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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SANTA CATARINA GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO GABRIELA FERREIRA PAULA IOCHIMS RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SERVIÇO DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO SÃO JOSÉ 2021 GABRIELA FERREIRA PAULA IOCHIMS RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SERVIÇO DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO Trabalho elaborado pelas acadêmicas Gabriela Ferreira e Paula Iochims como relatório final do Estágio Supervisionado em Serviço de Alimentação e Nutrição, sob a supervisão da nutricionista Paula Tomasoni e orientação da professora Michelle da Gama Cunha de Souza. SÃO JOSÉ 2021 SUMÁRIO 1 RECONHECIMENTO DO LOCAL ................................................................................ 4 1.1 LOCAL E TIPO(S) DE SERVIÇO(S) ............................................................................ 4 1.2 COMENSAIS .................................................................................................................. 4 1.3 FUNCIONÁRIOS DA UAN ........................................................................................... 4 1.4 PLANEJAMENTO FÍSICO ............................................................................................ 5 1.5 POLÍTICA DE CARDÁPIO ........................................................................................... 7 1.5.1 MÉTODO DE AVALIAÇÃO QUALITATIVA DAS PREPARAÇÕES DO CARDÁPIO (AQPC) ........................................................................................................... 7 1.6 POLÍTICA DE COMPRAS .......................................................................................... 10 1.7 POLÍTICA DE GARANTIA DE QUALIDADE .......................................................... 11 1.8 PRINCIPAIS NÃO CONFORMIDADES ENCONTRADAS NA UAN (TÓPICOS) E VIABILIDADE DE CORREÇÕES A CURTO E MÉDIO PRAZO ................................. 12 2 RELATÓRIO TÉCNICO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS ............................ 14 2.1 ATIVIDADE 1 - TREINAMENTO DE ANÁLISE DE TEMPO E TEMPERATURA 14 2.1.1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 12 2.1.2 OBJETIVO GERAL ................................................................................................... 15 2.1.3 MÉTODO ................................................................................................................... 15 2.1.4 RESULTADOS .......................................................................................................... 16 2.2 ATIVIDADE 2 - TREINAMENTO DE COLETA DE AMOSTRAS .......................... 15 2.2.1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 16 2.2.2 OBJETIVO GERAL .................................................................................................. 16 2.2.3 MÉTODO ................................................................................................................... 17 2.2.4 RESULTADOS .......................................................................................................... 17 2.3 ATIVIDADE 3 - RECEITA DE MINGAU DE AVEIA .............................................. 17 2.3.1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 17 2.3.2 OBJETIVO GERAL ................................................................................................... 18 2.3.3 MÉTODO ................................................................................................................ 18 2.3.4 RESULTADOS .......................................................................................................... 19 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 19 4 ATIVIDADES COMPLEMENTARES .................................................................... 19 5 SUGESTÕES PARA OS PRÓXIMOS ESTÁGIOS ................................................ 20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 21 APÊNDICES ........................................................................................................................ 23 1. RECONHECIMENTO DO LOCAL 1.1 LOCAL E TIPO(S) DE SERVIÇO(S) O Hospital Baía Sul fica localizado na Rua Menino Deus, 63, Centro - Florianópolis/SC. Dentro do Hospital funciona uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) autogestão com distribuição centralizada. Fundado em 2005 com o objetivo inicial de ser um Hospital Dia (Baía Sul Dia), o Hospital Baía Sul foi construído pelos seus fundadores seguindo altos padrões de cuidado e acolhimento. Buscando expansão e novos objetivos, no ano de 2011 o Hospital Baía Sul amplia suas estruturas para áreas de alta complexidade, focando especialmente no paciente cirúrgico. Em 2016 ocorreu uma reestruturação que consolidou a direção executiva e resultou na fusão entre Baía Sul Hospital Dia e HBS. Atualmente o HBS tem capacidade de 60 leitos entre enfermaria e apartamento. 26 unidades de tratamento intensivo (UTI) e conta com 9 salas cirúrgicas distribuídas no 3º e 5º andar. No complexo hospitalar está inserida a Clínica Imagem juntamente com a Clínica Imagem Feminina, que auxilia na saúde da mulher. 