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DOENÇAS AUTOIMUNES

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AUTOIMUNIDADE 
Doença autoimune resulta da quebra 
nos mecanismos de preservar a auto 
tolerância e é grave o suficiente para 
causar condições patológicas. 
Estima-se que 5% a 7% da 
população sofra de alguma condição 
autoimune 
Tolerância Imunológica é o estado de 
não resposta a um antígeno 
específico (autoantígeno) 
Autoimunidade: Reação imune contra 
antígenos próprios devido a falha nos 
mecanismos de autotolerância 
A perda de tolerância consiste na 
ativação de células T CD4 
autorreativas. Caso isso aconteça, 
essas células T autorreativas podem 
se diferenciar em células T 
efetoras/auxiliares (p. ex., células Th-1, 
Th-2 e Th-17), que causam uma 
inflamação inadequada nos tecidos.  
Quando uma célula B detecta um 
antígeno contra o qual pode reagir, 
ela se liga ao antígeno, o engloba e o 
processa, expõe um fragmento 
peptídico no MHC da classe II às 
células TH2 
 
 
 
 
 
 
A maioria das doenças crônicas 
autoimune resulta de estímulos 
repetidos de linfócitos auto reativos 
Alguns casos de autoimunidade 
resultam de defeitos genéticos: 
I: A pessoa deve produzir linfócitos 
auto-reativos que não sejam 
deletados ou inativados 
II: O Complexo maior de 
histocompatibilidade deve apresentar 
um peptídeo, cujo alvo seja um auto 
antígeno. Isso significa que o MHC do 
indivíduo tem um papel maior na 
susceptibilidade à doença autoimune. 
EX: Os americanos caucasianos tem 
duas versões da MHC classe II, com 
prevalência 20 vezes maior de DMID 
III: Para doença autoimune ocorrer. a 
pessoa deve ter molécula MHC que 
apresenta um self antígeno e 
receptores de linfócitos que consigam 
reconhecer o self antígeno 
 
 
DOENÇAS AUTOIMUNES 
TOLERÊNCIA 
Perda de tolerância consiste na 
ativação de células T CD4 
autorreativas. 
Células T autorreativas podem se 
diferenciar em células T 
efetoras/auxiliares (p. ex., células Th-1, 
Th-2 e Th-17), que causam uma 
inflamação inadequada nos tecidos. – 
Podem se diferenciar em células T 
auxiliares foliculares (células Tfh, 
follicularhelper), as quais fornecem 
uma “ajuda” inadequada às células B 
produtoras de autoanticorpos 
 
MECANISMO INATO E 
TOLERÂNCIA PERIFÉRICA 
Os linfócitos T reguladores (Treg) 
representam um mecanismo eficiente 
e tolerância periférica. São LT CD4+, 
com alta expressão de CD25 e baixa 
expressão de CD127, diferenciados 
pela expressão constitutiva do fator 
de transcrição FoxP3. A ausência de 
Treg originada por anormalidade no 
gene FOXP3 ocasiona, um quadro de 
autoimunidade envolvendo diversas 
glândulas endócrinas (paratireoides, 
tireoide, adrenais, pâncreas) e células 
sanguíneas (plaquetas e hemácias), 
bem como intenso processo 
inflamatório no intestino. Em humanos, 
esta enfermidade é denominada IPEX 
(Immunedysregulation, 
Polyendocrinopathy, enteropathy, X-
linked Syndrome) 
A perda da auto-tolerância, 
tipicamente detectada pela presença 
de autoanticorpos, ocorre até 10 anos 
antes da instalação da doença, bem 
como elevação de citocinas, quando o 
indivíduo parece estar fisicamente 
saudável 
Pais/filhos: Autoanticorpos podem ser 
contra o mesmo órgão um órgão 
diferente 
 
 
FATORES DE RISCO 
I: Hormônios: 90% de todas as 
doenças autoimunes ocorrem em 
mulheres (estrogênio pode alterar o 
repertório de células B e intensificar a 
formação de anticorpos contra o 
DNA) 
II: Tabagismo 
III: Infecções 
IV: Disbiose 
V: Toxinas 
VI: Dieta 
VII: Vitamina D 
VIII: Medicamento 
 
MIMETISMO 
Durante a infecção, antígenos serão 
ativados e, devido a uma alta 
homologia entre epítopos do 
patógeno e moléculas próprias (um 
autoantígeno), pode iniciar uma 
resposta autoimune 
 
