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Lipídios: Estrutura, Funções e Importância

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14
	Assumane Abdala
Artemisa Caetano Zacarias 
Celito Laimo Ahate
Eunice Anselmo Barrote
Faida Alfredo José
Mariamo Jussubo Ossumane
Mucussete Ambasse
Selemane Afito
Licenciatura em ensino de Biologia 2 ano
(lipidos)
Universidade Rovuma
Nampula
2021
Assumane Abdala
Artemisa Caetano Zacarias 
Celito Laimo Ahate
Eunice Anselmo Barrote
Faida Alfredo José
Mariamo Jussubo Ossumane
Mucussete Ambasse
Selemane Afito
Licenciatura em ensino de Biologia
 (
Trabalho de caráter avaliativo que sera entregue na
 cadeira de Bioquimica
, curso de licenciatura em ensino de Biologia, 2 ano lecionado pelo
 MSC
:
Celestino Jõ
ao
)
Universidade Rovuma
 Nampula
2021
Índice
Conteúdo pag.
Introdução	4
1.	Lipidos	5
1.1.	Fórmula geral, e estrutural dos Lípidos	5
1.2.	Funções dos lipidos	5
1.3.	Importâncias dos Lipidos	5
1.4.	Classificação dos lipidos	6
1.4.1.	As principais características dos ácidos graxos são:	8
1.4.3.	Os ácidos graxos insaturados	9
1.4.4.	Podem ser subdivido em monoinsaturados poliinsaturados e eicosanoides, os Eicosanoides são:	10
1.4.5.	Ácidos graxos essenciais	10
1.4.6.	Os vários tipos de esfingolipídios são classificados:	11
1.4.7.	Os lipídios insaponificáveis se dividem em dois grupos:	12
1.5.	Metabolismo dos lipidos	13
1.5.1.	O processo acima pode ser resumido em quatro estágios:	14
Conclusão	15
Referencia Bibliografia	16
Introdução
Os lipidos são compostos com estrutura molecular variada, apresentando diversas funções orgânicas: reservas energéticas, fonte de energia para os animais hibernantes, isolante térmico, mamíferos, além de colaborar na composição da membrana plasmática das células dos fosfolipideos. São substancias cuja, características principal é a insolubilidade em solventes polares e a solubilidade em solventes orgânicos, apolares, apresentando natureza hidrofóbica, ou seja, aversão a molécula de agua.
1. Lipidos 
Os lipídios são moléculas orgânicas formadas a partir de ácidos graxos e álcool que desempenham importantes funções no organismo dos seres vivos. 
Essas moléculas orgânicas são formadas a partir da associação entre ácidos graxos e álcool. Não são solúveis em água, mas se dissolvem em solventes orgânicos, como a benzina e o éter. Apresentam coloração esbranquiçada ou levemente amarelada. 
1.1. Fórmula geral, e estrutural dos Lípidos
 As gorduras apresentam a seguinte fórmula: C57H110O6. As propriedades das moléculas de gordura dependem dos ácidos graxos que as formam. 
1.2. Funções dos lipidos
· Estrutura da membrana celular; 
· Reserva de energia; 
· Síntese de vitaminas e hormônios;
· Cofatores enzimáticos;
· Pigmentos fotossensíveis; 
· Mensageiros intracelulares;
· Transportadores de electrões;
· Chaperonas; 
· Protecção mecânica 
· Isolantes térmicos.
1.3. Importâncias dos Lipidos
As gorduras são essenciais para a maioria dos seres heterótroficos, incluindo os seres humanos. No entanto, os ácidos graxos realmente essenciais são os das famílias ómega 3 e ómega 6, a partir destes o ser humano consegue produzir todos os demais. Portanto, a importância dos lipidos está directamente ligada as suas funções:
· Fonte Energética: Fornecem mais energia que os carboidratos, porém, não são preferencialmente utilizáveis pela célula. Toda vez que a célula eucarionte necessita de uma substância energética, ela vai optar pelo uso imediato de uma glicose, para depois consumir os lipídeos. 
