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RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Alessandra e Thaiane

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA __ VARA DO TRABALHO 
SOBRAL-CE 
 
 
 
 
 
 
 JOÃO PEDRO, brasileiro, estado-civil, motoboy, 
inscrito CPF sob n° XXX e o RG n° XXXX, residente XXX, perante Vossa Excelência, por 
intermédio de seu advogado adiante assinado (procuração anexa), com escritório 
profissional no endereço completo, onde recebe intimações e notificações, com fulcro no 
art. 840, caput e § 1º, da CLT, PROPOR: 
 
 RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
 
 Em face de RESTAURANTE GOURMET LTDA, endereço 
XXXX, localizado no Município de Sobral, Estado do Ceará, CEP n° XXX, o que faz com 
fundamento nos motivos de fato e de direito a seguir expostos. 
 
1. Gratuidade de justiça 
 Em caráter preliminar, requer o Autor que se digne Vossa 
Excelência a conceder-lhe os benefícios da Gratuidade de Justiça, nos moldes do Arts. 98 e 
99 da Lei n° 13.105/15, visto que o Requerente não se encontra em situação favorável ao 
prosseguimento da presente lide sem a concessão do referido benefício. 
 Ademais, vale ressaltar que, de acordo com o Art. 1°, caput, da Lei 
n° 7.115/83, a declaração pode ser firmada pelo próprio interessado ou por seu bastante 
procurador. 
2. Dos fatos 
 
 João Pedro começou a trabalhar em 15/12/2019 como motoboy em um 
Restaurante Gourmet Ltda., localizado no Município de Sobral, Estado do Ceará, 
realizando a entrega em domicílio de churrasco e massas aos clientes do empregador. A 
carteira de trabalho de João foi devidamente assinada, com o valor de um salário-mínimo 
mensal. 
 Em razão da atividade desempenhada, João fazia em média 10 entregas em 
seu turno de trabalho, e normalmente recebia R$ 1,00 (um real) de bonificação espontânea 
de cada cliente, gerando uma média de R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais) mensais. João 
exercia suas funções durante seis dias na semana, com folga na 2ª feira, sendo que, uma 
vez por mês, a folga era em um domingo. A jornada cumprida ia das 18h às 3h30, com 
intervalo de 20 minutos para refeição, depois retornava imediatamente ao labor. 
 No mês de agosto de 2020, João fez a entrega de uma lasanha na casa de um 
cliente. Ocorre que o cozinheiro do restaurante se confundiu no preparo e acrescentou 
creme de leite na lasanha, sendo que o cliente era intolerante a lactose não podia comer 
creme de leite. Ao ver a lasanha errada, o cliente foi tomado de fúria incontrolável, 
começou a xingar e a ameaçar João, e terminou por soltar seus cães de guarda, dando 
ordem para atacar o entregador. 
 João tentou se defender e correu desesperadamente, mas foi mordido e 
arranhado pelos animais, sendo lesionado gravemente. Em razão disso, ele precisou se 
afastar por 30 dias para recuperação, recebendo o benefício previdenciário pertinente do 
INSS. João gastou R$ 200,00 reais na compra de vacina anti-rábica, que por recomendação 
médica foi obrigado a tomar, porque não sabia se os cachorros eram vacinados e ainda R$ 
300,00 com medicamentos. Em 20 de setembro de 2020, após obter alta do INSS, João 
retornou à empresa e foi dispensado, recebendo as verbas rescisórias. 
 Nos contracheques de João, constam, mensalmente, o pagamento do salário-
mínimo nacional na coluna de créditos e o desconto de INSS na coluna de descontos, sendo 
que no mês de março de 2020 houve ainda dedução de R$ 31,80 (trinta e um reais e oitenta 
centavos) a título de contribuição sindical, sem que tivesse autorizado o desconto. 
 
