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Ginecologia Júlia Rosendo Winkelmann ATM 25/2 
 
Anatomia Feminina 
 
 Cada ovário é suspenso por uma curta prega 
peritoneal ou mesentério, chamado de mesovário, 
o qual é uma subdivisão de um mesentério maior 
do útero, o ligamento largo (a parte que fica do 
outro lado do ovário, continuação do ligamento 
largo, é o mesovário). 
 O mesovário cobre os vasos e dará o ligamento 
suspensor do ovário, que é por onde chegam os 
vasos. 
 Os vasos sanguíneos e linfáticos entram e saem da 
face superolateral do ovário dentro de uma prega 
peritoneal, o ligamento suspensor do ovário 
(infundíbulo pélvico), que se torna contínuo com o 
mesovário do ligamento largo. Medialmente no 
mesovário, um ligamento útero-ovárico (ligamento 
próprio do ovário) fixa o ovário ao útero. 
 As artérias ováricas originam-se da parte 
abdominal da aorta e descem ao longo da parede 
abdominal posterior. Cruzam sobre os vasos ilíacos 
externos e entram nos ligamentos suspensores. 
 As veias que drenam o ovário formam um plexo 
venoso pampiniforme no ligamento largo. As veias 
do plexo se fundem para formar a veia ovárica. A 
veia ovárica direita ascende e entra na veia cava 
inferior, a veia ovárica esquerda drena para a veia 
renal esquerda. 
 
 As tubas estendem-se lateralmente a partir dos 
cornos uterinos e se abrem na cavidade peritoneal 
perto dos ovários. 
 As tubas uterinas estão em um mesentério estreito, 
a mesossalpinge, que forma as margens livres 
anterosuperiores dos ligamentos largos. 
 As tubas podem ser divididas em 4 partes: 
intramural, istmo, ampola, infundíbulo, (+ 
fímbrias). 
 O útero é um órgão muscular oco, piriforme, com 
paredes espessas. O útero não grávido geralmente 
está localizado na pelve menor, com o corpo sobre 
a bexiga e o colo entre a bexiga e o reto. 
 O útero é uma estrutura muito dinâmica, cujo 
tamanho e proporções modificam-se durante as 
várias fases da vida. 
 O útero está subdividido em fundo, corpo, istmo e 
colo (cérvice). 
 No colo uterino: óstio externo e interno. 
 A parede do corpo do útero é formada por 3 
camadas: 
➢ Endométrio – camada mucosa interna. 
➢ Miométrio - camada média de músculo liso. 
➢ Perimétrio – serosa. 
 O ligamento largo do útero é uma dupla lâmina de 
peritônio (mesentério) que se estende das laterais 
do útero até as paredes laterais e o assoalho da 
pelve. Esse ligamento ajuda a manter o útero em 
posição. Lateralmente, o peritônio do ligamento 
largo é prolongado superiormente sobre os vasos 
como o ligamento suspensor do ovário. 
 Ligamentos útero-ováricos. 
 Ligamento redondo. 
 
 Fundo de saco de Douglas (escavação retouterina) 
– escavação de peritônio, da serosa da parede 
posterior uterina. 
Ginecologia Júlia Rosendo Winkelmann ATM 25/2 
 
 A sustentação do útero na pelve é feita pelo: 
➢ Diafragma da pelve. 
➢ Pela bexiga. 
➢ Ligamentos transversos do colo (cardinais). 
➢ Ligamentos útero-sacros (retouterinos). 
 A vascularização do útero provém principalmente 
das artérias uterinas (ramo da artéria ilíaca interna). 
 As veias uterinas entram nos ligamentos largos com 
as artérias e formam um plexo venoso uterino de 
cada lado do colo. As veias do plexo uterino drenam 
para as veias ilíacas internas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ginecologia Júlia Rosendo Winkelmann ATM 25/2 
 
 
 
 
Ginecologia Júlia Rosendo Winkelmann ATM 25/2 
 
Fisiologia Reprodutiva Feminina 
Ciclo Menstrual 
 
 
GnRH 
 Produzido pelo hipotálamo 
 Polipeptídeo secretado de forma pulsátil. 
 O GnRH é estimulado por norepinefrina e inibido por 
dopamina e prolactina. 
 Cai na circulação porta-hipofisária, e estimula a 
hipófise anterior a produzir FSH e LH. 
FSH e LH 
 Produzidos pela hipófise anterior (adenohipófise), 
quando estimuladas pelo GnRH. 
 Gonadotrofinas que agem no ovário, o qual 
produzirá os estrogênios e progesterona; 
 FSH – hormônio folículo estimulante. 
 LH – hormônio luteinizante. 
Estrogênios 
 Produzidos pelo ovários, quando estimulados pelas 
gonadotrofinas. 
 Realiza a proliferação endometrial (mitose); 
 Tipos: 
 Estriol: placentário (ovário produz quantidade 
menor); 
 Estradiol: ovariano; 
 Estrona: periférico (produzida na gordura, no fígado 
e músculo). Obesa tem mais risco de ter câncer de 
endométrio – tem muito mais estrogênio às custas 
de estrona. 
Progesterona 
 (Pró-gestação). 
 Ação secretora de mucopolissacarídeos sobre o 
endométrio já proliferado. 
 Prepara o local para receber o ovo fecundado. 
 
Feedback do Estradiol 
Negativo sobre o FSH 
Positivo sobre o LH 
 
 Média é 28 dias. 
 O primeiro dia do ciclo é o dia que ela fica 
menstruada; 
 Primeira fase é a proliferativa; 
 Segunda fase é a secretora, que inicia após a 
ovulação. 
 
Fase Proliferativa 
 Começa com a menstruação (na maioria das vezes a 
fase menstrual está dentro da fase proliferativa, porém 
em alguns livros é considerado 3 fases: menstrual, 
proliferativa e secretora). 
 O ciclo menstrual começa com o FSH em níveis altos. 
Ele estimula os folículos ovarianos (“recruta” um 
número, em torno de 8 à 10). Esses folículos recrutados 
vão crescendo e aumentando; 
 À medida que os folículos crescem, eles passam a 
aumentar a produção de Estradiol, diminuindo o FSH 
(feedback negativo); 
 O Estradiol está estimulando o endométrio à proliferar; 
 No final da fase proliferativa, apenas 1 folículo (o 
dominante) é destinado a ovular e ele fica sozinho 
produzindo Estradiol. Em um determinado momento ele 
faz um platô de Estradiol, atingindo seu pico; 
 Esse pico máximo ocorre para que, após ele, ocorra um 
pico de LH (feedback positivo) no final da fase 
proliferativa; 
 O pico do LH é responsável por romper a superfície do 
folículo liberar o ovócito – ovulação – (através de 
enzimas proteolíticas); 
 LH transforma o folículo em corpo lúteo/ amarelo e dá 
início à próxima fase; 
Ginecologia Júlia Rosendo Winkelmann ATM 25/2 
Fase Secretora 
 O corpo lúteo continua produzindo Estradiol, porém 
ele também produz a progesterona; 
 A progesterona pega o endométrio que foi 
previamente proliferado pelo estrogênio e faz com 
que o endométrio comece a produzir 
mucopolissacarídeos para receber o ovo fecundado; 
 O corpo lúteo tem sobrevida de 14 dias (isso é fixo 
no ciclo menstrual, em TODAS as mulheres); 
 O corpo lúteo sofre a luteólise, diminuindo a 
produção de estrogênio e progesterona, assim, o 
FSH passa a subir no final da fase secretora 
(feedback negativo entre estradiol e FSH): é por 
esse motivo que a mulher começa o ciclo com o 
FSH alto; 
 
O que varia no ciclo, individualmente, é o tempo de 
fase proliferativa, pois a secretora é fixa; 
 
Atenção: 
Por que o endométrio não prolifera na fase secretora? 
A progesterona age no receptor do estrogênio e 
bloqueia ele, mantendo o endométrio “parelho”; 
Dessa forma o LH não sobe também (lembrar do 
feedback positivo com o Estrogênio), pois a 
progesterona não deixa. 
 O trofoblasto produz o betaHCG, o qual mantém o 
corpo lúteo vivo e mantém a produção de 
progesterona. Isso permanece até 8 semanas de 
gestação, depois essa função é realizada pela 
placenta. 
 
