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Avaliação Laboratorial do Sistema Urinário - Patologia Clínica Veterinária

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Patologia ClínicaPatologia Clínica
D A T A 1 1 - 0 1 - 2 0 2 2
A função renal está relacionada com a
homeostase do meio interno.
Função renal:
Retenção de elementos orgânicos e
inorgânicos:
Glicose, aminoácidos, outros metabólitos.
Principalmente nos túbulos contorcidos
proximais.
Forma passiva ou ativa.
Glicose utiliza transportadores (reabsorção
ativa, que demanda grande quantidade de
energia).
Outros componentes: Gradiente de
concentração, tonicidade do meio.
Situações em que essa circulação peritubular
está comprometida – necrose.
Evitar drogas que alterem a perfusão renal.
Rim bastante susceptível a necrose por
hipóxia.
Manutenção do equilíbrio hídrico –
eletrolítico:
Homeostase da água.
Sódio.
Potássio.
Fósforo inorgânico.
Cloretos.
Cálcio.
Magnésio.
Água acompanha 
os sais.
Sódio – íon para 
retenção passiva 
de água.
AVALIAÇÃO LABORATORIAL NO SISTEMA
URINÁRIO
Alterações no trato urinário superior (rins)
vão ser responsáveis por alterações
sistêmicas.
Alterações no trato urinário inferior (bexiga,
uretra) vão ser responsáveis por alterações na
micção.
Exemplo: Febre: cistite e uretrite não dá
febre. Nefrite e pielonefrite dá febre.
RINS:
Tamanho:
Cão: 0,5 a 1% do peso vivo.
Gato: 0,6 a 1% do peso vivo.
NÉFRONS:
A quantidade de néfrons que vai determinar a
capacidade renal. Perdendo 3/4 (75%) dos
néfrons funcionais é que vamos começar a ter
sinais de insuficiência renal.
Bovino: 4 milhões.
Suíno: 1,25 milhões.
Cão: 430 mil.
Gato: 190 mil.
Arteríola aferente – filtrado cai dentro da
cápsula de bowman e é recebido por um
sistema tubular.
Para que tenha funcionamento correto dos
rins deve haver primeiramente um fluxo
sanguíneo.
Na cápsula de bowman o filtrado é
basicamente um plasma sanguíneo com
quantidade menor de proteínas, pois na
cápsula tem permeabilidade seletiva que
retém proteínas maiores.
Após, durante o trajeto alguns componentes
são absorvidos, outros secretados. O produto
final sai pelo ducto coletor e é colhido pela
pelve renal.
Patologia ClínicaPatologia Clínica
D A T A 1 1 - 0 1 - 2 0 2 2
Podem ser utilizadas como indicadores da
função excretória renal.
Metabolismo de proteínas:
Degradação de polipeptídeos: insulina,
hormônio do crescimento, lisozinas.
URINÁLISE:
Exame de triagem.
Avalia outros órgãos.
Barato e rápido.
Indicador precoce de alterações renais.
Alterações por descamação de células
presentes na urina.
Métodos de colheita:
Micção espontânea: importante desprezar as
primeiras gotas, para eliminar os
contaminantes do trato genital externo.
Método por Compressão: mais frequente em
pacientes com perda do controle vesical.
Compressão suave e gradual.
Muitas vezes após sedação para desobstrução
em gatos.
Cateterismo: para controle ou colheita de
material. Não mantermos sondados por muito
tempo para evitar contaminação.
Cistocentese: agulha e seringa. Deve-se
esvaziar toda a bexiga (evitar deixar cheia
para não extravasar para o abdômen).
Excluir a possibilidade de carcinoma vesical
de células de transição para não semeá-lo na
cavidade peritoneal (animal adulto-idoso,
emagrecimento progressivo – caquexia,
hematúria.
Manutenção do equilíbrio ácido-básico:
Íons bicarbonato (HCO3-)
HCO3- + H+ à H2CO3 à H20 + CO2.
Secreção de H+.
Excreção facilitada de H+.
HPO-24 + H+ à H2PO-4
NH3 + H+ à NH+4
Excreção de nitrogênio – amônia e ureia.
Função endócrina:
Eritropoietina.
Renina – pressão arterial.