1.2 COMENSAIS Por se tratar de uma UAN em um hospital particular, o número de comensais varia constantemente devido às internações de longa permanência somadas às variedades de cirurgias e procedimentos realizados diariamente, sendo assim, a estada dos comensais no Hospital pode ser rápida, como questão de horas, ou de dias nos casos de internação. Atualmente o HBS atende em torno de 120 comensais por refeição, em 6 refeições diárias, totalizando 700 refeições por dia, entre pacientes e acompanhantes que possuem cobertura alimentar do plano de saúde ou, por direito, pacientes com idade inferior a 18 anos e superior a 60 anos. São servidas 6 refeições diárias, onde o desjejum inicia às 8h, colação às 9h30, almoço 12h, lanche da tarde 15h30, jantar 18h15 e ceia 21h, sendo distribuídas num espaço de tempo de 1h. 1.3 FUNCIONÁRIOS DA UAN A UAN do hospital é supervisionada por 1 nutricionista e 1 técnica de nutrição que possuem carga horária de 8h/dia. As equipes são divididas em turnos de 12h/36h, os turnos diurnos (7h às 19h) são compostos por 2 cozinheiros, 6 copeiros, 1 responsável pela higienização de utensílios, 1 serviços gerais; já o noturno é composto por duas equipes com 2 copeiras (19h às 07h). No total há 25 funcionários na UAN. A escolaridade exigida para contratação de copeiros e auxiliares é de terem completado o ensino fundamental, porém alguns deles estão cursando ensino superior, já para a técnica é exigido o curso técnico em nutrição e dietética e graduação em nutrição para nutricionista responsável. O tempo de serviço dos colaboradores varia de 1 ano a 10 anos. A todos é exigido de forma obrigatória o uso de máscara, equipamentos de proteção individual e uniforme, sendo de responsabilidade de cada colaborador sua higienização e conservação. Fica à critério do Hospital fornecer uniforme adequado para as diferentes áreas de atuação. As atividades competentes da nutricionista são de elaboração de cardápio, coordenação da produção, advertências e treinamentos da equipe, parte da nutrição clínica do hospital e entrevista e contratação de novos colaboradores. já a técnica é responsável pelo controle de estoque, pedidos de compras, recebimento e verificação de mercadorias, checklist dos refrigeradores e câmaras frias, além de auxiliar a nutricionista da UAN. As cozinheirassão encarregadas pelo preparo das refeições servidas aos comensais, além da produção das refeições de venda aos acompanhantes, elaboração de sobremesas, pré- preparo e higienização de hortifruti e são treinadas para aferição de temperatura na produção. Os copeiros são responsáveis pela montagem e distribuição das dietas conforme os mapas de cada andar, entrega das refeições aos comensais, preparo das pequenas refeições (que não envolva o uso de fogão) e são treinados para fazer coleta de amostras e aferição de temperatura na distribuição. Separada da produção há uma área de higienização onde o colaborador habilitado lava todos os utensílios utilizados na produção, como panelas, colheres, tábuas, conchas, GN, porcelanas e outros, além de fazer recolhimento do bufê após o encerramento da distribuição, pesagem das sobras e limpeza do bufê. A faixa salarial dos funcionários da UAN é de R $1.300,00 à R $3.300,00. Devido à pandemia do coronavírus, as faltas dos colaboradores aumentaram nos últimos meses. Quando isso ocorre sobrecarrega as tarefas dos funcionários causando dificuldades de manter o fluxo de trabalho e consequentemente tornando os processos mais lentos. Quando a equipe está completa, a quantidade de colaboradores é ideal para atender o número diário de comensais, porém com a permanência na produção percebemos da necessidade de um auxiliar geral para assessorar as cozinheiras nas produções e pré-preparos além de receber mercadorias e cuidar do estoque. 1.4 PLANEJAMENTO FÍSICO Localizada no subsolo do edifício, a Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) do HBS tem um tamanho que é inadequado desde a circulação da equipe no momento de montar as dietas dos comensais, quanto para suportar os carrinhos térmicos de distribuição. Devido ao fato de não entrarem todos os carrinhos ao mesmo tempo na produção, mesmo em dias de baixa demanda, os copeiros precisam alocar um carrinho por vez, seguindo uma linha de produção: porcionar as dietas do comensais; verificar o mapa de dietas; colocar na bandeja talheres, sobremesas, sucos e a refeição; acomodar as bandejas no carrinho; colocar o carrinho pronto no monta carga; manobrar o carrinho; para então descer um novo carrinho para a produção pelo monta cargas e assim repetir o processo para todos os andares. A cozinha da UAN é composta por bancadas e pias em aço inox, ar-condicionado em toda sua estrutura e conta com 1 computador, 1 impressora, 1 impressora termo sensível tipo zebra e 1 telefone. O maquinário é formado por: 1 câmara de resfriamento, 1 câmara de congelamento, 1 freezer para os produtos de venda, 2 geladeiras, 4 refrigeradores de balcão sendo eles para: sucos, frutas, amostras, laticínios e sachês; descongelamento de frango e peixe; pré-preparo e hortifruti; descongelamento de carne vermelha e suína. 