 
 
 
 Inibe o FSH, agindo sinergicamente ao Estradiol; 
 A Inibina que sobe na fase proliferativa é chamada 
Inibina B, bloqueando o FSH junto do Estradiol; 
 Na fase secretora, há a Inibina A, atuando da 
mesma forma.A queda da inibina A no final do ciclo 
também auxilia a hipófise a saber que precisa 
aumentar o FSH. 
Saber: Primeiro sobe a B e depois a A 
 
Parâmetros: 
 Frequência: 24 a 38 dias; 
 Duração: 4,5 a 8 dias; 
 Fluxo: 5 a 80mL. 
 
Observações 
O ciclo menstrual é dividido em: 
 Fase folicular; 
 Ovulação; 
 Fase lútea; 
 Menstruação. 
O ciclo endometrial é dividido em: 
 Fase proliferativa; 
 Fase secretora; 
 Fase menstrual. 
O pico de LH no meio do ciclo é decorrente do pico de 
estradiol e causa várias alterações no folículo 
dominante: 
 Retomada da meiose no oócito (maturação final do 
óvulo), ocasionando a produção de um gameta 
maduro. 
 Luteinização das células granulosas para posterior 
formação do corpo lúteo. 
 Ativação de enzimas proteolíticas que degradam a 
parede do folículo. 
 Produção aumentada de prostaglandinas, histamina 
que causam hiperemia e edema local. 
 Aumento da secreção de progesterona. 
 Ovulação 36h após o pico de lh. 
Formação do Corpo Lúteo 
 O folículo roto, pelo processo de luteinização, forma 
o corpo lúteo. 
 A estimulação continuada pelo LH é necessária, 
para assegurar a integridade morfológica (células 
luteínicas sadias) e a funcionalidade (secreção de 
P4 e E2) do corpo lúteo. 
Ginecologia Júlia Rosendo Winkelmann ATM 25/2 
 Caso não haja gravidez, o corpo lúteo regride 
(luteólise), em que há apoptose e necrose das células 
lúteas. 
 Após a degeneração do corpo lúteo, as células 
luteinizadas são substituídas por tecido fibroso, 
criando uma estrutura não-funcional, o corpo albicans. 
 O corpo lúteo é uma estrutura endócrina transitória, 
formado a partir do folículo pós-ovulatório. Ele é a 
principal fonte de esteróides circulantes durante a fase 
lútea do ciclo e é essencial para a manutenção da 
gravidez durante o 1º trimestre. 
 O processo de luteinização tem início antes da 
ovulação, logo após de adquirir concentração elevada 
de receptores de LH. Embora alguma progesterona 
seja secretada antes da ovulação, a produção máxima 
de progesterona ocorre após a ovulação, na fase lútea. 
 Durante o ciclo menstrual, a função do corpo lúteo é 
mantida pelo LH. 
 Se não houver gravidez, o corpo lúteo degenera cerca 
de 13 dias após a ovulação. Se houver gravidez, ele é 
salvo da degeneração, pelo hCG, que imita a ação do 
LH, e é produzido pelo trofoblasto embrionário, já na 
fase de implantação. 
 O hCG se liga ao receptor para LH, fazendo com que o 
corpo lúteo continue a produzir P4 e E2, mantendo a 
gestação. 
Menstruação 
 Na ausência de gravidez há redução dos níveis de 
progesterona e estradiol causados pela regressão do 
corpo lúteo. Há um profundo espasmo vascular das 
art. espiraladas, secundário a maior produção de 
prostaglandinas, levando a isquemia endometrial. O 
resultado é a eliminação da decídua funcional, um 
processo chamado de menstruação. O fluxo menstrual 
dura 4 a 5 dias e tem volume médio de 30 a 50 ml. Ele 
não coagula, devido a presença de fibrinolisina, mas 
as art. espirais se contraem, diminui o sangramento. 
 Leucócitos e macrófagos invadem o estroma e 
começam a fagocitar o tecido isquêmico. Os leucócitos 
persistem em grande número, durante toda a 
menstruação, conferindo resistência contra infecções 
para a superfície endometrial descoberta. As 
prostaglandinas são produzidas durante todo o ciclo 
menstrual e têm sua maior concentração durante a 
menstruação. 
Ciclo Menstrual Normal 
 A duração do ciclo menstrual é determinada pela 
velocidade e qualidade do desenvolvimento folicular. 
Varia entre uma mulher e outra, e pode variar entre os 
ciclos. 
 O sangramento menstrual tem duração média de 3 a 7 
dias. O intervalo entre os ciclos varia de 21 a 35 dias, 
com média de 28 dias. O ciclo menstrual dentro 
desses padrões é considerado normal, ou seja, 
eumenorréico. 
 O trato reprodutor feminino passa por alterações 
cíclicas, em resposta às alterações dos níveis de 
esteróides ovarianos, com a finalidade de preparação 
para a fertilização e para a gravidez. 
 As alterações mais notáveis ocorrem: 
➢ Na função e histologia das trompas; 
➢ Na função e na histologia do endométrio; 
➢ No muco cervical; 
➢ Citologia da vagina. 
 As fibras musculares lisas do miométrio contraem-se 
com regularidade na fase estrogênica do ciclo e 
relaxam na fase lútea, por ação da progesterona, que 
bloqueia a contratilidade não só nessa fase, mas 
durante toda a gravidez. 
 Os estrógenos mantêm a natureza ciliada do epitélio 
das trompas e tb aumentam a motilidade das mesmas. 
As células não ciliadas secretam material de alto poder 
nutritivo, rico em lactato, piruvato e bicarbonato, 
oferecendo um meio biológico que auxilia a última fase 
de ascensão dos espermatozóides e garantem o 
desenvolvimento inicial do ovo durante o seu percurso 
em direção à cavidade uterina. 
 Por ocasião da ovulação, ocorre uma elevação 
pequena, porém detectável, da temperatura corporal 
basal causada pela progesterona. 
 Durante a fase folicular, o estrogênio aumenta o 
volume, a alcalinidade e a elasticidade do muco 
cervical, ficando mais fino, aquoso (menor 
viscosidade) e elástico no período periovulatório. 
 O revestimento da vagina, constituído por uma 
mucosa estratificada com 4 camadas, basal, parabasal, 
intermediária e superficial, é um sensível espelho da 
função ovariana, o que permite a ampla utilização de 
esfregaços vaginais corados com hematoxilina/eosina 
para a avaliação da produção hormonal ovariana e de 
suas variações durante o ciclo menstrual. 
 A resposta a crescentes níveis de estímulo estrogênico 
é traduzida na progressão de células descamadas, 
com predomínio de células intermediárias e 
superficiais e quase completo desaparecimento das 
células profundas. 
Ações dos Esteroides Ovarianos 
 É evidente que todo o aparelho genital exibirá resposta 
adequada aos esteróides circulantes. 
 Na primeira fase do ciclo menstrual, sob influência 
estrogênica, haverá proliferação do epitélio vaginal 
com predomínio de células superficiais no esfregaço. 
Haverá muco cervical mais fluido, claro, filante e 
abundante nessa fase, principalmente próximo a 
ovulação (nível estrogênico mais elevado), podendo 
ser notado clinicamente e pela avaliação microscópica, 
através da cristalização simulando folhas de 
samambaia. 
 Na segunda fase do ciclo (influência determinante da 
progesterona), haverá predomínio de células 
intermediárias (naviculares) no esfregaço vaginal. O 
muco cervical, diminuído, tornar-se-á opaco, amorfo e 
sem cristalização ao exame microscópico. 
Ginecologia Júlia Rosendo Winkelmann ATM 25/2 
 
