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Consultoria Aduaneira

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CONSULTORIA
ADUANEIRA 
Coordenação e Professor : João Marcos Andrade
Módulo:
DESPACHANTE ADUANEIRO
C
o
ns
ul
to
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ua
ne
ir
a
2
HABILITAÇÃO DE EMPRESAS PARA
IMPORTAÇÃO E
EXPORTAÇÃO - RADAR
A prática do Comércio Exterior no Brasil é regulamentada pe-
las normas aduaneiras definidas pela Coordenação Geral da 
Aduana Brasileira (Coana) órgão vinculado diretamente ao 
Ministério da Economia.
Importante à compreensão inicial de que, para realizar ativi-
dades de Importação e/ou Exportação, a empresa brasileira 
ou estrangeira que se instale em nosso país, necessariamen-
te precisa adequar-se às determinações do Ministério da Eco-
nomia, através da Receita Federal, para que tenha liberdade 
e possa realizar negócios internacionais, tendo em vista que 
o exercício da Atividade de Comércio Exterior envolve tran-
sações financeiras, configurando-se como Atividade Econô-
mica, passível de Tributação e Controle Aduaneiro.
3
Consultoria aduaneira
1.1 Sistema radar
A Receita Federal do Brasil, órgão fiscalizador das atividades de Comércio Exterior no país, utiliza 
o Sistema de Rastreio das Atividades dos Intervenientes de Comércio Exterior, o RADAR, para 
monitorar as práticas comerciais das importações e exportações brasileiras.
Através desse Sistema, a Receita Federal obtém acesso a todas as informações presentes em re-
gistros de Importações e Exportações, sendo que esses registros são a manifestação dos dados 
das cargas ao próprio sistema, isto é, o Sistema RADAR permite à Receita Federal do Brasil um 
gerenciamento fiscal completo dos dados das importações e exportações das empresas brasilei-
ras, sendo possível assim manter um registro de todas as informações as quais servem para cru-
zamento de dados, relativos às Declarações de Tributos dos CNPJs importadores e exportadores 
brasileiros, além de possibilitar também controle cambial, isto é; controlar a saída de divisas do 
país (fechamento de câmbio = pagamento pelas importações brasileiras aos fornecedores no ex-
terior), bem como em relação às entradas de divisas (recebimento de pagamentos relativos às 
vendas ao exterior, ou seja; as exportações brasileiras).
Uma outra funcionalidade do Sistema RADAR, também muito importante, é permitir aos órgãos 
de governo como o Ministério da Economia, uma forma de gerenciar dados estatísticos sobre 
as transações de comércio exterior das empresas brasileiras, o que permite apoio à exatidão da 
prestação de informações relativos à Balança Comercial Brasileira (saldo entre as exportações 
e importações), como também mantém dados reais sobre quantas e quais são as empresas que 
atuam na prática do Comércio Exterior no país. 
1.1.1 Adesão ao Sistema RADAR
Deve partir da própria empresa interessada em importar ou exportar o procedimento de habilita-
ção ao Sistema RADAR, portanto não é a Receita Federal que determina através de uma Intima-
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Consultoria aduaneira
ção, ou de outra forma, para que a empresa importadora ou exportadora brasileira se apresente 
e solicite sua habilitação ao sistema, mas sim, antes da realização de qualquer atividade relacio-
nada à importação ou exportação, a empresa deverá manifestar à Receita Federal a intensão em 
habilitar seu CNPJ no Sistema RADAR, para que assim passe a ser denominada como Declarante 
de Mercadoria, que vem a ser a denominação atual ao praticante de Comércio Exterior no Brasil 
conforme a Legislação Federal em vigor, a qual veremos a seguir:
1.1.2 Habilitação ao Sistema RADAR – Aspectos Legais
O procedimento administrativo para as empresas se apresentarem à Receita Federal, visando a 
Habilitação do CNPJ junto ao Sistema RADAR, é fundamentado na Legislação Federal disposta 
nos Atos Legais que veremos a seguir. 
Conforme mencionamos logo acima, é o interesse da empresa em atuar no Mercado Internacio-
nal, que a direcionará a solicitar a Habilitação de seu CNPJ junto ao Sistema RADAR da Receita Fe-
deral, sendo que em caso de haver um ou mais CNPJs de filial(is), bastará habilitar o CNPJ matriz, 
que todos as demais filiais estarão automaticamente habilitados no RADAR.
Importante ressaltarmos antes de entrarmos nos aspectos da legislação, que o pedido será feito 
de forma eletrônica, visto que todas as demandas processuais para essa solicitação estão dispo-
níveis via internet conforme veremos mais adiante nesta apostila. E a Unidade da Receita Federal 
responsável por analisar o pedido de Habilitação ao Radar será a de jurisdição sobre o Domicílio 
Fiscal do Importador.
1.2 Legislação específica para habilitação junto ao sistema radar
O procedimento administrativo a ser realizado pelas empresas desejosas em atuar na importa-
ção e na exportação, passa indispensavelmente pela observação das condições impostas pela Le-
gislação Aduaneira vigente sobre o tema. De forma que anteriormente à realização de qualquer 
atividade de Comércio Internacional, recomenda-se atenção total às normas aduaneiras a serem 
vistas logo a seguir, com o objetivo de cumprimento a todos os requisitos nelas determinados, 
para que o trâmite documental seja efetivado com sucesso, e assim o CNPJ obtenha a devida ha-
bilitação junto ao Sistema RADAR da Receita Federal.
Os Órgãos Federais diretamente envolvidos no processo administrativo para a habilitação da em-
presa junto ao Sistema RADAR serão a Coana, com a qual a empresa não terá contato direto, ape-
nas seguirá as orientações da legislação do referido órgão e a Receita Federal do Brasil, com a 
qual as tratativas ocorrerão do início ao final do processo administrativo de habilitação junto ao 
Sistema Radar.
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Consultoria aduaneira
Dica:
O caminho mais prático para busca da Legislação 
Aduaneira é a página da Receita Federal na Inter-
net, através do link:
Receita Federal
Dica:
A abreviatura de Instrução Normativa da Receita Federal é IN/RFB, ob-
servaremos frequentemente essa abreviatura nesta apostila.
Instrução Normativa da Receita Federal Nº 1984/2020
Essa Instrução Normativa, publicada no Diário Oficial da União em 29 de outubro de 2020, apre-
senta as condições atuais para que as empresas busquem suas habilitações junto ao Sistema RA-
DAR, dessa forma a leitura da referida legislação na íntegra, é necessária, além de que a cada 
tópico nela analisado, seja relacionado com a situação da empresa, pois as regras ali presentes 
determinam a concessão ou não da habilitação do CNPJ ao Sistema RADAR.
https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/acesso-a-informacao/legislacao
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Consultoria aduaneira
Vejamos então print da tela com a introdução constante na IN/RFB nº 1984/2020, para análise logo 
em seguida:
Fonte: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=113361
Como observado nessa introdução, a referida IN/RFB orienta tanto a habilitação do CNPJ impor-
tador/exportador brasileiro, como também instrui o credenciamento de representantes legais 
dessas empresas para obterem acesso ao Sistema de Comércio Exterior Brasileiro – SISCOMEX 
da Receita Federal, que é onde são imputadas as informações tanto das importações, quanto das 
exportações pelas empresas brasileiras.
 
1.4 Modalidades de habilitação ao sistema radar
a) Habilitação de Pessoa Física
A IN/RFB n.º 1984/2020, no § 1º, Inciso III do Artigo 4º, irá definir que: “... podem atuar como de-
clarantes de mercadorias..., as pessoas físicas, no caso de operações de comércio exterior realiza-
das em seus próprios nomes...”.
Fonte: IN RFB  Nº 1984  -  2020 (fazenda.gov.br)
 
