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PBO1 Educação Histórica

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Goiás, 14 de dezembro de 2021
Curso: Licenciatura plena em História
Disciplina: Didática da História II
Docente: Euzébio Fernandes de Carvalho
Discente: Carlos Vinícius Soares Costa 
PBO1: Educação Histórica
A Educação Histórica reconhece as ideias e os processos de aprendizagem dos alunos. Entretanto, os próprios educandos podem ampliar sua capacidade de construção e explicações históricas. Com isso, de acordo com a Educação Histórica, é de suma importância compreender como o aluno pensa, e nesse sentido que Rüsen (1987) menciona que é preciso fazer uma investigação dos conceitos trazidos por eles. 
Convém ressaltar que a Educação Histórica vem cada vez mais ganhando legitimidade em todo o mundo. “Isso se deve em grande parte ao que Jörn Rüsen (1987) vai denominar de uma grande “mudança de paradigmas” nos estudos de História da Alemanha Ocidental, que a partir dos anos sessenta nortearão transformações em todo o mundo.” (MOURA, 2011, p.01). Assim podemos levantar o seguinte questionamento: Como a Educação Histórica se estruturou?
Surgiu no Brasil a partir do ano de 2000, em interação com as reformulações para o ensino de História na Inglaterra, Alemanha e Portugal, desde fins do século XX, um novo pressuposto teórico-metodológico nominado por Educação Histórica. Nesse contexto, a Educação Histórica vem sendo pesquisada a partir de núcleos acadêmicos e pesquisadores organizados em laboratórios de ensino, assim como na Universidade Federal do Paraná.
Portanto, a Educação Histórica se estruturou como novas formas de sistematizar o aprendizado das ideias históricas, assim como consequentemente, foram lançados novos parâmetros para a formação de professores. Schmitd (2014) ressalta a Educação Histórica como um novo campo de pesquisa que se insere no domínio específico da Didática da História, considerada como uma disciplina especializada, com debates teóricos e métodos de pesquisa próprios. 
É de suma importância destacarmos as principais características do campo da Educação Histórica. A Educação Histórica apresenta, como proposta o aprendizado a partir da formação da consciência histórica como objeto e objetivo da didática da História e, particularmente, da aprendizagem histórica. Schmidt (2014) explicita que a consciência histórica passa a ser uma categoria que serve para a autoexplicação da História como disciplina escolar. 
No Brasil, os estudos relacionados à Educação Histórica desenvolvem-se incorporando conceitos da Didática da História, fundamentando-se em muitas das concepções de Jörn Rüsen (FÁTIMA e ROSA, 2020). Rüsen descreve a consciência histórica, como o modo pelo qual a relação dinâmica entre experiência do tempo e intenção no tempo se realiza no processo da vida humana, ou seja, é a experiência de desenvolvimento no espaço e no tempo, o que permite o homem compreender o que ele é ou foi de acordo com a dimensão da História. 
A Educação Histórica contribuiu para ensino/aprendizagem da história na Educação Básica de forma que nos ajuda a perceber a história a partir do nexo entre o passado, presente e futuro, e não apenas nas perspectivas daquilo que já ocorreu ou da mera informação que temos dos fatos passados. Um saber só se concretiza se ele fizer a diferença na capacidade do sujeito de agir no mundo, ou seja, é necessário um ensino de história capaz de ajudar o aluno a abrir novas portas para a sua capacidade de pensar, definir e atribuir sentido ao tempo. 
Outra contribuição crucial é que a Educação Histórica auxilia o professor a abandonar o pressuposto de que aprender História é acumular conhecimentos ou apenas dotar o aluno de informações e demonstrar bom senso em relação às questões do passado (FÁTIMA e ROSA, 2020). A Educação Histórica teve um impacto tão grande no processo de ensino e aprendizagem da história na educação básica que a “Educação Histórica tem diagnosticado um conjunto apreciável de ideias de alunos em História, exploradas em situações de aprendizagem.” (MOURA, 2011, p.08) e nesse sentido que a partir do conhecimento das idéias iniciais dos alunos sobre a História, e suas concepções prévias, e que o professor é capaz de promover debates acerca de um determinado conteúdo histórico que se aproxime da realidade dos alunos, gerando interesse e facilitando a produção de sentido por parte dos mesmos (MOURA, 2011). 
Em virtude dos fatos mencionados, conclui-se que é preciso que o professor tenha condições de ensinar a pensar historicamente a partir do entendimento da criança dos múltiplos tempos e espaços que formam o tempo e o lugar em que ele está vivendo. Fica evidente que a Educação Histórica tem se apresentado como aporte teórico-metodológico, sendo assim ela reforça as relações do ensino com a teoria da História e sua importância como ciência. O ensino busca a autonomia e a preservação da identidade dos alunos. Deve se ter como capacidade atribuir sentido histórico, para orientação da vida prática e de interpretação de si e do mundo. E tomar ciência de que o trabalho didático com a história não se resume ao passado, mas deve articular o passado, presente e o futuro. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
MOURA, Fernanda. Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011. 1. EDUCAÇÃO HISTÓRICA E AS CONTRIBUIÇÕES DE JÖRN RÜSEN. 
CAINELLI, Marlene. Educar, Curitiba, Especial, p. 57-72, 2006. Editora UFPR. 57. Educação Histórica: perspectivas de aprendizagem da história no ensino fundamental*.
Sueli de Fátima Dias · 2020 — Ensino de História: Educação Histórica no contexto de mudanças das práticas pedagógicas (Paraná, 2008).
Schmidt, M. A. Cultura histórica e cultura escolar: diálogos a partir da educação histórica. Hist. R., Goiânia, v. 17, n. 1, p. 91-104, jan./jun. 2012.

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