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HIPERSENSIBILIDADE DE TIPO 2 – Larissa Leslye → As doenças autoimunes se encaixam nessas hipersensibilidades 2 e 3 A hipersensibilidade tipo 2 é mediada por anticorpos (IGM; IGG) contra células, tecidos ou receptores. Individuo produz anticorpos contra suas próprias células, tecidos ou receptores. Esses anticorpos podem ser de dois tipos: - Autoanticorpos: doenças autoimunes, anticorpos contra antígenos próprios - Reação Cruzada: um anticorpo que foi produzido para um patógeno, vai reagir com nosso tecido, pq os patógenos têm antígenos semelhante ao nosso corpo/tecidos. O anticorpo contra os patógenos reage contra nossos tecidos. ANTICORPO MARCANDO UM TECIDO Ex1: Febre reumática- anticorpo marcando um tecido – causada por Streptococcus pyogenes (inicia com faringite); a febre reumática, o pico de ação dela é de 4 a 15 anos, essas crianças que tiveram uma infecção aguda e produziu anticorpos contra o Streptococcus. Na musculatura cardíaca, esses anticorpos se ligam a antígenos do musculo cardíaco, temos o anticorpo marcando o miocárdio e as válvulas cardíacas, estão foi um anticorpo produzido pelo nosso corpo, para destruir o Streptococo, mas na vdd reagiu contra uma célula do nosso corpo, isso pois o Streptococcus tem em sua capsula, proteínas e carboidratos que vão ser parecidas com a nossa, dando uma reação cruzada com o miocárdio, válvulas cardíacas e articulações. → Então esses anticorpos vão se ligar aos nossos tecidos; se temos um anticorpo se ligando aos nossos tecidos, qual a resposta imunológica do tecido? O anticorpo vai marcar essa célula com opsoninas para a opsonização; gera inflamação e ativação do sistema complemento → tudo isso gera uma lesão tecidual. → Toda reação de hipersensibilidade o tratamento é anti-inflamatório; medicamentos que diminuem a resposta imunológica - imunossupressores ANTICORPO MARCANDO CÉLULAS: Ex2.1: Anemia hemolítica autoimune – anticorpo marcando células: produção de anticorpos contra nossas próprias hemácias; levando a uma hemólise, intupindo capilares do fígado/rim, dando icterícia, anemia, resposta inflamatória. Ex.2.2: Hemólise sanguínea por incompatibilidade: pessoa A recebe sangue B, vai ter anticorpos do próprio corpo atacando essas hemácias tipo B. → Podemos ter tbm anticorpos ao invés de marcar tecidos, ele marcar células – anemia hemolítica auto-imune Ex2.3: Púrpura trombocitopenica: micro-hemorragias; morte das plaquetas por reação autoimune; marcação dessas plaquetas para destruição, diminuindo-as. Ex.2.4: Incompatibilidade materno-fetal: mãe RH -, tem incompatibilidade om o feto Rh +; na primeira gestação não acontece nada pois o sangue da criança só vai para circulação materna na hora do parto, então quando a criança nascer na hora do aprto, o sangue da criança pode passar para mãe, a mãe vai produzir anticorpos anti RH; nas outras gestações, se for rh - , vai ter anticorpos que vai tentar combater esse feto, as hemácias fetais. Fatores que podem levar a uma doença autoimune: exposição solar; tabagismo; uso de drogas; quedas imunológicas, mas precisa ter uma predisposição genética. ANTICORPO MARCANDO UM RECEPTOR -Hipertireoismo de Gravis ou autoimune: na célula da tireoide temos receptores de membrana para o TSH, para ela secretar os hormônios T3 e T4. Mas nesses hipertireoidismos de gravis, ele tem anticorpos marcando o receptor de TSH, achando que aquilo é algo estranho; esse anticorpo vai estimular a produção de T3 e T4, dando um quadro de hipertireoidismo. - Miastenia Gravis: fraqueza muscular devido ligação de anticorpos; o anticorpo liga na musculatura esquelética nos