1 chapa, 1 fogão industrial de 8 bocas, 1 coifa, 1 forno combinado, 2 microondas, 1 chapa para sanduíches, 1 liquidificador industrial, 1 liquidificador convencional, 1 batedeira convencional, 1 balcão térmico industrial, 1 cafeteira industrial, 1 seladora de filme PVC, 1 balança digital, 2 pias de lavagem de mãos com saída de água quente, 5 cubas com torneira, 1 lavadora de louças, 4 carros térmicos para transporte das refeições, 5 carros auxiliares no transporte das refeições, além de utensílios dentro da cozinha, panelas diversas, pratos, talheres, tábuas de corte, descartáveis como copos, pratos, potes de sobremesa e talheres. O espaço que foi projetado é pequeno para a circulação de todo o maquinário auxiliar da cozinha e movimentação dos colaboradores, principalmente nos momentos de maior fluxo de trabalho. ÁREA OPERACIONAL MATERIAL DO PISO MATERIAL DO TETO MATERIAL DAS PAREDES ILUMINAÇÃ O NAT/ARTIF VENTILAÇÃO Recebimento Adequado Adequado Adequado Adequado Adequado Estoque Adequado Adequado Adequado Adequado Adequado Câmaras frias Adequado Adequado Adequado Adequado Adequado Pré-preparo vegetais Adequado Adequado Adequado Inadequado Adequado Pré-preparo Carnes/Açougue Adequado Adequado Adequado Inadequado Adequado Preparo Adequado Adequado Adequado Inadequado Adequado Distribuição Adequado Adequado Adequado Adequado Adequado Refeitório/ - - - - - Restaurante/Salão Higienização Adequado Adequado Adequado Adequado Adequado Vestiários Adequado Adequado Adequado Adequado Adequado Administração Adequado Adequado Adequado Adequado Adequado 1.5 POLÍTICA DE CARDÁPIO A responsável por elaborar o cardápio da UAN é a nutricionista da unidade e é planejado para os 30 dias do mês, mas o que fica exposto na cozinha é o cardápio da semana. Como é elaborado de forma semestral, ocorrem algumas modificações no decorrer dos dias conforme a demanda de trabalho, dificuldades no preparo, quebra de algum utensílio, falta de insumos ou se determinada preparação não está sendo aceita pelos comensais. Algumas das limitações do cardápio acontecem no dia a dia quando o estoque está restrito ou quando, no dia anterior, não foram retirados de congelamento todos os alimentos que seriam necessários para a preparação do dia. Para elaboração do cardápio, a nutricionista se baseia no guia alimentar para a população brasileira. Após a internação o paciente é submetido a atendimento nutricional realizado pelas nutricionistas clínicas dos andares, a partir daí o cardápio é adaptado individualmente conforme a preferência alimentar do paciente, respeitando hábitos alimentares, crenças, cultura e religião. Durante o período de estágio na UAN podemos perceber que existe uma dificuldade em mensurar a quantidade de comida a ser produzida, tanto pela variação de comensais ao longo do dia, quanto pela ausência de ficha técnica ou de sistema para calcular a quantidade correta de comida. Apesar dessa dificuldade, os copeiros conseguem contornar a situação oferecendo alguns dos pratos de venda, que não são cobrados caso seja para o paciente ou acompanhante que tenha direito a refeição. Já a organização de produção é eficaz pois enquanto uma cozinheira faz o preparo das refeições do dia, a outra faz os pré-preparos e sobremesas. Todos os funcionários do HBS, incluindo da UAN, recebem cartão refeição ou alimentação da sodexo, portanto o hospital não fornece alimentação aos colaboradores. Apesar da equipe da UAN realizar a prova dos alimentos produzidos, no refeitório para os funcionários existe um café terceirizado com alimentos pagos. 1.5.1 MÉTODO DE AVALIAÇÃO QUALITATIVA DAS PREPARAÇÕES DO CARDÁPIO (AQPC) O método de Avaliação Qualitativa das Preparações do Cardápio (AQPC), desenvolvido por Veiros e Proença, permite analisar qualitativamente aspectos nutricionais e sensoriais que compõem um cardápio, auxiliando o nutricionista na elaboração do mesmo além de colaborar na percepção das adequações necessárias dos aspectos sensoriais em relação aos tipos de alimentos, preparações e cores. AVALIAÇÃO QUALITATIVA DAS PREPARAÇÕES DO CARDÁPIO (AQPC) - JANTAR ITENS Folhoso s (salada) Frutas (sobrem.) Vegetais não amiláceos como AcQ Cereais integrais Cores iguais Alimentos que causam flatulência ou dif. digestão Enlatados e conservas Doces (sobrem.) Frituras em imersão Carnes gordurosas (não fritura) Carnes gordurosas + fritura (PTN ou AcQ) Doce + fritura (PTN ou AcQ) Segunda 0 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 Terça 0 1 1 1* 0 1 0 1 0 0 0 0 Quarta 0 1 1 1 0 1 1 1 0 0 0 0 Quinta 0 1 1 1** 1 1 0 1 0 0 0 0 Sexta 0 1 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 Sábado 0 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 0 Domingo 0 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 0 N Total 0 7 7 6 5 5 1 7 0 0 0 0 % 0% 100% 100% 85% 71% 71% 14% 100% 0% 0% 0% 0% * alteração cardápio DM dia 13/07/21: arroz integral com frango ao molho de mostarda ** alteração cardápio DM dia 15/07/21: macarrão integral com frango ensopado Sobremesa terça-feira dia 13/07/21: melanciaSobremesa domingo 19/07/21: tangerina O resultado da aplicação do método AQPC realizado no cardápio acima do jantar de uma semana da UAN do HBS permitiu observar que nesse período não foram ofertados folhosos. Esse número negativo é justificado pelo fato de que os folhosos crus são oferecidos apenas no almoço. Seguindo a análise, as frutas oferecidas como sobremesa aparecem todos os dias em dietas livres no jantar. Vegetais não amiláceos foram ofertados todos os