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Qual a relação existente entre as cadeias de linfonodos e o estadiamento do Linfoma de Hodgkin?

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFIPMOC - MEDICINA 1º PERÍODO 
TIC’S: TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
MARIA FERNANDA SANTOS ANDRADE 
 
 
Estadiamento do linfoma 
Qual a relação existente entre as cadeias de linfonodos e o estadiamento do Linfoma 
de Hodgkin? 
 
 Linfoma de Hodgkin: 
Linfoma ou Doença de Hodgkin é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, 
conjunto composto por órgãos (linfonodos ou gânglios) e tecidos que produzem as 
células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzem essas células através do 
corpo. O linfoma de Hodgkin tem a característica de se espalhar de forma ordenada, de 
um grupo de linfonodos para outro grupo, por meio dos vasos linfáticos. A doença surge 
quando um linfócito, mais frequentemente um do tipo B, se transforma em uma célula 
maligna, capaz de multiplicar-se descontroladamente e disseminar-se. A célula maligna 
começa a produzir, nos linfonodos, cópias idênticas, também chamadas de clones. Com 
o passar do tempo, essas células malignas podem se disseminar para tecidos próximos, 
e, se não tratadas, podem atingir outras partes do corpo. A doença origina-se com maior 
frequência na região do pescoço e na região do tórax denominada mediastino e por isso 
nós temos uma proeminência da cadeia linfonodal dessa região, apresentando aspectos 
de malignidade ao exame físico. A doença pode ocorrer em qualquer faixa etária; porém 
é mais comum entre adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos), adultos (30 a 39 anos) 
e idosos (75 anos ou mais). Os homens têm maior propensão a desenvolver o linfoma 
de Hodgkin do que as mulheres. A incidência de casos novos permaneceu estável nas 
últimas cinco décadas, enquanto a mortalidade foi reduzida em mais de 60% desde o 
início dos anos 1970 devido aos avanços no tratamento. A maioria dos pacientes com 
linfoma de Hodgkin pode ser curada com o tratamento disponível atualmente. 
 
 Estadiamento: 
Estadiar um caso de câncer significa avaliar seu grau de disseminação. Para tal, há regras 
internacionalmente estabelecidas, as quais estão em constante aperfeiçoamento. O 
estádio de um tumor reflete não apenas a taxa de crescimento e a extensão da doença, 
mas também o tipo de tumor e sua relação com o hospedeiro. A classificação das 
neoplasias malignas em grupos obedece a diferentes variáveis: localização, tamanho ou 
volume do tumor, invasão direta e linfática, metástases a distância, diagnóstico 
histopatológico, produção de substâncias, manifestações sistêmicas, duração dos sinais 
e sintomas, sexo e idade do paciente, etc. Diversos sistemas de estadiamento poderiam 
ser concebidos, tendo por base uma ou mais das variáveis mencionadas. O sistema de 
estadiamento mais utilizado é o preconizado pela União Internacional para o Controle 
do Câncer (UICC), denominado Sistema TNM de Classificação dos Tumores Malignos. 
Esse sistema baseia-se na extensão anatômica da doença, levando em conta as 
características do tumor primário (T), as características dos linfonodos das cadeias de 
drenagem linfática do órgão em que o tumor se localiza (N), e a presença ou ausência 
de metástases a distância (M). O estadiamento pode ser clínico e patológico. O 
estadiamento clínico é estabelecido a partir dos dados do exame físico e dos exames 
complementares pertinentes ao caso. O estadiamento patológico baseia-se nos achados 
cirúrgicos e no exame anatomopatológico da peça operatória. É estabelecido após 
tratamento cirúrgico e determina a extensão da doença com maior precisão. O 
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MARIA FERNANDA SANTOS ANDRADE 
estadiamento patológico pode ou não coincidir com o estadiamento clínico e não é 
aplicável a todos os tumores. 
 
 Referências: 
 Sandes AF. Diagnósticos em hematologia (2ª edição). Editora Manole; 2020. 
 Instituto Nacional de Câncer https://www.inca.gov.br/estadiamento. 
https://www.inca.gov.br/estadiamento

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