Fisiologia Reprodutiva Feminina 
Desenvolvimento Folicular e 
Esteroidogênese Ovariana 
 
 Ao cessar o processo de mitose, as oogônias 
passam a ser chamadas de oócitos. Nessa ocasião, 
entram em meiose (para preparar a produção de 
óvulo haploide), param na prófase da 1ª divisão 
meiótica e ficam paradas nessa fase, até morrer ou 
evoluir para oócitos maduros, por ocasião da 
ovulação. 
 Ainda intraútero, os oócitos recebem uma camada 
de células (da granulosa) em volta, formando a 
primeira unidade folicular: folículo primordial; 
 Ao nascer, possui cerca de 1 milhão, chegando com 
500 mil na puberdade devido atrésia (apoptose); 
 
▪ A atresia folicular caracteriza-se pela destruição do oócito 
e das células da granulosa. 
▪ A atresia é um processo contínuo, podendo ocorrer em 
qualquer estágio do desenvolvimento folicular. 
▪ Durante a vida da mulher, cerca de 500 folículos vão 
ovular, esses são os únicos folículos que escapam da 
atresia. 
 
 Na puberdade, as células da granulosa ficam 
melhores e acrescentam mais uma camada, a teca 
(proveniente doestroma ovariano). Esse é o folículo 
primário; 
 De primordial para primário: sem influência 
hormonal (independe da ação das 
gonadotrofinas). 
 Quando os folículos primários (pré-antral) são 
recrutados, começam a se desenvolver, e por ação 
do FSH, se tornam folículos secundários (antral) 
sendo um deles o dominante; 
 Antro = cavidade totalmente enchida por líquido 
(normalmente estradiol + prostaglandinas). 
 
Resumindo: 
Folículo primordial: oócito (gameta) + granulosa 
Folículo 1ário (pré-antral): oócito + granulosa + teca 
Folículo 2ário (antral): oócito + granulosa + teca + antro 
Folículo pré-ovulatório (folículo de Graaf). 
 Como é escolhido o folículo dominante? Aquele 
que está mais próximo dos vasos sanguíneos, visto 
que ele receberá antes dos demais o LH e FSH. O 
Estradiol faz Up Regulation (aumenta o número de 
receptores de FSH na membrana da célula da 
granulosa) com os receptores de FSH na Granulosa, 
cada vez produzindo mais Estradiol. E faz o mesmo 
na Teca, com os receptores de LH. É assim que ele 
se torna dominante. 
Dois fatores principais contribuem para a atresia nos folículos 
não selecionados: 
▪ Supressão do FSH plasmático em resposta a secreção 
aumentada de estradiol e inibina B pelo folículo 
dominante. A redução do suporte do FSH diminui a 
atividade da aromatase e a produção de estradiol, com 
acúmulo de androgênios, interrompendo a proliferação 
das células granulosas nesses folículos não-dominates. 
▪ O folículo dominante é protegido da diminuição dos níveis 
circulantes de FSH, por ter suprimento sanguíneo sadio, 
FSH acumulado no líquido folicular e maior quantidade de 
receptores para FSH em suas células granulosas. 
 
 LH age nas células da teca, transformando o 
colesterol em androgênios: androstenediona e 
testosterona (a base para os hormônios masculinos 
é o colesterol); 
 Os androgênios passam para a camada da 
granulosa; 
 Na granulosa, há receptores para o FSH, onde 
produz a enzima Aromatase. Essa enzima converte 
os androgênios em Estradiol (para produzir 
hormônio feminino precisa antes produzir hormônio 
masculino); 
 Essa rota metabólica é unidirecional. Após ser 
estrogênio não pode voltar a ser androgênio. 
 
 Um pouco dos androgênios acaba indo para o 
sangue da paciente, assim, a aromatase presente na 
periferia, produz Estrona. 
 Granulosa produz a inibina B, que vai diminuir a ação 
do FSH (a inibina A será produzida pelo corpo lúteo). 
Ginecologia Júlia Rosendo Winkelmann ATM 25/2 
 
Fisiologia Reprodutiva Feminina 
Puberdade e Menarca 
 
 
 A puberdade é o período de transição entre a 
infância e o período reprodutivo (menacme), 
durante o qual ocorre o amadurecimento dos 
caracteres sexuais primários (genitais e gônadas), o 
surgimento e amadurecimento dos caracteres 
sexuais secundários (mamas, pêlos pubianos e 
axilares e depósito de gordura na pelve) e um 
surpreendente estirão de crescimento. 
 Fisiologicamente, a puberdade pode ser definida 
não como um evento isolado e sim como uma fase 
no continuum do desenvolvimento do eixo H-H-O, 
que tem sua função iniciada durante a vida fetal, 
entra em quiescência durante a infância e sofre uma 
ativação com o início da puberdade. 
 Observa-se uma tendência para o desenvolvimento 
puberal mais precoce em várias sociedades. 
 Vários fatores estão envolvidos na cronologia da 
puberdade: 
➢ Genético 
➢ Nutricional 
➢ Estado de saúde 
➢ Localização geográfica 
➢ Exposição à luz 
➢ Fatores psicológicos 
 