3. Dos Direitos 
 
3.1- Do pedido de reintegração ou indenização por estabilidade 
 O Reclamante se afastou de suas atividades por 30 dias, o qual recebeu o 
benefício previdenciário do INSS, devido acidente ocorrido em agosto de 2020 ao realizar a 
entrega de uma lasanha ao cliente. Ao retornar de afastamento, o Reclamante foi dispensado 
no dia 20/09/2020. 
Art. 21-A. A perícia médica do Instituto Nacional do Seguro 
Social (INSS) considerará caracterizada a natureza 
acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de 
nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, 
decorrente da relação entre a atividade da empresa ou do 
empregado doméstico e a entidade mórbida motivadora da 
incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças 
(CID), em conformidade com o que dispuser o regulamento. 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015) 
 
 No entanto, o Reclamante faz jus a estabilidade devido ao acidente ser 
caracterizado em relação ao trabalho, nos moldes do artigo exposto, assim tendo direito a 
estabilidade de 12 meses após retorno as atividades, conforme artigo 118 da Lei nº 8.213/91: 
 
Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem 
garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do 
seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-
doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-
acidente. 
 
 Caso não ocorra a reintegração do reclamante a empresa, poderá ser realizada 
a indenização em razão da estabilidade, em conformidade com o artigo 496 da CLT: 
 
Art. 496 - Quando a reintegração do empregado estável for 
desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante do 
dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa física, o 
tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação em 
indenização devida nos termos do artigo seguinte. 
 
3.2- Do pedido de indenização por dano moral e material 
 O Reclamante, em agosto de 2019, sofreu acidente enquanto laborava, sendo 
atacado e gravemente lesionado por cachorros do cliente, o qual entregava o pedido. 
Segundo o Código Civil: 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, 
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, 
ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano 
a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, 
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou 
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano 
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
 
 Sendo assim, devido à grave lesão sofrida pelo reclamante, configurando-se 
como ato ilícito, sendo cabível a indenização da reclamada pelo dano sofrido por seu 
empregado durante o horário de trabalho. 
 O reclamante teve gastos com medicação, considerado como dano emergente 
para comprar vacina antirrábica, no valor de R$ 200,00 (duzentos) reais recomendado pelo 
médico, violando sua integridade física e mais R$ 300,00 (trezentos) reais com 
medicamentos. 
 
Art. 223-B. Causa dano de natureza extrapatrimonial a ação ou 
omissão que ofenda a esfera moral ou existencial da pessoa física 
ou jurídica, as quais são as titulares exclusivas do direito à 
reparação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 Art. 223-C. A honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de 
ação, a autoestima, a sexualidade, a saúde, o lazer e a integridade 
física são os bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa 
física. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
 Conforme a CLT, pelo nexo de causalidade devido ao acidente, suportado 
pelo empregado, se torna cabível o ressarcimento da empresa, quanto ao que tange as 
despesas médicas e a ofensa a sua integridade física. 
 
3.3 – Do pedido de horas extras 
 O Reclamante laborava seis dias na semana, das 18h às 3h30, sendo seu 
intervalo para refeição de apenas 20 minutos, perfazendo assim, mais de 8 horas diárias 
trabalhadas,sem receber hora extra. A lei regulamenta a jornada de trabalho não superior a 8 
horas diárias, conforme artigo: 
Art. 7º CF- São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além 
de outros que visem à melhoria de sua condição social: 
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas 
diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de 
horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção 
coletiva de trabalho 
Art. 58 CLT - A duração normal do trabalho, para os 
empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 
(oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente 
outro limite. 
 
 Com exposto, sendo aceitável o pagamento da reclamada para reclamante 
das horas extrapoladas, na qual ocorria na sua jornada de trabalho, pois trabalhava mais do 
que o previsto por lei e de forma injusta o não recebimento de hora extra. 
 
3.4- Do adicional noturno 
 Conforme o exposto nos fatos, a carga horária do peticionante era das 18h 
às 3h30min, de terça a domingo, dito isso, podemos facilmente compreender o direito do 
reclamante em requerer adicional noturno, para isso, basta que analisemos o artigo 73 da 
CLT: 
 
“Art. 73, CLT: Salvo nos casos de revezamento semanal ou 
quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do 
diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 
20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna {...} 
§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho 
executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia 
seguinte.” 
 
 Assim, desde a data do vínculo empregatício o ora reclamante realizava 
5h30min noturnos diariamente, sem que a reclamada tenha realizado nenhum pagamento 
equivalente ao adicional em questão. 
 Dessa forma, requer seja a reclamada condenada ao pagamento de adicional 
noturno correspondente ás 5h e 30minutos trabalhadas diariamente, e seus respectivos 
reflexos sobre férias, décimo terceiro salário, DSR e FGTS. 
 