dias da semana. Cereais integrais que são a base das dietas para Diabetes Mellitus ficaram fora do cardápio apenas na segunda-feira. Foi observada uma monotonia de cores em cinco dias analisados, pois as preparações avaliadas apresentaram a mesma cor ou havia apenas duas cores no cardápio deixando à desejar quanto Lei da Harmonia, que, juntamente com as outras três: Quantidade, Qualidade e Adequação, formam as Quatro Leis da Alimentação de Pedro Escudero de 1937. O mesmo aconteceu para alimentos que causam flatulência ou são de difícil digestão que aparecem cinco dias na semana. Os alimentos enlatados aparecem em uma das preparações na quarta-feira. Sobremesas doces como gelatinas e pudins são destinados aos comensais todos os dias. Apesar da batata palha não ser um alimento considerado fritura por imersão segundo os critérios de avaliação do AQPC, vale ressaltar que esse alimento esteve presente no prato dos comensais na sexta-feira como acompanhamento ao estrogonofe de carne. No cardápio avaliado não foram ofertados peixes, possivelmente esse alimento aparece em algum dia da semana no cardápio do almoço. Em contrapartida, foram oferecidos cortes de carne magra, como patinho, coxão mole e peito de frango. Segundo o método proposto por Prado, Nicolettia e Faria, os itens analisados das preparações foram classificados em categorias. Considera-se aspectos positivos (como a oferta de frutas e folhosos) e aspectos negativos do cardápio (como cores iguais, preparações ricas em enxofre, carne gordurosa, doce, fritura e a oferta de fritura associada a doce no mesmo dia). Os aspectos positivos foram classificados como “ótimo” (≥90%), “bom” (de 75 a 89%), “regular” (de 50 a 74%), “ruim” (de 25 a 49%) ou “péssimo” (25%). Os aspectos negativos foram classificados como “ótimo” (≤ 10%), “bom” (de 11 a 25%), “regular” (de 26 a 50%), “ruim” (de 51 a 75%) ou “péssimo” (˃ 75%). Diante dos resultados, pôde-se observar que o cardápio se apresenta como “ótimo” quanto a presença positiva dos itens frutas (100%) e vegetais não amiláceos (100%), assim como para a ausência dos itens negativos: frituras em imersão (0%), carnes gordurosas (0%), carnes gordurosas mais fritura (0%) e doce mais fritura (0%). O item dos cereais integrais foi classificado como “bom” (85%), sendo estes os pontos positivos do cardápio. Destaca-se a necessidade de reavaliar a oferta de folhosos crus também no jantar, item classificado como “péssimo” (0%). Os ítens cores iguais (71%) e oferta de alimentos que causam flatulência (71%) apresentam a mesma classificação, “ruim”. É preciso destacar também a presença de enlatados como “bom” (14%) e “péssima” frequência de doces como sobremesa (100%) por aparecerem todos os dias da semana. A partir desses números, o nutricionista é capaz de traçar um plano de ação e corrigir os pontos negativos, assim como fortalecer ainda mais os pontos positivos do cardápio a fim de expandir as dimensões de qualidade, priorizando não apenas a questão nutricional, mas também sensorial e sustentável. 1.6 POLÍTICA DE COMPRAS As compras destinadas à UAN não são realizadas diretamente pela nutrição. Existe um setor de compras no hospital responsável pela compra de todos os insumos, gêneros alimentícios e equipamentos do HBS, assim, toda sexta-feira a técnica em nutrição da UAN confere os produtos disponíveis em estoque e envia para o compras a necessidade da produção. O setor de compras fica então responsável pela cotação dos preços entre as empresas cadastradas e realiza os pedidos com a empresa que oferece o menor valor. Os pedidos realizados na sexta-feira chegam segunda e terça e os hortifrutis chegam segunda, quarta e sexta. As entregas chegam pela garagem e os entregadores sobem para a cozinha pela escada ou pelo monta-cargas conforme a quantidade e o peso das caixas. No estoque, quem recebe, faz a contagem, conferência das notas fiscais e análise sensorial dos produtos é a técnica. Nessa verificação é utilizado termômetro digital para verificar a temperatura dos produtos de refrigeração e congelamento que precisam estar em conformidade com as exigências da RDC 116. Produtos perecíveis e não perecíveis que chegam fora de temperatura ou com a embalagem violada não são recebidos e as não conformidades são registradas, enviadas para empresa que fez a entrega é realizada a troca do produto ou recebimento de crédito para a próxima compra. A técnica é responsável também pelo preenchimento da planilha de temperatura de recebimento, que fica arquivada pelo período de seis meses. Os hortifrutis e demais gêneros alimentícios perecíveis recebidos sob refrigeração são guardados na câmara fria de refrigeração; carnes bovinas, peixes, frango e demais produtos recebidos congelados são guardados na câmara fria de congelamento onde tudo é acondicionado em prateleiras de aço inox e estrados de PVC. Os produtos que vem em caixas de papelão precisam ser retirados das caixas e guardados em caixas plásticas brancas ou bancadas de inox. Há uma balança eletrônica de plataforma no andar de baixo da produção onde os entregadores estacionam os carros, porém em todo o período do estágio ela não foi utilizada. 