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FACULDADE PRESEIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE UBERLÂNDIA FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE UBERLÂNDIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO RAPHAELLA DE FREITAS CASTRO RELATÓRIO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) UBERLÂNDIA-MG 2021 RAPHAELLA DE FREITAS CASTRO RELATÓRIO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) Relatório de estágio curricular obrigatório apresentado à disciplina de Estágio Supervisionado de Unidades de Alimentação e Nutrição do Curso de Graduação em Nutrição da Fundação Presidente Antônio Carlos – FUPAC, como requisito obrigatório à obtenção de nota na disciplina de Estágio Supervisionado de UAN. Supervisora de estágio: Carla Cristina Silva UBERLÂNDIA-MG 2021 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 7 2. OBJETIVOS ............................................................................................................... 9 2.1 Objetivo Geral ..................................................................................................... 9 2.2 Objetivos Específicos .......................................................................................... 9 3. DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 10 3.1. Dados gerais da empresa ................................................................................. 10 3.2. Tipologia do restaurante ................................................................................. 10 3.3. Número de comensais ...................................................................................... 10 3.4. Número de funcionários .................................................................................. 10 3.5. Serviços oferecidos ........................................................................................... 11 3.6. Estrutura do serviço ......................................................................................... 11 3.6.1 Organograma interno da cantina ............................................................... 11 3.7. Escala dos funcionários ................................................................................... 11 3.8. Métodos de contratação e demissão de funcionários .................................... 12 3.9. Segurança do trabalho ..................................................................................... 12 3.9.1 Atestado de saúde ocupacional (ASO) ........................................................ 12 3.9.3. Programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA) ............................. 13 3.9.4. Comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA) ............................... 13 3.10. Layout e fluxograma ...................................................................................... 14 3.10.1. Avaliação do layout através de planta baixa ........................................... 14 3.11. Discriminação dos setores e descrição das operações ................................. 15 3.11.1. Recepção de matéria prima ...................................................................... 15 3.11.2. Estoque seco .............................................................................................. 15 3.11.3. Armazenamento de lixo ............................................................................ 15 3.11.4. Instalações sanitárias/vestiários .............................................................. 16 3.11.5. Sala do nutricionista ................................................................................. 16 3.11.6. Área de higienização de utensílios .......................................................... 16 3.11.7. Área de higienização de pratos, talheres e copos .................................... 16 3.11.8. Área de higienização das mãos ................................................................ 17 3.11.9. Área de pré-preparo de carnes ................................................................ 17 3.11.10. Área de pré-preparo de vegetais ............................................................ 17 3.11.11. Área para preparo de sucos ................................................................... 17 3.11.12. Área de cocção ....................................................................................... 18 3.11.13. Área de distribuição ............................................................................... 18 3.12. Equipamentos ................................................................................................ 18 3.12.1. Listagem de equipamentos ....................................................................... 18 3.13. Manutenção de equipamentos e utensílios .................................................. 19 3.14. Planejamento de cardápios ........................................................................... 19 3.15. Abastecimento e armazenamento de alimentos .......................................... 19 3.15.1. Política de compra .................................................................................... 19 3.15.2. Listagem de fornecedores ........................................................................ 20 3.15.3. Recebimento de mercadorias ................................................................... 20 3.15.4. Armazenamento de mercadorias ............................................................. 21 3.16. Pré-preparo de alimentos .............................................................................. 21 3.17. Preparo e produção dos alimentos ............................................................... 22 3.18. Porcionamento e distribuição de alimentos................................................. 23 3.18.1. Limpeza da cozinha e salão de distribuição ............................................ 23 3.18.2. Atendimento ao cliente ............................................................................ 24 3.18.3. Coleta de amostras ................................................................................... 24 3.18.4. Controle de resto ingesta ......................................................................... 24 3.18.5. Controle de sobra limpa ........................................................................... 24 3.18.6. Controle de temperatura .......................................................................... 25 3.19. Controles de qualidade .................................................................................. 25 3.20. Acompanhamento da produtividade do local .............................................. 25 3.21. Acompanhamento de custos .......................................................................... 26 3.22. Manual de boas práticas e procedimentos operacionais padronizados (POPs) .................................................................................................................................. 26 3.23. Treinamento de manipuladores de alimentos ............................................. 