· Estrutural: certos lipídios fazem parte da composição das membranas celulares, que são formadas pela associação de lipídios e proteínas. Os mais importantes são: os fosfolipídios e o colesterol. 
· Isolante Térmico: Auxiliam na manutenção da temperatura dos animais endotérmicos, por meios de uma camada de tecido denominada hipoderme, a qual protege o indivíduo contra as variações de temperatura. 
· Protecção Mecânica: A gordura age como suporte mecânico para certos órgãos internos e sob a pele de aves e mamíferos, protegendo-os contra choques e traumatismo.
1.4. Classificação dos lipidos 
Segundo Botham e Mayes, 2012 os lipídeos podem ser classificados em principalmente como: simples, complexos, os precursores e derivados. 
Lipídeos simples: São ésteres de ácidos graxos com vários álcoois. 
· Gorduras: São ésteres de ácidos graxos com glicerol. A gordura no estado líquida é conhecida como óleo. 
· Ceras: São ésteres de ácido graxo de cadeia longa, saturados ou insaturados (de 14 a 36 átomos de carbono), com alcoóis de cadeia longa (de 16 a 30 átomos de carbono). Possuem estrutura linear, o que facilita a agregação entre as moléculas, formando cadeias hidrofóbicas, contribuindo para o fato de serem inertes, de consistência firme e com pontos de fusão mais elevados que outros lipídeos, justificando suas propriedades impermeabilizantes (repelentes) e protectoras em animais e vegetais. 
Lipídeos Complexos: São ésteres de ácidos contendo outros grupos além de um álcool e de um ácido graxo. 
· Fosfolipídeos: São lipídeos que contêm, além de ácidos graxos e um álcool, um resíduo de ácido fosfórico. Frequentemente, tem bases nitrogenadas e outros substituintes. Os fosfolipídeos podem ser considerados derivados dos ácido fosfatídico, no qual o ácido graxo esta esterificado com o grupo – OH do álcool correspondente. Podem ser subdivididos grupos: ácido fosfatídico e fosfatidilglicerol; fosfatidilcolina (lecitinas); fofatidiletalonamina; fosfaditilinositol; fosfatidilseriana; lisofosfolipídeos; plasmalógenos; e esfigomielinas. 
Os fosfolipídios são os principais componentes das membranas celulares onde se ordenam em bicamadas, formando vesículas (micelas), que separam os componentes celulares do meio intercelular.
As membranas celulares são elásticas e resistentes graças às fortes interacções hidrofóbicas entre os grupos apolares dos fosfolipídios no interior da bicamada.
· Glicolipídeos (glicoesfigolipídeos): São lipídeos que contêm um ácido graxo, esfingosina e carboidrato. Formados a partir da ligação glicosídica entre um grupo álcool de um lipídeo (frequentemente as ceramidas) e o resíduo de carboidrato. Assim, de imediato pode-se dizer que os cerebrosídeos e os gangliosídeos são glicolipídeos. 
Glicolipídeos formam uma classe intermediária composta por representantes das classes dos fosfolipídeos e dos esfingolipídeos, podendo ser chamados de fosfoglicolipídeos e esfingoglicolipídeos, respectivamente. 
Precursores e derivados de lipídeos: Estes incluem: ácidos graxos, glicerol e esteróis, aldeídos graxos e corpos cetônicos, hidrocarboneto, vitamina lipossolúveis e hormônios. Dentro destes grupos os que podemos dar maior destaque são:
· Ácidos Graxos e seus derivados
Os ácidos graxos são ácidos monocarboxílicos de longas cadeias de hidrocarbonetos acíclicas, não-polares, sem ramificações e, em geral, número par de átomos de carbono. Nos óleos e gorduras naturais os ácidos graxos ocorrem principalmente como ésteres, que podem estar sob a forma esterificada denominado ácidos graxos livres, forma em que é transportada no plasma. 
