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RESUMO - COCCIDIOSE & MICOTOXINAS ACADÊMICA: RAFAELA G. BORBA PROFESSOR: PAULO DILKIN ● COCCIDIOSE - Eimeriose Protozoário que parasita as células epiteliais da mucosa intestinal e as destroem. Alta mortalidade e altas perdas econômicas. Problema de conversão alimentar, diarréia, menor peso de carcaça, altos gastos com medicamentos e vacinas, além de perdas na produção. ETIOLOGIA: Filo: apicomplexa; Classe: Sporozoae - produzem esporos (resistem por até 5a); Ordem: Eucoccidia; Gênero Eimeria. O oocisto contém 4 esporocistos com 2 esporozoítos cada (total 8 esporozoítos). Quimio e vacina -> não tem como erradicar, vai controlando. Imunidade duradoura alcançada através da reinfecção periódica com oocisto da cama; Vacina (estimula imunidade) -> imunidade -> anticoccidianos na ração para controlar; Perus são muito sensíveis. INTESTINO NORMAL: duodeno - ++ vilosidades; + avermelhado ; +espessura jejuno - menos avermelhado; - espessura; íleo - + esbranquiçado; Cecos: verificar biose; não pode estar preto e nem com gases (se tiver é pq teve problema na absorção de nutrientes) *****E. necatrix: duodeno + cecos - matrizes e poedeiras E. Acervulina - afeta o duodeno. Período pré-patente de 4 dias; parede espessada com áreas esbranquiçadas. Infecção + superficial - redução de vilosidades. E. Maxima - afeta o jejuno. Período pré- patente de 6 dias. Parede espessada, petéquias, exsudato mucóide laranja. E. Tenella - afeta os cecos. Período pré-patente de 7 dias. Tecido necrótico ou coágulo sanguíneo, hemorragias. Atacam células da camada mais interna da mucosa - atingem vasos - hemorragia - hipovolemia. E. Necatrix - afeta duodenos e cecos. período pré-patente de 7 dias. Formação de gases, pontos brancos, petéquias (externamente), exsudato sanguinolento. As espécies que parasitam as galinhas não parasitam outros animais. Completam o ciclo de vida em apenas um hospedeiro (monóxeno), apresentando reprodução assex. e sex. dentro das células e esporogonia no meio externo. Oocisto: grande resistência (até 5a); impermeável a maioria dos desinfetantes; sensível a O2, CO2, amônia. 2 camadas: externa-lipídica (impermeável), interna-aminoácidos (glicoproteínas + carbo). Esporulação: precisa estar quente e úmido (12-39C); oocisto tem que esporular para contaminar (demora 4d); As alterações na mucosa intestinal são dependentes da densidade parasitária (isso depende da dose infectante inicial de oocistos, que determinam o número de esporozoítos que invadem as células); da disseminação da infecção durante a esquizogonia (afetada pela imunidade); de quanto as fases do parasita penetram nas células epiteliais; da presença de anticoccidianos na ração. Dieta -> se tem predomínio de trigo -> + niacina e riboflavina -> favorece o desenvolvimento de coccidios. Milho -> vit A e E -> favorece a resistência e proteção do epitélio intestinal. Sinais: diarréia, desuniformidade do lote (diferença na susceptibilidade), menor consumo de ração, prostração, mortalidade. Observar as fezes: placas coalescentes - fibrina; estrias brancas. PATOGENIA: Causa lesão intestinal. Danos às células epiteliais e as proteínas de junção -> intestino permeável -> bactérias patogênicas e produção de endotoxinas. Maior predisposição às aves entre 4 e 5a semana de idade (depois disso começam a desenvolver imunidade). DIAGNÓSTICO: clínico, necro, micro (alteração de vilosidades, merozoítos), PCR, ELISA, ex de fezes (oocistos) é o definitivo. Tratamento: Subdosagem para estimular a imunidade. Programa único ou dual: químico e ionóforo -> cuidar com efeitos colaterais e tóxicos. Anticoccidianos: cuidar resistência, resíduo carne e ovos. Profilaxia: vacina (água, ração, ocular, pulverizar, etc); anticoccidianos na ração. IM-> coxabic -> estimula IGG, proteção em todo o organismo. Na água-> proteção na mucosa -> IGA. Antes do antígeno entrar. Biosseguridade no geral. ● MICOTOXINAS - baixo peso molecular e não possuem imunogenicidade. Micotoxinas de pré-colheita (de campo): Fusariotoxinas (fumonisinas, zearalenona, tricotecenos). Alta umidade, baixa temperatura. Micotoxinas pós-colheitas 80-90% (de armazenamento): Aflatoxinas (+BR), Ocratoxina A (+EUA). Baixa umidade, alta temperatura. Baixa imunidade da planta/grão: amadurecimento, estiagem, geada, pragas, pouca água, sem pele (quando tá triturado). Problema no silo: foco de impurezas no centro, e a temperatura ali é maior -> toxinas. Quando está quente -> aumenta a pressão externa do silo -> condensa a umidade no centro -> toxinas. Tem que aerar o silo (saída de ar, sistema de exaustão) - tentar deixar 18C dentro. Deve-se lavar e desinfetar o silo, retirar todos os esporos. Cuidados: diminuir temperatura, retirar água, retirar oxigênio. Atividade de água-> varia de 0-1; Milho: máx. 0,7. Acima disso, fica disponível para o crescimento de fungos e bactérias. Ecofisiologia do fungo: depende do substrato, depende da água, temperatura.. Silagem contaminada -> vaca -> sai toxina no leite -> alimentos. ● AFLATOXINAS - produzido por Aspergillus Grãos mal armazenados. Principais: aflatoxinas B1, B2, G1, G2. Quanto mais novo o animal, mais sensível. B1- BLUE: + tóxica; +estável; biotransformada no fígado; B1 reduz os níveis de vitamina D, menor taxa de fluxo urinário, menor excreção de sódio e potássio, aumento da excreção de cálcio (reduz o ca plasmático). Imunossupressão -> danos hepáticos -> menos fatores de coagulação e proteínas: hemorragia, fígado pálido com manchas. Icterícia de carcaça + fígado edemaciado. Pâncreas: vacúolos, hemorragias, necrose, diminui enzimas pancreáticas -> fezes com restos de alimentos mal digeridos; “Síndrome da ave pálida” -> palidez mucosas e pernas. Manchas de sangue na gema, ovos sujos (diarréia), diminui peso dos ovos. Afla é indutora de câncer - altera DNA; tem tropismo por gordura -> vai para a gema -> intoxica o pintinho (- viabilidade) -> aumento da morte embrionária. Bursa: o normal é desenvolver no máx até 25d, depois regride. Fica 2x o tamanho do baço. Quando tem afla -> diminui muito, fica menor que o baço ou do mesmo tamanho. É termoestável até 269C; Quantidade máx. 5ppm para os animais; Amendoim (não se usa muito na alimentação de aves); tem que colher e ir direto para a secagem; Nozes; Castanhas; 42% do MILHO no BR. Condições para armazenamento ideal: baixa temperatura, baixa umidade, baixa luminosidade, sem cheiro, com ventilação. Também diminui muito a resposta vacinal quando o animal está intoxicado. Aspergillus também produz o ÁCIDO CICLOPIAZÔNICO - sinais neurológicos, degeneração e necrose hepática, hemorragias no miocárdio, moela. ● OCRATOXINA - Penicillium e Aspergillus Café- muita ocratoxina A; 75% café solúvel; + problemático para pessoas. MILHO 4%. Se liga à albumina e fica cerca de 28d circulando no organismo. Potente nefrotóxico -> causa dano renal; rim fica protuberante e pálido. Hepatotóxico e imunodepressor. Má qualidade da casca dos ovos, ovos com manchas de sangue. ● FUSARIOTOXINAS - Fusarium Fumonisinas (30 metabolitos tóxicos)-> + importantes: B1, B2, B3. causam leucoencefalomalácia em cavalos; milho de safrinha !cuidado! (PR em maio); Níveis de FB1 acima de 150mg/kg ocasionam diminuição do consumo de alimentos e ganho de peso, aumento do peso do fígado e rins e necrose hepática, diarréia escura e pegajosa, diminuição da conversão alimentar. Diminui vilosidades. Zearalenona-> MILHO 28-48%; frequente em silagem seca. Tricotecenos (200 toxinas) -> potente inibidor de produção de proteínas (inibem peptil-transferase); imunossupressão; Fígado fica friável (quebradiço); tipo A: toxina T-2 -> má formação da casca do ovo -> aumenta poros -> contaminação; também causa lesão na boca das aves -> diminui consumo de ração. Inibe a capacidade fagocitária dos macrófagos. Induz formação de peróxidos -> diminui concentração de vitamina E. Diminui qualidade intestinal. tipo B: DON -> vomitoxina; diminui qualidade intestinal, diminui microvilosidades e as proteínas de junção -> favorecimento de bactériasgram- -> endotoxinas -> febre, vômito, diarréia.
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