3.5 – Do pedido de gorjetas 
 Faz se necessária a integração das gorjetas ao reclamante, na qual gerava 
uma média de R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais) mensais que eram espontaneamente 
recebidas pelos clientes a remuneração, na forma expressa na CLT: 
 
Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para 
todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente 
pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas 
que receber. (Redação dada pela Lei nº 1.999, de 1.10.1953) 
(Vide Lei nº 13.419, de 2017) 
 
 Como também em conformidade com a súmula 354 do TST: 
 
SÚMULA Nº 354 - GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. 
REPERCUSSÕES: As gorjetas, cobradas pelo empregador na 
nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, 
integram a remuneração do empregado, não servindo de base de 
cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas 
extras e repouso semanal remunerado. 
 
 Assim o reclamante faz jus ao exposto, sendo cabível a integração das 
gorjetas recebidas por este, bonificação espontânea recebida por seus clientes, sendo tal 
valor não compreendido em sua remuneração. 
 
3.6- Do adicional de periculosidade: 
 Durante todo o período contratual o Reclamante laborou em condições 
perigosas. Todavia, nada foi pago nesse sentido. A atividade desempenhada, desse modo, 
não era exercida de modo acidental ou casual. Até porque, como afirmado nas considerações 
fáticas, a entrega de mercadorias era feita de forma constante. 
 Importante destacar o perigo que envolve a atividade de motoboy, basta 
que seja observado o trânsito caótico das cidades para percebermos o grande número de 
profissionais que se arriscam diariamente, no desempenho da atividade de motoboy. 
 Visto isso, a lei garante aos empregados que utilizam a motocicleta em 
suas atividades diárias o direito ao adicional de periculosidade de 30% (trinta por cento) 
do salário base. 
 Sabe-se que a Lei n° 12.997/14, sancionada no dia 18 de junho de 2014, 
alterou parcialmente a CLT, máxime seu art. 193. Nesse diapasão, a partir de então, passou a 
prescrever que, igualmente, o trabalho desempenhado com motocicleta, considerava-se 
atividade perigosa. 
 
“Art. 7º,CF: São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além 
de outros que visem à melhoria de sua condição social:{...} 
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, 
insalubres ou perigosas, na forma da lei.” 
 
“Art. 193, CLT: São consideradas atividades ou operações 
perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério 
do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou 
métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de 
exposição permanente do trabalhador a: {...} 
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades 
profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.” 
 
 Nesse contexto, não resta dúvidas que o peticionante faz jus ao adicional de 
periculosidade de 30% (trinta por cento), sobre os salários de todo o período trabalhado, 
assim como os seus reflexos, nos exatos termos do §1 do artigo 193 da CLT. 
 
3.7- Do intervalo intrajornada: 
 O intervalo intrajornada é devido em qualquer trabalho contínuo com 
duração acima de seis horas, logo se percebe que o caso do peticionando está configurado 
neste quadro, visto que ele trabalhava por nove horas e trinta minutos diariamente, deste 
modo, deveria ser resguardado à ele um intervalo, destinado ao seu repouso de alimentação, 
conforme artigo o artigo 71 da CLT: 
“Art. 71, CLT - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração 
exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um 
intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 
1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em 
contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.” 
 A não concessão do intervalo obrigará o empregador a efetuar o 
pagamento do tempo suprimido com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor 
da remuneração da hora normal de trabalho, com natureza indenizatória. 
 Visto que o reclamante não usufruía do intervalo de (uma) hora para 
refeição e descanso, apenas alimentando-se rapidamente ou descansando durante o 
expediente em no máximo 20 (vinte) minutos, sem que a reclamada tenha efetuado o 
pagamento da indenização devida. 
 Assim, requer seja a reclamada condenada ao pagamento do intrajornada 
correspondente a 40 (minutos) diários, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o 
valor da remuneração da hora normal de trabalho, de terça a domingo, ao longo de todo o 
contrato de trabalho, conforme § 4º do artigo 71 da CLT. 
3.8 - Do pedido de devolução do desconto da contribuição sindical: 
 João Pedro constatou em seus contracheques, que havia, mensalmente, o 
pagamento do salário-mínimo nacional na coluna de créditos e o desconto de INSS na 
coluna de descontos, sendo que no mês de março de 2020 houve ainda dedução de R$ 
31,80 (trinta e um reais e oitenta centavos) a título de contribuição sindical, sem que tivesse 
autorizado o desconto. 
 Visto isso, é fácil perceber que o ora peticionante tem direito a receber a 
devolução do desconto da contribuição sindical, visto que este foi dado sem que houvesse 
anuência do empregado. 
 Embora a Constituição Federal preveja a contribuição sindical, ela também 
garante que seja uma faculdade do empregado, e não uma obrigação, deste modo, ele teria 
a direito de se filiar ou não,como demonstrado no artigo 8° da CF e na Súmula 666 do 
STF. 
 