Vitamina D.
Prostaglandinas – I2 - para que não haja
vasoconstrição da arteríola aferente.
AINES – antiinflamatórios não esteroidais –
inibidores da Cicloxigenase 2.
Se agir inibindo a COX1 vai afetar funções
como a produção de prostaglandina i2, e as
que promovem secreção de muco gástrico e
produção de tromboxanos A2 das plaquetas.
Sistema renina angiotensina aldosterona.
Sinais para mácula densa – aumento da
filtração glomerular – produção de renina –
angiotensina II potente vasoconstritor.
Retenção de sódio e cloro, excreção de
potássio.
Secreção de ADH.
Aumento da pressão arterial.
Excreção de produtos do metabolismo:
Ureia, creatinina.
Outros componentes nitrogenados:
Alantoína, ácido úrico (importante em raças
como dálmata, buldogue inglês, yorkshire
terrier, e em gatos), felanina (gatos).
Dimetil-arginina simétrica: composto
produzido por todas as células do organismo.
Patologia ClínicaPatologia Clínica
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Aspecto:
Turbidez:
Células: hemácias, leucócitos, células de
descamação.
Muco, cristais e bactérias.
Armazenamento prolongado.
Espuma: proteína.
Gordura: lipidúria.
Odor.
Densidade urinária:
O filtrado glomerular é isostenúrico.
De 1.008 a 1.012 (semelhante ao plasma).
Relação direta com osmolaridade.
Determinado pelo refratômetro.
Depois pode ser diluído ou concentrado: 1/3 a
8 vezes a tonicidade do plasma.
Valores de referência:
Cão: 1,018 a 1,045 (1,001 a 1,060).
Gato: 1,020 a 1,040 (1,001 a 1,080).
Isostenúria: 1008-1012.
Hipostenúria: abaixo de 1008.
Hiperestenúria: acima do normal.
Isostenúria: pode ser um achado ocasional ou
indicar insuficiência renal. Observar o estado
de hidratação.
Número suficiente de néfrons funcionais para
evitar aparecimento de sinais clínicos da
insuficiência renal como poliúria e polidipsia:
Maior que 1.030 no cão.
Maior que 1.035 no gato.
Maior que 1.025 no cavalo.
Por que um animal com insuficiência renal
apresenta poliúria se ele tem uma Taxa de
filtração glomerular diminuída?
Poliúria por IR:
Baixa taxa de filtração glomerular com alto
volume urinário:
Urinálise: acondicionamento e
armazenamento.
Coletores universais.
Seringas.
Processar em até 30min e proteger da luz
(bilirrubina é fotossensível).
Urinálise:
Exame físico, químico e de sedimento.
Exame físico:
Volume urinário: aumentado, diminuído ou
ausente – anamnese. Polidipsia
compensatória.
- Poliúria, oligúria, anúria (sondagem – anúria
relacionada com produção ou
passagem/obstrução).
- Cães: 26,5 – 66,2 ml/kg/dia).
- Gatos: 9,9 – 19,9 ml/kg/dia).
Ingestão hídrica de cães até 90ml/kg/dia e de
gatos até 42ml/kg/dia.
Cor: sangue, bilirrubina, componentes,
mioglobinúria em lesão muscular importante,
hematúria, hemoglobinúria.
- Amarelo claro ao escuro.
- Alaranjado: bilirrubinúria (colúria).
- Castanho escuro/enegrecido: bilirrubina, hb,
MB.
- Avermelhado: hemácias, hb, mb.
- Outros: medicamentos.
Patologia ClínicaPatologia Clínica
D A T A 1 1 - 0 1 - 2 0 2 2
Promovendo a reabsorção de água nos
túbulos coletores, elevando a densidade e
osmolaridade da urina.
Diagnóstico de diabetes insipidus.
Indicações: amostras aleatórias de urina com
densidades menores que 1.012 em animal não
azotêmico.
Animais apresentando poliúria e polidipsia:
Ingestão acida de 90ml/kg/dia.
E não há causa evidente.
Paciente não azotêmico, nem desidratado.
Interpretação dos testes de concentração:
Doença renal:
Densidade >1,008 mas <1,030 no cão.