27 3.24. Atividades extras desenvolvidas na unidade ............................................... 27 3.25. Check list de verificação ................................................................................ 28 3.25.1. Primeira avaliação .................................................................................... 28 3.25.2. Segunda avaliação .................................................................................... 28 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 29 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................30 6. ANEXOS .................................................................................................................. 31 Anexo I – Ficha de distribuição de EPI’s .............................................................. 31 Anexo II – Controle de Higienização de Equipamentos e Utensílios ................. 32 Anexo IV – Controle de Temperatura dos Alimentos do Almoço ...................... 38 Anexo V – Manual de boas práticas de fabricação (MBP) e Procedimentos operacioanis padronizados (POPs) .................................................................................... 42 Anexo VI – Check list de verificação Inicial ......................................................... 60 Anexo VI – Check list de verificação Final ........................................................... 65 ANEXO VII – Termo de compromisso de estágio ............................................... 70 ANEXO VIII – Lista de presença do estágio ........................................................ 76 8. APENDICE ............................................................................................................. 78 Apêndice I – Layout da planta baixa .................................................................... 78 Apêndice II – Fichas técnicas de preparação ....................................................... 80 APENDICE III – Fluxograma das preparações ................................................... 83 Fluxograma da conserva de jiló orgânico ........................................................... 83 Fluxograma Chips Banana Verde ....................................................................... 84 Fluxograma Biomassa de banana verde ............................................................. 85 APENDICE IV - Material referente ao Treinamento dos Colaboradores ........ 86 APENDICE V – Tabelas Nutricionais das preparações ..................................... 89 Tabela Nutricional Conserva de Jiló orgânico..................................................... 89 Tabela Nutricional Chips de banana verde .......................................................... 90 Tabela Nutricional Biomassa de banana verde ................................................... 91 APENDICE VI – Slide de apresentação ............................................................... 92 7 1. INTRODUÇÃO De acordo com a Lei nº 8.234 de 17 de setembro de 1991, regulamenta a profissão de nutricionista e determina outras providências, conforme a resolução CFN nº 600, de 25 de fevereiro de 2018, dispõe sobre as áreas de atuação do nutricionista, tais como: Nutrição em Alimentação Coletiva, Nutrição Clínica, Nutrição em Esportes e Exercício Físico, Nutrição em Saúde Coletiva, Nutrição na Cadeia de Produção, na Indústria e no Comércio de Alimentos, Nutrição no Ensino, na Pesquisa e na Extensão (CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTA, 2018). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), de acordo com a resolução RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004, define como serviço de alimentação, todos os lugares que fazem a manipulação, preparação, fracionamento, armazenamento, distribuição, transporte e expõe à venda, alimentos preparados ou in natura, devem atender as normas e regulamentos impostos pela ANVISA (BRASIL, 2004). Os serviços de alimentação coletiva, possui diversos segmentos, um deles é a Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN), que tem como principal função, promover refeições nutritivas e equilibradas, proteção contra perigos de contaminação química, física ou biológica (SHINOHARA et al., 2016; SILVA et al., 2015). O nutricionista de UAN, é responsável por garantir o controle de qualidade do alimento, de fazer o planejamento, organização, direção, supervisão e a avaliação do local (ABREU et al., 2016). O serviço da unidade de alimentação e nutrição UAN, divide em sistema de autogestão, quando fazem a preparação da alimentação na própria cozinha, e gestão terceirizada, ou seja, concessão, caracterizada pela refeição convênio ou refeição transportada. O serviço de UAN, pode ser realizado em empresas e instituições, hotéis, hotelaria marítima, comissarias, unidades prisionais, hospitais, clinicas em geral, hospital-dia, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), spa clínicos, serviços de terapia renal substitutiva, Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) e similares (CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS, 2018). No que diz respeito, a administração da UAN fica sobre a responsabilidade de um nutricionista apto a supervisionar as condições higiênicas e práticas de manipulação e preparo de alimentos. Para a fiscalização é utilizado um check list, para avaliar as condições higiênicas- sanitárias de um estabelecimento produtor de refeição, deve ser feito em um primeiro momento a avaliação para identificar as não conformidades, e a partir dos dados, realizar e propor medidas corretivas (SILVA et al., 2015). 8 De acordo com a RDC nº 600/2018, é estabelecido como obrigação do nutricionista: elaborar os cardápios de acordo com as necessidades nutricionais; elaborar informação nutricional do cardápio (valor energético, ingredientes, nutrientes e aditivos); coordenar recebimentos e armazenamento de alimentos; elaborar fichas técnicas, manual de boas práticas (MBP) e procedimento operacional padronizados (POP); implantar e supervisionar pré-preparo, preparo, distribuição e transporte de refeições; capacitar os funcionários e programas de alimentação aos clientes; educação alimentar e nutricional (EAN) para os clientes; elaborar relatórios técnicos de não conformidades e ações corretivas; monitorar a seleção de fornecedores e a procedência dos alimentos; promover a redução de sobras, restos e desperdícios; cardápios específicos para clientes com doenças ou deficiências associadas à nutrição. A resolução CNE/CES nº 5 de 2001, determinou a obrigatoriedade do desenvolvimento de estágios curriculares para melhor aproveitamento dos conhecimentos adquiridos na graduação, para garantir a preparação dos profissionais ao exercício da profissão. Os estágios são supervisionados pelos docentes e por nutricionistas responsáveis pelos locais para a formação em três áreas de atuação, que são: nutrição clínica, nutrição em saúde pública e nutrição em unidades de alimentação e nutrição (CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 2001). 