“Art. 8º, CF- É livre a associação profissional ou sindical, 
observado o seguinte:{...} 
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando 
de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio 
do sistema confederativo da representação sindical respectiva, 
independentemente da contribuição prevista em lei; V - ninguém 
será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato.” 
 
Súmula 666, STF: A contribuição confederativa de que trata o 
art. 8º, IV, da CF/88, só é exigível dos filiados ao sindicato 
respectivo. 
 
 Desta forma, o reclamante requer a devolução dos valores descontados a título 
de contribuição sindical, uma vez que não é exigível do mesmo. 
3.8- Dos honorários advocatícios: 
 Sendo julgada procedente esta reclamação, requer seja a reclamada condenada 
a pagamento de honorários sucumbenciais no percentual de 15% (quinze por cento), nos 
termos do artigo 791-A, CLT. 
Art. 791-A, CLT- Ao advogado, ainda que atue em causa própria, 
serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo 
de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) 
sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito 
econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o 
valor atualizado da causa. 
4. DOS PEDIDOS 
 Mediante o exposto requer-se a procedência da presente ação, condenando a 
Reclamada nos pedidos a seguir: 
A) A reintegração do Reclamante ou, entendendo Vossa Excelência tal ato desaconselhável, 
o pagamento da indenização pelo tempo da estabilidade, no importe de R$ XXXXX 
B) A indenização pelo dano moral e material, no importe de R$ XXXX 
C) O pagamento das horas extras a 50% da hora normal, à partir da 8ª hora da jornada, no 
importe de R$ XXXXXX 
D) O pagamento do adicional noturno com acréscimo de 20% sobre a hora noturna, bem 
como aplicação dos devidos reflexos nas verbas rescisórias, no importe de R$ XXXX 
E) O pagamento do adicional de periculosidade de 30%, com a devida integração salarial e 
aplicação dos reflexos nas verbas rescisórias, no importe de R$ XXXXX 
F) A indenização do intervalo intrajornada suprimido, no importe de R$ XXXX 
G) A integração salarial das gorjetas, com a devida anotação em carteira e aplicação dos 
reflexos nas férias e 13º salário, no importe de R$ XXXXX 
H) A devolução do valor descontado à título de contribuição sindical, no importe de R$ 
XXXX 
I) Da concessão do pedido da justiça gratuita, inestimável; 
J) Da condenação da Reclamada aos honorários advocatícios de sucumbência, fixados em 
15% sobre o valor da liquidação da sentença. 
REQUERIMENTOS FINAIS: 
 Diante do exposto, requer: 
a) A notificação da Reclamada para oferecer resposta à reclamação trabalhista, sob 
pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato; 
b) A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial a prova 
documental, o depoimento pessoal e a oitiva de testemunhas; 
c) Por fim, a procedência dos pedidos com a condenação da reclamada ao pagamento 
das verbas pleiteadas, acrescidas de juros e correção monetária. 
 
Atribui-se à causa o valor de R$ XXX, correspondente à somatória dos valores dos pedidos. 
Nestes Termos, 
Pede deferimento. 
Sobral-ce, 25 de Fevereiro de 2021. 
 
 
ALESSANDRA RODRIGUES COSTA 
ADVOGADA 
OAB nºXXX 
 
 
 
THAIANE SOUSA ROBERTO 
ADVOGADA 
OAB nºXXX

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