 Na 10ª semana de gestão o hipotálamo do feto 
começa a liberar GnRH que vai ativar os ovários 
fetais a produzirem gonadotrofinas (FSH e LH). Na 
30ª semana de gestão as gonadotrofinas atingem 
níveis de adulto. 
 Como chega no feto, altas concentrações de 
progesterona da placenta da mãe, faz um feedback 
negativo havendo o bloqueio do eixo hipotálamo-
hipófise-ovário do feto. 
 Ao nascimento, como o feedback negativo se 
interrompe, o hipotálamo do RN passa a estimular 
gonadotrofinas, os quais estimulam o ovário a 
produzir estradiol, o que pode levar a elevação do 
volume mamário e secreções (sangramento) 
mamária e vaginal. 
 Por volta do 6º mês de vida o feedback negativo 
torna-se operativo e o eixo hipotálamo-hipófise-
ovário ficará bloqueado até, mais ou menos, os 8 
anos. 
 Durante esse período, o sistema H-H, mostra-se 
altamente sensível ao feedback negativo do 
estradiol, fazendo com que quantidades baixas do 
mesmo sejam suficientes para bloquear as 
gonadotrofinas. 
 Durante toda a infância o hipotálamo se mantém 
bloqueado por ação inibitória do SNC e dos 
hormônios ovarianos e da suprarrenal. 
 Na fase pré-púbere (em torno dos 8 anos) o 
hipotálamo começa a desbloquear lentamente, 
liberar pulsos de GnRH, principalmente durante o 
sono. Isso faz com que a hipófise passe a secretar 
pequenas quantidades de gonadotrofinas, 
estimulando o ovário a produzir pequenas 
quantidades de estrogênio. 
 A vagina que mede cerca de 4cm após o nascimento 
passa a medir 7 a 8 cm. O útero que media 2,5cm 
passa a medir 5cm. A relação corpo/cérvice uterino 
que era de 1:1 atinge níveis de 3:1 após a menarca. 
 Durante a fase final da idade pré-púbere e início da 
puberdade ocorre aumento gradual dos picos de 
FSH e LH durante o sono, e com o avançar da 
puberdade, essa atividade noturna das 
gonadotrofinas é trocada pela maior produção 
diurna. 
 O estabelecimento da puberdade está associado ao 
aumento da amplitude e frequência dos pulsos de 
LH. 
 O aumento do LH estimula as células da teca interna 
a produzirem androgênios enquanto o aumento do 
FSH estimula a conversão dos androgênios em 
estrogênios. 
 Até então, o estradiol exerce apenas feedback 
negativo – sobre o LH. 
 Quando a produção de estradiol for acima de 
200pg/ml, por mais de 50 h, o feedback – mudará 
para +, fazendo com que seja liberado o pico 
ovulatório de LH. 
 O sistema de feedback do estrogênio em relação ao 
LH torna-se, portanto, bifásico: é negativo em 
concentrações baixas e torna-se positivo em altas 
concentrações. 
 Ao se tornar bifásico o sistema de feedback do 
estrogênio em relação ao LH, iniciam-se os ciclos 
ovulatórios, sinalizando o fim da puberdade. 
 O SNC inibe o início da puberdade até o momento 
apropriado. Na puberdade, o gerador de pulso de 
GNRH é desinibido, levando ao aumento da 
amplitude e da frequência dos pulsos de GnRH. 
Ocorre a consequente estimulação da hipófise que 
vai liberar as gonadotrofinas que vão liberar os 
esteroides ovarianos, gerando o desenvolvimento 
de mamas, ação estrogênica no útero causando a 
leucorréia (corrimento) e aumentando o GH fazendo 
o estirão púbere. 
Ginecologia Júlia Rosendo Winkelmann ATM 25/2 
 A duração média do período de desenvolvimento 
puberal é de 4,5 anos. 
 A aceleração do crescimento estatural é a 1ª 
indicação do início desse período, porém o 
aparecimento do botão mamário é o 1º sinal 
reconhecido da puberdade. 
º Telarca (Desenvolvimento das Mamas) 
➢ Primeira manifestação física da puberdade. 
➢ Inicia por volta dos 10 anos, com o 
aparecimento do broto mamário. 
➢ É dependente dos hormônios sexuais 
(estrogênio). 
º Pubarca (Crescimento dos pelos pubianos) 
➢ Ocorre por volta dos 10 – 11 anos; 
➢ Depende diretamente dos hormônios da 
suprarrenal (DHEA, S-DHEA). 
º Axilarca (Aparecimento dos pelos axilares) 
➢ Ocorre por volta dos 12 anos; 
➢ Depende dos hormônios suprarrenal e 
ovarianos. 
 
º Estirão púbere (Aceleração do crescimento 
estatural) 
➢ Inicia-se por volta dos 11,5 anos; 
▪ Desde os 4 anos: 5-7 cm/a 
▪ No estirão (antes da menarca): 7-9 cm/a até 
12cm/a 
 A velocidade máxima de crescimento é alcançada 
pouco antes damenarca, e consequentemente tem 
potencial limitado de crescimento após a primeira 
menstruação, em razão do fechamento completo 
das epífises ósseas – por isso que quando as 
meninas apresentam o início do desenvolvimento 
puberal antes dos 8 anos, puberdade precoce, é 
usado medicações para bloquear o eixo hipotálamo-
hipófise-ovário para não ocorrer a menarca. 
 Após a menarca a média de crescimento é de 6 cm, 
e vai decaindo progressivamente até os 17-18 anos, 
quando ocorre a fusão das epífises. 
 Depende do estrogênio, GH e fator de crescimento 
insulina-símile 1 (IGF-1). 
 O estrogênio atua no processo de crescimento por 
meio de 2 efeitos: 
➢ Aumento secreção de GH –> IGF-1 –> efeito 
direto na cartilagem e no osso –> promovendo 
crescimento. 
➢ Maturação dos condrócitos e osteoblastos –> 
fusão das epífises ósseas –> parada do 
crescimento linear. 
 O efeito do estrogênio sobre o GH e IGF-1 é dose 
dependente: 
➢ Baixas doses de estrogênio –> estimulam GH e 
IGF-1; 
➢ Altas doses de estrogênio –> inibem GH e IGF-
1. 
 A idade óssea de qualquer pessoa pode ser 
estimada pela comparação de raios X que 
documentam o desenvolvimento de ossos na mão 
não-dominante. 
 Durante a puberdade, a idade óssea está mais 
intimamente relacionada ao estádio puberal que à 
idade cronológica. 
º Menarca (primeira menstruação) 
➢ Ocorre entre os 9 e 16 anos; 
➢ A época em que ocorrerá a menarca depende 
de vários fatores: 
▪ Alimentação; 
▪ Fatores genéticos; 
▪ Raça; 
▪ Condições socioeconômicas; 
▪ Doenças (anemia, DM, desnutrição). 
 Observa-se a ocorrência de menarca mais precoce 
em meninas com obesidade leve a moderada, 
enquanto condições que cursam com baixo peso 
corpóreo podem retardar a puberdade – pois as 
meninas com maior massa corporal possuem mais 
tecido adiposo, de modo a ter mais conversão de 
androgênios em estrona. 
Androgênios se convertem em estrogênios nas células 
gordurosas através da aromatização. 
 A idade média da menarca em brasileiras foi de 12 
anos e 3 meses, porém para as meninas com 
sobrepeso essa média foi de 11 anos e 5 meses. 
 A menarca ocorre geralmente quando a mama 
atingiu o estádio 4, ou 2 anos após o 
desenvolvimento mamário. 
Ginecologia Júlia Rosendo Winkelmann ATM 25/2 
 Alguns autores relacionam a menarca com o peso 
corpóreo, ou seja, quando atinge 46 - 47 kg. 
 A menarca vem ocorrendo em idade mais precoce 
do que a idade da menarca nos séculos XIX e XX. 
 
 As menstruações que se seguem à menarca são 
geralmente anovulatórias, irregulares e 
ocasionalmente abundantes. 
 O sangramento menstrual na adolescência 
frequentemente decorre da estimulação estrogênica 
prolongada sem oposição da progesterona. E 
depende da duração e da intensidade do estímulo 
estrogênico do endométrio. O fluxo pode ser 
escasso, normal ou intenso e o ciclo menstrual pode 
ser curto, normal ou longo. 
 A irregularidade menstrual diminui com o passar 
dos anos. Dois terços das meninas estabelecem 
ciclos menstruais regulares e ovulatórios dentro de 
2 anos após a menarca. 
 Na adolescência, a anovulação normalmente é 
fisiológica e autolimitada, devendo-se à 
imaturidade do eixo HHO. 
 Recomenda-se a conduta expectante a pacientes 
com irregularidade menstrual sem outros sinais ou 
sintomas clínicos associados e com idade 
ginecológica inferior a 2 anos. 
 É a passagem da infância para a maturidade. 
 Engloba a puberdade. 
 Transformações físicas e psicológicas (afirmação da 
personalidade, desenvolvimento intelectual e 
afetivo). 
 Despertar da sexualidade – sexo e reprodução. 
 Identificação com os outros. 
 Valorização do grupo. 
 Imediatismo, inconsequência e pensamento 
mágico. 
 