1.7 POLÍTICA DE GARANTIA DE QUALIDADE Antes de ir para o bufê de distribuição as preparações são degustadas pelos colaboradores e pela técnica em nutrição para garantir qualidade exigida pelo hospital. No jantar, após a finalização da montagem dos pratos, tudo o que sobrou no balcão térmico é descartado. Ao longo da distribuição, no terço final, são retiradas amostras de todos os alimentos servidos aos comensais, isso garante que em caso de surtos ou suspeita de DTA a Vigilância Sanitária tenha meios de fazer uma análise dos alimentos. As amostras são armazenadas sob refrigeração pelo período de três dias e após são descartadas sempre ao final da tarde. Produtos abertos que não foram totalmente utilizados recebem uma etiqueta identificando a data de abertura da embalagem, fabricação e validade após aberto. Todos os dias, no início das atividades, as estagiárias realizam o checklist dos refrigeradores e câmaras frias verificando a temperatura dos equipamentos e se há alimentos guardados abertos para acondicioná-los corretamente, sem etiqueta para então identificá-los, assim como conferir a validade dos alimentos descartando o que passou da validade e colocando para uso o que está mais próximo de vencer. O PVPS (primeiro que vence primeiro que sai) é realizado diariamente no estoque a fim de evitar que alimentos com vencimento estendido sejam utilizados antes de alimentos que já estão para vencer. 1.8 PRINCIPAIS NÃO CONFORMIDADES ENCONTRADAS NA UAN (TÓPICOS) E VIABILIDADE DE CORREÇÕES A CURTO E MÉDIO PRAZO Não conformidade: Colaboradores com a máscara abaixo do queixo na produção de alimentos. Correção: Segundo a ANVISA, o coronavírus pode ser espalhado por gotículas suspensas no ar quando pessoas infectadas conversam, tossem ou espirram. Essas gotículas podem ter sua formação diminuída pelo uso de máscaras. Estas máscaras atuam como barreiras físicas, diminuindo a exposição e o risco de infecção para a população em geral. A máscara deve ser utilizada corretamente cobrindo boca e nariz e ajustada para que fique confortável e deve ser trocada a cada duas horas. Sugestão: Realizar periodicamente treinamento e capacitação para reforçar a importância do usoda máscara durante a pandemia do Coronavírus Não conformidade: Contaminação cruzada em decorrência do uso dos mesmos utensílios para alimentos e preparações diferentes no preparo e no porcionamento das dietas na distribuição. Correção: Segundo o artigo 4.8.3 da RDC 16 - Durante a preparação dos alimentos, devem ser adotadas medidas a fim de minimizar o risco de contaminação cruzada. Deve-se evitar o contato direto ou indireto entre alimentos crus, semi-preparados e prontos para o consumo; e o artigo 19.12 da Portaria CVS-6/99, de 10 de março de 1999 que fala sobre o porcionamento - Nesta etapa a manipulação deve ser realizada observando-se procedimentos que evitem a recontaminação ou a contaminação cruzada. Sugestão: Enfatizar o cuidado que deve ser tomado ao manipular os alimentos, troca de utensílios, tábuas de corte e em bancadas. Não conformidade: Colaboradores da UAN degustando alimentos prontos sobre alimentos em preparação. Correção: De acordo com o artigo 4.6.5 da RDC 116 - Os manipuladores não devem fumar, falar desnecessariamente, cantar, assobiar, espirrar, cuspir, tossir, comer, manipular dinheiro ou praticar outros atos que possam contaminar o alimento, durante o desempenho das atividades. Sugestão: Treinamento contínuo dos colaboradores. Não conformidade: Colaboradores utilizam o celular dentro da cozinha e, em seguida, manipulam os alimentos sem antes fazer a correta higienização das mãos. Correção: De acordo com o artigo 4.6.3 da RDC 116 - As roupas e os objetos pessoais devem ser guardados em local específico e reservado para esse fim. Sugestão: Destinar local adequado para guardar os celulares dos colaboradores até o final do expediente. Não conformidade: Uma das portas de entrada da cozinha e a porta do estoque não possuem fechamento automático. Correção: De acordo com o artigo 4.1.4 da RDC 116 - As portas da área de preparação e armazenamento de alimentos devem ser dotadas de fechamento automático. Sugestão: Abrir um chamado para administração do hospital apresentando a irregularidade da porta e solicitando a troca de acordo com a legislação vigente. Não conformidade: Ausência do hábito de higienizar as mãos ao entrar na cozinha, principalmente no retorno com os carrinhos após a distribuição das dietas nos andares. Correção: De acordo com o artigo 4.6.4 da RDC 116 - Os manipuladores devem lavar cuidadosamente as mãos ao chegar ao trabalho, antes e após manipular alimentos, após qualquer interrupção do serviço, após tocar materiais contaminados, após usar os sanitários e sempre que se fizer necessário. Sugestão: Treinamento constante para reforçar a importância da assepsia das mãos para evitar a contaminação cruzada e entrada de agentes patogênicos na cozinha. Não conformidade: A água do bufê quente não é trocada com frequência. Correção: Conforme o artigo 59 da Portaria CVS 5, de 09 de abril de 2013 - A água do balcão térmico deve ser trocada diariamente e mantida a temperatura de 80ºC a 90ºC (oitenta a noventa graus Celsius). Esta temperatura deve ser aferida durante o tempo de distribuição. Sugestão: Orientar e cobrar do responsável pelo setor de higienização a troca periódica da água, assim como a higiene completa do bufê. Não conformidade: O teto