ESPALHAMENTO POR EPÍTOPO 
Baseia-se na progressiva expansão da 
resposta imune para epítopos 
espacialmente próximos aos epítopos 
inicialmente reconhecidos pelo SI. Essa 
propagação pode ocorrer tanto para 
epítopos na mesma molécula do 
epítopo original como em moléculas 
adjacentes 
Uma vez que há apresentação do 
antígeno, mas há vizinhos, eles 
acabam sendo englobados no mesmo 
contexto e, a partir disso, os 
antígenos adjacentes são 
apresentados, o que leva à formação 
de mais anticorpos 
 
DEFICIÊNCIA DE ELEMENTOS 
COMPLEMENTO E IGM 
Debris de complexos imunes ligados a 
C3 ou Ac IgM são transportados para 
o fígado ou baço, onde são 
fagocitados e removidos da circulação. 
Em paciente com deficiência de C3 
ou IgM, o clareamento de 
imunocomplexos fica prejudicado. A 
presença prolongada desse material 
celular pode induzir a formação de 
autoanticorpos IgG. A presença de 
imunocomplexos de IgG e debris se 
liga ao receptor Fc das células 
apresentadoras de antígenos, que leva 
ao aumento de interferon e outras 
citocinas, levando ao desenvolvimento 
de LES Da mesma forma, a 
deficiência de fagocitose, observada 
na doença granulomatosa crônica, 
acarreta maior prevalência de LES e 
doenças relacionadas 
 
DISBIOSE 
Alterações na microbiota podem 
promover autoimunidade por 
diferentes mecanismos: por meio da 
alteração de permeabilidade, devido a 
dano no enterócito por toxinas 
bacterianas, que pode aumentar a 
exposição intestinal aos antígenos 
microbianos aos tecidos linfoides local.; 
elevando níveis de Th1 e 17; 
diminuindo Treg/IL10; causando 
espalhamento de epítopo; mimetismo 
ou duplo reconhecimento TCR. 
 
OBS: A alteração da composição da 
microbiota pode ocorrer por aumento 
na ingestão de sal e diminuição na 
ingestão de ácido graxo de cadeia 
curta, o que aumenta Th17 e Th1 e, 
consequentemente, aumenta a 
chance de doença autoimune 
INDUÇÃO POR MEDICAMENTOS 
 
 
ARTRITE REUMATÓIDE 
A artrite reumatoide (AR) é uma 
doença inflamatória sistêmica, 
autoimune, crônica e progressiva, 
caracterizada primariamente pelo 
comprometimento da membrana 
sinovial (preferencialmente das 
articulações periféricas), podendo levar 
à destruição óssea e cartilaginosa. 
Brasil tem prevalência da AR em 
0,46%. ( 78,5% de 35 a 74 anos) 
Alta frequência de IgG circulantes 
contra proteínas humanas citrulinadas 
(ACPA), que aparecem em baixa 
frequência em pessoas saudáveis e 
indivíduos com outras doenças. 
É caracterizada por rigidez de 
repouso/matinal e leva à deformidade 
de articulações da mão e do pé, que 
podem ser vistas pelo RX 
AR soropositivo presença de 
Anticorpos contra proteínas/peptídeos 
citrulinados e/ou do fator reumatoide 
(FR). Imunidade dependente do MHC 
de classe II esta predominantemente 
restrita à forma soropositiva, que 
geralmente é mais agressiva. O fator 
reumatoide está associado à AR, mas 
não é específico para ela. 
Fator Reumatóide: Imunoglobulinas 
(IgM ou IgG ou IgA), que são 
direcionadas contra a porção Fc da 
IgG, não a reconhecendo como self. 
Pode estar presente em: LES, 
Esclerodermia, Doença mista do 
tecido conjuntivo, Sindrome de 
Sjogren, Mononucleose, hepatite, 
malaria tuberculose, sifilis, endocardite 
subaguda, Cancer após quimio ou 
radioterapia, doença hepatica, crônica, 
hyperglobulinemia e crioglogulinemia 
 
MANIFESTAÇÕES 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
 
LUPUS ERITEMATOSO 
SISTÊMICO 
Doença inflamatória crônica 
decorrente da produção de 
autoanticorpos dirigidos contra várias 
proteínas celulares com consequente 
formação de imunocomplexos, que, 
ao se depositarem em vasos de 
pequeno calibre, resultam em 
vasculite e disfunção do local 
acometido. 
Pleomórfica: envolvimento de órgãos 
e tecidos ocorre nas mais diversas 
combinações, e também em graus 
variados de gravidade. 
As manifestações cutâneas são 
extremamente importantes para o 
diagnóstico. São identificadas em 70% 
dos pacientes no início da doença e 
em até 80-90% na sua evolução. 
 