Ginecologia Júlia Rosendo Winkelmann ATM 25/2 
 
Fisiologia Reprodutiva Feminina 
Climatério 
 
 Climatério é a fase de transição entre o período 
reprodutivo e o não reprodutivo da vida da mulher. 
Inicia-se em torno dos 40 anos e estende-se até os 
65 anos de idade. 
 A menopausa é um evento dessa fase, 
correspondendo a última menstruação, somente 
diagnosticada após passados 12 meses da sua 
ocorrência. 
 A perimenopausa se estende desde o início das 
modificações endocrinológicas, biológicas e clínicas 
anteriores à menopausa, até o diagnóstico desta, 
podendo preceder a última menstruação em 2 a 8 
anos. 
 A idade média de ocorrência da menopausa é de 50 
anos. 
 Menopausa precoce: antes dos 40 anos 
 Menopausa tardia: após os 55 anos 
 
▪ Menacme – período reprodutivo. 
▪ Senilidade – após a última menstruação. 
 O último período menstrual (menopausa) na vida 
reprodutiva da mulher pode ser determinado apenas 
retrospectivamente. 
 Após um período de amenorreias, a possibilidade 
que a menopausa tenha ocorrido depende da idade 
da mulher e da duração da amenorreia. Assim a 
probabilidade de que uma mulher esteja 
menopausada após 6 meses sem menstruar é de 
46% se estiver entre 45-49 anos de idade, de 65% 
entre 50-52 anos e de 72% se mais de 52 anos de 
idade. 
 Amenorreia – 3 meses. 
 Atraso menstrual – menos de 3 meses. 
 A idade em que ocorre a menopausa natural se 
mantém em torno dos 50 anos. 
 No Brasil, a média de idade da menopausa é de 48 
anos. 
 O que determina a idade em que ocorre a 
menopausa permanece incerto. Os fatores 
genéticos (programação genética para cada mulher) 
parecem ter maior importância. Dentre os fatores 
ambientais, o tabagismo e a desnutrição podem 
antecipar a menopausa, e a multiparidade está 
associada a menopausa mais tardia. 
 A expectativa de vida tem aumentado 
significativamente em todo o mundo. 
 Atualmente, nos países desenvolvidos, a expectativa 
média de vida é de 80 anos, e no RS as mulheres 
alcançam, em média, os 76 anos. 
 
 As diversas etapas da vida da mulher são regidas 
pela função ovariana. Portanto, a “reserva folicular” 
do ovário, é o elemento nobre que comandará a sua 
função, até seu completo esgotamento, o que 
resultará na menopausa. 
 À época do climatério, os folículos não são mais 
suficientes para a manutenção da função ovulatória. 
Aparecem os ciclos anovulatórios, as hemorragias 
disfuncionais e as amenorreias. 
 A amenorreia que se segue à menopausa é 
definitiva, visto que não mais existem folículos para 
o adequado estímulo endometrial. 
 O pool folicular atinge o máximo por volta da 20ª 
semana de vida intrauterina, com 6-7 milhões de 
folículos, e a partir daí, ocorrerá intensa e dramática 
redução no número das células germinativas: 
➢ 1 milhão – ao nascimento 
➢ 300.000 – na puberdade 
 Verifica-se uma redução numérica dos folículos 
primordiais de uma maneira mais ou menos 
constante, do nascimento até os 37 anos de idade. 
Nos anos subsequentes, ocorrerá uma aceleração 
da depleção folicular, até que se atinja o total 
esgotamento dessa reserva folicular, o que ocorre 
na época da menopausa. 
 O processo de esgotamento ovariano inicia-se na 
vida intrauterina e segue até a menopausa. 
 O ovário pode ser didaticamente dividido em 3 
compartimentos, cada um com características 
esterodoigênicas próprias: 
 Folículos – estradiol/ inibina B 
 Corpo lúteo – progesterona/ estradiol 
 Estroma ovariano – androstediona e testosterona 
 
Ginecologia Júlia Rosendo Winkelmann ATM 25/2 
 
 As elevações dos níveis de FSH antecedem as 
manifestações clínicas do climatério. 
 Aumento do FSH faz o desenvolvimento acelerado 
dos folículos –> encurtamento da primeira fase do 
ciclo menstrual e em ciclos mais curtos –> 1ª 
evidencia clínica do climatério incipiente – CICLOS 
MAIS CURTOS. 
 A contínua diminuição numérica dos folículoslevará 
à diminuição dos níveis de estrogênio e, quando 
estes não forem mais suficientes para desencadear 
a liberação do pico pré-ovulatório de LH, surgirão 
os ciclos anovulatórios e as irregularidades 
menstruais. 
 Cessadas as ovulações, o LH começa a se elevar, 
porém sem atingir jamais os níveis do FSH. 
 O fato de o ovário ter esgotado a sua população 
folicular e a mulher ter entrado na menopausa, não 
significa que não exista mais função ovariana. 
 A menopausa sinaliza apenas o fim da função 
reprodutiva, porém o ovário não é um órgão falido, 
ou seja, continua produzindo androgênios, ainda 
que em níveis reduzidos. 
 
 Alguns anos antes da instalação da menopausa já 
ocorrem reflexos da falência gonadal, que se 
manifesta principalmente por queda não-acentuada 
dos níveis de estrogênios, inibina B e progesterona 
e consequente elevação do FSH. 
 À medida que se aproxima a menopausa, os níveis 
de estradiol e progesterona sofrem diminuição mais 
marcante, mesmo que ainda possa haver ciclos 
ovulatórios. 
 Após a instalação da menopausa, os níveis de 
estradiol permanecem muito baixos, mas nos 
primeiros anos pode haver algumas elevações 
transitórias esporádicas, reflexos de atividade de 
folículos residuais (flutuações hormonais). 
 Assim como o estradiol, os níveis de estrona 
também diminuem com a menopausa. A proporção 
de estrona em relação ao estradiol aumenta, ao 
contrário da mulher na fase reprodutiva. 
 A origem da estrona passa a ser principalmente a 
aromatização periférica da androstenediona. 
 A produção ovariana de androgênios diminui após a 
menopausa, apesar da secreção ovariana de 
testosterona ser mantida em níveis próximos ao da 
fase reprodutiva (pelo estroma ovariano), mas a 
secreção ovariana de androstenediona cai, o que 
acaba refletindo em diminuição da testosterona e 
androstenediona circulantes. 
 Os níveis circulantes de androgênios também 
diminuem, porém há maior produção de 
testosterona a partir da androstenediona periférica. 
 
 Os estrogênios circulantes na mulher menopáusica, 
provêm, em sua maior parte, da conversão da 
androstenediona em estrona nos tecidos 
gordurosos, hepático e muscular. 
 
 Pós-menopausa – não tem produção de estrogênio 
pelos ovários, apenas perifericamente na forma de 
estrona. 
 
 Receptores estrogênicos existem em diferentes 
concentrações em vários locais do organismo, 
como pele, vasos, coração, ossos, cérebro, mama, 
útero, vagina, bexiga e uretra. 
 O resultado final das alterações morfofuncionais da 
perimenopausa é o hipoestrogenismo, que é, em 
última análise, o responsável pela maioria dos 
sinais/sintomas clínicos que advirão neste 
momento. 
 Manifestações do Hipoestrogenismo: 
➢ A vulva perde a maior parte do seu colágeno e 
tecido adiposo, tornando-se plana e fina, com raras 
glândulas sebáceas. 
➢ Há perda progressiva dos pelos pubianos e a pele 
torna-se mais fina. 
Ginecologia Júlia Rosendo Winkelmann ATM 25/2 
➢ A ausência do estrogênio, que estimulava a 
maturação do epitélio vaginal desde as camadas 
basais até a superfície, impede essa diferenciação: 
passa haver pouca ou nenhuma produção das 
células superficiais (ricas em glicogênio), 
produzindo um pH vaginal entre 6 e 8 –> vaginite 
atrófica. Nessa fase, haverá predomínio de células 
parabasais. 
➢ A vagina encurta-se e estreita-se com perda das 
rugosidades e suas secreções dispareunia. 
➢ A parede vaginal fica menos elástica, mais fina e de 
coloração pálida. A superfície vaginal pode se tornar 
friável, com petéquias. 
➢ O útero e os ovários diminuem de tamanho após a 
menopausa. 
 