9 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Colocar em prática os conhecimentos adquiridos no curso de Nutrição, e perceber a importância do atendimento alimentar e nutricional nos serviços de alimentação coletiva dentro da unidade de alimentação e nutrição designada (UAN). 2.2 Objetivos Específicos ▪ Visualizar na prática os deveres e atividades desenvolvidas pelo nutricionista de UAN; ▪ Analisar o desenvolvimento e a organização de uma UAN; ▪ Participar do planejamento e execução do planejamento de cardápios; ▪ Verificar e analisar os pontos críticos dos procedimentos de higienização das instalações e dos alimentos; ▪ Verificar o Manual de Boas Práticas de Fabricação e dos Procedimentos Operacionais Padronizados; ▪ Auxiliar na elaboração de Tabelas Nutricionais; ▪ Colocar em prática conhecimentos teóricos adquiridos, em situação de prática; ▪ Possibilitar crescimento acadêmico e profissional. 10 3. DESENVOLVIMENTO 3.1. Dados gerais da empresa Nome: Ação Moradia CNPJ: 04172671/0001-90 Nome Fantasia: Ação Moradia Endereço: Avenida Canoas, nº 181, Bairro: Morumbi Uberlândia-MG – CEP: 38407-291 Responsável Técnico: Fabiano 3.2. Tipologia do restaurante Trata-se de uma cantina, onde oferece um atendimento rápido, pois as próprias crianças e funcionários escolhem e servem-se a quantidade que deseja. É caracterizada de self- service. 3.3. Número de comensais O número de comensais varia por dia, poissão refeições servidas no turno da manhã e da tarde, e depende da quantidade de crianças e funcionários que vão realizar as refeições. Por se tratar de uma Organização da Sociedade Civil (OSC), há dias da semana em que são feitas mais quantidades de refeições, bem como, tem dias que são realizados uma quantidade menor, isso acontece, devido ao fato da presença e falta das crianças, e de não existir um comunicado para isso. 3.4. Número de funcionários A cantina conta com três funcionárias contratadas, sendo duas delas auxiliares de cozinha, ou seja, manipuladores de alimentos e a supervisora de cozinha. Os demais colaboradores são voluntários que vão para auxiliar nos preparos de alimentos e na limpeza da cozinha. 11 3.5. Serviços oferecidos A alimentação oferecida no local é composta pelo café da manhã, refeição principal (almoço) e o lanche da tarde. 3.6. Estrutura do serviço 3.6.1 Organograma interno da cantina 3.7. Escala dos funcionários Não existe uma escala a ser seguida, os funcionários e voluntários vão a cantina de segunda-feira a sexta-feira iniciando as atividades as 07:12hrs da manhã e finalizando as 17:48hrs da tarde. Os voluntários podem haver maior demanda quando há necessidade. FUNÇÃO ENTRADA SAÍDA Supervisora de cozinha 07:12 17:00 Auxiliar de cozinha 1 07:12 16:12 Auxiliar de cozinha 2 08:00 17:48 SUPERVISORA DE COZINHA AUXILIAR DE COZINHA 1 AUXILIAR DE COZINHA 2 VOLUNTÁRIOS 12 3.8. Métodos de contratação e demissão de funcionários A contratação e a demissão dos funcionários são de acordo com a necessidade do local, são contratados pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), o contrato mínimo é de 5 anos. Existe no local, funcionários contratados e voluntários, que não possuem vinculo trabalhista. A contratação é feita por indicação, através de cadastro do currículo no site da Instituição. Após a análise dos currículos, o encaminhamento dos selecionados é passado para os recursos humanos (RH) da Instituição, para organizarem os papeis e efetivarem a contratação. O controle de horário dos funcionários, é de acordo com a disponibilidade dos funcionários de comum acordo com a Instituição. 3.9. Segurança do trabalho 3.9.1 Atestado de saúde ocupacional (ASO) Para que seja feita a contratação e a demissão de um funcionário, ou mudarem de função, o periódico e até mesmo após o afastamento por mais de 30 dias, é necessário que a empresa submeta o funcionário a realizar o exame de Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), para analisar se o funcionário está apto a trabalhar. O Programa de Controle Médico de Saúde Operacional (PCMSO), tem como objetivo a promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores, com isso a NR nº7 do Ministério do Trabalho, consta nele o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), que por sua vez tem como objetivo atestar a aptidão do funcionário para a contratação. A realização do Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), de acordo com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), o médico do trabalho deverá emitir o ASO em duas vias, uma via é de responsabilidade do funcionário e uma via fica arquivada na empresa. De acordo com o item 7.4.4.3 da NR nº7, do Ministério do Trabalho, deve conter no exame o nome completo do trabalhador, o número de registro de sua identidade e sua função; os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência deles, na atividade do empregado, conforme instruções técnicas expedidas pela Secretária de Segurança e Saúde no Trabalho – SSST; indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido ao trabalhador, incluindo os exames complementares e a data em que foram realizados; o nome do médico coordenador, quando houver, com respectivo CRM; definição de apto ou inapto para a função especifica que 13 o trabalhador vai exercer, exerce ou exerceu; nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato; data e a assinatura do médico encarregado do exame e carimbo contendo seu CRM. 3.9.3. Programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA) A Norma Regulamentadora nº 9 (NR nº 09), estabelece que a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte dos empregadores e instituições que admitem trabalhadores, do Programa de Prevenção e Riscos Ambientais (PPRA), visando a preservação e integridade da saúde dos trabalhadores. O uso de uniforme é obrigatório. As funcionárias recebem no mínimo dois conjuntos de uniformes novos. Na instituição, não há um controle do uso dos EPIs, a ficha de distribuição é feita pelos recursos humanos (RH) da instituição. Os EPIs identificados, presentes na instituição: • Botas de PVC; • Aventais de tecido – para uso no momento da manipulação evitando contato com as roupas das funcionárias; • Toucas descartáveis; • Mascaras descartáveis. A ficha de distribuição dos EPIs encontra-se em ANEXO I. Os equipamentos de proteção coletiva (EPCs) serve para proteger o local de trabalho, evitando que acidentes ocorram naquele ambiente. Os EPCs identificados, presente na instituição: Extintores; Placas sinalizadoras de segurança; Exaustor. 3.9.4. Comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA) De acordo com a Norma Regulamentadora nº 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), tem como objetivo prevenir acidentes e doenças que são decorrentes do trabalho, essa comissão, por sua vez, torna compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. 