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=113361
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=113361
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Consultoria aduaneira
Considera-se de acordo com a IN/RFB nº 1984/2020, no Artigo 4º, § 3º, Inciso X, Pessoas Físicas 
podem apenas realizar Importações para:
“... I – a realização de suas atividades profissionais, inclusive na 
condição de produtor rural, artesão, artista, ou assemelhado;
II – seu uso e consumo próprio;e
III – suas coleções pessoais...”
Fonte: IN RFB  Nº 1984  -  2020 (fazenda.gov.br)
Portanto, conforme visto nesse extrato da Legislação, Pessoa Física pode atuar na Importação ou 
Exportação, desde que tal prática não configure atividade comercial especialmente para revenda, 
pois se tal ato for desenvolvido, deverá ser através de CNPJ, com as exceções manifestadas nos 3 In-
cisos acima apresentados, os quais permitem a prática do Comércio Internacional por Pessoa Física.
b) Habilitação de Pessoa Jurídica
O Artigo 4º da IN/RFB nº 1984/2020, instrui as condições para a habilitação de Pessoa Jurídica 
junto ao Sistema RADAR, vejamos então parte do Artigo 4º da referida IN/RFB para entendermos 
com propriedade as possibilidades de Habilitação de Pessoa Jurídica ao Sistema RADAR.
“... Art. 4º Para os fins desta Instrução Normativa, são declarantes de mercadorias os impor-
tadores, os exportadores, os adquirentes de mercadorias importadas por sua conta e ordem, 
os encomendantes de mercadorias importadas e as pessoas jurídicas sediadas na Zona Fran-
ca de Manaus (ZFM) que promovem a internação de mercadorias para o restante do territó-
rio nacional.
§ 1º Podem atuar como declarantes de mercadorias:
I – as pessoas jurídicas de direito privado;
II – os órgãos da administração pública direta ou autárquica, federal, estadual ou municipal, 
as missões diplomáticas ou repartições consulares de país estrangeiro ou as representações 
de órgãos internacionais; e, 
§ 2º As disposições desta Instrução Normativa relativas às pessoas jurídicas de direito privado 
a que se refere o inciso I do § 1º são também aplicadas às seguintes entidades:
I – Sociedades em Conta de Participação (SCP), vinculadas aos sócios ostensivos;
“
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=113361
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Consultoria aduaneira
II – Grupos e consórcios de sociedades, constituídos, respectivamente, na forma prevista nos 
arts. 265 e 278 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976;
III – Empresas domiciliadas no exterior;
IV – Serviços notariais e de registro, de que trata a Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994;
V – Condomínios edilícios, conceituados nos termos do art. 1.332 do Código Civil (Lei nº 
10.406, de 10 de janeiro de 2002);
VI – Fundações ou associações domiciliadas no exterior;
VII – Empresas individuais imobiliárias;
VIII – Empresas individuais constituídas na forma estabelecida nos art. 966 a 969 do Código 
Civil (Lei nº 10.406, de 2002);
IX – Microempreendedores Individuais (MEI) de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 
123, de 14 de dezembro de 2006; e, 
X - Produtores rurais pessoa física com inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica 
(CNPJ)...”
Fonte: IN RFB Nº 1984 -  2020 (fazenda.gov.br)
1.4.1 Os responsáveis pelo (s) cnpj (s), no ato da habilitação ao sistema radar.
A IN/RFB nº 1984/2020, em seu Artigo 5º, menciona os requisitos para legitimidade dos Respon-
sáveis Legais pelo (s) CNPJ (s), no momento da requisição para Habilitação do CNPJ junto ao Sis-
tema RADAR, sendo que deverão ser identificados conforme Tabela Padrão para tal, constante 
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=113361
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Consultoria aduaneira
Receita Federal
na IN/RFB nº 1863/2018, em seu Anexo V, conforme a natureza da Empresa, exemplo quando se 
tratar de Empresa de Sociedade Anônima Aberta (AS), o (a) Responsável Legal, deverá ser iden-
tificado nos documentos de requisição da Habilitação ao Sistema RADAR como, Diretor ou Pre-
sidente, enquanto na Empresa de Natureza Sociedade Empresária Limitada, a identificação do 
Responsável Legal será Administrador, ou Sócio Administrador.
Veremos agora, mais detalhadamente os procedimentos operacionais para o processo administra-
tivo de Requisição da Empresa junto à Receita Federal, para habilitação no Sistema RADAR, logo 
a seguir:
1.4.2 Procedimentos Administrativos e Operacionais para Habilitação junto ao Sistema RADAR.
Vejamos os procedimentos a serem executados pela empresa, visando obter a Habilitação do 
CNPJ junto ao Sistema RADAR da Receita Federal.
II - Primeiramente é necessário constar, que o 
CNPJ deverá constar como ATIVA no campo de 
consulta de CNPJ no sítio da Receita Federal na 
Internet, através do link
Abaixo print da tela de consulta ao CNPJ, para auxílio na compreensão, bastando ao acessar ao 
link acima, digitar o CNPJ pretendente a se habilitar no Sistema RADAR, e assim obter a informa-
ção da regularidade do CNPJ, junto à Receita Federal.
http://servicos.receita.fazenda.gov.br/Servicos/cnpjreva/Cnpjreva_Solicitacao.asp?cnpj=33978923000171
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Consultoria aduaneira
Fonte: http://erviços.receita.fazenda.gov.br/Servicos/cnpjreva/Cnpjreva_Solicitacao.asp?cnpj=33978923000171
 
II - Em seguida ou em paralelo, faz-se necessá-
rio o cadastro (opção), ao Domicílio Tributário 
Eletrônico (DTE), sendo esse uma ferramen-
ta presente também no site da Receita Federal 
do Brasil, no qual são mantidos os contatos en-
tre a empresa e o fisco (Receita Federal).
Dica: Para melhor compreensão do Domicílio Tributário Eletrônico (DTE), su-
gerimos a leitura e pesquisa no site da RFB a seguir
Receita Federal
http://erviços.receita.fazenda.gov.br/Servicos/cnpjreva/Cnpjreva_Solicitacao.asp?cnpj=33978923000171
https://receita.economia.gov.br/interface/lista-de-servicos/mobile/dte/dte-optar-pelo-domicilio-tributario-eletronico
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Consultoria aduaneira
Tendo concluído a análise de que o CNPJ está apto a requisitar sua habilitação junto ao Sistema 
RADAR, a empresa seguirá os procedimentos determinados no Artigo 22 da IN/RFB nº. 1.984/2020 
(A habilitação deverá ser solicitada pelo requerente por meio do Sistema Habilita, disponível no 
Portal Único de Comércio Exterior (Pucomex) na internet), devendo preencher o Requerimento 
de Habilitação constante no referido artigo, e dirigindo-se para o Portal Único do Siscomex tam-
bém na Internet, munido do Certificado Digital do CPF Responsável Legal pelo CNPJ. 
Salienta-se também que o interessado em requerer a Habilitação ao Sistema RADAR, deverá aten-
tamente considerar a leitura do Artigo 21 da IN/RFB nº. 1.984/2020, no qual destacam-se pontos, 
como por exemplo, em relação à capacidade econômica e financeira do CNPJ, que lhe garanta 
possibilidade de realização de processos de Comércio Exterior (Importação ou Exportação), bem 
como as condições operacionais para a realização das operações de Comércio Exterior.
Dica: Enfatizamos a necessidade da lei-
tura da Instrução Normativa da RFB nº 
1.984/2020 visando melhor compreensão 
dos procedimentos de habilitação junto ao 
Sistema RADAR.
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Consultoria aduaneira
1.4.3 Apresentação do Requerimento de Habilitação à Receita Federal
Tendo sido feita a análise econômica e financeira do CNPJ, bem como os requisitos constantes 
especialmente nos Artigos 18 a 23 da IN/RFB nº. 1.984/2020 (reforça-se o convite à leitura da re-
ferida legislação), a empresa deverá então acessar o Sistema Portal Único do Siscomex através do 
site https://www.portalunicosiscomex.gov.br e selecionar a opção “Habilitar Empresa” conforme 
observado no destaque do print de tela abaixo. 
 
Na próxima tela, o requerente selecionará a opção “Cadastro Requerer Habilitação”.
Fonte: https://portalunico.siscomex.gov.br/portal/#/
Já para acesso a essa tela, é necessário login mediante utilização do Certificado Digital pelo CPF 
Responsável Legal pelo CNPJ perante a Receita Federal, quando terá acesso a tela seguinte (print 
abaixo), para então apresentar eletronicamente o pedido da Habilitação do CNPJ junto ao Siste-
ma RADAR da Receita Federal, sendo a maneira mais comum, a primeira opção apresentada na 
tela ao lado superior esquerdo, “Representação Por Dirigente Funcionário”.
 
https://www.portalunicosiscomex.gov.br
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Consultoria aduaneira
Em seguida, poderá preencher com os dados do CNPJ a ser habilitado, (em caso de requerimento 
de habilitação para Pessoa Jurídica), e a seguir,terá a visualização das três Modalidades de Habili-
tação, sendo necessário optar por uma das três conforme sua Capacidade Financeira previamente 
analisada, para atender às especificações técnicas determinadas para cada uma das Modalidades 
conforme veremos mais adiante neste material.
Abaixo, print da tela do Sistema Portal Único do Siscomex, com as três Modalidades de Habilita-
ção de acordo com o perfil da empresa requerente.
 
 
Fonte: Portal Único Siscomex
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Consultoria aduaneira
Receita Federal
Conforme previsto no Artigo 22 da IN/RFB nº 1.984/2020, ao apresentar o Requerimento por 
meio das telas acima demonstradas, o CNPJ obterá o retorno da Análise Eletrônica realizada pelo 
Sistema Portal Único do Siscomex, podendo já obter o 
Deferimento (concessão) da Habilitação, ou Indeferimento, caso em que então deverá adotar ou-
tro procedimento operacional conforme veremos a seguir:
1.4.4 Abertura de Processo Administrativo Fiscal
Tendo cumprido os requisitos do tópico anterior, (Artigo 22 da IN/RFB nº 1.984/2020), porém in-
corrido em Indeferimento pelo Sistema, o declarante deverá então solicitar a Abertura de um Dos-
siê Digital de Atendimento, conforme previsto pela Instrução Normativa da Receita Federal nº 
1.783/2018, o qual consiste em uma criptografia de dados, isto é; anexação de documentos de 
forma eletrônica no Sistema e-CAC da Receita Federal, sendo este sistema a forma de correspon-
dência entre a Receita Federal, e a empresa requerente da Habilitação no RADAR.
Para clareza e melhor compreensão da aber-
tura de um Dossiê Digital de Atendimen-
to (DDA) sugere-se a leitura da IN/RFB nº 
1.783/2018, a qual é a base de instrução para 
tal procedimento.
Receita Federal
O acesso ao sistema e-CAC da Receita Federal, também ocorrer por meio da utilização 
do Certificado Digital do CPF responsável pelo CNPJ, e abaixo observamos um print 
da tela inicial do sistema e-CAC, disponível no site oficial da Receita Federal do Brasil:
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=89407
http://www.receita.economia.gov.br
15
Consultoria aduaneira
Fonte: https://cav.receita.fazenda.gov.br/autenticacao/login
1.4.5 Documentos Necessários para o Procedimento de Habilitação via DDA
A Instrução Normativa da RFB nº 1.984/2020 define em seu Artigo 23 a listagem de documentos 
a serem apresentados via DDA à Receita Federal do Brasil, conforme requisitos técnicos obtidos 
através da leitura da IN/RFB nº 1.783/2018.
 