de toda a UAN é de forro em PVC e possui algumas rachaduras, vazamentos e deformidades. Correção: Segundo o artigo 4.1.3 da RDC 116 - As instalações físicas como piso, parede e teto devem possuir revestimento liso, impermeável e lavável. Devem ser mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos, dentre outros e não devem transmitir contaminantes aos alimentos. Sugestão: Abrir um chamado para administração do HBS apresentando a irregularidade das instalações do teto da UAN solicitando o ajuste de acordo com a legislação vigente. Não conformidade: Ausência de suporte apropriado para pendurar jaleco e avental antes da entrada do banheiro. Correção: De acordo com o artigo 4.6.3 da RDC 116 - Os manipuladores devem ter asseio pessoal, apresentando-se com uniformes compatíveis à atividade, conservados e limpos. Os uniformes devem ser trocados, no mínimo, diariamente e usados exclusivamente nas dependências internas do estabelecimento. Sugestão: Solicitar à equipe de manutenção a instalação de ganchos apropriados próximos a entrada do banheiro. 2. RELATÓRIO TÉCNICO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS 2.1 ATIVIDADE 1 - TREINAMENTO DE ANÁLISE DE TEMPO E TEMPERATURA 2.1.1 INTRODUÇÃO O tratamento térmico (ou cocção) é etapa essencial para que se assegure a redução ou eliminação da carga microbiana de alguns alimentos. Portanto, o tratamento térmico deve ser adequado em todos os processos de preparo dos alimentos. Para isso, deve-se assegurar que a temperatura medida no centro geométrico dos alimentos seja de, no mínimo, 70ºC, devendo o alimento permanecer a essa temperatura pelo tempo mínimo de 2 minutos (RDC nº216 de 2004). Quando o alimento se encontra em 70ºC no seu centro geométrico no tratamento térmico ele é considerado seguro para consumo, para isso se faz necessário a medição de temperatura com termômetro apropriado, assim como a conservar esses alimentos em uma temperatura acima de 60ºC ou abaixo de 10ºC quando resfriados (RDC nº216 de 2004). Controlar do tempo e temperatura é uma medida eficaz na saúde alimentar, onde a alta temperatura auxilia na inocuidade dos alimentos e a zona de perigo por um período controlado (entre 10ºC e 60ºC) minimizam o risco de Doenças Veículadas por Alimentos (DVA) por fazer mais difícil a sobrevivência e proliferação de microorganismos produtores de toxinas patogênicas e de microorganismos produtores de toxinas (Revista Desafios, 2019). O uso dessa ferramenta é um procedimento básico para estabelecer Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) que forneçam garantia das condições higiênico-sanitárias necessárias ao processamento/industrialização de alimentos, complementando as Boas Práticas de Fabricação (RDC no 275 de 2002). 2.1.2 OBJETIVO GERAL Garantir a segurança alimentar dos comensais monitorando o tempo e temperatura para assegurar a redução ou eliminação da carga microbiana de alguns alimentos. 2.1.3 MÉTODO Para fazer o controle das temperaturas deve-se seguir um passo-a-passo com cautela e realizar o preenchimento das tabelas referentes a cada operação. Logo, é necessário seguir as etapas seguintes: ● Limpeza do termômetro borrifando álcool 70% em toda extensão da haste. Esperar secar. Ligar o termômetro e aguardar a temperatura estabilizar; ● Inserir a haste ou sensor do termômetro no centro da preparação, não deixando o sensor tocar nos lados ou o fundo do recipiente (que pode estar mais frio ou mais quente que o alimento, fazendo com que a leitura seja correta). ● Verificar a temperatura no centro geométrico. Aguardar a temperatura estabilizar, fazer a leitura e o registro em planilha apropriada. ● Verificar se a temperatura está apropriada conforme as informações contidas na parte inferior da tabela e caso haja alguma inadequação informar a nutricionista para ser feita alguma medida corretora. O material apresentado no treinamento está em apêndice 1. 2.1.4 RESULTADOS O treinamento aplicado, apesar de breve, foi satisfatório. Nele pode-se contar com a participação de todos os colaboradores da UAN do Hospital Baia Sul e ainda com o suporte da nutricionista responsável, Paula Tomasoni, que colocou um funcionário como responsável pela verificação nos fins de semana (nos dias em que há estagiários, são eles os responsáveis pela verificação e controle). 2.2 ATIVIDADE 2 - TREINAMENTO DE COLETA DE AMOSTRAS 2.2.1 INTRODUÇÃO De acordo com a RDC n°16 de 2004, serviços de alimentação devem seguir procedimentos de Boas Práticaspara certificar as condições higiênico-sanitárias de todos os alimentos preparados (RDC n°16 de 2004; Portaria CVS-6/99). Assim como pela RDC n°2018 de 2005, tem esse mesmo intuito de assegurar as condições higiênico-sanitárias e nela consta que pode ser complementada pelos órgãos de vigilância sanitária estaduais, distrital e municipais objetivando contemplar requisitos inerentes às realidades locais e promover a melhoria das condições higiênico-sanitárias das unidades de comercialização de alimentos e dos serviços de alimentação (RDC n°218 de 2005). A coleta e armazenamento de amostras deve ser realizada em todas as refeições como garantia da segurança alimentar dos comensais, pois caso haja alguma enfermidade em decorrência de algum alimento consumido, a UAN tem a possibilidade de garantir se foi ou não relacionado a algum alimento produzido pela cozinha da unidade (RDC n°43 de 2015). Essa coleta segue um padrão e cuidado para ser feita de forma correta seguindo requisitos mínimos para avaliação prévia e funcionamento de instalações e serviços relacionados ao comércio e manipulação de alimentos e definição de responsabilidades (RDC n°43 de 2015; Portaria CVS-6/99). 