Aproximadamente 2/3 dos néfrons estão
afuncionais antes da detecção da perda da
capacidade de concentração.
Diminuição da capacidade de concentração
devido à doença renal ocorre antes da
azotemia.
Diebetes insipidus: densidade <1,015.
Resposta com administração de
desmopressina.
Urinálise – exame químico:
PH.
Proteínas.
Glicose.
Cetona.
Bilirrubina.
Urobilinogênio.
Sangue oculto.
Sais biliares.
PH:
Cão: 5,5-7,5.
Gato: 5,5 – 7,5.
Equino: 7,5 – 8,5.
Bovino: 7,5 – 8,5.
Reabsorção baixa – urina ainda isostenúrica
sem modificação do filtrado glomerular.
Urina volumosa e pouco densa.
Acúmulos dos componentes que deveriam ter
sido excretados – azotemia e consequente
uremia.
Hipostenúria:
Densidade abaixo de 1,008.
Resposta normal ao consumo de grande
quantidade de água ou de fluidoterapia.
Diabetes insipidus central/renal.
Endotoxina de E.coli (piometra).
Corticosteroides/diuréticos.
Medullary washout – perda da tonicidade da
medula. Hiperperfusão do tecido renal ou via
perda de eletrólitos. Sem tonicidade para
reabsorção passiva.
Evidências de insuficiência renal:
>66% dos néfrons: primeiros sinais clínicos
PU/PD.
Em um animal desidratado, são densidades
preocupantes:
Em cães, menor que 1.030.
Emgatos, menor que 1.035.
Testes de concentração urinária:
Avaliam a capacidade de concentração
urinária após a restrição hídrica – função
tubular.
Princípio:
A desidratação aumenta a osmolaridade do
sangue, que leva a liberação de ADH.
Patologia ClínicaPatologia Clínica
D A T A 1 1 - 0 1 - 2 0 2 2
Urinálise: Relação proteína – creatinina
uinária.
Doença renal crônica.
Proteinúria relacionada a doença glomerular
que pode levar a hipoproteinemia.
Verifica se há comprometimento glomerular.
Bioquímica.
Relação proteína-creatinina:
Normal: Cães abaixo de 0,2 e Gatos abaixo de
0,2.
Marginal: Cães entre 0,2 e 0,5 e Gatos entre
0,2 a 0,4.
Deve ser repetido, manejo de amostra (?).
Doença renal crônica - proteinúria: Cães
acima de 0,5 e Gatos acima de 0,4.
Drogas que diminuem a pressão de filtração –
diminui a perda protéica (caquexia).
Glicose:
Limiar de reabsorção tubular (TM):
Cão: 180-220 mg/dL.
Gato: 290 mg/dL.
Hiperglicemia: diabetes mellitus, felinos
estressados.
Normoglicemia: origem tubular – síndrome
de fanconi, drogas, isquemia, glicosúria
primária renal.
Carnívoros com urina de ph elevado: procurar
por infecção bacteriana no trato urinário.
Proteína: Perda protéica pode acontecer sem
ter necessariamente alteração funcional
renal.
Proteinúria:
Pré-glomerular: aumento da pressão de
filtração por exercício, estresse ou convulsão.
Hemoglobina, mioglobina, proteína de bence
Jones.
Não causam hipoproteinemia.
- Geralmente condição transitória e não
clinicamente importante a ponto de causar
hipoproteinemia.
Aumento da frequência cardíaca, aumento do
débito cardíaco, vasoconstrição, aumento da
pressão arterial e aumento da pressão de
filtração.
Glomerular:
Glomerulonefrite, pielonefrite, amiloidose.
Albuminúria (hipoalbuminemia).
- Diminuição da função ou alteração na
permeabilidade da membrana glomerular.
Tubular:
Defeito tubular (congênito, doença renal
aguda por drogas ou hipóxia).
Não causa hipoproteinemia, pode haver
glicosúria e isostenúria (alteração na
reabsorção de glicose ou no ducto coletor –
tonicidade).
Proteinúria pós renal:
Inflamação no trato urogenital, trauma ou
neoplasia.
Alterações na sedimentoscopia.
- Cistites, puro sangue – muita proteína.
Doença do trato urinário inferior dos felinos.

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