 
MANIFESTAÇÕES 
 
DIAGNÓSTICO 
I: FAN: Superior 1:80 
II: Anticorpo Anti-nuclear 
 
Highlight
Highlight
Highlight
 
OBS: Alterações de pele, derrame 
cavitário e glomerulonefrite: precisa 
ser investigado para lúpus 
VASCULITESProcesso inflamatório que pode levar 
à destruição da parede vascular por 
necrose fibrinóide (vasculite 
necrosante) 
Entidades heterogêneas nos 
diferentes tipos e calibre de vasos 
sanguíneos. Pode ser em órgão único 
ou sistêmica. 
As vasculites sistêmicas podem ser 
primárias, secundárias (associada a 
doenças autoimunes), a doenças 
infecciosas (p. ex., poliarterite nodosa 
associada à infecção pelo vírus da 
hepatite B; aortite sifilítica), ao uso de 
drogas (p. ex., vasculite induzida pelo 
uso de propiltiouracil), ou às neoplasias 
(p. ex., vasculite secundária à doença 
linfoproliferativa). 
As manifestações dependem do tipo 
e tamanho dos vasos acometidos, 
como também dos órgãos e sistemas 
Evolução geralmente subaguda e, 
frequentemente, está acompanhada 
de sintomas constitucionais, como 
febre, inapetência, artralgias, fadiga, 
perda de peso e mialgias. 
 
MANIFESTAÇÕES 
 
DIAGNÓSTICO 
Testes sorológicos (pesquisa de 
autoanticorpos), histopatológico de 
biópsia realizada nos órgãos 
envolvidos e exames de imagem 
vascular. 
Anticorpos anticitoplasma de 
neutrófilos (ANCA) é o principal teste 
sorológico na investigação de 
vasculites. Deve ser realizado por dois 
métodos diferentes, 
imunofluorescência indireta (com 
análise do título e do padrão) e 
ensaios de fase sólida – ELISA –, 
quimioluminescência (para 
determinação da especificidade do 
anticorpo). 
Outros testes sorológicos: Anticorpo 
antimembrana basal glomerular, anti-
C1q e de crioglobulina 
ANCA 
IgG contra antígenos em neutrófilos e 
monócitos 
ANCA liga-se a dois antígenos 
específicos encontrados nos grânulos 
dos lisossomas de neutrófilos e 
monócitos, a proteinase3 (PR-3) 16 e a 
mieloperoxidase (MPO) 
c-ANCA (citoplasmático): fluorescência 
granular citoplasmática difusa. 
Aproximadamente 90% reagem 
contra a PR-3 observada nos grânulos 
de neutrófilos e monócitos. 
p-ANCA (perinuclear): fluorescência 
perinuclear. Cerca de 90% reagem 
contra a mieloperoxidase (MPO). 
ANCA atípico: fluorescência 
inespecífica. Padrão não se encaixa 
como p-ANCA ou-ANCA 
 
SÍNDROME ANTICORPO 
ANTIFOSFOLÍPIDES (SAF) 
Tromboses recorrentes, arteriais ou 
venosas, perdas fetais de repetição e; 
laboratorialmente pela presença de 
anticorpos antifosfolipídeos (aPL), a 
saber: anticardiolipina (aCL), anti-beta2 
glicoproteína1 (B2GP1) e o Lúpus 
Anticoagulante (LAC) 
Anticorpo direcionado contra 
proteinas que estão ligadas ao 
fosfolípides, pode estar presente em 1 
a 5% da população 
Lúpus Anticoagulante presente no 
exame de sangue em duas ou mais 
ocasiões com intervalo de no mínimo 
12 semanas, detectado de acordo com 
as recomendações da Sociedade 
Internacional de Trombose e 
Hemostasia. 
Anticorpo anticardiolipina IgG e/ou IgM 
em títulos moderados a altos (>40 
GPL ou MPL) em duas ou mais 
ocasiões, com intervalo de no mínimo 
12 semanas. O teste deve ser ELISA 
padronizado. 
Anticorpo anti-B2 glicoproteína IgG ou 
IgM detectado no exame de sangue 
em duas ou mais ocasiões, com 
intervalo de no mínimo 12 semanas. O 
teste deve ser ELISA padronizado 
Os pacientes com diagnóstico de SAF 
ou aqueles que possuem apenas os 
exames positivos, sem manifestações 
clínicas, devem ser orientados quanto 
ao controle de fatores de risco 
conhecidos para trombose, como: 
obesidade, diabetes, dislipidemia, 
hipertensão arterial e tabagismo

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