2.2.2 OBJETIVO GERAL Garantir a segurança alimentar dos comensais, em casos de enfermidade decorrentes de algum alimento consumido. Desta forma a UAN tem a possibilidade de garantir que a contaminação foi ou não relacionada a algum alimento produzido pela cozinha da unidade. 2.2.3 MÉTODO No terço final da distribuição, devem ser colhidas amostras de todos os itens do cardápio da refeição servida. A quantidade retirada segue uma lista que a UAN do Baía Sul (apresentada no treinamento) ou de no mínimo 100g. O armazenamento das amostras deve ser feito por 72 horas sob resfriamento, seguindo os seguintes passos: ● Anotar na tabela de amostras todas as informações necessárias da refeição, nome do preparo, nome do colaborador, turno, dia e se foi possível fazer a coleta; ● Pegar um saco esterilizado lacrado e identificar a preparação, colocar data de coleta, data final de armazenamento e tipo de refeição; ● Higienizar as mãos, cortar a embalagem, abrir a embalagem sem tocá-la internamente nem soprá-la. ● Colocar a amostra do alimento utilizando o utensílio do preparo que está sendo utilizado no buffet, pesar para verificar se foi coletada a quantidade correta, retirar o ar e vedar. ● Colocar todas as amostras em um único saco, que deve ser também identificado com data de coleta, data final de armazenamento, e tipo de refeição. O material apresentado no treinamento está em apêndice 2. 2.2.4 RESULTADOS O treinamento de coleta de amostras teve cooperação de todos os colaboradores da UAN do Hospital Baía Sul e assim pode-se mostrar as exigências do POP e quais cuidados devem ser seguidos para garantir uma coleta eficaz e sem contaminação. 2.3. ATIVIDADE 3 - RECEITA DE MINGAU DE AVEIA 2.3.1 INTRODUÇÃO De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira de de 2017, alimentos in natura ou minimamente processados, devem ser a base para uma alimentação nutritiva, rica em nutrientes e fibras (Ministério da Saúde, 2014). Com o preparo de um mingau de aveia feito com base de água e banana pode-se diversos tipos de dietas, restrições alimentares além aumentaro consumo de fibras, pois essa ingesta adequadas está relacionada à: diminuição do colesterol; prevenção da constipação; aumento da saciedade; redução do risco de diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares; prevenção e tratamento de diverticuloses e manejo do diabetes tipo 1, redução do colesterol sérico, modulação da glicemia e propriedades laxativas (Brennan, 2005; American Dietetic Association - ADA, 2002. Sendo assim, pode-se elencar os comensais que se beneficiariam desse preparo, como: ● vegetarianos, que seguem uma dieta sem produtos de origem animal (Revista Ingesta, 2020); ● diabéticos, uma vez que estudos apontam que a ingestão de fibras solúveis retarda o esvaziamento gástrico e a digestão e diminui a absorção de glicose, beneficiando diretamente a glicemia pós prandial de portadores de diabetes (Chandalia, 2000); ● intolerantes à lactose ou alérgicos à caseína e intolerantes ao glúten por não terem nenhum dos componentes que esses grupos reagem; ● pessoas que necessitem de aporte de fibras por alguma questão de saúde; ● além de todos os comensais em uma visão geral, pois é um preparo mais nutritivo que a opção oferecida pela UAN do Hospital Baia Sul, que é de amido de milho (Ministério da Saúde, 2014). 2.3.2 OBJETIVO GERAL É de suma importância ter preparos inclusivos que envolvam diversos tipos de dietas, restrições alimentares e que sejam nutritivas para os comensais. Assim foi desenvolvido um mingau de aveia que pode atender diabéticos, intolerantes ao glúten, intolerantes e alérgicos à lactose, vegetarianos, veganos e pessoas que necessitem de um maior aporte de fibras por alguma questão de saúde. 2.3.3 MÉTODO O interesse para a execução da atividade surgiu ao observar que os mingais servidos aos pacientes eram preparados de duas formas: leite e amido de milho e leite e farinha de aveia. No intuito de incluir uma forma de preparo mais nutritiva e que pudesse ser ofertada para pacientes com alergias e intolerâncias, foi decidido usar água, banana e farinha de aveia. A ficha técnica do preparo está em apêndice 3. 2.3.4 RESULTADOS O mingau de aveia foi supervisionado, degustado e aprovado pela técnica de nutrição da UAN e espera-se que seja oferecido cada vez mais aos comensais no lugar do mingau de amido de milho, pois com a combinação oferecida no mingau, têm-se uma refeição mais saudável e nutritiva para qualquer público. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS O estágio obrigatório supervisionado em Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) realizado no Hospital Baía Sul pode mostrar na prática como é a realidade de uma UAN, com erros, acertos, desafios, imprevistos, momentos de tensão, oportunidades e descobertas que foram enriquecedoras e nos fizeram perceber como é importante o conhecimento e principalmente o domínio de todos os processos operacionais do fluxo de trabalho, além de nos provar o quanto é valioso incentivar a cooperação e o trabalho em equipe entre todos os funcionários da produção. Durante o período do estágio pode-se observar muito do que foi aprendido nas aulas, a dinâmica da nutricionista e suas funções e pôr em prática e/ou conduzir e sugerir melhorias para adequar tarefas já exercidas, tornando-as mais dinâmicas. Todas as atividades inerentes ao estágio em nutrição foram executadas sem dificuldades. Mesmo diante do período conturbado de pandemia, o acolhimento por muitos dos colaboradores foi compensatório e com muitas trocas de conhecimentos. Por fim, foi satisfatória a conclusão do estágio obrigatório. 4 ATIVIDADES COMPLEMENTARES ● Checklist dos refrigeradores e câmaras frias, verificando a temperatura dos equipamentos e anotando os dados na planilha de temperatura dos equipamentos; ● Verificação e identificação de embalagens abertas sem etiqueta; ● Recebimento de mercadoria: contagem de produtos de acordo com a quantidade na nota fiscal, análise sensorial, aspectos da embalagem, medição de temperatura dos produtos refrigerados e congelados, data de validade, fabricação e lote; ● Durante a distribuição e montagem dos pratos, acompanhamento do mapa de dietas por andar para verificação da dieta servida corretamente; ● Aferição e registro de temperatura dos alimentos da distribuição no balcão térmico; ● Coleta de amostra de todas as preparações servidas no jantar; ● Conferência, contagem e organização de produtos em estoque seguindo a técnica PVPS; ● Separação de produtos conforme requisição de solicitação dos andares; ● Atendimento telefônico e anotações de pedidosno quadro; ● Impressão dos mapas de dieta no sistema Tasy, ● Porcionamento de dieta líquida restrita em copo descartável 180ml e de sobremesas. 5 SUGESTÕES PARA OS PRÓXIMOS ESTÁGIOS ● Padronização de receitas; ● Realização de fichas técnicas; ● Treinamento explicando a importância de colocar etiquetas nas embalagens abertas contendo as informações necessárias; ● Treinamento para melhor conservação de alimentos e como armazená-los (é rotineiro embalagens abertas ou fechadas de forma errada); ● Treinamento reforçando a importância da frequente e correta higienização das mãos; ● Tabela/quadro de explicação de dietas, como: dieta para HAS é liberado todos os preparos desde que não seja utilizado muito sal e não é colocado sal na bandeja do comensal; ● Treinamento de boas práticas. REFERÊNCIAS BRENNAN Charles S.. Dietary fiber, glycemic response, and diabetes. Mol. Nutr. Food Res., 2005. v.49, p.560-570. CHANDALIA, M. Dietary treatment of Diabetes Mellitus. New Engl. J. Med., v.342, p.1392- 1398, 2000. FARIAS, Melina Campagnaro. Bases para a vigilância sanitária de alimentos / Farias. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016. Guia alimentar para a população brasileira / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed., 1. reimpr. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. p.156. LIRA, Carlos R. N.; CASTRO, Luciana. N.AN DIETETIC ASSOCIATION. Position of the American Dietetic Association: health implications of dietary fiber. J. Am. Diet. Assoc., v.102, p.993-1000, 2002. BRENNAN, C.S.; Fonseca, Maria C. P.. Tempo e Temperatura em Refeições Transportadas. Revistas Desafios, 2019. v.6, n.3. Portaria CVS 5, de 09 de abril de 2013. Regulamento técnico sobre boas práticas para estabelecimentos comerciais de alimentos e para serviços de alimentação. Brasília - DF, 2013. Portaria CVS-6/99. Regulamento técnico sobre os parâmetros e critérios para o controle higiênico-sanitário em estabelecimentos de alimentos, Brasília - DF, 1999. DONEDA, Divair; SOARES, Camila H.; ZANINI, Maria C. C.; SILVA, Vanuska L.. Vegetarianismo muito além do prato: ética, saúde, estilos de vida e processos de identificação em diálogo. Revista Ingesta, 2020. v.2, n.1. RDC nº 16, de 1° de abril de 2014. Resolução da Diretoria Colegiada. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 2014. RDC Nº 43, de 1º de setembro de 2015. Resolução da Diretoria Colegiada. Resolução da Diretoria Colegiada. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 2015. Resolução n° 216, de 15 de setembro de 2004. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 2004. RDC nº 218, de 29 de julho de 2005. Resolução da Diretoria Colegiada. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 2005. RDC nº 275, de 21 de outubro de 2002(*). Resolução da Diretoria Colegiada. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 2002. VEIROS, Marcela B.; PROENÇA, Rossana. Avaliação Qualitativa das Preparações do Cardápio em uma Unidade de Alimentação e Nutrição - Método AQPC. Nutrição em Pauta., 2003. p.36-42. PRADO, Bárbara G.; NICOLETTI Ana L.; FARIA Cássia S.. Avaliação qualitativa das preparações de cardápio em uma unidade de alimentação e nutrição de Cuiabá-MT. UNOPAR Cient. Ciênc. Biol. Saúde. 2013. p.219-23 APÊNDICES APÊNDICE 1: TREINAMENTO DE TEMPO E TEMPERATURA APRESENTADO AOS COLABORADORES DA UAN DO HOSPITAL BAÍA SUL APÊNDICE 2: TREINAMENTO DE COLETA DE AMOSTRAS APRESENTADO AOS COLABORADORES DA UAN DO HOSPITAL BAÍA SUL APÊNDICE 3: FICHA TÉCNICA DA ATIVIDADE 3 - RECEITA DE MINGAU DE AVEIA
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