criptococose e geralmente o local é relacionado ao ambiente em que o animal vai inalar poeira contendo fezes de aves. Locais que criam passarinhos de forma que não tem uma higienização correta pode ser um ambiente propicio ara o fungo. 
Patogenia
 Este fungo é encontrado na natureza, porém é encontrado em ambientes contendo fezes de aves que possuem grande concentração de ureia e creatinina que além de estimular uma maior proliferação deste fungo, também dificulta a proliferação de outros microrganismos. Desta maneira, o fungo vai se desenvolver formando hifas e conídios que uma vez que as fezes ressecam os conídios acabam sendo inalados de forma acidental atingindo os alvéolos e sofrendo mudanças morfológicas devido a temperatura colonizando assim o tecido respiratório.
 Em alguns animais durante a inalação, o conídios pode migrar para o cérebro através do nervo olfativo causando assim uma meningite aguda e fatal. Na forma clássica na qual o fungo coloniza o pulmão, os sinais clínicos respiratórios ocorre mediante a um quadro de imunossupressão em que o sistema imune não consegue (pois dependem da capacidade da imunidade inata) no combate ao fungo. Caso contrário, ele se dissemina pela corrente sanguínea para outros tecidos, sobretudo as meninges e nos animais domésticos a mucosa respiratória causando feridas de difícil tratamento.
Sinais clínicos 
Pulmonar regressiva
Pulmonar progressiva
· Sintomas inespecíficos 
· nódulos pulmonares não calcificados
Disseminada 
· meningoencefalite crônica
· cefaleia e letargia 
· maior causa de morte
Lesões cutâneas
· Forma mais comum nos animais
· Lesões contagiosas
· Disseminada ou local
Ocular (45% com SNC)
Ossos (5%)
 Esta infecção pode gerar três formas clínicas: 
a) Pulmonar Regressiva: devido a presença do fungo nos alvéolos acaba prejudicando a troca gasosa promovendo alguns sintomas autolimitantes como espirros, falta de ar e febre, sem maiores consequências.
b) Pulmonar Progressiva: é aquela pneumonia onde os sintomas são graves e tem comprometimento da capacidade pulmonar de difícil tratamento. Caso não seja devidamente tratado pode evoluir para a forma disseminada. 
c) Forma disseminada: Nos humanos o fungo tem tropismo pelas meninges causando meningoencefalite crônica com alta taxa de letalidade, embora possa ocorrer nos animais, nestes a forma mais encontrada disseminada é o acometimento de áreas muco cutâneas (próximo ao focinho) que é facilmente confundida com outras patologias.
 Hoje em dia não se pode dar mole em fazer um diagnóstico clínico precoce visto que essa patologia é facilmente confundida com a esporotricose por conta disso é necessário fazer exames específicos para uma melhor tratamento. 
Diagnostico
· Clínico – epidemiológico
· Pacientes do grupo de risco
· Quadro subagudo – SNC e pulmonar
· Exame direto – tinta nanquim
· Cultura: Ágar Níger microscopia
· Prova do látex – Ag no líquor
 Podemos coletar amostra do ambiente suspeito e semear em meio de cultura como Ágar Níger (meio seletivo para criptococcus, mas é usado para coletar material de ambiente e não animal) para crescimento do fungo. Em pacientes com meningites recomenda-se a coleta do líquor ou líquido cefalorraquidiano (LCR) para a detecção de antígenos através de ELISA, já nos animais com a forma mucocutânea recomenda-se biopsia e PCR ou Cultura.
Tratamento
· Pacientes imunodeprimidos
· Fases de indução e manutenção
· Anfotericina B + Flucitosina – min 2 sem fluconazol/10sem
· Fora do SNC – fluconazol 440mg/d por 2-6m
· Tratamento suporte e sintomático
Medidas profiláticas
· Diagnóstico precoce 
· Áreas de risco

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