Dica: 
Sugere-se a leitura do Artigo 23 da Portaria Coana nº 
72/2020 para observação completa das instruções le-
gais quando à montagem de DDA.
“Art. 2º A capacidade financeira do declarante de 
mercadorias para fins de enquadramento na mo-
dalidade de habilitação...” 
Observação: 
Conforme a Análise Fiscal realizada por Auditor Fiscal da RFB, de-
signado para fiscalizar o Requerimento de Habilitação, outros docu-
mentos de natureza administrativa fiscal do CNPJ, poderão ser soli-
citados, sempre via Centro de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) 
de forma eletrônica pelo site da Receita Federal, o qual o CNPJ terá 
acesso mediante a opção pelo Domicílio Tributário Eletrônico (DTE), 
observado no item 1.1 neste tópico.
https://cav.receita.fazenda.gov.br/autenticacao/login
16
Consultoria aduaneira
 1.5 MODALIDADES 
Ao apresentar o Requerimento de Habili-
tação previsto no Artigo 22 da IN/RFB nº 
1.984/2020 o declarante obterá o retorno do 
Sistema Portal Único Siscomex, quando ao 
enquadramento em uma das modalidades 
de habilitação disponível, ou o indeferimen-
to conforme visto no tópico anterior, ou seja, 
mediante a posse dos dados do CNPJ em seu 
Sistema de Banco de Dados, a Receita Fede-
17
Consultoria aduaneira
ral automaticamente através do Portal Único do Siscomex (onde se apresenta inicialmente o re-
querimento de habilitação), concederá à Empresa, a habilitação junto ao Sistema RADAR, consi-
derando as condições financeiras, econômicas e fiscais manifestadas ao Sistema, em cruzamento 
de dados junto ao seu próprio banco de dados dos CNPJs.
Nesse mesmo procedimento de análise, a Receita Federal também poderá indeferir o pedido de 
habilitação conforme previsto no Artigo 23 da IN/RFB nº 1.784/2020, permitindo ao requerente a 
manifestação de novo Requerimento conforme observamos nos itens 1.1.3 e 1.1.4 neste tópico.
Observação
Conforme analisamos até aqui, o indeferimento ao pedido de Ha-
bilitação do CNPJ ao Sistema RADAR pode ocorrer por fatores que 
não condizem com a natureza do pedido e habilitação, podendo 
ser dúvidas da Receita Federal quanto à comprovação da Origem 
dos Recursos Financeiros da empresa, dentre outros pontos de 
análise fiscal sobre o CNPJ.
18
Consultoria aduaneira
A seguir analisaremos as Modalidades de Habilitação junto ao Sistema RADAR da RFB.
Divisão das Modalidades 
I. Expressa.
O Artigo 16 da IN/RFB nº 1.984/2020 apresenta as empresas que obterão a Habilitação na Moda-
lidade Expressa, sendo elas:
“... a) pessoa jurídica constituída sob a forma de sociedade anônima 
de capital aberto, com ações negociadas em bolsa de valores ou no 
mercado de balcão, e suas subsidiárias integrais; ou;
b) empresa pública ou sociedade de economia mista...”
Fonte: IN RFB  Nº 1984  -  2020 (fazenda.gov.br)
II. Limitada
Segundo o Artigo 17 da IN/RFB nº 1.984/2020, serão concedidas Habilitações no Sistema RADAR, 
limitadas a valores para Importações de até USD 50.000,00 (cinquenta mil dólares estaduniden-
ses), em períodos consecutivos de 6 meses, ou a valores de até USD 150.000,00 (cento cinquen-
ta mil dólares estadunidenses), a depender (tanto uma condição, quanto a outra), da capacidade 
financeira demonstrada pelo CNPJ no Requerimento de Habilitação de RADAR, observado ante-
riormente neste material.
III. Ilimitada
Serão habilitados na Modalidade Ilimitada do Sistema RADAR, os CNPJs não enquadrados na Mo-
dalidade Expressa, além dos que possuírem capacidade financeira superior às manifestadas para 
a Modalidade Limitada, conforme previsto no Artigo 16, Inciso III da IN/RFB nº 1.984/2020.
Observação: 
Em qualquer uma das Modalidades de Habilitação, não há deter-
minação de Limites de Valores para Exportação, ficando o CNPJ 
Exportador autorizado a praticar exportações de quaisquer valo-
res a partir da obtenção de sua Habilitação junto ao Sistema RA-
DAR da RFB.
“
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=113361
19
Consultoria aduaneira
Observações Importantes. 
a) O Declarante de Mercadoria (empresa importadora ou exportadora brasileira), após obter 
a Habilitação em uma das modalidades vistas acima, poderá a qualquer tempo requerer uma 
Revisão de Estimativa de Capacidade Financeira conforme sua conveniência administrativa, 
visando nova adequação de seu CNPJ junto ao Sistema Radar da Receita Federal, desde que 
tal Revisão seja acompanhada de documentos comprobatórios que justifiquem tal pedido, 
por exemplo, se o CNPJ possui habilitação na modalidade Limitada, e deseja migrar para a 
modalidade Ilimitada, poderá apresentar o requerimento conforme previsto no Artigo 29 da 
IN/RFB nº 1.984/2020, podendo também requerer Revisão de Estimativa de Capacidade Fi-
nanceira, para outra menor que a obtida anteriormente.
b) A Receita Federal a qualquer tempo poderá de maneira independente promover Requi-
sição de Revisão de Estimativa de Capacidade Financeira para o CNPJ, conforme análise in-
terna daquele órgão, desde que cumprindo os dispostos nos Artigo 38 a 45 da IN/RFB nº 
1.984/2020.
c) O CNPJ que não realizar nenhuma atividade de Comércio Exterior no prazo de 12 meses 
terá sua Habilitação no RADAR suspensa de ofício, devendo requerer nova habilitação quan-
do da realização de nova operação de Comércio Exterior, conforme Artigo 46 da IN/RFB nº 
1.984/2020.
20
Consultoria aduaneira
1.6 Critérios de análise pela Receita Federal do Brasil
De acordo com a IN/RFB nº 1.984/2020 e de acordo com 
a Portaria da Coana nº 72/2020,a Receita Federal do Bra-
sil, ao receber o requerimento de Habilitação ao Sistema 
RADAR, considerará como critérios de análise para o CNPJ 
fatores como capacidade econômica e financeira, além de 
histórico de recolhimento tributário especialmente quan-
to aos tributos CLSS (Contribuição Social sobre o Lucro Lí-
quido), IRPJ, PIS-PASEP e COFINS, Contribuição Previden-
ciária relativa aos funcionários, todos esses relativos aos 4 
últimos anos anteriores ao protocolo de Requerimento da 
Habilitação junto ao Sistema RADAR.
21
Consultoria aduaneira
Nessa análise documental, conforme previsto no Artigo 2º da Portaria da Coana nº 72/2020, a 
Receita Federal do Brasil, usará rigorosamente os poderes a ela conferidos para auditoria fiscal 
sobre o CNPJ, objetivando a comprovação da idoneidade tanto do(s) CPF(s) apresentados como 
Responsável(is) Legal(is) pelo CNPJ, quanto pelos dados da própria empresa, visando a contem-
plação de pleno gozo do direito de habilitação junto ao Sistema RADAR, a partir da comprovação 
pela empresa, de que está satisfatoriamente comprovada sua legalidade em todos os requisitos 
de fiscalização previstos na legislação citada.
Ao apresentar o Requerimento de Habilitação ao Sistema RADAR junto à Receita Federal do Bra-
sil, a empresa estará ciente de que haverá uma análise fiscal sobre os documentos apresentados, 
bem como sobre o(s) CPF(s) do(os), da(as), Responsável(is), Legal(is) da empresa. Tendo em vista 
que a fiscalização tem a premissa básica de que, para que a habilitação seja concedida, faz-se 
necessária a observação integral da regularidade da empresa, quanto aos aspectos financeiros, 
como também fiscais, além de comprovar a regularidade de quem se apresenta como Responsá-
vel Legal ou Representante Legal pela empresa.
Essas comprovações são utilizadas pela RFB exatamente para comprovação da idoneidade da 
pessoa física quanto aos aspectos tributários e financeiros, principalmente considerando a com-
provação da origem dos recursos manifestados em extratos bancários e balanços patrimoniais, 
documentos esses que podem ser solicitados pela Receita Federal durante o processo de Análise 
Fiscal para a concessão ou não, da Habilitação do CNPJ junto ao Sistema Radar da Receita Federal 
do Brasil. 
22
Consultoria aduaneira
22
LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR
No dia 11 de novembro de 2020 foi publicada no Diá-
rio Oficial da União (DOU) a Portaria da Coana (Coor-
denação Geral da Aduana Brasileira) nº 72/2020, a 
qual apresenta conteúdo instrutivo e normativo em 
relação aos procedimentos a serem adotados pelas 
empresas e pessoas físicas que desejarem requerer 
suas habilitações junto ao Sistema RADAR da Receita 
Federal, como praticantes de Comércio Exterior, tan-
to na condição de Importador, quanto de Exportador.
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A seguir print de parte da primeira página da Portaria Coana nº 72/2020.
Fonte: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=113638
 