 
➢ O epitélio do trato urinário inferior, incluindo a uretra 
e o trígono vesical, sofre atrofia semelhante a da 
vagina na pós-menopausa. 
➢ A atrofia da bexiga e da uretra pode causar 
infecções urinárias de repetição e incontinência 
urinária. 
➢ O assoalho pélvico sofre com a carência 
estrogênica, podendo ser agravadas as distopias. 
➢ A pele se afina, tanto na derme como na epiderme. 
Há perda do colágeno, com o aparecimento de 
rugas e maior envelhecimento da pele. 
➢ O cabelo afina, predispondo à calvície. 
➢ As mamas têm seu tecido de sustentação 
(mamário) substituído por tecido adiposo. 
 
 A perda dos estrogênios pode causar mudanças 
fisiológicas marcantes, incluindo 
➢ Fogachos; 
➢ Insônia; 
➢ Irritabilidade; 
➢ Labilidade emocional; 
➢ Disfunções sexuais; 
➢ Fadiga; 
➢ Atrofia urogenital. 
 O hipoestrogenismo produz um período de 
reabsorção óssea aumentada, e a perda óssea é 
acelerada nos primeiros 5 anos pós-menopausa, 
aumentando, consideravelmente, o risco de 
osteoporose. 
 A deficiência de estrógenos após a menopausa 
aumenta o risco de doença arterial coronariana. 
Essa alteração é parcialmente explicada pela perda 
do efeito benéfico do estrogênio no padrão sérico 
de lipídios, e perda do efeito vasodilatador do 
estradiol no endotélio da circulação coronariana – 
até a menopausa a mulher tem uma “proteção” 
cardiovascular, assim, se igualando ao risco de 
ataque cardíaco do homem. 
 
 Os ossos do esqueleto são constituídos por uma 
camada externa, densa, denominada de cortical, 
que envolve uma estrutura interna trabeculada, com 
maior área, denominada osso trabecular ou 
esponjoso. 
 O osso cortical é responsável por 80% da massa 
óssea total. O osso trabecular forma os 20% 
restantes do esqueleto e compreende a substância 
dos corpos vertebrais e grande parte do colo do 
fêmur, os dois locais mais importantes de fraturas. 
 Durante a vida, o osso está em contínua renovação, 
com o osso velho sendo removido e depositado 
osso novo –> remodelação óssea (reabsorção + 
formação ósseas). 
 Durante a reabsorção, os osteoclastos tornam-se 
ativos, criando pequenas cavidades (lacunas de 
Howship) sobre a superfície óssea. Essa fase é 
seguida pela formação óssea, onde os osteoblastos 
preenchem essas lacunas, depositando osso novo. 
Posteriormente, ocorre a mineralização e a 
superfície óssea se recompõe. 
 Uma série de fatores afeta a remodelação óssea 
incluindo hormônios, cálcio e atividade física. 
 
 
 
Ginecologia Júlia Rosendo Winkelmann ATM 25/2 
 Quando o osso removido pela reabsorção é 
completamente reposto, a resistência óssea é 
mantida. Na osteoporose, muito osso é removido e 
pouco é formado, levando à perda óssea e menor 
resistência. 
 A principal influência do estrogênio sobre a 
remodelação óssea ocorre mediante o controle da 
síntese de interleucinas (IL-1 e IL-6) pelos 
osteoblastos e osteoclastos, de forma autócrina ou 
parácrina. 
 A deficiência estrogênica induz a liberação dessas 
interleucinas, estimulando a atividade dos 
osteoclastos. 
 Massa óssea: 
➢ Início da formação: adolescência; 
➢ Pico: em torno dos 30 anos; 
➢ Perda: início aos 35 anos 
 A perda de massa óssea é lenta, mas progressiva 
(0,2 a 0,5% ao ano), mas após a menopausa ela está 
acelerada (2 a 5% ao ano). Aumento excessivo da 
ação dos osteoclastos, pela falta de estrogênios. 
 A deficiência estrogênica aumenta a atividade dos 
osteoclastos, aumentando a reabsorção óssea, com 
consequente aceleração de perda óssea. 
 O estrogênio inibe a ação dos osteoclastos, 
diminuindo a reabsorção óssea. 
Urologia Júlia Rosendo Winkelmann ATM 25/2 
 
Anatomia e Fisiologia do S. Urinário 
Ureter, Bexiga e Uretra 
 
 Composto por cálices menores que se encontram e 
formam cálices maiores que, também, encontram-
se formando a pelve renal que desce e passa a ser 
chamado de ureter. 
 Estrutura tubular localizada no retroperitônio 
composta por mucosa, musculo liso(2 camadas: 
interna longitudinal e externa circular) e adventícia. 
 Função de transportar a urina dos rins para a bexiga. 
 A urina expelida pela bexiga tem a mesma 
composição do líquido que sai dos rins. 
 O preenchimento dos cálices renais pela urina 
estimula o peristaltismo da pelve renal e do ureter 
(musculo liso ativado pelo sistema simpático. 
 Relações anatômicas: 
➢ Hilo renal – pelve renal e ureter encontram-se 
posteriores aos vasos. 
➢ Junção ureteropélvica – região de transição da 
pelve para ureter (JUP). 
➢ Cruzamento dos vasos gonadais (por cima do 
ureter). 
➢ Cruzamento dos vasos ilíacos (por baixo do 
ureter). 
➢ Junção ureterovesical – junção do ureter com a 
bexiga. 
 
 3 locais de menor diâmetro do ureter – locais onde 
os cálculos normalmente empacam: 
➢ Junção ureteropélvica (JUP). 
➢ Cruzamento dos vasos ilíacos. 
➢ Junção ureterovesical (JUV). 
 
Irrigação 
 Não tem uma irrigação específica. 
 Artéria e veia renal. 
 Aorta e veia cava inferior. 
 Artéria e veia gonadal. 
 Ilíaca comum e interna. 
 
Inervação 
 Não tem nervo específico. 
 são supridos por fibras nervosas dolorosas (Reflexo 
ureterorrenal). 
Urologia Júlia Rosendo Winkelmann ATM 25/2 
Padrões de dor referida 
 Dor lombar 
 Dor abdominal 
 Dor pélvica 
 Dor escrotal 
 
 Modo de atravessar a parede da bexiga: o ureter 
tem trajeto oblíquo durante sua passagem pelo 
musculo detrusor da bexiga (antirefluxo) – quando 
a bexiga está cheia, a distensão dela vai ocluir essa 
passagem do ureter, funcionando como uma 
válvula. 
 
 Estrutura extraperitoneal localizada na pelve e 
composta por mucosa, musculatura detrusora (3 
camadas: interna longitudinal, média circular e 
externa longitudinal) e adventícia. 
 Função de armazenar (300-500ml) e eliminar urina. 
 A urina expelida pela bexiga tema mesma 
composição do líquido que sai dos rins. 
 
Relações anatômicas “unissex”: 
 Espaço retropúbico/ de Retzius (posterior ao púbis 
e anterior à bexiga) – preenchido por gordura. 
 Fibras que fixam a bexiga. 
 
Relações anatômicas masculina: 
 Posterior à bexiga está o reto. 
 Próstata inferiormente à bexiga. 
 Esfíncter uretral externo está abaixo da próstata. 
 
 
Relações anatômicas feminina: 
 Útero encontra-se entre a bexiga e o reto. 
 
Urologia Júlia Rosendo Winkelmann ATM 25/2 
 
 Trígono vesical – meatos dos ureteres + entrada da 
uretra – superfície diferente do resto da parede da 
bexiga. 
 Região inferior da bexiga tem quantidade maior de 
músculo liso (circular), de difícil controle – esfíncter 
uretral interno. 
 Abaixo da próstata, região rica em músculo estriado, 
controle mais fácil – esfíncter uretral externo. 
 
