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resumo sobre fungos

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INTRODUÇÃO
Os fungos são o maior e o mais diverso grupo de organismos fitopatogênicos. Todas as plantas são atacadas por patógenos fúngicos e alguns deles podem causar doenças em diversas plantas (Morandi et al, 2009). Essas doenças infecciosas causadas por fungos são cada vez mais reconhecidas como uma ameaça mundial à segurança alimentar, visto que provocam a cada ano a destruição de pelo menos 125 milhões de toneladas das cinco principais plantações: arroz, milho, trigo, batata e soja (Fisher et al, 2012).  
Os fungos dos gêneros fusarium e lasiodiplodia são patógenos que causam podridão radicular que é uma das doenças mais destrutivas da cultura da mandioca, provocando prejuízos econômicos e redução da produção (Hohenfeld et al, 2013).  
Descrever as característica desses gêneros de  fungos é importante para conhecê-los e auxiliar no combate desses patógenos. Desta forma, o objetivo do trabalho foi estudar o efeito nas temperatura de 18°C e 30°C, temperaturas marcantes da estação de Brasília-DF, no crescimento “in vitro” dos fungos do gênero Lasiodiplodia e Fusarium. Já que poucas informações estão disponíveis em literatura quanto às condições de temperatura ótimas para o crescimento dos patógenos (Hohenfeld et al, 2013). 
Espera-se que ambos os fungos desenvolvem-se melhor a temperaturas de 30°C.
DISCUSSÃO
Com base nos resultados da pesquisa, conclui-se que o gênero Lasiodiplodia apresenta crescimento ideal a temperatura de 30°C. Tavares (2002) descreve que temperaturas altas, com média em torno de 28°C, umidade relativa próxima de 60% e precipitação pluviométrica de, aproximadamente, 15 mm favorecem o desenvolvimento de fungos desse gênero. Nossos dados corroboram com os mostrados por Hohenfeld et al, (2013) onde os isolados do gênero Lasiodiplodia sp. obtiveram a melhor faixa de crescimento “in vitro” entre 30 a 35 ºC, em um período de 5 a 6 dias, na ocasião o autor também demonstrou que os isolados deste gênero possuem crescimento de moderado a rápido em temperaturas abaixo de 20 ºC porém com um crescimento maior acima de 30 ºC. 
Já para o gênero Fusarium, não conseguimos observar crescimento significativo em ambas as temperaturas de 18°C e 30°C, e observamos a tendência de um crescimento lento a essas temperaturas o que corrobora com o  demonstrado por Hohenfeld et al, (2013) onde os isolados de Fusarium sp. obtiveram faixa de crescimento ótima entre 22 a 27 ºC, no período de 6 a 7 dias, com crescimento mais lento em temperaturas abaixo de 18 ºC e em temperaturas elevadas (>30 ºC). Como usamos temperaturas fixas de 18°C e 30°C, não conseguimos obter dados sobre a temperatura ótima para Fusarium, sendo preciso experimentos futuros para corroborar com os dados do autor.
O entendimento das temperaturas ótimas de crescimento desses dois gêneros de fungos são importantes para avaliar quais regiões climáticas possuem suas lavouras  mais suscetíveis ao ataque desses patógenos. E também, em quais estações do ano esses ataques são mais prováveis de ocorrer. Além disso, conhecer características, como o crescimento ótimo, desses gêneros permite o desenvolvimento futuro de novas tecnologias que possuem como finalidade combater tais patógenos no campo.
REFERÊNCIAS
1. Fisher, M. C., Henk, D. A., Briggs, C. J., Brownstein, J. S., Madoff, L. C., McCraw, S. L., & Gurr, S. J. (2012). Emerging fungal threats to animal, plant and ecosystem health. Nature, 484(7393), 186-194.
2. HOHENFELD, C., Haddad, F., & de OLIVEIRA, S. A. S. Crescimento micelial de isolados de Fusarium sp., Scytalidium sp., Lasiodiplodia sp. e Phytophthora sp., causadores de podridões radiculares em mandioca, sob diferentes temperaturas. In Embrapa Mandioca e Fruticultura-Resumo em anais de congresso (ALICE). In: JORNADA CIENTÍFICA EMBRAPA MANDIOCA E FRUTICULTURA TROPICAL, 7., 2013, Cruz das Almas. Anais... Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura, 2013. Publicação online..
3. Morandi, M. A. B., JÚNIOR, P., BETTIOL, W., & TEIXEIRA, H. (2009). Controle biológico de fungos fitopatogênicos. Embrapa Meio Ambiente-Artigo em periódico indexado (ALICE).
4. TAVARES, S. C. C. de H. Epidemiologia e manejo integrado de Botryodiplodia theobromae – situação atual no Brasil e no mundo. Fitopatologia Brasileira, v.27, p.46-52. 2002.

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