Auxílio para a compreensão.
Vale a lembrança conforme observamos no início do ma-
terial, que a Coana é um Órgão da Administração Pública, 
vinculado diretamente ao Ministério da Economia, o qual 
tem a prerrogativa de estabelecer as normas para a prática 
do Comércio Exterior no Brasil.
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=113638
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Consultoria aduaneira
Portaria coana nº 72/2020
A Portaria COANA Nº 72/2020 apresenta os requisitos a ser cumprido pelas empresas reque-
rentes da habilitação ao Sistema Radar, considerando os aspectos fiscais e administrativos 
das organizações, por isso a necessidade de que, ao se apresentar para a Receita Federal vi-
sando obter a Habilitação do CNPJ ou CPF, junto ao Sistema RADAR, esteja(m) ciente(s) de 
que a situação fiscal, econômica e administrativa da empresa, (casos de CNPJ), manifesta to-
tal regularidade e nenhuma inconsistência quanto a valores declarados em Imposto de Ren-
da, ou mesmo débitos e pendências tributárias que não sejam vinculados a acordos de nego-
ciação ou parcelamento junto aos órgãos credores, Receita Federal principalmente.
Enfatizamos a necessidade de uma leitura analítica sobre a Portaria para compreensão mais enfá-
tica sobre o conteúdo da mesma, tendo em vista sua natureza normativa, o que permite ao reque-
rente da habilitação ao Sistema Radar, uma possibilidade de gestão documental suficiente quan-
to ao objetivo, a depender obviamente da realidade econômica, financeira e fiscal da empresa, o 
que será demonstrado a Receita Federal, através dos documentos relativos ao CNPJ, obedecendo 
aos requisitos e normas definidos na referida legislação.
2.2 Instrução normativa nº 1.782/2018 E 1.783/2018.
O modelo de apresentação de documentos a Receita Federal atualmente segue o padrão de do-
cumentação totalmente eletrônica, isto é; sem a necessidade de apresentação de jogos de docu-
mentos físicos (em papel) ao órgão público.
Essa possibilidade é normatizada pela Legislação aqui comentada, sendo a Instrução Normativa 
da Receita Federal do Brasil, nº 1.782 e nº 1.783/2018 as normas diretamente empregues na mon-
tagem e elaboração do Requerimento de Habilitação junto ao Sistema RADAR, quando houver o 
indeferimento a esse pedido, efetuado pelo próprio Sistema Portal Único Siscomex, conforme 
observado anteriormente nos sub temas 1.4.3 e 1.4.4 do tema 1 mais acima.
25
Consultoria aduaneira
Tendo então ocorrido, por alguma determinação de 
análise do próprio Sistema Portal Único, o indeferimen-
to ao pedido de habilitação do CNPJ ao Sistema Radar, 
deverá o requerente então apresentar novo pedido, 
desta vez via Sistema e-CAC disponível no site oficial da 
Receita Federal, através do link, conforme previamente 
analisamos no subtema 1.4.4 mais acima.
Receita Federal
As IN/RFB nº 1.782 e nº 1.783/2018 apresentam então orientações técnicas quanto a formalidade 
para a apresentação dos documentos ao Sistema e-CAC, de forma que por elas, ou seja, median-
te a leitura de ambas as normas, o requerente à habilitação ao Sistema RADAR obterá instruções 
de como inserir no sistema e-CAC os documentos em formato PDF, bem como também entende-
rá os requisitos técnicos quanto à capacidade de tamanho dos documentos em MGB (Mega Bi-
tes), para atender aos padrões do sistema, por isso a leitura das referidas Instruções Normativas 
é recomendável para que em complementação a este material, permita ao prezado estudante, a 
compreensão clara para a elaboração e configuração documental de um Pleito de Habilitação ao 
Sistema Radar da RFB.
2.3 Instrução normativa nº 1.863/2018.
Esta legislação determina as condições e normas para credenciamento da empresa junto ao Ca-
dastro Nacional de Pessoa Jurídica, o CNPJ, sem o qual não será possível requerer a habilitação 
junto ao Sistema Radar da RFB, para possibilidade de prática de atividades relacionadas ao Co-
mércio Exterior Brasileiro.
https://cav.receita.fazenda.gov.br/autenticacao/login
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Consultoria aduaneira
OPERACIONALIZAÇÃO DO
COMÉRCIO EXTERIOR
– ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
As práticas operacionais dos atuantes em atividades relaciona-
das ao Comércio Exterior são executadas por meio de acesso ao 
Sistema Integrado de Comércio Exterior – Siscomex, o qual é dis-
ponibilizado pela Receita Federal para empresas habilitadas no 
Sistema RADAR (visto anteriormente), para que então seja possí-
vel o importador e/ou o exportador brasileiro, inserir as informa-
ções relativas as suas negociações internacionais, para que a Re-
ceita Federal possa executar seu papel de Agente Fiscalizador.
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Consultoria aduaneira
 Como auxílio para a compreensão da funcionalidade do Sistema Siscomex, segue print de tela da 
visualização atual do referido sistema, considerando que o acesso ao mesmo se dá via internet, 
e mediante ao uso de Certificado Digital pertencente ao titular do CNPJ Importador/Exportador 
Brasileiro, ou deseus funcionários por ele habilitados, ou ainda dos Despachantes Aduaneiros, os 
quais atuam sob a condição de Representantes Legais, como prevê a IN/RFB 1.984/2020 vista an-
teriormente neste material.
 
3.1 Aspectos Operacionais Importação – Despacho Aduaneiro
Apresentamos uma parte inicial da primeira tela de acesso para a confecção de Documentos Ad-
ministrativos aplicáveis às importações, especialmente a Declaração de Importação e o Licencia-
mento de Importação.
A Declaração de Importação será o documento eletrônico gerado pelo importador ou por seu re-
presentante legal, para que na chegada da importação ao Brasil, a carga possa ser submetida ao 
processo de fiscalização da Receita Federal, momento no qual se deve recolher os impostos inci-
dentes na importação, a serem vistos em detalhes neste material.
Print da Tela Inicial do Sistema Siscomex – Módulo Importação
 
Fonte: https://www1c.siscomex.receita.fazenda.gov.br/siscomexImpweb-7/private_siscomeximpweb_inicio.do (acesso apenas 
com Certificado Digital).
Importante considerarmos a observação da legislação aduaneira vigente sobre as importações, a 
começar pela Instrução Normativa da Receita Federal nº 680/2006, a qual disciplina a prática do 
Despacho Aduaneiro de Importação.
Primeiramente, ressalta-se a definição de Despacho Aduaneiro de Importação que consiste na 
submissão da carga importada ao crivo fiscal da Receita Federal, que é o órgão federal respon-
sável pela coordenação das atividades de fiscalização aduaneira nas alfândegas brasileiras, sen-
https://www1c.siscomex.receita.fazenda.gov.br/siscomexImpweb-7/private_siscomeximpweb_inicio.do
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Consultoria aduaneira
do que tal procedimento terá como base, isto é, como ponto de orientação para compilação das 
informações da carga, a Declaração de Importação conforme definido pelo § (parágrafo) 2º-A do 
Artigo 1º da Instrução Normativa da Receita Federal nº 680/2006.
Portanto, a Declaração de Importação (DI), ou a Declaração Única de Importação (DUIMP), está de-
finida pelas Instruções Normativas da Receita Federal nº 1833/2018, bem como pela 2002/2020, 
compõem a base documental para análise da Receita Federal, em relação à averiguação, isto é, à 
conferência aduaneira na carga que está sendo importada, pois através da Declaração ou Decla-
ração Única de Importação, a empresa importadora, apresenta para a Receita Federal, todas as 
características relativas às mercadorias que está importando.
Mediante tal procedimento, torna-se possível então a Receita Federal realizar os procedimentos 
necessários para conferência documental e física da importação, visando a conclusão do Despa-
cho Aduaneiro, que será o Desembaraço Aduaneiro.
Após as realizações das verificações documentais e eventualmente físicas das mercadorias em 
fase de Despacho de Importação, a Receita Federal por meio de seus servidores públicos, promove 
a liberação da carga em favor do importador, para que esse então tome posse da carga e a ela de-
fina o destino para o qual a mesma foi importada.
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Consultoria aduaneira
3.1.1 Declaração de Importação ou Declaração Única 
de Importação.
A empresa responsável pela importação é a incumbida 
em submeter a carga de importação ao órgão fiscali-
zador (Receita Federal), justamente pela manifestação 
das informações da importação, junto ao Sistema Inte-
grado de Comércio Exterior – Siscomex.
Essa atividade será então a elaboração da Declaração 
de Importação, ou DUIMP, sendo possível à empresa im-
portadora, terceirizar o serviço de elaboração e registro 
desses documentos, ao Despachante Aduaneiro, profis-
sional este que realiza suas atividades profissionais, de 
acordo com os Artigos 808 a 810 do Decreto 6759/2009.
30
Consultoria aduaneira
Também é muito importante compreendermos que a Declaração de Importação está em vigor des-
de 1997, enquanto a DUIMP, somente havia sido disponibilizada para o uso de empresas certificadas 
junto ao Programa Internacional de Operador Econômico Autorizado, porém com previsão e que a 
partir de setembro de 2021, esteja também aberta para uso de todos os demais importadores.
Quanto a diferença entre uma e outra (DI e DUIMP), as questões relevantes, são notadamente 
em referência a DUIMP, a qual possui mecanismo de catálogo de produtos, com a possibilidade 
de que a empresa uma vez que realizou uma importação, nas próximas vezes poderá “importar” 
do catálogo de produtos os itens que novamente importará, permitindo assim maior agilidade 
operacional para empresas que não possuem sistema de informática que faça interface de dados 
com o Sistema Siscomex, e Portal Único de Comércio Exterior, que é onde as declarações acima 
citadas são registradas.
 