A diferença na mulher: 
 Não tem próstata – sendo mais fácil a incontinência 
urinária da mulher, pois não terá essa resistência. 
 A abertura da uretra está muito próxima a abertura 
externa, sendo fácil que uma bactéria ascenda e 
cause infecção. 
 Há questionamento de se não é apenas 1 único 
esfíncter na mulher. 
 
Fases de micção: 
 Enchimento/ armazenamento – inibição detrusora 
(relaxamento do músculo) + contração 
esfincteriana. 
 Esvaziamento – contração detrusora + relaxamento 
esfincteriana. 
Trígono vesical: 
 Barra de Mercier ou Crista Interureteral. 
 Extensão da musculatura dos ureteres formando 
triângulo até o esfíncter interno. 
Vascularização: 
 Artéria e veia vesical superior. 
 Artéria e veia vesical inferior. 
 Ambos são ramos dos vasos ilíacos internos. 
 Estrutura tubular. 
 18 a 20cm no homem. 
 3 a 5cm na mulher. 
 Função de transportar urina da bexiga para o meio 
externo – eliminação de urina. 
 Fornece saída para o sêmen e secreções 
lubrificantes no homem. 
Uretra masculina 
 Dividida em: 
➢ Uretra prostática – passa pela próstata. 
➢ Uretra membranosa – envolvida pelo esfíncter 
uretral externo. 
➢ Uretra esponjosa (uretra bulbar + uretra peniana). 
Uretra Prostática 
 Parte mais larga e dilatável. 
 Crista uretral (verumontano) – elevação – contém 
utrículo. 
 Seio prostático (dúctulos prostáticos) – laterais da 
crista. 
 Utrículo (ductos ejaculatórios). 
 É nela que se unem a urina e líquidos da vesícula 
seminal e da próstata. 
Urologia Júlia Rosendo Winkelmann ATM 25/2 
Uretra Membranosa 
 Parte mais estrita e menos dilatável. 
 Glândulas de Cowper – produzem líquido 
lubrificante; se abrem na membranosa e bulbar; 
ativadas por sinais parassimpáticos. 
 Através do esfíncter externo / membrana do 
períneo. 
Uretra Esponjosa 
 Uretra bulbar: local de maior lesão iatrogênica; 
formato em “L”. 
 Uretra peniana: mais comprida; fossa navicular 
(região mais alargada na extremidade); meato 
uretral (abertura para o meio externo). 
 
 
 
 
 
Urologia Júlia Rosendo Winkelmann ATM 25/2 
 
Anatomia e Fisiologia Reprodutiva Masculina 
Próstata e Vesículas 
Seminais 
 
 Glândula acessória produz líquido prostático. 
 Líquido prostático 20% do volume do sêmen. 
 Função de alcalinizar o esperma e ativar 
espermatozoides. 
 Local do câncer mais comum do homem. 
 PSA – antígeno prostático específico; marcador de 
exame de sangue/ sorológico relacionado a algumas 
doenças prostáticas; deve ser eliminado no 
esperma; função de liquefazer o esperma (pois 
começa um processo de coagulação, logo que o 
esperma é eliminado, para a ajudar na fixação do 
esperma no colo do útero, mas depois precisa ficar 
mais líquido para facilitar o deslocamento dos 
espermatozoides). 
 Órgão pélvico extraperitoneal (por fora do 
peritônio). 
 Inferiormente à bexiga; uretra atravessa o seu 
interior. 
 Inferiormente à bexiga, vesículas seminais e ampola 
do ducto deferente. 
 Composta de tecido glandular (2/3) e fibromuscular 
(1/3). Estruturas fibromusculares são responsáveis 
pela sustentação e organização do tecido muscular 
e pela contração da próstata (faz com que as 
glândulas eliminem suas secreções, liquido 
prostático). 
 
 
 Dividida em áreas (é um triângulo invertido): 
➢ Base (colo vesical = abertura da bexiga). 
➢ Ápice (uretra). 
 Face anterior da próstata –> espaço retropúbico. 
 Face posterior da próstata –> reto. 
 Face lateral da próstata –> músculo levantador do 
ânus e feixes dos nervos cavernosos (para a 
ereção). 
Divisão em zonas 
 Zona central e de transição – ricas em glândulas e 
muito suscetíveis à 
hiperplasia benigna de 
próstata. 
 Zona periférica – mais 
comum de se encontrar 
o câncer de próstata. 
Urologia Júlia Rosendo Winkelmann ATM 25/2 
Divisão em lobos 
 Lobo anterior. 
 Lobos laterais (direito e esquerdo). 
 Lobo posterior. 
 Lobo mediano – lobo patológico, só se encontra em 
situações de hiperplasia. Projeção do lobo posterior 
em direção a luz da bexiga. 
Vascularização 
 Artéria e veia prostática são ramos as artéria e veia 
vesical inferior, as quais são ramos da ilíaca interna. 
 
 Trajeto longo externamente (bolsa escrotal) e 
internamente. 
 
 Continuação do epidídimo (começa no final do 
epidídimo) 
 Trajeto em direção abdominal. 
 Sai da bolsa escrotal através do funículo 
espermático. 
 Passa pelo canal inguinal (e atravessa a 
musculatura). 
 Passa lateralmente em direção posterior à bexiga 
(passa bem próximo ao ureter). 
 Cruza vasos ilíacos e ureter. 
 Vira a Ampola do ducto deferente (dilatação na 
porção final). 
 
 Condução dos espermatozoides – movimentos 
peristálticos e cílios.Movimentos peristálticos e maturação. 
 Armazenamento e propulsão dos espermatozoides 
na ampola, a qual é rica em musculatura cilíndrica. 
Quando ocorre o orgasmo ocorre uma descarga 
simpática, que faz a contração da ampola do ducto 
deferente, liberando os espermatozoides na uretra 
 
 Encontramos as vesículas seminais ao lado da 
ampola, porém não têm comunicação. 
 Vasectomia – ligadura do ducto deferente. Aborda 
 
 Saculações produtoras de frutose, prostaglandinas 
e outras substâncias nutritivas. 
 Não armazenam espermatozoides. 
 Vesícula seminal principal glândula produtora do 
líquido espermático/ esperma. Diversos nutrientes 
produzidos na vesícula seminal são lançados junto 
com o líquido da ampola e líquido prostático (unindo 
essas 3 secreções forma-se o esperma). Frutose é 
o principal nutriente produzido na vesícula seminal, 
importante para a energia dos espermatozoides. 
 Conduto (“ponte”) unindo a ampola do deferente 
com a vesícula seminal. 
 Drenagem pelo utrículo (verumontanum). 
 Lançam as secreções na uretra prostática. 
 Necessário predomínio do sistema nervoso 
parassimpático, o qual atua estimulando a produção 
das secreções e acelera os movimentos 
peristálticos do ducto deferente, mas não faz 
contração na ampola e na vesícula seminal. 
 Orgasmo masculino –> Mecanismo/ descarga 
simpático(a), de forma que ocorra contração 
sincrônica da ampola do ducto deferente, da 
vesícula seminal e da próstata. 
 Há, também, contração do esfíncter uretral interno 
ou do colo vesical, para não permitir que a secreção 
suba em direção à bexiga. 
 Contração do músculo bulboesponjoso (que 
“abraça” a uretra bulbar) para dar mais força de 
eliminação. 
Urologia Júlia Rosendo Winkelmann ATM 25/2 
 
Anatomia e Fisiologia Reprod. Masculina 
Pênis e Testículo 
 
 Genital masculino copulatório. 
 Fornece saída para urina, sêmen e secreções 
lubrificantes. 
 Dividido em: glande, corpo e raiz. 
 
 
Glande 
 Parte distal. 
 Coroa – base mais alargada, de diâmetro maior. 
 Colo. 
 Frênulo. 
 Meato uretral externo. 
 