14 Existe uma quantidade mínima de funcionários especificado na NR nº 5, de que as empresas devem ter para a implantação da CIPA, de 0 a 19 funcionários não há necessidade da implantação da CIPA, porém, é necessário conter um funcionário designado pelas atribuições e objetivos da CIPA. A instituição possui apenas 3 funcionários, então não há necessidade da implantação da CIPA. Por ser uma instituição filantrópica, não existe um funcionário designado para aplicar as atribuições e os objetivos da CIPA. 3.10. Layout e fluxograma 3.10.1. Avaliação do layout através de planta baixa O objetivo da RDC Nº 275/2002 é estabelecer Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) que contribuam para a garantia das condições higiênico-sanitárias necessárias ao processamento/industrialização de alimentos, complementando as Boas Práticas de Fabricação. A instituição possui setores de recebimento de mercadorias/saída de lixo, entrada de funcionários, estoque, higiene de hortifrutis, higiene das mãos, lavagem de utensílios, lavagem de copos, área de manipulação, área de cocção, cantina, banheiro feminino e masculino para as crianças. A avaliação da planta baixa da instituição compreendeu os seguintes setores: recebimento de matéria-prima (vermelho), saída de alimentos prontos (verde), entrada de manipuladores (azul), saída de lixo (marrom). A planta baixa com as cores dos fluxos da instituição encontra-se no APENDICE I. O acesso do recebimento de mercadorias (vermelho) e saída de lixo (marrom) é o mesmo, sendo assim, pode haver risco de contaminação cruzada entre os fluxos. De acordo com a RDC Nº 216/2004 o item 4.1.1 diz que, as edificações e as instalações devem ser projetadas de forma a possibilitar um fluxo ordenado e sem cruzamentos em todas as etapas. E segundo o item 4.1.2, deve existir separação entre as diferentes atividades por meios físicos de forma a evitar a contaminação cruzada. A saída do lixo (marrom) era realizada ao final do dia, ou de acordo com a quantidade de lixo acumulado nas lixeiras, quando acontecesse de a retirada do lixo ser antes do final do 15 dia, eram tomados os cuidados para que não ocorresse recebimento de mercadorias no mesmo horário. A entrega das mercadorias acontecia entre 08:00 e 10:00h da manhã. A saída de alimentos prontos (verde), ocorria da área de produção para a cantina.As funcionárias e voluntárias adotavam medidas para evitar a contaminação do novo coronavírus, utilizando luvas, toucas e mascaras descartáveis, além de álcool em gel, para a higienização das mãos. O fluxo dos alimentos prontos ocorre das 08:00 às 09:00h sendo o café da manhã e das 12:00 às 13:00h sendo o almoço, servidos na cantina. 3.11. Discriminação dos setores e descrição das operações 3.11.1. Recepção de matéria prima As mercadorias recebidas pelo local, são recepcionadas por uma porta no local, próximo a higienização da cozinha. Não possui balança para a pesagem do recebimento das verduras e frutas. Por ser uma OSC, existe o recebimento de doações, no local existe uma horta, onde é feita a colheita dos folhosos para a utilização na cozinha. O recebimento dos alimentos não perecíveis, é feito no portão da frente da instituição e levado ao local destinado e denominado como estoque. 3.11.2. Estoque seco Existe um local destinado ao estoque de gêneros alimentícios não perecíveis. O ambiente é iluminado com iluminação artificial, sem climatização. Todas as quintas-feiras, foram realizadas pela estagiária, a verificação das datas de validade dos produtos do estoque e a contagem dos produtos. Conforme a requisição, a saída das mercadorias atende ao sistema Primeiro que Vence Primeiro que sai (PVPS), dessa forma, os alimentos com menor prazo de validade eram utilizados primeiro. Os produtos ficaram organizados ao critério de validade. 3.11.3. Armazenamento de lixo 16 O lixo é retirado da área de manipulação sempre que as lixeiras estão cheias e sempre ao final do turno e transferidos para a caçamba localizada na área especifica para armazenamento do lixo. Não possui o sistema de separação de reciclável pelo local. 3.11.4. Instalações sanitárias/vestiários A instituição apresenta sanitários localizados em uma área separada do setor de preparação. São separados por sexo. Possuem vasos sanitários, pias com sabonete líquido, papel toalha descartável para enxugar as mãos, existe no local um borrifador com álcool para após o uso do vaso sanitário ser borrifado no mesmo para a higienização, papel higiênico e coletores de resíduos. Possui ventilação climatizada e iluminação artificial. Os sanitários para uso dos comensais são localizados próximo ao refeitório, possuem vaso sanitário, pias com sabonete líquido, papel toalha descartável, papel higiênico e coletores de resíduos e iluminação artificial e ventilação climatizada. 3.11.5. Sala do nutricionista A instituição não possui um nutricionista. Com isso, não existe a sala do nutricionista. Por tratar-se de uma instituição filantrópica, e viver de doações, não possuem ainda um orçamento para ser feita uma sala e a contratação de um nutricionista. 3.11.6. Área de higienização de utensílios A instituição possui alguns lugares destinado a lavagem de utensílios, por não ser uma cozinha industrial, o local não possui um só ambiente para a lavagem. É feita a higienização de utensílios na parte interna e externa da cozinha, depende sempre da quantidade de utensílios são utilizados no dia de cada preparação. 3.11.7. Área de higienização de pratos, talheres e copos 17 O local de higienização dos pratos, talheres e copos vindos do refeitório, são feitos próximo ao local destinado a saída dos alimentos prontos, possui uma janela onde os comensais fazem o descarte dos pratos e ao lado possui uma pia para a lavagem e um secador de louças. As planilhas de Controle de Higienização de Equipamentos e Utensílios encontra-se no ANEXO II. 3.11.8. Área de higienização das mãos Existe duas pias somente para esta finalidade, dotada de sabão liquido antisséptico e papel toalha descartável. Os manipuladores entram na cozinha, vai direto realizar a higienização das mãos. Existe um folder explicativo de como deve ser feita a lavagem correta das mãos. 3.11.9. Área de pré-preparo de carnes O local de pré-preparo das carnes é dividido com a área de higienização de utensílios. O preparo ocorre com a utilização de uma tábua para a realização dos cortes e manejo do alimento. 3.11.10. Área de pré-preparo de vegetais A área de higienização de hortifruti é um ambiente separado da cozinha, com a finalidade de ser feita a higienização e preparação dos hortifrutis, esse ambiente ainda não é utilizado para essa finalidade. Geralmente o preparo ocorre na área próxima ao recebimento das mercadorias, após higienização, eles vão para a área de produção para descasque e corte. As frutas são cortadas ou servidas inteiras na bancada em uma vasilha. Os vegetais e hortaliças são manipulados na bancada que estiver disponível na hora da preparação. 3.11.11. Área para preparo de sucos Não existe um local separado para o preparo de sucos na instituição. Os sucos são preparados em alguma bancada disponível. 18 3.11.12. Área de cocção É a área onde ocorre a preparação das refeições. É composta por um forno industrial a gás, forno elétrico, coifa, freezers e geladeira. Não possui uma cuba para auxiliar durante a preparação dos alimentos. 