3.2 Observações Relacionadas ao Despacho Aduaneiro de Importação.
Muito considerável que tenhamos a compreensão de que como atuantes em empresas pratican-
tes das importações, nossa tarefa sempre parte do princípio de que quanto mais envolvidos nas 
questões operacionais das importações estivermos, melhores serão nossas condições de apre-
sentar soluções além e propor melhorias e enquadras as operações de importações, sob as condi-
ções mais viáveis para a empresa.
Entretanto, é necessário compreendermos que a relação da empresa importadora, com seus 
despachantes aduaneiros, requer total confiança além de constantes reuniões para ajustes ope-
racionais, visando o cumprimento de todos os requisitos legais determinados nas bases e fun-
damentos legais da Aduana Brasileira.
Já em relação à atuação do despachante aduaneiro, enfatizamos a necessidade de que esse profis-
sional esteja sempre ávido por “coisas novas”, isto é, a cada dia propenso a aprender novas práticas 
operacionais voltadas para o despacho aduaneiro, tendo em vista as mudanças nos aspectos téc-
nicos da legislação aduaneira, além de que na medida em que acompanha todas as etapas das ne-
gociações da importação, é possível saber quais ações terá que desempenhar no momento da che-
gada da carga ao Brasil, para desenvolver o melhor serviço de Despacho Aduaneiro de Importação.
31
Consultoria aduaneira
Receita Economia
Link 1 Link 2
Link 3
Salienta-se também que ao despachante aduaneiro, 
na grande maioria das vezes, cabe a ele o ato do Re-
gistro da Declaração de Importação, ou da Declara-
ção Única de Importação, por isso a importância de 
conhecer as observações e determinações constan-
tes na IN/RFB nº 680/2006, como também consultar 
ao Manual de Operações disponível no sítio da Re-
ceita Federal na internet.
A seguir, alguns links da Receita Federal, para lhe auxiliar nas elaborações das Declarações de 
Importação e Declarações Únicas de Importação.
Seria muito produtivo e importante para o seu crescimento e desenvolvimento profissional, se 
encontrasse um tempo para acessar esses links e desenvolvendo suas aptidões para elaborações 
das Declarações de Importações bem como das Declarações Únicas de Exportações.
http://www.receita.economia.gov.br
https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/aduana-e-comercio-exterior/manuais/despacho-de-importacao/sistemas/duimp
https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/aduana-e-comercio-exterior/manuais/despacho-de-importacao
https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/aduana-e-comercio-exterior/manuais/despacho-de-importacao/sistemas/siscomex-importacao-web/declaracao-de-importacao/funcionalidades/elaborar-uma-nova-solicitacao-de-di/preenchimento-da-di-1
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Consultoria aduaneira
Tratamento Administrativo 
das Importações
3.2.1 Tratamento Administrativo nas Importações.
Como responsáveis pelas práticas de importações na função que esteja desempenhando, é de in-
dispensável importância que o(a) caro(a) aluno(a), acresça ao método de trabalho, a formalização 
de consulta ao Tratamento Administrativo de Importação, fato muito relevante, pois de acordo com 
uma das principais legislações aduaneiras a Portaria da Secex nº 23/2011, as importações devem 
ser submetidas a esse procedimento anteriormente a entrada das mercadorias no territórionacional.
Essa submissão se revela ao fato de que de posse da Classificação Fiscal da Mercadoria, o Des-
pachante Aduaneiro, Analista ou Assistente de Importação, ou que exerça outra função relacionada 
à coordenação de atividades de importação, consulte ao referido procedimento, para entender se 
sua importação requer autorização prévia ao embarque da carga no exterior, ao que denomina-se 
“Anuência de Importação”, fato relacionado diretamente ao Conceito de Licenciamento de Importa-
ção, detalhado nos Artigos 12º a 15º da Portaria Secex nº 23/2011, acima descrita.
Ao obter a Classificação Fiscal da Mercadoria a ser importada, (tecnicamente definida como No-
menclatura Comum do Mercosul – NCM), o responsável pela importação irá então inserir tal infor-
mação no Sistema de Consulta ao Tratamento Administrativo das Importações, para então estar 
ciente de que sua importação está ou não autorizada automaticamente a embarcar, ou se depende-
rá do comentado no parágrafo anterior, que será a obtenção do Licenciamento de Importação a ser 
deferido por um órgão anuente responsável pela mercadoria (conforme a classificação fiscal desta).
Obs.: Ao lado disponibilizamos o link para aces-
so ao Tratamento Administrativo das Importa-
ções, com acesso público via internet. 
3.2.2 Licenciamento de Importação.
Ao realizar a consulta ao Tratamento Administrativo das Importações, (link acima), o responsável 
pela importação, saberá então se a mercadoria a ser importada poderá embarcar diretamente 
sem a necessidade de uma Licença de Importação, ou se deverá ser submetida à análise técnica de 
um órgão anuente, para que esse promova a análise técnica devida ao produto, e assim determine 
a autorização/anuência/deferimento para que a carga seja direcionada ao Brasil.
Importante considerarmos que há tipos de licenciamentos de importações que permitem o deferi-
mento do mesmo, após a chegada da carga ao Brasil, sendo que para estar ciente de que qual será a 
https://www4.receita.fazenda.gov.br/tratamento/private/pages/consulta_tratamento.jsf
33
Consultoria aduaneira
definição a ser dada ao tipo do licenciamento de importação, o responsável pelo mesmo, irá seguir 
os procedimentos definidos pelo órgão anuente do referido licenciamento, e considerando que ao 
consultar ao tratamento administrativo, caso se observe a necessidade de licenciamento de impor-
tação, será naquele momento da consulta ao Tratamento Administrativo, que o usuário saberá qual 
será o órgão anuente responsável por analisar seu Licenciamento de Importação. 
3.3 Aspectos Operacionais Exportação – Despacho Aduaneiro
Em relação aos procedimentos operacionais destinados às exportações necessitamos compreen-
der muito claramente, que não devemos tratar como “banal” a coordenação de uma carga de ex-
portação, pois a exemplo das importações, esse procedimento operacional também está sob o 
crivo de fiscalização da Receita Federal, e portanto, requer total aplicação de cuidados e cumpri-
mento às definições legais instituídas pela legislação aduaneira.
Atualmente a Instrução Normativa da Receita Federal nº 1702/2017 é a legislação aduaneira que 
disciplina o Despacho Aduaneiro de Exportação, sendo que independente do Incoterm praticado 
na venda ao exterior, caberá ao CNPJ da empresa brasileira, a responsabilidade por realizar o des-
pacho, para que sejam cumpridos todos os ritos operacionais definidos na legislação supracitada.
O exportador ou seu despachante aduaneiro inserirá no Sistema Integrado de Comércio Exterior, 
através do Portal Único de Comércio Exterior, as informações relacionadas ao Processo de Despa-
cho Aduaneiro de Exportação, sendo então de imensa importância que todos os requisitos rela-
cionados à correta descrição da mercadoria a ser exportada, bem como todas outras informações 
relacionadas à operação de venda internacional, possam ser imputadas ao Sistema Siscomex, Mó-
dulo de Exportação, para que o Despacho Aduaneiro possa ser realizado corretamente.
A seguir, apresentamos link de acesso a manuais e 
auxílio à obtenção de mais detalhes relacionados 
ao Despacho Aduaneiro de Exportação.
Receita Federal
https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/servicos/aduana/exportacao
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Consultoria aduaneira
TRIBUTAÇÃO
 
