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Alice Iris MedUfma 1) Entender a etiologia, epidemiologia e fisiopatologia da COVID-19. Novo tipo de coronavírus (2019nCov) Coronavírus: cápsula possui glicoproteínas que formam pontas, parecidos com coroas. • Primeiro coronavírus humano foi isolado em 1937, porém, só em 1984 foi descrito como coronavírus Como ocorre a replicação do Coronavírus? As glicoproteínas facilitam a adsorção na célula hospedeira 1. Adsorção: fixação do vírus a receptores específicos na superfície da célula. 2. Fusão: se adere ao trato respiratório 3. Penetração: do genoma viral e proteínas no citoplasma e perda do envelope 4. Desnudamento: remoção das proteínas do núcleo capsídeo, resultando na exposição do rna 5. Replicação: o desnudamento torna o genoma acessível às enzimas e fatores celulares responsáveis pelas etapas subsequentes da replicação. Vírus direciona a maquinária celular para a síntese de ácido nucleico viral e proteínas 6. Montagem: processo de montagem das partículas virais: genoma + proteínas (morfogênese). Os vírions formados realizam o brotamento no RER e complexo de golgi 7. Exocitose: através de vesículas são transportados até a membrana plasmática, onde são liberados por exocitose Como ocorre a mutação genética? A falta de mecanismo de correção da posição dos nucleotídeos durante a replicação faz com que a taxa de mutação seja muito alta. O que o coronavírus pode causar no organismo? Alice Iris MedUfma Período de incubação: até 14 dias Período de transmissibilidade: 7 dias após a apresentação de sintomas Transmissão Diagnóstico Prevenção Tratamento COVID-19: doença SARS-CoV-2: vírus Modificação do vírus Proteínas SPIKE se modificaram, passaram a ter uma maior capacidade de se ligarem aos receptores da enzima angiotensina-2. Vírus passou a ter uma afinidade maior com os receptores. Alice Iris MedUfma GUIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Agente etiológico: O SARS-CoV-2 é um betacoronavírus descoberto em amostras de lavado broncoalveolar obtidas de pacientes com pneumonia de causa desconhecida na cidade de Wuhan, província de Hubei, China, em dezembro de 2019. Pertence ao subgênero Sarbecovírus da família Coronaviridae e é o sétimo coronavírus conhecido a infectar seres humanos Reservatório: Os coronavírus são uma grande família de vírus comuns em muitas espécies diferentes de animais, incluindo o homem, camelos, gado, gatos e morcegos. Raramente os coronavírus de animais podem infectar pessoas e depois se espalhar entre seres humanos como já ocorreu com o MERS-CoV e o SARS-CoV-2. Até o momento, não foi definido o reservatório silvestre do SARS-CoV-2. Transmissão • Por contato • Por gotículas • Por aerossóis Manifestações clínicas Fatores de Risco 2) Discorrer sobre os tipos de respostas imunes, a importância e o funcionamento da vacinação no organismo. Células do sistema imune Alice Iris MedUfma Funcionamento da vacina no organismo As vacinas estimulam o organismo a produzir anticorpos, induzindo imunidade a vírus e bactérias de algumas doenças. O estímulo para produção de anticorpos pela vacina ocorre pela apresentação ao nosso corpo do vírus ou da bactéria, mas de uma maneira que o vacinado não adoece e, ainda assim, adquire imunidade. Para isso, existem diversos tipos de vacina. Cada um apresenta de forma diferente o microrganismo ao corpo humano, mas o resultado sempre será o mesmo: imunidade. • vacina atenuada: apresenta o vírus ou bactéria enfraquecidos; • vacina inativada: contém vírus ou bactéria inativados; • vacina com toxóides: apresenta uma versão enfraquecida da toxina produzida pela bactéria; • vacinas com subunidades: apresenta apenas partes de vírus ou bactérias; A vacina ajuda o organismo a ter uma defesa melhor contra a infecção e poupa as pessoas das complicações da doença. Crianças e idosos são os mais propensos a essas complicações, por isso é muito importante vaciná-los! Os efeitos adversos da vacina podem ocorrer. Os mais comuns costumam ser leves e duram pouco. Uma vacina só pode ser aprovada para uso se os seus efeitos colaterais graves são raros, e os leves são curtos. São exemplos de efeitos adversos comuns que duram até 48 horas: dor e vermelhidão no local da