Os ácidos graxos são uma forma de detergente, porque eles têm uma cauda hidrofóbica longa e uma cabeça polar. A concentração de ácidos graxos livres nas células é muito baixa, porque elevadas concentrações de ácidos graxos livres poderia romper as membranas. A maior parte dos ácidos graxos são compostos por lipídeos mais complexos. 
 (
Cauda apolar
Cabeça polar
Ácido graxo
)
1.5. As principais características dos ácidos graxos são: 
 Comprimento de cadeia: Os átomos são numerados a partir do carbono da carboxila (carbono n⁰ 1) na sequência o carbono adjacente (carbono n⁰ 2) é denominado carbono, os subsequentes são β e α ; o carbono metílico terminal é denominado ω ou carbono -n. A numeração é realizada em função da presença ou ausência de duplas ligações e do carbono em que se localiza. 
Insaturação: Podem ser saturados, monoinsaturados (contêm uma ligação dupla) ou poliinsaturados (contêm duas ou mais ligações duplas). A fim de evitar a oxidação dos compostos as duplas ligações nos ácidos graxos poliinsaturados estão separadas por um grupo metileno.
 Geometria da instauração: As ligações duplas podem ocorrer sob duas formas isoméricas na molécula: cis e trans. A maioria dos ácidos graxos naturais possui os isómeros na forma cis. A geometria da ligação trans aumenta a estabilidade e, portanto, o ponto de fusão (comparação entre o oleico e o vacênico).
Ramificação: geralmente ISO e ante isso.
Família-n (“ω” e “ômega”): factor chave para determinar a essencialidade.
Dieno conjugado: duas duplas ligações adjacentes sem ligação metilênica.
1.5.1. Ácidos Graxos Saturados 
Apresentam apenas ligações simples entre os carbonos na cadeia, assim, não possuem ligações duplas. São geralmente sólidos à temperatura ambiente. São encontrados em alimentos de origem animal (carne bovina, frango, porco, laticínios), onde predominam formando os lipídios de reserva energética, e em alguns alimentos vegetais (palmeira e sua semente e óleo de côco). 
Tem como base o ácido acético (CH3 – COOH), a partir do qual os demais – CH2 – são adicionados aos grupos terminais – CH3 – e – COOH – Nas ceras, tanto nas de origem animal quanto vegetal, ocorrem o maior número de átomos de carbono Ácidos Graxos Insaturado.
1.5.2. Os ácidos graxos insaturados 
Possuem uma ou mais duplas ligações, São geralmente líquidos à temperatura ambiental. Os óleos vegetais são ricos em ácido graxos insaturados. Os ácidos graxos insaturados podem ser monoinsaturado ou polinsaturados: 
Os monoinsaturados: apresentam uma única dupla ligação em sua cadeia hidrocarbonada. (Ex. O azeite de oliva, óleo de canela, abacate, nozes e amêndoas em geral são boas fontes de ácidos).
 Os polinsaturados possuem duas ou mais duplas ligações em sua estrutura. Nos polinsaturados são encontradas as famílias de ácidos graxos ômega 3 e ômega 6, com funções ainda não muito bem conhecidas no tratamento de muitas doenças do organismo. (Ex: esclerose múltipla, artrite reumatóide e dermatite atípica, assim como na prevenção de arterosclerose).
1.5.3. Podem ser subdivido em monoinsaturados poliinsaturados e eicosanoides, os Eicosanoides são:
· Poli-insaturada linoleico ω-6 (Ex. óleos vegetais: soja, algodão, girassol, linhaça e milho).
· Poli-insaturda linolenico ω 6 (Ex. peixes marinhas de região geladas e profunda. Bacalhau, salmão e sardinha).