A tributação envolve as questões relacionadas às con-
tribuições dos importadores e exportadores brasilei-
ros, junto aos cofres públicos para cumprimento das 
obrigações tributárias previstas no Código Tributário 
Nacional, bem como na Constituição Federal.
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Consultoria aduaneira
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4.1 Tributação na Importação.
As importações estão submissas ao processo de Despacho de Importação conforme já obser-
vamos de acordo com a IN/RFB nº 680/2006, exatamente para que dentre outras questões a 
serem fiscalizadas, a Receita Federal possa observar e conferir a correta aplicação da forma de 
Recolhimento do Imposto de Importação, e dos demais presentes na Importação, sendo:
01
Imposto de Importação – II
O Decreto nº 6759/2009 em seu Artigo 69 
já apresenta a personificação jurídica para 
a ocorrência do Imposto de Importação (II) 
e até o Artigo 236 irão apresentar todas as 
formas técnicas presentes no trato opera-
cional a ser dado a esse que é o principal tri-
buto incidente nas importações brasileiras, 
bem como também apresenta as possibilida-
des de Suspensão, Isenção, Não Incidência e 
Imunidade para o referido tributo.
É necessário que os artigos citados acima 
sejam lidos para que possa ser obtida uma 
compreensão da importância quanto ao co-
nhecimento relacionado ao Imposto de Im-
portação, seja qual for a atuação profissio-
nal na área do Comércio Exterior.
Consultoria aduaneira
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Consultoria aduaneira
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Consultoria aduaneira
02
Imposto Sobre Produtos Industrializados – 
IPI.
O mesmo Decreto 6759/2009, do Artigo 237 
ao 248, apresenta as regras para aplicação 
do Imposto Sobre Produtos Industrializados 
(IPI) nas importações, também consideran-
do o decreto base do IPI, que é o de núme-
ro 7212/2010, esse apresentando todas as 
questões relacionadas ao referido tributo.
O IPI, a exemplo do Imposto de Importação, 
está detalhadamente apresentado no Decre-
to 6759/2009, Artigos 237 ao 248, aos quais 
orientamos a leitura para compreensão ma-
cro nos aspectos de operacionalização desse 
tributo nas importações.
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Consultoria aduaneira
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Consultoria aduaneira
03
Pis / Pasep e Cofins.
Os dois tributos Programa de Integração So-
cial (PIS)/Programa de Formação do Patri-
mônio do Servidor Público (PASEP) também 
estão presentes nas importações, podendo 
serem melhor compreendidos a partir do Ar-
tigo 249 ao 259 do Decreto nº 6759/2009, 
considerando que a exemplo dos outros dois 
vistos acima, também devem ser recolhidos 
pelo importador a favor da Receita Federal 
do Brasil.
04
Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e 
Serviços - ICMS.
Diferentemente dos quatro tributos observa-
dos anteriormente, os quais são recolhidos ao 
Fisco Federal, através da Receita Federal do 
Brasil, o Imposto sobre a Circulação de Merca-
dorias e Serviços (ICMS) será devido ao Esta-
do de Domicílio Fiscal do CNPJ Importador, de 
acordo com a Constituição Federal em seu Ar-
tigo 155, § 2º, alínea “a”, de forma que compe-
te ao estado onde o CNPJ estiver inscrito, ou 
que nele conste como presente, determinar as 
regras para recolhimento, bem como instituir 
as alíquotas de incidência, além dos benefícios 
operacionais para o não recolhimento.
38
Consultoria aduaneira
4.2 Do Pagamento dos Tributos.
Os impostos incidentes na importação, de competência da União (Governo Federal), devem ser 
recolhidos de acordo com o Artigo 11º da IN/RBF nº 680/2006, por meio de débito automático em 
conta corrente definida pelo importador, no ato do Registro da Declaração de Importação ou De-
claração Única de Importação, enquanto o ICMS será recolhido por meio de emissão de Guia de Re-
colhimento Estadual, a variar conforme o estado onde o importador estiver sediado,como também 
sendo possível o recolhimento através de Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais 
(GNRE) desde que esse último formato, seja aceito pelo estado correspondente ao CNP importador.
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CONTROLE ADUANEIRO
Já o Controle Aduaneiro é o exercício da função de ór-
gão fiscalizador atribuído a Receita Federal do Brasil, 
órgão vinculado ao Ministério da Economia, o qual de-
senvolve em todo o território nacional, o trabalho de 
fiscalizar as atividades das empresas que se propõem 
a praticar o Comércio Exterior, seja importando ou ex-
portando bens, mercadorias e serviços, além de outras 
atribuições pertinentes a sua funcionalidade.
40
Consultoria aduaneira
Todas as importações e exportações estão sub-
missas ao controle aduaneiro de acordo com as 
especificações pertinentes a cada uma delas, 
conforme observamos nos tópicos anteriores, 
relacionados ao despacho aduaneiro tanto nas 
importações quanto nas exportações.
Como órgão fiscalizador das atividades de co-
mércio exterior das empresas brasileiras, a 
Receita Federal é a responsável pelo controle 
aduaneiro no Brasil, de forma que em todas 
as alfândegas do país, é possível encontrar a 
presença da aduana, representada pela Recei-
ta Federal, exatamente para que as atividades 
logísticas relacionadas às entradas e saídas de 
mercadorias do território nacional, possam 
ser averiguadas e fiscalizadas por aquele ór-
gão federal.
41
Consultoria aduaneira
REGIME
ADUANEIROS ESPECIAIS
A prática do comércio exterior no Brasil, conforme ana-
lisamos até aqui no presente conteúdo, é normatizada 
pela Coana e fiscalizada pela Receita Federal do Brasil.
Todas as atividades de importação ou exportação de-
vem seguir as normas e diretrizes operacionais pre-
sentes nas legislações disponibilizadas pelos órgãos 
citados, de forma que ao se realizar uma operação de 
comércio exterior, a empresa brasileira esteja agindo de 
acordo com as regras aduaneiras do país.
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Consultoria aduaneira
Dentre essas regras aduaneiras, constam as formas de se praticar importações e exportações, 
isto é, as várias condições para que uma mercadoria adentre ao território nacional (importação), 
ou dele saia (exportação).
As empresas podem optar por condições que melhor se enquadrem em suas estruturas operacio-
nais para a prática de importações e exportações, bastando a leitura, análise e compreensão das 
regras aduaneiras na sua essência.
Dentre essas regras, dispõem-se os Regimes Especiais Aduaneiros que são mecanismos legais e 
portanto, disponíveis na Legislação Aduaneira, que permitem a importadores e exportadores rea-
lizar seus negócios de comércio exterior de forma prática e planejada.
O autor João Alfredo Lopes Niegray, em sua obra “Legislação Aduaneira, Comércio Exterior e Ne-
gócios Internacionais”, apresenta uma definição muito clara sobre Regimes Especiais Aduaneiros, 
“... De acordo com Luz (2010), os regimes aduaneiros especiais 
são aqueles nos quais há suspensão de exigibilidade dos tributos. 
Para Meira (2012, p. 344), são regimes distintos do regime comum 
de importação e de exportação em decorrência de incentivos fis-
cais concernentes aos impostos sobre o comércio exterior e de 
controle aduaneiro em relação aos bens objeto da operação”. 
Folloni (2005, p. 184) ressalta que, além da diferenciação tribu-
tária os regimes aduaneiros especiais implicam distinções “tam-
bém no que diz respeito à Fiscalização Aduaneira dos produtos 
que entram e saem do território nacional”, interferindo, assim, 
“na operacionalização administrativa da importação e da expor-
tação” (NIEGRAY, 2016, p. 163).
O primeiro Regime Especial Aduaneiro que analisaremos será:
6.1 Trânsito Aduaneiro
O Regime Especial Aduaneiro de trânsito aduaneiro pode ser utilizado tanto na importação, quanto 
na exportação, vejamos então seu conceito teórico, para uma melhor compreensão, logo conside-
rando que o beneficiário do Regime Aduaneiro Especial será o importador ou exportador brasileiro.
“
43
Consultoria aduaneira
I Conceito
O Decreto-Lei nº 37/1966 em seu Artigo 73 define o Trânsito Aduaneiro como sendo:
“Art.73 - O regime de trânsito é o que permite o transporte de 
mercadoria sob controle aduaneiro, de um ponto a outro do terri-
tório aduaneiro, com suspensão de tributos.
Parágrafo único. Aplica-se, igualmente, o regime de trânsito ao 
transporte de mercadoria destinada ao exterior”. 
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/
Del0037.htm
Na prática significa compreender a seguinte operacionalização para utilização do Regime Adua-
neiro Especial de Trânsito Aduaneiro.
a) Trânsito Aduaneiro na Importação
Ao realizar uma importação, na chegada da carga ao porto, aeroporto ou fronteira terrestre, 
definidos como Zona Alfandegária Primária pelo Decreto nº 6.759/2009, o importador tem a 
possibilidade de requerer que essa mercadoria seja removida para um Recinto Aduaneiro em 
Zona Alfandegária, que de acordo com o mesmo Decreto nº 6.759/2009, compreende todo 
o restante do território nacional, além dos portos, aeroportos e fronteiras terrestres, sendo 
que essa remoção de uma dessas Unidades de Zona Alfandegária Primária, para outro Recin-
to Aduaneiro de Zona Alfandegária Secundária, deve ocorrer mediante solicitação do Impor-
tador a Receita Federal.
Ao chegar em Zona Alfandegária Primária, a mercadoria após ser autorizada pela Receita Federal 
presente nesta Zona Alfandegária Primária (porto, aeroporto, ou fronteira terrestre) será libera-
da para trânsito aduaneiro até uma alfândega estabelecida em Recinto Aduaneiro de Zona Alfan-
degária Secundária, que vem a ser um Centro Logístico Integrado Aduaneiro (CLIA), definido pela 
portaria da extinta Secretaria da Receita Federal nº 967/2006, o qual se configura em um espaço 
físico estruturado com pátio, armazém e demais estruturas físicas capazes de atender a dispo-
nibilidade de postos fiscais dos órgãos fiscalizadores da Aduana Brasileira, com destaque para a 
Receita Federal do Brasil, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 
Essa remoção da carga importada até o Recinto Aduaneiro de Zona Alfandegária, será realizado 
por uma transportadora devidamente habilitada junto a Receita Federal para executar tal pro-
cedimento.
“
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del0037.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del0037.htm
44
Consultoria aduaneira
O transporte será realizado com a suspensão do recolhimento dos tributos incidentes na impor-
tação, para que seu recolhimento ocorra na chegada da carga ao Recinto Aduaneiro de Zona Al-
fandegária Secundária no momento do Registro da Declaração de Importação, que é o principal 
documento de instrução de Despacho Aduaneiro para a Receita Federal, documento esse elabo-
rado pelo importador, ou por seu representante legal, conforme a IN/RFB nº 680/2006 e IN/RFB nº 
2.002/2020.
A IN/RFB nº 1.918/2019 concede as orientações para realização do trânsito aduaneiro, inclusive 
fornecendo a normatização necessária para as transportadoras desejosas em habilitar seus CNP-
Js para prestação desse serviço junto a importadores.
b) Trânsito Aduaneiro na Exportação
Nas exportações brasileiras a empresa terá a opção de direcionar a carga com destino ao ex-
terior através de um Centro Logístico Integrado Aduaneiro (CLIA) para que nele se efetive o 
início do trânsito aduaneiro, no qual a Receita Federal processará o Despacho Aduaneiro de 
Exportação previsto na Instrução Normativa nº 1.702/2017; para que daquele Recinto Alfande-
gado seja removida via Trânsito Aduaneiro até o Ponto de Saída para o Exterior, que será uma 
Zona Alfandegária Aduaneira, porto, aeroporto, ou fronteira terrestre, onde a carga chegará já 
desembaraçada para a exportação.
II Fundamento Legal
Embora tenhamos comentado sobre a fundamentação legal para a operacionalizaçãodo Regime 
Aduaneiro Especial de Trânsito Aduaneiro nos subtemas acima, enfatizamos neste momento os 
principais pontos da legislação aduaneira praticável sobre o Regime Especial Aduaneiro em ques-
tão, com destaque para as seguintes normas legais:
IN/RFB nº: 1.918/2019.
IN/RFB nº: 1.702/2017.
IN/RFB nº: 680/2006.
N/RFB nº: 2.002/2020.
Decreto-Lei nº 37/1966.
Decreto nº 6.759/2009.
45
Consultoria aduaneira
III Vantagens e Desvantagens
A utilização do Regime Especial Aduaneiro Trânsito Aduaneiro permite uma clara compreensão 
de que se opta por sua prática, a empresa estará em busca de um artifício legal que lhe conceda 
comodidade na operação logística, portanto as vantagens são desde transferência da carga para 
um Recinto Aduaneiro geograficamente mais próximo da organização, além de poder optar pela 
condição de negociar valores de armazenagem (período em que a carga importada ou a ser expor-
tada permanece no Recinto Aduaneiro), com as empresas administradoras dos CLIAs.
Difícil elencar alguma desvantagem no uso desse Regime Especial Aduaneiro, pois para não incor-
rer em nenhuma, basta ao importador ou exportador brasileiro, não o utilizar. 
6.2 Entreposto Aduaneiro
Outro mecanismo de estratégia operacional disponível para as empresas atuantes no comércio 
exterior brasileiro é o Entreposto Aduaneiro sendo também uma importante ferramenta para 
planejamento estratégico dos importadores e exportadores brasileiros.
I Conceito.
II Entreposto Aduaneiro na Importação.
“... O Regime de Entreposto Aduaneiro na importação permite 
que mercadorias sejam depositadas em local determinado e sob 
controle fiscal, com suspensão do pagamento de tributos.
As operações serão conduzidas sem cobertura cambial, exceto 
quando o produto importado for destinado à exportação. Nesse 
caso, a importação terá cobertura cambial ...”.
Fonte: SEGRE, German. Manual Prático de Comércio Exterior. São Paulo: Atlas, 2012. 
Na prática o Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Aduaneiro compreende a importação de 
determinada quantidade de mercadorias, a qual o importador manterá alfandegada, isto é, armaze-
nada em um Recinto Aduaneiro Habilitado para operar o referido Regime junto a Receita Federal.
O tempo de permanência será de até um ano (a partir do desembaraço da Declaração de Impor-
tação de Admissão ao Regime registrada no Siscomex), prorrogável por igual período, desde que 
solicitada pelo Importador a Receita Federal, antes do vencimento do primeiro ano, e por razões 
“
46
Consultoria aduaneira
especiais, podendo ser prorrogada por período de até 3 anos (vide Decreto nº 6.759/2009, Artigo 
408, Parágrafo 1º).
Na medida em que as mercadorias são vendidas, o importador recolhe os tributos relativos à quan-
tidade vendida, até que totalize a quantidade importada, desde que no prazo legal, visto acima.
 
