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Laura da Cunha Casimiro – Odontologia FORP-USP Resina Acrílica Indicações · Base de prótese · Placas para bruxismo · Próteses provisórias · Aparelhos ortodônticos removíveis · Moldeiras individuais · Restaurações (usadas no passado) Requisitos para uma resina odontológica Considerações biológicas · Não tóxica · Não irritante aos tecidos bucais · Insolúvel · Impermeável · Insípida · Inodora Propriedades físicas · Resistência à compressão · Resistência ao desgaste · Estabilidade dimensional · Resiliente · Baixa gravidade específica Características de manipulação · Não deve produzir gases ou pó tóxicos · Fácil de misturar, inserir, modelar e polimerizar · Insensível às variações de manipulação · Contato com oxigênio e com saliva deve provocar pequeno efeito sobre o resultado final · Fácil polimento · Possível de ser reparada Considerações econômicas · Baixo custo · Não requer equipamentos complexos Performance da resina acrílica · Conseguem preencher razoalvelmente bem esses requisitos · Nenhum material cumpre todas as exigências · As condições da cavidade oral são críticas Polimerização · Reação química a qual pequenas moléculas (monômeros) se ligam formando macromoléculas (polímeros) · Polimerizam a partir de locais ativados · Mecanismos: · Polimerização por condensação · Atualmente não é usado para resinas, mas para alguns materiais de moldagem (polissulfetos e siliconas) · Ligação de moléculas com a formação de subprodutos: água, ácidos halógenos e amônia · A formação de polímeros é lenta pois os monômeros vão se unindo em grupo (2, 3, 4) · Polimerização por adição · Frequentemente é usada somente o termo polimerização · Os monômeros ligam-se individualmente e podem formar rapidamente macromoléculas · Para ocorrer esse tipo de reação é necessário ter um grupo insaturado (ligação dupla) e um radical livre · Reações em cadeia com liberação de calor · Reações exotérmica, em cadeia, sem liberação de subprodutos · Ocorre em quatro estágios: indução, propagação, terminação, transferência de cadeia · Indução é dependente da formação de um componente com elétron livre (radical muito reativo); o elétron livre se aproxima e se liga a um elétron da ligação dupla de monômero (C=C), deixando este com uma ligação livre (tornando-se radical livre). Para ocorrer a polimerização sempre é necessário um ativador e um iniciador. Após o iniciador ser ativado, o processo de polimerização é constante e em cadeia (propagação). Teoricamente, todos os monômeros deveriam se tornar polímeros, mas a reação nunca se completa (150 a 200 unidades – terminação). Um polímero pode ativar a formação de uma nova cadeia (transferência de cadeia) Tipo de polimerização Ativador Iniciador Termicamente Calor (50 a 100 graus) Peróxido de benzoíla Quimicamente Amina 3ª Peróxido de benzoíla Fotoativada Luz (470 nm) Canforoquinona Inibição da polimerização · Impurezas: poderão reagir com os radicais livres e inibir ou retardar a polimerização · Oxigênio: reage com os radicais livres. A velocidade da reação e o grau de polimerização são menores se a polimerização acontece ao ar livre · Hidroquinona: adicionada em pequenas quantidades (0,006%) para prevenir a polimerização durante armazenamento Copolimerização · É o processo de formação de copolímero · São responsáveis pelas reações nas laterais da cadeia, ocorrendo um entrelaçamento de polímeros · Monômeros quimicamente diferentes são adicionados para melhorar as propriedades físicas do polímero · A maioria das resinas possuem copolímeros pois aumentam consideravelmente a sua resistência Composição da resina · Pó (polímero): polimetilmetacrilato + peróxido de benzoíla + corantes · Líquido (monômero): metilmetacrilato + hidroquinona + copolímeros + amina 3ª (quimicamente ativadas) Contração de polimerização · 21% na conversão do metilmetacrilato em polimetilmetacrilato · Solução: fabricante pré-polimeriza parte da resina (pó) · Proporção pó líquido – 3:1 (em volume) – é suficiente para umedecer as partículas e polímero = controla a polimerização (7% volume) Mistura do monômero com polímero · Produzirá uma massa que durante a polimerização possui cinco fases 1. Arenosa: pouca ou nenhuma reação ocorre a nível molecular, com consistência áspera ou granular 2. Fibrilar: monômero ataca a superfície das pérolas de polímero; algumas cadais de polímeros são formadas aumentando a viscosidade da mistura; consistência grudenta e com formação de fibrilas 3. Plástica: aumento do número de cadeias; não adere mais à superfície da espátula ou pote; ideal para ser trabalhada (fase de trabalho) 4. Borrachoide: o monômero é dissipado por evaporação e por sua maior penetração nas pérolas; não é mais indiciada para uso 5. Densa: em repouso por longo período a mistura torna-se rígida; massa seca e resistência à deformação Propriedades físicas dos polímeros · São influenciadas pelas alterações no meio, pela composição estrutural e peso molecular de um polímero Contração de polimerização · A contração é uniformemente distribuída em toda superfície da base da dentadura, não afetando significamente a sua adaptação Porosidade · Podem comprometer as propriedades físicas estéticas e higiênicas da placa base · Resulta da evaporação de monômeros não-reagidos e de polímeros de baixo peso molecular quando a temperatura ultrapassa seu ponto de ebulição · Mistura inadequada dos componentes (pó líquido) · Pressão insuficiente do material no molde Absorção de água · Pode causar pequena expansão · Interferem no entrelaçamento das cadeias diminuindo a resistência · Geralmente ocorre por difusão Solubilidade · São pouco solúveis nos fluidos orais · Pode ser significante sob ponto de vista clínico, mas pode ocorrer uma reação tecidual adversa · Trincas (relaxamento de tensões decorrentes do processamento) · Resistência (composição, técnica de processamento e grau de polimerização) · Termoativadas possui melhores propriedades que as quimioativadas (resistência, lisura...) Etapas de confecção da base de uma prótese total Técnica de compressão · Modelagem · Montagem completa dos dentes · Preparo para inclusão · Modelo incluído na mufla · Prótese totalmente incluída · Leva-se para a água quente · Separação da mufla · Eliminação da cera · Aplicação de selante · Manipulação e colocação da resina no molde · Prensagem da mufla · Leva-se para a água quente · Polimerização da resina em água quente · Desmuflagem · Remoção de excessos · Acabamento e polimento
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