1.5.4. Ácidos graxos essenciais 
 Ácidos graxos polinsaturados que o organismo humano não tem capacidade de produzir e por isso ele se torna um componente obtido essencialmente pela dieta, no caso, com a ingestão de óleos vegetais.
· Os ácidos graxos linoléico e linolênico são encontrados nos óleos de açafrão, soja, milho, semente de algodão e de amendoim. 
· Ácidos graxos cis ou trans - São constituintes das gorduras cis ou trans. Diferem por apresentar diferentes configurações geométricas dos hidrogénios em torno da dupla ligação das cadeias dos ácidos graxos monoinsaturados.
Hidrogenação é o processo pelo qual os átomos de hidrogênio são adicionados às duplas ligações dos ácidos graxos insaturados, tornando-os mais sólidos e saturados. Óleos vegetais são hidrogenados parcialmente: Aumentar o prazo de validade; Aumentar a sua estabilidade às altas temperaturas; Converte muitas das ligações duplas cis em ligações simples aumentando o ponto de fusão dos óleos. 
Acilgliceróis: São ésteres do glicerol com um (monoacilglicerol), dois (diacilglicerol) ou três (triacilglicerol ou triglicerídeo) ácidos graxos). 
Os triglicerídeos: são lipídios de reserva energética presentes no citoplasma das células dos organismos vivos três moléculas de ácidos graxos, em geral, são distintas, tornando possível a existência de uma grande variedade de triglicerídeos no mesmo alimento, tantas quantasforem as combinações possíveis entre os ácidos graxos. 
Esfingolipídios: são lipídios formados por um aminoálcool de cadeia longa (esfingosina) conectada covalentemente a um ácido graxo por meio de ligação amídica, e podendo ou não ter ácido fosfórico em sua estrutura. Diferem dos acilgliceróis e fosfolipídeos por não conter glicerol. 
· Os esfingolipídeos são lipídeos de membrana, envolvidos em reconhecimento celular e condução dos impulsos nervosos. Nas hemácias, os glicoesfingolipídeos de membrana determinam o sistema ABO sanguíneo. 
Estes lipídeos contêm (3) componentes fundamentais: um grupo polar; um ácido graxo; e uma estrutura chamada base esfingóide (esfingosina). É chamado de base devido à presença do grupo amino.
Os lipídios mais simples dessa classe são as ceramidas. Os esfingolipídios são encontrados em plantas e animais.
1.5.5. Os vários tipos de esfingolipídios são classificados: 
· Esfingomielinas: são esfingolipídios onde a base esfingóide é conectada a um grupo polar que pode ser tanto a fosfocolina como a fosfoetanolamina. É um dos principais lipídios estruturais das membranas do tecido nervoso, formando uma camada isolante e protectora às fibras neuronais (bainha de mielina), onde se relacionam com o aumento da velocidade de condução do impulso nervoso. 
· Glicolipídeos neutros ou glicoesfingolipídeos: são esfingolipídios onde a base esfingóide é conectada directamente a um grupo polar que consiste de um a seis resíduos de açúcar simples (D-glicose, D-galactose ou N-Acetil-D-galactosamina). Os esfingolipídios que possuem um único açúcar unido a porção ceramida são os cerebrosídeos. 
· Gangliosídios: são os esfingolipídeos mais complexos, pois possuem em sua estrutura cabeças polares muito grandes formadas por várias unidades de açúcar (oligossacarídeos).
· Glicolipídeos: Formados a partir da ligação glicosídica entre um grupo álcool de um lipídeo (frequentemente as ceramidas) e o resíduo de carboidrato. Assim, de imediato pode-se dizer que os cerebrosídeos e os gangliosídeos são glicolipídeos. Da mesma forma, fosfolipídeos ligados a carboidratos são glicolipídeos. 
· As vitaminas lipossolúveis e o colesterol: são os principais representantes destes lipídios que não são energéticos, porém desempenham funções fundamentais no metabolismo.