I.II Entreposto Aduaneiro na Exportação.
“... Da mesma forma que algumas mercadorias importadas, algu-
mas mercadorias destinadas à exportação também podem ficar 
entrepostadas ...”.
Fonte: NYEGRAY, João Alfredo Lopes. Legislação Aduaneira: Comércio Exte-
rior e Negócios Internacionais. Curitiba: Intersaberes, 2016.
O Regulamento Aduaneiro editado no Decreto nº 6.759/2009, parágrafo 1º, apresenta as duas 
modalidades desse Regime entre Comum e Extraordinário, sendo a primeira delas aquela em que 
o exportador mantém mercadorias destinadas à exportação, em Armazém de Uso Público, nor-
malmente em um CLIA, com suspensão dos tributos, para serem destinadas ao exterior a partir 
do momento em que a venda seja concretizada.
“
47
Consultoria aduaneira
Já a segunda, a qual envolve o Regime de Entreposto Aduaneiro na Modalidade Extraordinária, 
permite o armazenamento de mercadorias destinadas à exportação em local/armazém de uso pri-
vativo, com suspensão dos tributos, antes do embarque para o exterior, entretanto será permiti-
do apenas a empresa qualificada como Comercial Exportadora, conforme a Instrução Normativa 
da Receita Federal nº 241/2002; Decreto nº 6.759/2009, Artigo 410, Parágrafos 1º, 2º e 3º; Decre-
to-Lei nº 1.475/1976, Artigo 10º, Parágrafo 1º.
I.III Regime de Entreposto Industrial sob Controle Aduaneiro Informatizado – Recof.
O Decreto nº 6.759/2009, em seu Artigo 420, define esse Regime Especial Aduaneiro, como sendo:
“... O Regime de Entreposto Industrial sob Controle Aduaneiro In-
formatizado – Recof, é o que permite à empresa, importar com 
ou sem cobertura cambial, e com suspensão do pagamento dos 
tributos, sob controle aduaneiro informatizado, mercadorias que, 
depois de submetidas a operação de industrialização, sejam des-
tinadas à exportação...”.
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6759.htm
II Fundamento Legal
Orientações legais para aplicação do Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Aduaneiro podem 
ser encontradas na IN/RFB nº 241/2002, no Decreto nº 6.759/2009 e no Decreto-Lei nº 1.455/1976, 
sendo essas as principais fundamentações legais, as quais ao serem consultadas, poderão dire-
cionar à leitura de outras fundamentações legais complementares.
III Vantagens e Desvantagens
A operacionalização do Regime Aduaneiro Especial Entreposto Aduaneiro permite vantagens as 
empresas, na medida em que permite, por exemplo, a importação de grande quantidade de mer-
cadorias, sem que necessariamente os tributos incidentes na importação (Imposto de Importa-
ção, IPI, PIS-PASEP, Cofins e ICMS), sejam recolhidos integralmente, isto é, a importação pode 
ocorrer sem que ocorra desembolso de caixa para recolhimento destes tributos para toda a car-
ga importada, tendo em vista que a tributação na importação, somente irá ocorrer proporcional-
mente às quantidades vendidas ou comercializadas no prazo de vigência do regime, conforme 
visto anteriormente.
“
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6759.htm
48
Consultoria aduaneira
Na prática significa dizer, por exemplo, que uma empresa ao importar 2000 unidades de pares de sa-
patos para revenda, mantém essa quantidade armazenada em um armazém de uso público - (CLIA) 
- sem recolher nenhum imposto, mediante o desembaraço da Declaração de Admissão ao Regime 
Aduaneiro, que é um documento elaborado no Siscomex, pelo importador, ou seu representante 
legal (despachante aduaneiro), no qual consta a quantidade total de mercadorias importadas.
Tendo ocorrido esse desembaraço aduaneiro, que é de fato a liberação da Receita Federal para 
continuidade e utilização do Regime Especial de Entreposto Aduaneiro, o importador poderá en-
tão efetivar as vendas de seus produtos importados, digamos que tenha vendido 150 pares de 
sapatos, 28 dias após este desembaraço aduaneiro ter ocorrido, então irá recolher os tributos 
incidentes na importação, sobre o valor aduaneiro referente a esses 150 pares de sapatos, e as-
sim o fará até que as 2000 unidades de pares, sejam totalmente vendidas, e tributadas conforme 
as vendas ocorrerem, sempre lembrando do cumprimento do prazo de um ano, prorrogável por 
igual período, e em situações justificáveis, podendo ser prorrogável por até 3 anos, pela Receita 
Federal do Brasil.
Nesse contexto, as principais vantagens são a não utilização de fluxo de caixa da empresa para 
recolhimento de tributos integrais sobre a carga importada, pois a tributação somente ocorrerá 
conforme as vendas forem acontecendo.
Como desvantagem apenas pode-se dizer que se por acaso não ocorrerem vendas no período da 
vigência do regime, o importador deverá antes do término do mesmo, nacionalizar a carga impor-
tada, ou seja, recolher a totalidade dos tributos incidentes na importação, e se tal procedimento 
ocorrer após a vigência do prazo do regime, esse recolhimento será acompanhado de multas e 
juros legais.
6. 3Drawback Integrado
O Regime Aduaneiro Especial de Drawback é o que permite a importação com suspensão de tri-
butos incidentes na importação de insumos, matéria-prima ou material de embalagem para se-
rem empregues na produção de bens e mercadoriasdestinados à exportação.
I Drawback Suspensão
Ocorrerá com a suspensão do recolhimento dos tributos incidentes na importação (Imposto de 
Importação, IPI, PIS-PASEP, Cofins e ICMS, e ainda Taxa de Marinha Mercante “AFRMM”1 essa úl-
tima incidente apenas nas importações pelo modal aquaviário marítimo), sendo que os materiais 
importados deverão ser empregues em processo de industrialização de mercadorias e bens a se-
rem destinados à exportação, de forma que isso ocorra em até um ano a partir da importação, 
para que a suspensão dos tributos possa ser de fato compensada, pela execução da exportação, 
venda ao exterior.
1 AFRMM – Adicional sobre o Valor do Frete Internacional Marítimo, aplicada ao percentual de 25% sobre 
este valor de frete, que deverá ser recolhida pelo Importador Brasileiro a Receita Federal do Brasil. Legislação: Lei nº 
10.893/2004.
49
Consultoria aduaneira
II Drawback Isenção
A utilização desta modalidade de Drawback ocorrerá para substituição de estoque empregue 
no processo de industrialização, em relação a insumos que tenham sido empregues na produção 
de bens e mercadorias exportados, ou seja, a diferença entre esta modalidade (isenção), e a que 
observamos anteriormente (suspensão), é que neste caso presente, a empresa utiliza insumos, 
matérias-primas, e/ou material de embalagem, na fabricação de bens e mercadorias destinados à 
exportação, porém sobre os quais tenha ocorrido a tributação.
Então, como a utilização desses insumos foi destinada a produção de bens destinados à exporta-
ção, a empresa tem o direito de requerer a possibilidade de importar quantidade, e similares in-
sumos, sem o recolhimento de tributos, pois a exportação de bens produzidos a partir daqueles 
insumos, já ocorreu.
Importante dado nesta modalidade, é que o referido benefício fiscal (isenção) pode ser solicitado 
apenas para insumos, matérias-primas ou materiais de embalagens, que tenham sido importados 
no máximo até 2 anos anteriores a data da efetiva exportação, por isso a necessidade de uma 
organização administrativa muito eficiente, especialmente na parte documental das empresas 
importadoras e exportadoras, para que a qualquer tempo possam se valer dos documentos em 
plena ordem.
III Conceito
Como Conceito do Regime Aduaneiro Especial de Drawback, o Decreto nº 6.759/2009, em seu Ar-
tigo 383, define que se trata de um incentivo às exportações.
Criado em 1966 pelo Decreto-Lei nº 37, o Regime Aduaneiro Especial de Drawback, (excluir a 
vírgula) é o que permite às empresas exportadoras, a possibilidade de ganhos competitivos no 
exterior, pois seu processo produtivo será desonerado de tributação, permitindo assim a prática 
de preços de venda no exterior compatíveis com os praticados por empresas estrangeiras, 
tornando o produto brasileiro atrativo ao mercado internacional.
50
Consultoria aduaneira
IV Aplicação
A parte operacional do Regime Aduaneiro Especial de Drawback compreende a abertura de um 
Ato Concessório de Drawback a ser visto em subtemas subsequentes, em Sistema Eletrônico do 
Ministério da Economia específico para esta finalidade e deverá ocorrer sempre antes da realiza-
ção da importação, no caso da Modalidade de Drawback Suspensão.
Esse documento denominado Ato Concessório de Drawback será formulado pelo Importador ou 
seu Representante Legal, Despachante Aduaneiro, requerendo a Secretaria de Comércio Exte-
rior – SECEX, o direito de importar insumos, matérias-primas e/ou materiais de embalagens, com 
a Suspensão do Recolhimento dos Tributos, mediante o compromisso firmado em Termo de Res-
ponsabilidade neste documento Ato Concessório, de que no prazo de até 1 ano, deverá compro-
var a exportação de bens ou mercadorias que tenham utilizado em seu processo produtivo, os tais 
produtos importados sem o recolhimento dos tributos.
V Benefícios Fiscais
A suspensão do recolhimento dos impostos incidentes na importação, a saber: Imposto de Impor-
tação, IPI, PIS-PASEP, Cofins e ICMS, e ainda Taxa de Marinha Mercante “AFRMM”, esta última ape-
nas nas importações realizadas pelo modal aquaviário e marítimo.
A isenção do recolhimento desses impostos incidentes na importação, para reposição de estoque 
de insumos, matérias-primas, e/ou materiais de embalagens, empregues na produção de bens e 
mercadorias exportados, desde que a reposição seja por importação, ou aquisição no mercado 
interno, ocorra em no máximo 2 anos após a realização da exportação devidamente comprovada, 
através de laudo de fabricação e desembaraço da Declaração Única de Exportação junto a Receita 
Federal do Brasil.
VI Solicitação do Pedido de Drawback
A empresa interessada em operar o Regime Aduaneiro Especial de Drawback irá formular pedi-
do de abertura de Ato Concessório de Drawback, por meio da internet, utilizando o Certificado 
Digital de acesso aos Sistemas de Comércio Exterior, amparados pelo Siscomex, dentre eles, o 
módulo destinado à Gestão do Drawback com acesso pelo link:
Siscomex
https://siscomexc.desenvolvimento.gov.br/Drawback_Amarelo/drawback_menu.do
51
Consultoria aduaneira
Essa solicitação como participante do Regime Aduaneiro Especial Drawback será feita, portanto, 
anteriormente à realização da Importação no caso de Drawback na Modalidade Suspensão, para 
que no momento em que a Importação desembarcar no Brasil o Importador goze do Benefício 
Fiscal de não recolher tributos incidentes na Importação, comprometendo-se a aplicar tal impor-