aplicação, mal-estar, dor de cabeça e febre. Quando houver muitas pessoas vacinadas na comunidade, o agente patogénico tem dificuldade em circular, porque a maioria das pessoas que encontra estão imunizadas. Por isso, quanto mais pessoas forem vacinadas, menor a probabilidade de as pessoas que não podem ser protegidas pelas vacinas correrem o risco de ficarem expostas aos agentes patogénicos perigosos. A isso chama-se imunidade de grupo. • os chamados linfócitos T auxiliares detectam o agente estranho e recrutam os linfócitos B, que produzirão anticorpos específicos contra a proteína S; Alice Iris MedUfma • os linfócitos B entram em contato diretamente com a proteína S da superfície das células “vacinadas” e produzem os anticorpos; • outro tipo de linfócitos T, chamados citotóxicos (ou assassinos), também são recrutados e destroem diretamente qualquer estrutura que exiba a proteína S. • as células “vacinadas”, ao morrerem, liberam fragmentos da proteína S que também são identificados pelo nosso sistema imune, desencadeando toda a resposta vacinal. Tipos e mecanismos das vacinas para COVID-19 Quatro vacinas contra a doença já receberam autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso no Brasil: CoronaVac, vacina do Butantan produzida em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac, e os imunizantes das empresas AstraZeneca, Pfizer e Janssen; mas somente as três primeiras estão sendo utilizadas no Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, até o momento. Vale ressaltar que comparar a eficácia das vacinas e tentar eleger a melhor entre elas pode levar a conclusões enganosas. Isso porque os imunizantes foram desenvolvidos a partir de técnicas diferentes e testados em momentos, locais e em populações com nível de exposição ao vírus diferentes. CoronaVac A vacina do Butantan utiliza a tecnologia de vírus inativado (morto), uma técnica consolidada há anos e amplamente estudada. Ao ser injetado no organismo, esse vírus não é capaz de causar doença, mas induz uma resposta imunológica. Os ensaios clínicos da CoronaVac no Brasil foram realizados exclusivamente com profissionais da saúde, ou seja, pessoas com alta exposição ao vírus. AstraZeneca Foi desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a universidade de Oxford. No Brasil, é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A tecnologia empregada é o uso do chamado vetor viral. O adenovírus, que infecta chimpanzés, é manipulado geneticamente para que seja inserido o gene da proteína “Spike” (proteína “S”) do Sars- CoV-2. Pfizer O imunizante da farmacêutica Pfizer em parceria com o laboratório BioNTech se baseia na tecnologia de RNA mensageiro, ou mRNA. O RNA mensageiro sintético dá as instruções ao organismo para a produção de proteínas encontradas na superfície do novo coronavírus, que estimulam a resposta do sistema imune. Janssen Do grupo Johnson & Johnson, a vacina do laboratório Janssen é aplicada em apenas uma dose, mas ainda não está disponível no Brasil. Assim como o imunizante da AstraZeneca, também se utiliza da tecnologia de vetor viral, baseado em um tipo específico de adenovírus que foi geneticamente modificado para não se replicar em humanos. Infecções Virais • As infecções assintomáticas ou inaparentes constituem as principais fontes de contágio. Ocorrem quando: 1. Tecido infectadonão é lesado 2. Infecção é controlada antes de o vírus atingir o tecido-alvo 3. Tecido-alvo é reparado rapidamente 4. Extensão do dano é inferior ao limiar funcional para aquele tecido em particular Alice Iris MedUfma A habilidade e a rapidez do sistema imune de uma pessoa em controlar e resolver uma infecção viral normalmente determinam se ocorre doença aguda ou crônica, assim como a intensidade dos sintomas. • Infecção Crônica: persistência do vírus ou do genoma viral no hospedeiro por longos períodos. 1. Infecção latente: permanência do genoma viral nas células do hospedeiro, na maior parte do tempo sem replicação e produção do vírus. Ex: herpes 2. Infecção persistente: contínua replicação e produção de partículas víricas nos tecidos do hospedeiro por tempo ilimitado. Em geral, essas infecções são fatais. Alice Iris MedUfma
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