receptores de ACH, causando a fraqueza muscular, os músculos da face são os mais afetados nessa doença; e esse individuo de acordo com a quantidade de anticorpo que ele tem, ele pode ter uma crise miastenica – dificuldade respiratória e uma fraqueza generalizada que pode levar a morte. HIPERSENSIBILIDADE DE TIPO 3 Além de anticorpos, temos a deposição de imunocomplexos, ou seja, complexo antígeno-anticorpo. Teremos o complexo antígeno-anticorpo em alguma cavidade, geralmente vasos sanguíneos – dando uma vasculite; glomérulos renais – dando glomérulo nefrite; articulações Não é só um anticorpo marcando uma célula, podemos ter tido uma inflamação aguda, onde não foi removido o imunocomplexo causando uma vasculite. Esse complexo antígeno-anticorpo na corrente sanguínea, na linfa, ele vai “pesar” e vai se aderir ao vaso sanguíneo. Como os imunicomplexos se depositam? Quando temos uma alta formação de imunocomplexos, déficit na remoção desses imunocomplexos, eles ficam naquela região, por conta de alterações no sistema complemento, alterações imunológicas que bloqueiam a remoção desse complexo. Ex1: Lupus eritematoso sistêmico (possui vasculite, artrite..)- ele está envolvido na hipersensibilidade tipo 2 e 3; tipo 2 pois ele produz anticorpos contra fragmento de células apoptóticos (DNA, RNA, HISTONAS) do próprio organismo, formando imunocomplexos, que vão se depositar e dar vasculite, altera glomérulos, forma eritemas. Ação dos imunocomplexos no VS: Quando temos muito imunocomplexos na circulação, eles tendem a depositar-se, a região Fc do anticorpo adere ao endotélio. Quando adere, ativa resposta inflamatória, dando inflamação gerando lesão tecidual nesses vasos. Fibroblastos vão tentar reparar essa lesão; Ex2: Glomérulo nefrite pós-Streptococcus: após uma infecção por Strepococcus, o individuo vai desenvolver devido deposito do imuno-complexo, vai ter lesão tecidual; Ex3: Quando tomamos soro demais, estamos recebendo os anticorpos prontos, formando muito complexo antígeno-anticorpo, que pode se depositar SLIDES Hipersensibilidade tipo 1: produção de IgE e mastócitos; Hipersensibilidade tipo 2 ou citotóxica: quando marcamos a célula com anticorpos, essa célula vai sofrer uma toxicidade, vai desencadear mecanismos para eliminar aquela célula Hipersensibilidade tipo 3: presença de complexo antígenos-anticorpo; IgG ligado a antígenos, que se depositam Hipersensibilidade tipo 4 – tardia: ação das células T (diabetes...) → A 2,3 e 4 estão relacionadas as doenças autoimunes, devido a falha no mecanismo de alto tolerância, temos a produção de linfócitos autoreativos. É normal produzirmos linfócitos autoreativos, mas eles normalmente são bloqueados na medula óssea e no timo. Se falha esse mecanismo de bloqueio, temos uma doença autoimune (lembrando que tbm tem relação com predisposição genética). Hipersensibilitade tipo 2: antígeno dependente; doença autoimune; formação de anticorpos autoimunes ou reação cruzada; Doenças: purpura, miastenia, hipertireoidismo, incompatibilidade sanguínea; doença hemolítica; incompatibilidade materna fetal. Os anticorpos podem marcam células, tecidos ou receptores; ou pode ser de forma cruzada: - Se tivermos um anticorpo marcando uma célula, teremos: opsonização, via clássica do sistema complemento atuando e a destruição dessa célula. - Se tivermos anticorpos marcando o tecido, geralmente vai ser na superfície desse tecido: temos destruição, fibrose e injuria tecidual principalmente por ação dos neutrófilos. - Se temos marcando um receptor: podemos estimular esse receptor (tireoide) ou inibir esse receptor (miastenia)
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