Corpo 
 Parte pendular. 
 Composto pelos corpos cavernosos, esponjoso e 
uretra. 
 Corpos cavernosos – são as hastes do pênis, 
situam-se lateral e posteriormente, principais 
responsáveis pelo mecanismo de ereção, 
compostos por sinusóides (células adaptadas para 
se encher de sangue), fixados na região do ísquio, 
metade distal forma o corpo do pênis. Possuem 
artéria profunda/ cavernosa, a qual determina a 
ereção. 
 Corpo esponjoso – tecido que reveste a uretra, 
começa na região do bulbo, se impregna com 
sangue, na parte distal sofre modificação formando 
a glande. 
 
 
Raiz 
 Porção fixa. 
 Ramos/ Crura – porção dos corpos cavernosos que 
estão fixados no ísquio. 
 Bulbo – região em que se encontra a uretra bulbar. 
Abundância de corpo esponjoso nessa região, pois 
essa região está mais propensa a impactos. Região 
onde há mudança de curvatura da uretra, ou seja, 
mudança no sentido da urina. 
 Músculo Isquiocavernoso (ereção) – cobertura 
muscular dos ramos/ crura. Função de aumentar a 
ereção, aumento do tônus desse musculo para 
manter a ereção. 
 Músculo bulboesponjoso (ejaculação) – cobertura 
muscular do bulbo. Contraído no momento do 
orgasmo para ajudar a empurrar o sêmen para o 
meio externo. 
Urologia Júlia Rosendo Winkelmann ATM 25/2 
 
Pele do pênis 
 Parte superficial 
 Prepúcio – quando a pele, que vem do corpo do 
pênis, chega abaixo da glande (colo da glande) ela 
se desprende/ se afasta do corpo e dobra nela 
mesma, ou seja, a pele nessa área é retrátil. 
 Frênulo – região ventral; comunica o prepúcio com 
a região ventral da glande. Pode apresentar 
patologias. 
 
Camadas 
 Túnica Albugínea (a mais profunda) – camada 
elástica, que fica com aspecto endurecido quando 
chega no seu limite de elasticidade. Reveste os 
corpos cavernosos e um pouco do corpo esponjoso 
(ventral). Responsável pela consistência e limite de 
crescimento do pênis. Pode ser fraturada (ela 
rasga). 
 Fáscia de Buck (profunda) e Fáscia de Dartos 
(superficial, logo abaixo da pele) – difíceis de 
separar, pois estão muito próximas e são delgadas. 
Camada de tecido muscular que está entre a túnica 
albugínea e a pele. 
Ligamento Suspensor/ Fundiforme 
 Conjunto de fibras, que tem origem na sínfise 
púbica (face anterior). 
 Circundam e abraçam o corpo do pênis (na região 
de transição de raiz para corpo). 
 Permite que a ereção ocorra de forma estável – 
estabilidade. 
 Secção do ligamento para fazer a cirurgia de 
aumento de pênis, porém pode causar problemas 
futuros ao paciente. 
 
 
Vascularização 
Arterial 
 Superficial (pele): artérias superficiais (ramos da 
artéria pudenda externa). 
 Profunda: artérias dorsais, profundas e bulbar 
(todas são ramos da artéria pudenda interna). 
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Venosa 
 Superficial (pele): veia dorsal superficial (tributária 
da veia pudenda externa). 
 Profunda: veia dorsal profunda do pênis (tributária 
do plexo nervoso da próstata/ de Santorini). 
 
Inervação 
 Superficial (pele) – ramos do nervo ilioinguinal. 
 Profunda – nervo dorsal do pênis (ramo do nervo 
pudendo). 
 Ereção – nervos cavernosos (ramos 
parassimpáticos do plexo prostático) – controlar a 
dilatação/ contração da artéria profunda/ cavernosa 
do pênis, assim, controlando o fluxo e ereção do 
pênis. Ondas de estresse ativam o sistema 
simpático, de modo que anule a ação do 
parassimpático, ou seja, anule a ação dos nervos 
cavernosos, impedindo a ereção. 
Ereção 
 Relaxamento do músculo liso dos sinusóides e 
entrada de sangue. A contração do músculo liso dos 
sinusóides impede a entrada de sangue, portanto 
para que seja possível o aumento do fluxo 
sanguíneo é necessário que os sinusóides relaxem 
(descarga parassimpática). 
 Nervos cavernosos (ramos parassimpáticos do 
plexo prostático). 
 Sinusóides – transição do sangue arterial para o 
venoso. 
 
 Saco fibromuscular com função de armazenar os 
testículos e o cordão espermático. 
 A bolsa escrotal é a fusão embriológica das 
eminências lábio-escrotais (rafe mediana, do 
prepúcio ao ânus). 
 Divisão interna pelo septo do escroto. 
 Ambiente com temperatura corporal inferior – 
capacidade de afastar e aproximar o testículo do 
corpo de acordo com a temperatura. 
 
 Abaixo da pele existem várias camadas até chegar 
ao testículo. 
 Pele 
 Fáscia Superficial (composta pelo músculo Dartos) 
 Fáscia Espermática externa (oriunda do músculo 
oblíquo externo) 
 Músculo Cremaster (oriundo do músculo oblíquo 
interno) – abraça o testículo, responsável pela 
contração que traz o testículo junto ao corpo. 
 Fáscia Espermática interna (vem do músculo 
transverso) 
 Túnica vaginal – composta pelo mesmo tecido do 
peritônio – produz líquido. 
 Essas camadas têm origem de músculos 
abdominais devido a origem embriológica. 
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 Produzidos no retroperitônio durante a fase fetal. 
 Testosterona estimula a descida dos testículos em 
direção a bolsa escrotal, de modo que ao passar 
pelo canal inguinal, “leve” consigo tecidos, em razão 
disso que as camadas da bolsa escrotal são 
originadas de tecidos abdominais. 
 Gubernáculo – estrutura que está no polo inferior 
dos testículos e tem receptores de testosterona, ou 
seja, é onde age a testosterona e, 
consequentemente, migra os testículos para a bolsa 
escrotal. 
 
 Órgãos responsáveispela produção de 
espermatozoides (pelas células de Sertoli) e 
testosterona (pelas células de Leydig). 
 Suspensos na bolsa escrotal pelo funículo 
espermático, o qual possui dentro de si vasos 
sanguíneos, nervos e ducto deferente. 
 Posteriormente em contato com epidídimo. 
 Formação embriológica abdominal e descida para a 
bolsa escrotal com estímulos hormonais. 
 Túnica vaginal –> visceral e parietal. Hidrocele é 
quando ocorre aumento da produção de líquido pela 
túnica vaginal, de modo que cause um excesso 
desse líquido entre a camada visceral e a parietal. 
 Túnica albugínea – protege o testículo contra 
traumas, porém não o aumenta que nem ocorre no 
pênis. 
 Epidídimo. 
 No testículo há emaranhado de trajetos onde os 
espermatozoides vão percorrer e amadurecer 
concomitantemente. 
Túbulos Seminíferos –> Septos –> Rete Testis 
(mediastino) –> Epidídimo (cabeça, corpo e cauda) –> 
Ducto Deferente 
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Vascularização 
 Artéria Testicular direita e esquerda (ramos da Aorta 
abdominal). 
 Plexo Pampiniforme e Veia Testicular (tributárias da 
veia cava inferior [direita] e veia renal esquerda 
[esquerda]). 
 A veia testicular é única, porém a partir de 
determinado ponto começa a sofrer ramificações, 
de modo que junto ao testículo seja um emaranhado 
de veias – esse emaranhado é chamado de Plexo 
Pampiniforme – isso ocorre para facilitar a perda de 
calor. 
 Linfonodos (retroperitoneais) pré-aórticos e 
lombares.

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