3.11.13. Área de distribuição É a área de refeição dos comensais. Ambiente com iluminação natural e artificial, climatização natural e artificial. Os alunos menores são servidos por voluntários que utilizam luva descartável, máscara cobrindo boca e o nariz e touca descartável para não ter o risco de cair cabelo nas preparações. Os funcionários que fazem a alimentação no refeitório deve ser o mesmo protocolo ao servir em forma de self-service, utilizando máscara cobrindo nariz e boca, touca descartável e luva descartável, seguindo o protocolo estabelecido como medida de segurança contra a COVID-19. 3.12. Equipamentos 3.12.1. Listagem de equipamentos EQUIPAMENTOS QTD PERIODICIDADE DE USO NECESSÁRIO? Geladeira 3 Diário Sim Freezer 4 Diário Sim Geladeira comercial 1 Diário Sim Fogão 6 bocas 1 Diário Sim Forno 1 Diário Sim Liquidificador industrial 2 Diário Sim Batedeira 2 Diário Sim Espremedor 2 Diário Sim Tanquinho 1 Diário Sim Máquina de lavar roupa 1 Diário Sim 19 Picador manual 1 Diário Sim Microondas 1 Diário Sim Buffet térmico com 4 cubas 2 Diário Sim Coifa/Exaustor 1 Diário Sim Termometro 1 Diário Sim Na instituição, todos os equipamentos são utilizados, não foi identificado nenhum dos equipamentos acima sem utilidade e/ou com defeito. Todos são utilizados diariamente. Na instituição não é feita o controle de temperatura de equipamentos, não é realizado verificação no local diariamente. No entanto, foi elaborado uma planilha modelo para que seja realizado e registrado o controle da temperatura dos equipamentos, e que está fique em conformidade com a legislação RDC Nº 216/2004. 3.13. Manutenção de equipamentos e utensílios A manutenção dos equipamentos e utensílios, é corretiva, ou seja, é realizada somente quando o problema surge. Quando um equipamento estraga ou apresenta alguma inconformidade, um dos funcionários da instituição é solicitado para fazer o conserto, dependo do equipamento esse é encaminhado para um local especializado. 3.14. Planejamento de cardápios Na instituição, não há elaboração de cardápio. Diariamente, a supervisora de cozinha, responsável pela elaboração do cardápio, verifica o que tem disponível para realizar as preparações, pois como eles dependem de doações de hortifrutis e alguns não perecíveis. Por tratar-se de uma OSC com poucos recursos, as doações de hortifrutis, carnes e não perecíveis são feitas diariamente ou de 15 em 15 dias. Assim não existe um cardápio a ser seguido tanto no café da manhã, como no almoço. 3.15. Abastecimento e armazenamento de alimentos 3.15.1. Política de compra 20 A responsável pela realização das compras, fica com a supervisora de cozinha da instituição. Ela realiza as compras de acordocom a necessidade do local, ela realiza ligações para os fornecedores parceiros da instituição, desse modo, não precisando fazer orçamento com outros estabelecimentos e realiza os pedidos, por telefone. 3.15.2. Listagem de fornecedores FORNECEDORES PRODUTOS PRAZO DE ENTREGA FORMA DE PAGAMENTO Castro Naves limpeza mensal Pix, boleto e cheque Start Química limpeza mensal Pix, boleto e cheque Distribuidora Sideral limpeza mensal Pix, boleto e cheque Frigorifico Sadia BRF frango quinzenal Pix, boleto e cheque Super Frango frango quinzenal Pix, boleto e cheque Frigorífico São Pedro carne quinzenal Pix, boleto e cheque Rezende JBS arroz e feijão quinzenal Pix, boleto e cheque Cocal Alimentos arroz e feijão quinzenal Pix, boleto e cheque Irmões Kehdi não perecíveis quinzenal Pix, boleto e cheque Terra Verde hortifrutis quinzenal Pix, boleto e cheque Panificadora Pinheiro padaria diário Pix, boleto e cheque Tenda dos pães padaria diário Pix, boleto e cheque A maioria dos alimentos utilizados para as preparações são de doações, com isso, utilizam-se os serviços de poucos fornecedores. Não havia alvarás dos fornecedores em questão. 3.15.3. Recebimento de mercadorias O responsável pelo recebimento das mercadorias é a supervisora de cozinha, as auxiliares de cozinha e os voluntários. No momento do recebimento dos alimentos e materiais, aqueles que não são de doação, são conferidos os dados da nota fiscal, os alimentos e materiais 21 solicitados e a validade dos mesmos. Não há aplicação de planilha de controle de recebimento de mercadoria. Quando são alimentos de doações, não existe fiscalização, a maioria das doações são de hortifrutis, esses são analisados a maturação, higienizado e separado para armazenamento nos refrigeradores específicos. 3.15.4. Armazenamento de mercadorias O armazenamento dos alimentos após o recebimento é feito pelas auxiliares de cozinha e os voluntários, os alimentos dos gêneros não perecíveis, são colocados em estantes e em estrados de plástico no chão, dentro do estoque seco, evitando o contato direto com o piso e seguindo a regra PVPS (Primeiro que Vence Primeiro que Sai). Os produtos de limpeza são estocados em um local longe dos alimentos. Os gêneros perecíveis ficam armazenados nos freezers e geladeiras, de acordo com a necessidade de cada gênero. A instituição possui 4 freezers, 3 geladeiras e 1 geladeira comercial. O estoque seco é aberto aos voluntários e funcionários, e não há controle de estoque, ou seja, quando algum voluntário ou funcionário da cozinha precisar de algum alimento, ele entra no estoque e pega. Quando algum deles percebem que algo está para acabar, eles informam a supervisora da cozinha para realizar a compra. Na área de produção, não existe um lugar com a finalidade de uso diário. Os produtos que não foram totalmente utilizados, eram embalados em sacos plásticos transparente e etiquetados com a nova data de validade e data da manipulação, a partir desse momento a validade tende a ser curta, exigindo a atenção dos funcionários quanto ao descarte. A etiquetação dos produtos estava em conformidade com a RDC Nº 216, de 15 de setembro de 2004. 3.16. Pré-preparo de alimentos O pré-preparo dos alimentos do café da manhã se inicia às 07:20h da manhã e é servido às 08:00hs até 09:00h. As frutas são higienizadas e colocadas nas bandejas de acordo com saída 22 na pista de distribuição são repostas. Os pães são cortados e passado a manteiga, são colocados nas bandejas, os pães são recebidos diariamente, próximo ao horário de servir o café da manhã. Após o encerramento do café da manhã, é feita higienização dos setores, e por volta de 10:00h é iniciado o pré-preparo do almoço, onde a supervisora de cozinha verifica a disponibilidade dos alimentos e começa a elaborar o cardápio. É feita o pré-preparo dos vegetais, que assim que recebem eles, são separados os que estão de acordo para o consumo e é feita a higienização, depois passa para a cozinha onde será descascado, cortado, ralado ou fatiado, de acordo com a preparação. Caso tenha feijão, ele encontra-se congelado, e assim é jogado direto na panela para o preparo, o arroz é lavado e levado para a cocção. INCONFORMIDADES ENCONTRADAS DURANTE O PRÉ-PREPARO: A instituição não possui tábuas de cores diferentes para cada tipo de preparação, como é estabelecido pela RDC Nº 216/2004, e durante o pré-preparo, foi observado que existe apenas tábuas de cores brancas, assim ocorrendo a utilização da mesma tábua para várias preparações, contribuindo para o risco de contaminação cruzada. 