1.5.6. Os lipídios insaponificáveis se dividem em dois grupos: 
Terpenos: são lipídios construídos a partir de várias unidades de isopreno. As vitaminas A, E e K são os representantes mais importantes, além de vários óleos aromáticos de plantas. São os compostos mais largamente distribuídos na natureza.
Esteróides: são lipídios que apresentam um núcleo de quatro anéis não-planares fusionados do composto peridrociclopentanofenantreno (esterano ou C17H28), também chamado de núcleo esteróide, cuja estrutura química é bastante diferente do resto dos lipídios.
1.6. Metabolismo dos lipidos 
Os triaglicerois são os lipidos mais abundantes da dieta e constituem a forma de armazenamento de todo o excesso de nutriente, quer este excesso seja ingerido sob a forma de carboidratos, proteínas ou dos próprios lipidos.
O metabolismo lipídico ou dos lipidos ocorre no fígado, estes lipidos são provenientes de duas fontes: dos alimentos ingeridos e da reserva orgânica que é o tecido adiposo.
Diariamente, ingerimos cerca de 25g e 105g de lipidos. Estes lipidos estão geralmente sob forma de triglicerideos (TG). O armazenamento de ácidos graxos na forma de TG é o mais eficiente e quantitativamente mais importante do que o carboidratos na forma de glicogénio. Quando hormonios sinalizam a necessidade de energia metabólica, promove-se a liberação deste TG com o objectivo de converte-los em ácidos graxos livres, os quais serão oxidados para produzir energia. No entanto, outras formas de lipidos fazem parte da dieta diária, como os fosfolipidos, o colesterol e as vitaminas lopossoluveis.
No duodeno, a primeira parte do intestino delgado, sob a acção da bile que é constituída por sais bilares, produzidas no fígado e transportado pelo canal coledoco ate o duodeno, os lipidos da dieta são emuisionados, formando particular de 500 e 1000 micra de diâmetro, contendo principalmenteTG. Essas partículas activam as lipases pancreáticas, enzimas responsáveis pela digestão de lipidos. 
As enzimas encontram se no suco pancreático, actuando apenas em pH alcalino 8 a 8,5 que é garantido pelo bicarbonato de sódio (NaHCO3) que também se encontra no suco pancreático. As lipases quebram os lipidos em ácidos graxos livres e monoglicerideos, catalisando a hidrólise dos triglicerideos com a formação de dois monogliceridos e dois ácidos graxos. Os ácidos graxos são principal mecanismo de produção de energia.
1.6.1. O processo acima pode ser resumido em quatro estágios
· Hidrólise dos triglicérides contidos nos adipócitos em glicerol e ácidos graxos;
· Aproveitamento do glicerol na glicólise; 
· Beta oxidação dos ácidos graxos, resultando em Acetil-CoA; 
· Entrada da Acetil-CoA no ciclo de Krebs.
Conclusão 
Constatamos que, os lipídios desempenham funções bioquímicas e fisiológicas importantes no organismo animal. Dentre as quais destacamos: como fonte eficiente de energia; como isolante que permite a condução nervosa e previne a perda de calor; auxiliam na absorção de vitaminas; agem como camada de protecção dos tecidos e do corpo, sendo componente estrutural e funcional das biomembranas. Essa característica é fundamental importante, mesmo o organismo possuindo considerável concentração hídrica. Isso porque a insolubilidade permite uma interface mantida entre o meio intra e extra celular.
Referencia Bibliográfica
Botham, Kathleen M., Mayes, Peter A. Lípideos de Importância Fisiológica.
Horton, Robert H., Moran, Laurence A., Scrimgeour, K.Gray. Perry, Marc D., Rawn, J. David. Princípios de Bioquímica. 4 Ed. 2008. Pearson Educaction, Inc., 976p. ISBN 0-13-145306-8.
Nelson, David L. COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. 
XAVIER, H. T. et al. V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v. 101, n. 4, supl. 1, p. 1- 20, Oct. 2013.

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