tação, em processo de industrialização de bens e mercadorias que serão destinados à exportação.
A solicitação será eletrônica (vide link citado acima), mediante o fornecimento de dados prévios e 
previstos quanto as quantidades de matéria-prima a ser importada, bem como de bens e merca-
dorias a serem exportados, devendo haver uma relação técnica entre a classificação fiscal (NCM 
- Nomenclatura Comum do Mercosul) da importação com a que será utilizada na exportação para 
que, de fato, fique comprovada a aplicação da importação sem tributação, ao processo de indus-
trialização com a finalidade de exportação.
VII Controle do Drawback
Caberá tão somente à empresa importadora e exportadora, o controle administrativo do Ato 
Concessório de Drawback, devendo existir uma coesa participação de todos os departamentos 
da(s) empresa(s) envolvidos no processo desde a compra, passando pelas fases de produção, até 
a venda ao exterior (exportação).
Tal controle necessita de tamanha organização documental, pois compreende o efetivo de todos 
os registros desde entrada em estoque, valores envolvidos na importação, quantidades aplicadas 
na industrialização, resultados obtidos na produção, pois todas as informações serão apresen-
tadas a Receita Federal no momento do Encerramento/Baixa do Regime Aduaneiro Especial de 
Drawback, para que a partir desse momento, a empresa fique de fato desobrigada quanto aos tri-
butos incidentes na importação, e que ela não os recolheu exatamente por ter requerido o direito 
à suspensão mediante o compromisso de apresentar uma contrapartida, que seria a exportação 
de bens e mercadorias produzidas, ou transformadas, com a utilização do houvera sido importa-
do sem tributação.
52
Consultoria aduaneira
VIII Baixa do Regime Aduaneiro Especial de Drawback
Após o processo de importação ter ocorrido, bem como a produção dos bens e/ou mercadorias 
ter sido finalizados com a exportação dos mesmos, deverá ser solicitada a Secex, a baixa do Ato 
Concessório de Drawback, para que o processo seja concluído, isto é, encerrado e o CNPJ impor-
tador esteja desobrigado de fato quanto a tributação que teria incidido na importação, caso essa 
houvesse ocorrido sem a utilização do Regime Aduaneiro Especial de Drawback.
O pedido da Baixa do Ato Concessório de Drawback, a exemplo do pedido de abertura, se dará de 
forma eletrônica, podendo haver a apresentação de documentos via upload em extensões PDF 
para que a Secex receba os documentos, como laudo técnico de produção, onde se demonstre 
tecnicamente a aplicaçãodo que fora importado, ao que fora exportado, havendo a necessidade 
de comprovação técnica quanto a relação entre a importação e a exportação, que na prática nada 
mais é, que comprovar que o que foi importado sem recolhimento de impostos, foi de fato utili-
zado para fabricar, transformar ou embalar bens e mercadorias exportados, sempre com muita 
atenção aos prazos mencionados ao longo deste tema.
53
Consultoria aduaneira
Observações Especiais sobre o Drawback
Permite-se a prática do Drawback entre duas empresas, 
podendo uma delas ser a importadora de insumos, ma-
térias-primas e/ou materiais de embalagens, para que 
após o desembaraço de importação sem o recolhimento 
de tributos (Drawback Suspensão), revenda esses para 
uma terceira empresa que realizará a industrialização 
dos bens e mercadorias a serem exportados, portan-
to havendo o compartilhamento de responsabilidades, 
quando a empresa importadora se compromete a im-
portar sem recolher tributos, mediante o compromisso 
54
Consultoria aduaneira
formal com a empresa exportadora, de que ao finalizar o processo de industrialização, obrigato-
riamente empregará os bens e mercadorias produzidos a partir do que fora importado, em ven-
das ao exterior, isto é exportação.
Nesse caso, a empresa exportadora, será a responsável por solicitar a baixa do Ato Concessório 
de Drawback, após o processo de industrialização e exportação, sempre também respeitando o 
prazo de um ano para exportar, a partir do desembaraço da importação, com prorrogação de pra-
zo por igual período, desde que tal solicitação ocorra durante a vigência desse primeiro ano.
IX Fundamentação Legal do Regime Aduaneiro Especial de Drawback
O Decreto-Lei nº 37/1966 é o criador do Regime no Brasil, tendo sido futuramente validado pelo 
Decreto nº 6.759/2009, além de outras Instruções Normativas e Leis que versam sobre o tema de 
maneira específica, a variar conforme a utilização do Regime Aduaneiro Especial de Drawback. 
55
Consultoria aduaneira
55
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INFRAÇÕES E PENALIDADES 
ADUANEIRAS
A prática do comércio exterior requer estudo, organização, 
dedicação ao aprendizado, disponibilidade de tempo, além de 
outros requisitos que podem variar de acordo com o formato 
dos negócios, mas em qualquer deles é fundamental a busca 
pelo conhecimento técnico seja nas importações, como tam-
bém nas exportações.
56
Consultoria aduaneira
Esse conhecimento técnico diz respeito à avidez do profissional do comércio exterior pelo estudo 
das fundamentações legais, isto é, das normas aduaneiras presentes sobre os processos de im-
portação e exportação nos quais esteja envolvido(a).
Recomendamos muito que a legislação aduaneira citada nesta apostila, seja na medida do possí-
vel, anotada, e marcada de forma que seja possível ao Profissional de Comércio Exterior, a leitu-
ra sempre que necessária, acompanhada de boas referências bibliográficas e fontes de consulta 
técnica atualizada. 
As infrações e penalidades aduaneiras ocorrem sempre que realizamos uma importação ou ex-
portação, contrariamente a algum requisito determinado exatamente pela legislação aduaneira, 
a qual seja instrutiva ao trabalho que estamos realizando, por exemplo:
Para as Importações, é fundamental que tenhamos sempre à disposição para a leitura a IN/RFB nº 
680/2006, o Decreto nº 6.759/2009. E para as exportações, especialmente a IN/RFB nº 1.702/2017, 
além de todas as que observamos ao longo desta apostila, pois a cada processo de importação 
e ou exportação, dúvidas podem surgir e a legislação aduaneira referida sobre o tema de nossa 
prática (importação ou exportação) é que elucidará dúvidas e minimizará a possibilidade de incor-
remos em infrações aduaneiras.
As infrações são falhas técnicas ou mesmo in-
tencionais, praticadas por importadores, ex-
portadores ou seus representantes legais, ao 
executarem alguma função no Siscomex, na 
importação ou na exportação, de forma que 
fique caracterizada a prática de ato contrário 
ao determinado pela legislação aduaneira, e 
essa contrariedade será manifestada pela Re-
ceita Federal (quando de ofício em ato de fis-
calização). Ou também podendo ser manifes-
tada de forma espontânea pelo praticante da 
infração, ao órgão fiscalizador mediante apre-
sentação de documentos pelos meios disponí-
veis de comunicação com esses órgãos sendo 
na maioria das vezes, o Portal Único do Sisco-
mex e o e-CAC.
Siscomex 
e-CAC
https://www.portalunicosiscomex.gov.br
https://cav.receita.fazenda.gov.br/autenticacao/login
57
Consultoria aduaneira
 7.1 DISTINÇÃO ENTRE INFRAÇÕES ADUANEIRAS E TRIBUTÁRIAS.
O Decreto nº 6.759/2009 no Artigo 673 define que “... Constitui 
infração toda a ação, voluntária, ou involuntária, que importe ino-
bservância por parte de pessoa física ou jurídica, de norma esta-
belecida ou disciplinada nesse Decreto ou em Ato Administrativo 
de caráter normativo, destinado a completá-lo...”. 
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6759.htm
Ainda utilizando como fonte de estudo o próprio órgão normativo, a Receita Federal, vejamos a 
definição em relação à ocorrência da infração aduaneira.
“Constitui infração toda ação ou omissão, voluntária ou involun-
tária, que importe inobservância, por parte de pessoa física ou ju-
rídica, de norma estabelecida ou disciplinada na legislação adua-
neira vigente”.
A responsabilidade por infração independe da intenção do agente ou do responsável e da efetivi-
dade, da natureza e da extensão dos efeitos do ato, salvo disposição expressa em contrário.
Respondem pela infração:
Conjunta ou isoladamente, quem quer que, de qualquer forma, concorra para sua prática ou 
dela se beneficie;
A pessoa física ou jurídica, em razão do despacho que promova, de qualquer mercadoria;
Entre outros.
Fonte: https://receita.economia.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais/remessas-postal-e-expressa/topicos/Infracoes_e_penalidades
As infrações aduaneiras são as práticas de atividades operacionais em processos de importações 
ou exportações, nas quais ocorram descumprimentos de normas legais definidas em ato normati-
vo, por exemplo, o Regulamento Aduaneiro (Decreto nº 6.759/2009) ou as Instruções Normativas 
publicadas pela Receita Federal do Brasil, além de Portarias da Secex (Secretaria de Comércio 
Exterior), bem como de outros atos normativos de outros órgãos ou do próprio Poder Executivo.
“
“
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6759.htm 
https://receita.economia.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais/remessas-postal-e-expressa/topicos/Infr
58
Consultoria aduaneira
Tais infrações dizem respeito, por exemplo, a não manifestação de carga em recinto alfandegário 
em momento determinado pela Receita Federal para exercício de fiscalização, extravio de carga 
em Recinto Alfandegado, descrição inexata, incompleta ou errada de mercadoria importada, ou 
a ser exportada; ou ainda, a outros descumprimentos de normas definidas em atos específicos 
da legislação aduaneira, que obviamente tenha direta ligação com o fato em si, seja carga de im-
portação, ou exportação, ou ainda atos administrativos relativos a prestação de informações por 
parte da empresa importadora ou exportadora brasileira, perante o fisco federal, diga-se Receita 
Federal do Brasil.
As Infrações Tributárias são as faltas cometidas pelo importador, exportador ou seu representan-
te legal (despachante aduaneiro), no que diz respeito à tributação incidente em processos de im-
portação ou exportação, por exemplo, quando a empresa ao importar determinada mercadoria 
comete um erro técnico de classificação fiscal (NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul), sendo 
que esse erro provoque um aumento de tributos em relação às alíquotas a serem aplicadas na cor-
reção da NCM, caracterizando portanto uma infração tributária, fato que gerou o chamado Dano 
ao Erário, isto é, recolhimento do tributo menor que o valor devido, prejudicando a arrecadação 
tributária (Dano ao Erário).

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