3.17. Preparo e produção dos alimentos No preparo dos alimentos para o café da manhã, iniciado assim que a primeira auxiliar de cozinha chega, ela começa a realizar a preparação dos sucos, do leite com achocolatado, distribuição das bolachas nas bandejas, quando o pão chega, ela corta e passa a manteiga e coloca em bandejas. A preparação do almoço inicia-se por volta de 11:00h, a supervisora de cozinha, verifica o que tem disponível no dia para fazer o cardápio. É feita a preparação do arroz no fogão a gás, o feijão é refogado com os temperos, as carnes são preparadas no panelão, é verificada a temperatura e colhida amostras das preparações. Após a finalização do almoço, por volta de 13:00h, os pratos são colocados no balcão da cantina. INCONFORMIDADES ENCONTRADAS DURANTE O PREPARO E PRODUÇÃO: 23 A utilização dos mesmos utensílios em diferentes preparações, sem a devida higienização, levando ao risco de contaminação cruzada. Segundo a RDC 216/2004, deve ser evitado esse tipo de manuseio para minimizar o risco de contaminação cruzada. 3.18. Porcionamento e distribuição de alimentos Os alimentos preparados e prontos para a distribuição são colocados nas pistas quente e fria. De acordo com a RDC Nº 216/2004, as áreas de exposição do alimento preparado e de consumo ou refeitório devem ser mantidas organizados e em adequadas condições higiênico- sanitárias. Os utensílios, equipamentos e móveis disponíveis nessas áreas são compatíveis com as atividades, em números suficiente e em adequado estado de conservação. É realizado a aferição de temperatura durante a exposição apenas do almoço. Conforme a RDC Nº 216/2004, os equipamentos, necessários à exposição ou distribuição de alimentos preparados sob temperaturas controladas, esses equipamentos devem ser regularmente monitorados. Como não existe muitas opções de preparação no café da manhã, não é utilizado as pistas para manter os alimentos em aquecimento ou refrigerados. Porém, no almoço, as saladas ficam dispostas no buffet refrigerado, as carnes e demais preparações no buffet quente para manter a temperatura. Os voluntários da instituição responsáveis pelas crianças, servem as crianças, eles utilizam luvas descartáveis, toucas descartáveis e mascara cobrindo a boca e o nariz, como medida de biossegurança contra a COVID-19, e os funcionários que fazem a refeição no local, devem utilizar luva descartável e mascara cobrindo boca e nariz, como medida de biossegurança contra a COVID-19. Os utensílios utilizados para o consumo das crianças e funcionários tais como, pratos, talheres e copos são devidamente higienizados. 3.18.1. Limpeza da cozinha e salão de distribuição Em relação a limpeza do local de distribuição, inicia-se sempre após todo o processo de produção e distribuição ser finalizado, para que assim o risco de contaminação seja mínimo na hora de começar a próxima preparação. 24 A higiene na área de preparação acontece no intervalo do café da manhã com o almoço, no qual o chão da cozinha é lavado com água e sabão neutro, e logo após ocorre o enxágue com água corrente e a passagem de pano de chão. Os procedimentos de higienização descrito acima estão em conformidade com a RDC Nº216/2004. As planilhas deControle de Higienização da Cozinha e Cantina encontra-se no ANEXO III. 3.18.2. Atendimento ao cliente O café da manhã quanto no almoço, é no formato de self-service. As crianças e funcionários ficam à vontade para servir (as crianças são servidas pelos voluntários), sendo disponibilizados luvas e toucas descartáveis e álcool em gel 70% para a higienização das mãos, como medida de biossegurança contra a COVID-19. 3.18.3. Coleta de amostras A instituição realiza coleta de amostras, essas ficam armazenadas no refrigerador por até 3 dias, são etiquetadas com a data da coleta, após os 3 dias é feito o descarte. Assim a instituição está de acordo com o solicitado pela Vigilância Sanitária, que visa o controle de qualidade dos alimentos produzidos e distribuídos pelo Serviço de alimentação. 3.18.4. Controle de resto ingesta A instituição não realiza o controle de resto ingesta. Não foi verificado na instituição desperdício de alimentos, pois como a instituição é uma ONG, dependendo de doações, toda a alimentação é feita em quantidade para evitar desperdício. 3.18.5. Controle de sobra limpa A instituição não realiza o controle de sobra limpa. O que sobra, é distribuído para as voluntárias levarem para suas casas, não é jogado nada no lixo. É distribuído para os demais voluntários da instituição. 25 3.18.6. Controle de temperatura O controle de temperatura era feito pela supervisora da cozinha uma hora antes da distribuição. Os dados eram registrados em planilhas de controle de temperatura de alimentos. A temperatura da pista quente era feita todos os dias uma hora antes de distribuir as refeições, o registro era feito na planilha de controle de temperatura de equipamentos. A planilha de Controle de Temperatura dos Alimentos do almoço encontra-se no ANEXO IV. 3.19. Controles de qualidade O local do estágio possui planilhas de controle de qualidade, elaboradas pelo responsável técnico. • Cronograma de higienização das instalações, equipamentos, móveis e utensílios; • Planilha de relação de fornecedores; • Controle de temperatura dos alimentos fabricados; • Registro do Laudo do Controle Integrado de Pragas. As planilhas de controle de temperatura e higienização das instalações eram preenchidas diariamente pela supervisora de cozinha. O responsável técnico e a estagiaria verificava se o preenchimento estava correto. As documentações de Alvará Sanitário e Alvará de Funcionamento estão atualizados. Em relação as planilhas de controle de temperatura, higienização das instalações e controle de pragas, estão de acordo com a RDC Nº 216, de 15 de setembro de 2004. 3.20. Acompanhamento da produtividade do local A instituição não realiza controle referente a produtividade do local, de acordo que a produção está relacionada a quantidade de crianças que vão por dia na instituição. As 26 voluntárias e funcionárias, todas participavam da preparação do cardápio e auxiliavam na limpeza da cozinha. A estagiária auxiliava na manipulação sempre que solicitada. 3.21. Acompanhamento de custos Por ser uma ONG, são muito poucos os gastos, pois a maioria é doações, sendo assim, o pouco dos custos que tem é realizado apenas pela presidência da instituição e pela supervisora de cozinha e não há acesso disponível desses dados. 3.22. Manual de boas práticas e procedimentos operacionais padronizados (POPs) O Manual de Boas Práticas de Fabricação é estabelecido pela RDC Nº 216 de 15 de setembro de 2004, definido como, documento que descreve as operações realizadas pelo estabelecimento, incluindo no mínimo, os requisitos higiênico-sanitários dos edifícios, a manutenção e higienização das instalações, dos equipamentos e dos utensílios, o controle de água de abastecimento, o controle integrado de vetores e pragas urbanas, a capacitação profissional, o controle da higiene e saúde dos manipuladores, o manejo de resíduos e o controle e garantia de qualidade do alimento preparado. Esse documento deve estar acessível aos funcionários envolvidos e disponíveis à autoridade sanitária. A instituição possui o Manual de Boas Práticas de Fabricação e o POPs (Procedimentos Operacionais Padronizados) elaborados e implementados pelo responsável técnico. O manual não está atualizado, porém está de acordo com a legislação vigente (RDC Nº 216/2004 e Portaria SVS/MS nº 326/1997). De acordo com a RDC Nº 216, de 15 de setembro de 2004, os POPs devem conter as instruções sequenciais das operações e a frequência de execução, especificando o nome, o cargo e ou a função dos responsáveis pelas atividades. Devem ser aprovados, datados e assinados pelo responsável do estabelecimento. Ainda de acordo com a legislação, os POPs, devem implementar obrigatoriamente 4 POPs, sendo eles: higienização de instalações, equipamentos e moveis; controle integrado de vetores e pragas urbanas; higienização do reservatório e higiene e saúde dos manipuladores. A instituição possui os 4 POPs obrigatórios, implementados pelo responsável técnico, eles não estão atualizados, mas estão dentro da legislação vigente (RDC Nº 216/2004 e RDC 27 Nº 275/2002). De acordo com a RDC Nº 275, de 21 de outubro de 2002, os POPs devem ser monitorados periodicamente, e se for preciso adotar medidas corretivas. Desse modo, é necessário a realização do check list para a avaliação do estabelecimento se faz necessária. O Manual de Boas Práticas de Fabricação e os Procedimentos Operacionais Padronizados encontra-se no ANEXO IV. 3.23. Treinamento de manipuladores de alimentos Foi elaborado pela estagiária, quatro cartilhas para os funcionários e voluntários que continham informações sobre higienização de mãos, higienização de verduras, frutas e legumes, segurança alimentar e as possíveis doenças transmitidas por alimento, reforçando os processos de Boas Práticas de Manipulação. O treinamento foi realizado nas quartas-feiras, com as voluntárias e as auxiliares de cozinha, devido ao pouco conhecimento, foi orientado passar o treinamento, onde discutimos os pontos principais dos temas. O material elaborado, abordava pontos como a higienização das mãos antes do preparo das refeições, higienização de verduras, legumes e frutas para a preparação, a importância da segurança alimentar e alertar sobre as doenças transmitidas por alimento. O material elaborado encontra-se anexado no APENDICE IV. 3.24. Atividades extras desenvolvidas na unidade As atividades extras desenvolvidas no local do estágio foram auxiliar no projeto Feira Solidária, que consistia em separar os alimentos de cestas básicas, montar cestas básicas e vender esses alimentos no local, ajuda a desmontar a o ambiente onde foi realizado a feira. Foi a participação no projeto Da Horta a Mesa, uma segunda cozinha do local para administrar, junto com a nutricionista responsável dessa cozinha, mini cursos de preparação de conservas e pães, com ingredientes que eram plantados na horta da instituição, das receitas feitas no projeto, realizamos duas tabelas nutricionais e duas fichas técnicas. Além das atividades citas acima, foi proposto que a estagiaria organizasse o estoque seco, a fim de eliminar alimentos vencidos, organizar e etiquetar as prateleiras com a marca e a data de vencimento dos alimentos. 28 3.25. Check list de verificação A avaliação da edificação e instalações foi feita através do Check-List de Verificação de acordo com a RDC 275/2002, na primeira e na última semana de estágio. Os Check-List de Verificação se encontram no ANEXO XI. 3.25.1. Primeira avaliação Como trata-se de uma OSC, a cozinha está 85,53% de acordo com a RDC Nº216/2004, devido a pandemia do novo coronavírus, houve uma reforma no local, de acordo com as orientações da Vigilância Sanitária, sendo feita modificações para adequar o local conforme a resolução vigente, assim foi identificado algumasinconformidades (3,94%), relatadas a seguir. No período de avaliação, a primeira inconformidade encontra foi em relação ao acesso. Como trata-se de uma OSC, o acesso ele é comum com outros locais da instituição, não sendo separado para a cozinha. Outra inconformidade encontrada foi na higienização das instalações, pois não existe um responsável capacitado para realizar essa função, pois um voluntário ele é escalado para realizar a limpeza do local. Os manipuladores do local, não possuíam o hábito de higienizar as mãos sempre que fosse realizar a manipulação dos alimentos, pois como alguns são voluntários, eles não tinham o conhecimento para realizar a lavagem correta das mãos sempre que fosse manipular os alimentos, assim foi realizado um treinamento, onde foi orientado pela estagiaria que sempre que fosse manipular os alimentos era necessário a higienização das mãos. 3.25.2. Segunda avaliação Na segunda avaliação, não foi possível realizar mudanças em relação ao acesso a cozinha. Como plano de ação, seria necessária uma nova reforma para fazer o ajuste e não está nos planos da presidência da instituição, pois o prédio passou por reforma recente. Em relação a higienização das instalações, não se faz necessário a contratação de funcionário capacitado, uma vez, que a instituição abre oportunidades para pessoas carentes poderem trabalhar e ajudar a instituição. 29 A higienização dos manipuladores, foi realizado o treinamento com instruções de como higienizar as mãos e orientado que deve ser feita sempre que for manipular alimentos. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS A realização do Estágio Supervisionado Obrigatório permitiu vivenciar como é uma Unidade de Alimentação e Nutrição, proporcionando a descoberta e o aprendizado do nutricionista nesta área. Foi possível observar que a instituição no qual foi feito o estágio, possui o MBPF, bem como o POPs, que são estabelecidos pela RDC Nº 216, de 15 de setembro de 2004 e pela RDC Nº 275, de 21 de outubro de 2002. A realização de atividades de estágio, é importante para poder utilizar o conteúdo técnico aplicado em sala de aula para a realização da prática nutricional, é um processo básico para adquirir experiência profissional e buscar ganhar experiência, aprimorar o nosso conhecimento, aprender a tomar decisões profissionais e éticas no futuro. 30 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, E.S.; SPINELLI, M.G.N.; PINTO, A.M.S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 3 ed. São Paulo: Metha, 2016. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária-ANVISA. Resolução RDC nº 216/2004. Dispõe do regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentos. Diário Oficial da União 2004. BRASIL. Conselho Federal de Nutricionistas. Resolução CFN nº 600/2018. Dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, indica parametros uméricos mínimos de referência, por atuação, para a efetividade dos serviços prestados à sociedade e dá outras providências. Brasília, 2018. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CES nº 5/2001. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Nutrição. Diário Oficial da União. Brasília, 2001. BRASIL. Presidência da República. Lei nº 8.234/1991. Regulamenta a profissão de nutricionista e determina outras providências. Diário Oficial da União. Brasilia, 1991. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária-ANVISA. Resolução RDC nº 275/2002. Dispõe sobre o regulamento técnico de procedimentos operacionais padronizados aplicados aos estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos. Diário da União. Brasília, 2002. SHINOHARA, N.K.S et al. Boas práticas em serviços de alimentação: não conformidades. Revista Eletrônica Diálogos Acadêmicos, v. 10, n. 1, p. 79-91, 2016. SILVA, L.C et al. Boas práticas na manipulação de alimentos em Unidades de Alimentação e Nutrição. Demetra: alimentação, nutrição e saúde, v. 10, n. 4, p. 797-820, 2015. 31 6. ANEXOS Anexo I – Ficha de distribuição de EPI’s 32 Anexo II – Controle de Higienização de Equipamentos e Utensílios 33 34 Anexo III – Controle de Higienização da Cozinha e Salão 35 36 37 38 Anexo IV – Controle de Temperatura dos Alimentos do Almoço 39 40 41 42 Anexo V – Manual de boas práticas de fabricação (MBP) e Procedimentos operacioanis padronizados (POPs) 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 Anexo VI – Check list de verificação Inicial 61 62 63 64 65 Anexo VI – Check list de verificação Final 66 67 68 69 70 ANEXO VII – Termo de compromisso de estágio 71 72 73 74 75 76 ANEXO VIII – Lista de presença do estágio 77 78 8. APENDICE Apêndice I – Layout da planta baixa 79 80 Apêndice II – Fichas técnicas de preparação FICHA TÉCNICA DE PREPARAÇÃO NOME DA PREPARAÇÃO: CONSERVA DE JILÓ ORGÂNICO RENDIMENTO TOTAL: 1.890G Nº DE PORÇÕES: 6 POTES PESO DA PORÇÃO: 315G COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL INGREDIENTES PB (g) PL (g) FC CUSTO UNITÁRIO ENERGI A (Kcal) PTN (g) Lip (g) CHO (g) Fibra (g) Fe (mg) Zn (mg) Vit. A (µg) Vit. C (mcg) Na (mg) Jiló orgânico 1002 958 1,01 R$1,666 274,5 4,0 2,0 62,1 48,1 3,0 1,0 - 68,1 - Cebola 160,0 140,0 1,14 R$0,105 63,0 2,7 0,2 14,2 3,5 0,3 0,3 - 7,5 1,0 Azeite de Oliva 114,0 114,0 1 R$0,941 1007,8 - 114,0 - - - - - - - Vinagre de maçã 124,0 124,0 1 R$0,165 27,28 0,0 0,0 1,1 0,0 0,2 - - 0,0 6,2 Alho 18,0 16,0 1,12 R$0,035 20,4 1,3 0,0 4,3 0,8 0,1 0,1 - 0,0 1,0 Sal 10,0 10,0 1 R$0,003 - - - - - - - - - 2343,1 Orégano 2,0 2,0 1 R$0,145 5,3 0,18 0,09 1,38 0,9 0,74 0,05 2 0,0 1 TOTAL 1.398,28 18,18 116,29 83,08 53,3 3,45 1,15 2 75,6 2352,3 MODO DE PREPARO: 1. Esterilizar os vidros 2. Higienizar os jilós (1 colher de sopa de água sanitária para cada litro de água, ver no rótulo o tempo, geralmente entre 10 a 15 minutos. Após esse tempo, enxaguar bem em água corrente). 3. Ferver a água e acrescentar 1 colher de sopa rasa de sal. 4. Retirar os talos do jiló 5. Cortas os jilós em quatro partes ou em rodelas 6. Cozinhar por 2 minutos 7. Deixar esfriar para temperar 8. Acrescentar cebola, azeite, vinagre de maçã, alho, sal e orégano. 9. No vidro, colocar em partes iguais (acrescentar metade de azeite e metade de vinagre de maçã). 81 FICHA TÉCNICA DE PREPARAÇÃO NOME DA PREPARAÇÃO: CHIPS DE BANANA VERDE RENDIMENTO TOTAL: 500G Nº DE PORÇÕES: 1 POTE PESO DA PORÇÃO: 500G COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL INGREDIENTES PB (g) PL (g) FC CUSTO UNITÁRIO ENERGI A (Kcal) PTN (g) Lip (g) CHO (g) Fibra (g) Fe (mg) Zn (mg) Vit. A (µg) Vit. C (mcg) Na (mg) Banana verde 1000 1000 1 R$4,58 3830,0 14,0 1,0 238,0 19,0 3,0 2,0 - 59,0 - Sal 10,0 10,0 1 R$0,003 - - - - - - - - - 2343,1 Orégano 2,0 2,0 1 R$0,145 5,3 0,18 0,09 1,38 0,9 0,74 0,05 2 0,0 1 TOTAL 3.835,3 14,18 1,09 239,38 19,9 3,74 2,05 2 59,0 2.344,1 MODO DE PREPARO: 1. Pré aquecer o forno a 200 graus; 2. Lavar bem as bananas com esponja nova; 3. Retirar a ponta da banana com faca e passar no fatiador para ficar mais fininhae crocante após frita ou assada; 4. Untar a assadeira com óleo ou azeite de oliva; 5. Colocar as bananas na assadeira; 6. Assar por uns 20 minutos 7. Temperar a gosto. 82 FICHA TÉCNICA DE PREPARAÇÃO NOME DA PREPARAÇÃO: BIOMASSA DE BANANA VERDE RENDIMENTO TOTAL: 2.000G Nº DE PORÇÕES: 3 POTE PESO DA PORÇÃO: 500G COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL INGREDIENTES PB (g) PL (g) FC CUSTO UNITÁRIO ENERGI A (Kcal) PTN (g) Lip (g) CHO (g) Fibra (g) Fe (mg) Zn (mg) Vit. A (µg) Vit. C (mcg) Na (mg) Banana verde 3000 2000 1,5 R$13,74 2745,0 42,0 3,0 714,0 57,0 9,0 6,0 - 177,0 - TOTAL 2745,0 42,0 3,0 714,0 57,0 9,0 6,0 - 177,0 - MODO DE PREPARO: 1. Lavar as bananas; 2. Colocar na panela de pressão, cobrir com água filtrada; 3. Depois que pegar a pressão da panela, descascar as bananas usando faca e garfo; 4. Bater no liquidificador aos poucos, ainda morna; 5. Pode acrescentar água; 83 APENDICE III – Fluxograma das preparações Fluxograma da conserva de jiló orgânico 84 Fluxograma Chips Banana Verde 85 Fluxograma Biomassa de banana verde 86 APENDICE IV - Material referente ao Treinamento dos Colaboradores 87 88 89 APENDICE V – Tabelas Nutricionais das preparações Tabela Nutricional Conserva de Jiló orgânico CONSERVA DE JILÓ ORGÃNICO INFORMAÇÃO NUTRICIONAL Porção de 1 xícara (50g) Quantidade por porção %VD Valor energético 39 kcal - 164 kJ 2 Carboidratos 2,3 g 0 Proteínas 0 g 0 Gorduras totais 3,0 g 5 Gorduras trans ** ** Gorduras saturadas 0,4 g 2 Fibra alimentar 1,4 g 6 Colesterol 0 mg 0 Sódio 62 mg 3 (*) Valores diários de Referência com base em uma dieta de 2000 kcal ou 8400 kJ. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas. ** VD não estabelecido Ingredientes: jiló, alho, cebola, azeite de oliva, vinagre de maçã, sal e orégano. ALÉRGICOS: NÃO CONTÉM LACTOSE. NÃO CONTÉM GLÚTEN. 90 Tabela Nutricional Chips de banana verde CHIPS DE BANANA VERDE INFORMAÇÃO NUTRICIONAL Porção de 1 xícara (50g) Quantidade por porção %VD Valor energético 110 kcal - 462 kJ 6 Carboidratos 24 g 8 Proteínas 1,4 g 2 Gorduras totais 0,9 g 2 Gorduras trans ** ** Gorduras saturadas 0 g 0 Fibra alimentar 2 g 8 Colesterol 0 mg 0 Sódio 34 mg 1 (*) Valores diários de Referência com base em uma dieta de 2000 kcal ou 8400 kJ. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas. ** VD não estabelecido Ingredientes: banana verde, sal e orégano. ALÉRGICOS: NÃO CONTÉM LACTOSE. NÃO CONTÉM GLÚTEN. 91 Tabela Nutricional Biomassa de banana verde BIOMASSA DE BANANA VERDE INFORMAÇÃO NUTRICIONAL Porção de 1 xícara (50g) Quantidade por porção %VD Valor energético 142 kcal - 597 kJ 7 Carboidratos 34 g 11 Proteínas 1,4 g 2 Gorduras totais 0,2 g 0 Gorduras trans ** ** Gorduras saturadas 0 g 0 Fibra alimentar 1,5 g 6 Colesterol 0 mg 0 Sódio 0 mg 0 (*) Valores diários de Referência com base em uma dieta de 2000 kcal ou 8400 kJ. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas. ** VD não estabelecido Ingredientes: banana verde. ALÉRGICOS: NÃO CONTÉM LACTOSE. NÃO CONTÉM GLÚTEN. 92 APENDICE VI – Slide de apresentação 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102
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